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UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO DOSAGEM DO CONCRETO

FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA


UPF CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
UPF
ƒ NBR 12655 – Estudo de dosagem do concreto
• Dosagem racional e experimental, para concretos
de classe C15 ou superior, feita com a devida
antecedência em relação ao início da concretagem. O
DOSAGEM DE CONCRETO cálculo da dosagem deve ser refeito cada vez que for
Profª. Patrícia Silveira Lovato - patricialovato@upf.br prevista uma mudança nos materiais.
• Dosagem empírica: o traço de concreto pode ser
estabelecido empiricamente para o concreto da
classe C10, com consumo de cimento mínimo de 300
kg de cimento/m³ de concreto.

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DOSAGEM DO CONCRETO DOSAGEM DO CONCRETO


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ƒ Cálculo da resistência de dosagem Dosagem do concreto: proporcionamento
fcj = fck + 1,65 × sd adequado dos materiais constituintes

fcj: resistência média do concreto à compressão, prevista para a


idade de j dias, em MPa
fck: resistência característica do concreto à compressão, em MPa cimento água areia brita aditivo adições
sd: desvio-padrão da dosagem, em MPa
pasta
(opcional)
Na central: sd conhecido, sempre > 2MPa
Na obra: sd adotado argamassa
‰ 4,0 MPa – concretos até 80 MPa, dosados em massa
‰ 5,5 MPa – concretos até 25 MPa, dosados em cimento em concreto
massa e agregados em volume, com correções de umidade e
inchamento da areia
‰ 7,0 MPa – cimento dosado em massa e agregados em
Visando atender as exigências de projeto, condições de
volume exposição e operação, técnicas de execução e custo
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MÉTODOS DE DOSAGEM MÉTODO IPT/EPUSP


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ƒ O Método de Petrucci modificado por Helene e Terzian
ƒ INT – LOBO CARNEIRO – ITERS-IPT-EPUSP
ƒ ITERS – ELÁDIO PETRUCCI ƒ Semi-experimental – uma parte em laboratório e uma
parte de cálculo baseada em leis de comportamento dos
ƒ ABCP concretos
ƒ IPT/EPUSP
ƒ Não exige conhecimentos prévios sobre os agregados,
ƒ CIENTEC mas para a durabilidade é importante contar com
ƒ CIENTEC Simplificado informação de ensaios prévios de laboratório
ƒ O método entende que a melhor proporção entre os
agregados disponíveis é aquela que consome a menor
quantidade de água para obter um certo abatimento
requerido
ƒ Considera a interferência do aglomerante na
proporção total de materiais
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MÉTODO IPT/EPUSP MÉTODO IPT/EPUSP
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ƒ Limites de aplicação do método ƒ Procedimento de dosagem
‰ Resistência à compressão: 5 MPa ≤ fc ≤ 250 MPa • 1ª etapa: Caracterização dos materiais
‰ Relação a/c: 0,15 ≤ a/c ≤ 1,50 • 2ª etapa: Estudo teórico
‰ Abatimento: 0 mm ≤ abatimento ≤ 250 mm • 3ª etapa: Estudo experimental
‰ Dimensão máx. do agregado: 4,8 mm ≤ Dmáx ≤ 100 mm • 4ª etapa: Traço definitivo
‰ Teor de argamassa seca: 30% < α < 90%
‰ Fator água/materiais secos: 6% < H < 11%
‰ Módulo de finura dos agregados: qualquer
‰ Distribuição granulométrica dos agregados: qualquer
‰ Massa específica dos agregados: > 1500 kg/m³

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CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS


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ƒ Cimento: tipo, marca, classe


ƒ Agregados miúdos: composição granulométrica,
módulo de finura, massa unitária, massa específica,
inchamento, apreciação petrográfica
ƒ Agregados graúdos: composição granulométrica,
dimensão máxima característica, massa específica,
massa unitária, apreciação petrográfica
ƒ Aditivo: tipo, massa específica, aspecto, desempenho

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ESTUDO TEÓRICO ESTUDO TEÓRICO


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ƒ Conceitos fundamentais ƒ Leis de comportamento
‰ a/c → parâmetro + importante do concreto estrutural ‰ Lei de Abrams (1918): a resistência do concreto é
função da relação a/c
‰ Definidos a/c e materiais: a resistência e a durabilidade
do concreto passam a ser únicas k1
f cj = a
‰ O concreto é mais econômico quanto: k2 c
> φ max do agregado graúdo
< abatimento do tronco de cone fcj= resistência à compressão axial, à idade j, em MPa
a/c= relação a/c
k1 e k2= constantes que dependem dos materiais empregados

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ESTUDO TEÓRICO ESTUDO TEÓRICO
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ƒ Leis de comportamento ƒ Leis de comportamento
‰ Lei de Lyse (1932): a consistência do concreto, ‰ Lei de Priszkulnik & Kirilos (1974): o consumo de
medida pelo abatimento do tronco de cone, é função cimento de um concreto correlaciona-se com o valor
da relação agregados secos/cimento (m), da relação do traço seco “m” através de curva
água cimento (a/c) e é independente do traço seco
(1:a:b) 1000
C=
m = k3 + k 4 × a k5 + k 6 × m
c
m= relação agregados secos/cimento em massa, em kg/kg C= consumo de cimento por metro cúbico de concreto
a/c= relação água/cimento, em massa (kg/m³)

k3 e k4= constantes que dependem dos materiais empregados m= relação agregados secos/cimento, em massa (kg/kg)
k5 e k6= constantes que dependem dos materiais empregados
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ESTUDO TEÓRICO ESTUDO TEÓRICO


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ƒ Leis de comportamento ƒ Leis complementares
‰ Teor de argamassa seca ‰ Consumo de cimento/m³

1+ a γ
α= C=
1+ m 1+ a + p + a
c
α= teor de argamassa seca, deve ser constante para uma C= consumo de cimento por metro cúbico de concreto
determinada situação (kg/m³)
a= relação agregado miúdo seco/cimento, em massa (kg/kg) a= relação agregado miúdo seco/cimento, em massa (kg/kg)
m= relação agregados secos/cimento, em massa (kg/kg) p= relação agregados graúdos secos/cimento em massa
m = a+p (kg/kg)
p= relação agregados graúdos secos/cimento em massa a/c= relação água/cimento, em massa
(kg/kg)
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ESTUDO TEÓRICO ESTUDO TEÓRICO


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ƒ Correlações ƒ Diagrama de dosagem – Modelo de comportamento

k5 = Q − k6 × 5,0

1000 ⎛⎜ 1 1 1 ⎞⎟
Q= + +
3 ⎜⎝ Cr C C p ⎟⎠

100 ⎛⎜ 1 1 ⎞
k6 = + ⎟
0,3 ⎝ C p Cr ⎟⎠

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ESTUDO TEÓRICO ESTUDO TEÓRICO
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ƒ Informações básicas ƒ Informações básicas
‰ fck
‰ Espaçamento entre barras de aço
‰ Escolha da φ max do agregado graúdo
‰ Elementos estruturais concretados
‰ Consistência do concreto
‰ Definição da relação a/c para atender as condições de
durabilidade
‰ Uso de aditivos
‰ Estimativa de perda de argamassa do concreto durante o
transporte e lançamento
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ESTUDO TEÓRICO ESTUDO TEÓRICO


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ƒ Informações básicas ƒ Informações básicas
ƒ Escolha da Dmáx ƒ Relação a/c máxima em função da agressividade do
característica do agregado meio
graúdo
φmax ≤ 1/3 espessura laje
φmax ≤ ¼ distância entre faces fôrmas
φmax ≤ 0,8 espaçamento armaduras
horizontais
φmax ≤ 1,2 espaçamento armaduras
verticais
φmax ≤ ¼ diâmetro tubulação
bombeamento concreto
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ESTUDO TEÓRICO ESTUDO EXPERIMENTAL


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ƒ Informações básicas ƒ São necessários 3 pontos para montar o diagrama de
dosagem
ƒ Relação a/c máxima em função da agressividade do
meio ƒ Escolher 3 diferentes traços em massa seca de
cimento: agregados - (1:m-1); (1:m); (1:m+1)
ƒ Determinação do teor ideal de argamassa α para o
traço 1:5
‰ Adequabilidade ao lançamento em fôrma
‰ FALTA Æ POROSIDADE, FALHAS de concretagem
‰ EXCESSO Æ melhor APARÊNCIA, > CUSTO/m³,
risco fissuração

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ESTUDO EXPERIMENTAL
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Imprimar
a betoneira

Determinação do teor
de argamassa e
características do
concreto fresco

Medir em
massa
materiais
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ESTUDO EXPERIMENTAL ESTUDO EXPERIMENTAL


UPF UPF

Colocação Verificação teor


materiais e limpeza argamassa
betoneira

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ESTUDO EXPERIMENTAL ESTUDO EXPERIMENTAL


UPF UPF

Aumento teor Verificação teor de


argamassa argamassa

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ESTUDO EXPERIMENTAL ESTUDO EXPERIMENTAL
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ƒ Obtenção dos traços
auxiliares
ƒ Rico – 1:3,5
ƒ Pobre – 1:6,5
Massa Específica e ƒ α fixo
moldagem dos CP’s
ƒ Abatimento fixo
ƒ Sempre colocar 80%
da água e dosar os 20%
restantes para ajustar o
abatimento desejado

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TRAÇO DEFINITIVO DIAGRAMA DE DOSAGEM


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ƒ Construção do diagrama de dosagem
ƒ Correlações entre traço de concreto e relação a/c;
consumo de cimento e traço; fc e relação a/c
ƒ Válido somente para o mesmo tipo, classe de cimento
e marca

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DIAGRAMA DE DOSAGEM
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