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INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CURSO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE MINAS

ISABELLA ANDREZA
JANAÍNA DAVEL
MAYARA MARINATO
RYAN FERREIRA
THÁLITA BRANDÃO

PROJETO DE HIDROLOGIA

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM – ES
Novembro/2023
ISABELLA ANDREZA
JANAÍNA DAVEL
MAYARA MARINATO
RYAN FERREIRA
THÁLITA BRANDÃO

PROJETO DE HIDROLOGIA

Trabalho apresentado à disciplina de Hidráulica e


Hidrologia Aplicada do curso de Bacharelado em
Engenharia de Minas do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo
como requisito parcial para avaliação.

Prof.: DSc. Alexandre Vianna Bahiense

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM – ES
Novembro/2023
LISTA DE IMAGENS
Imagem 1 - Distância da Lavra a Capital ....................................................................... 6
Imagem 2 - Localização Geográfica da Lavra ............................................................... 6
Imagem 3 - Polígono da Lavra ....................................................................................... 7
Imagem 4 - Distância da Lavra até a Rodovia (ES-486) ................................................ 8
Imagem 5 - Distância da Lavra ao Núcleo Populacional................................................ 8
Imagem 6 - Relevo do Espírito Santo ............................................................................ 9
Imagem 7 - Relevo de Cachoeiro de Itapemirim .......................................................... 10
Imagem 8 - Curvas de Nível no Polígono da Lavra ..................................................... 11
Imagem 9 - Mapa de Uso de Solo em Cachoeiro de Itapemirim ................................. 13
Imagem 10 - Mapa de Temperatura Média no Espírito Santo ..................................... 14
Imagem 11 - Bacias Hidrográficas do Espírito Santo .................................................. 16
Imagem 12 - Unidades de Conservação e Proteção ................................................... 18
Imagem 13 - Unidades de Conservação e Proteção ................................................... 19
Imagem 14 - Recurso Hídrico ...................................................................................... 20
Imagem 15 - APP de Topo de Morro ........................................................................... 21
Imagem 16 - Localização da Estação Pluvométrica .................................................... 23
Imagem 17 - Esquema de Funciomaneto de um Pluviômetro ..................................... 24
Imagem 18 - Área de Contribuição .............................................................................. 28
Imagem 19 - Área de contribuição sob polígona da mineradora ................................. 28
Imagem 20 - Direção de escoamento superficial da precipitação meteórica ............... 33
Imagem 21 - Dimensionamento de dreno no aplicativo canal ..................................... 35
Imagem 22 - Caixa seca .............................................................................................. 36
Imagem 23 - Escada hidráulica ................................................................................... 36
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Valores de C recomendados pela ASCE (1969) .......................................... 30
Tabela 2: Valores C' para cálculo de C para áreas rurais (Williams, 1949) ................. 31
Tabela 3: Peças especiais ........................................................................................... 39
Tabela 4: Valor do coeficiente C sugerido para a fórmula de Hazen-Williams ............ 40
Tabela 5: NPSH - pressão atmosférica x altitude ........................................................ 42
Tabela 6: NPSH - pressão de vapor x temperatura. .................................................... 43
Tabela 7: Valores de C ................................................................................................ 48
Tabela 8: Valores de K ................................................................................................ 48
Tabela 9: Classes ........................................................................................................ 49
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Gráfico NPSH .............................................................................................. 41
Gráfico 2: Rendimento da bomba ................................................................................ 44
Gráfico 3: Curva de operação e Associação de bombas ............................................. 46
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 4

2 OBJETIVO ....................................................................................................................... 4

3 DADOS GERAIS .............................................................................................................. 5

3.1 LOCALIZAÇÃO ................................................................................................................ 5

3.2 POLIGONAL DA ÁREA .................................................................................................... 7

3.3 FAIXA DE DOMÍNIO: ....................................................................................................... 7

3.4 NÚCLEOS POPULACIONAIS: ......................................................................................... 8

4 FISIOGRAFIA .................................................................................................................. 9

4.1 RELEVO .......................................................................................................................... 9

4.2 VEGETAÇÃO ................................................................................................................. 11

4.3 SOLO ............................................................................................................................. 12

4.4 CLIMA ............................................................................................................................ 14

4.5 BACIA HIDROGRÁFICA ................................................................................................ 15

5 ASPECTOS AMBIENTAIS ............................................................................................. 17

5.1 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO (UCs) ........................................................................ 17

5.2 ZONAS DE AMORTECIMENTO .................................................................................... 18

5.3 RECURSOS HÍDRICOS................................................................................................. 19

5.4 CORREDORES ECOLÓGICOS ..................................................................................... 20

5.5 TOPOS DE MORROS .................................................................................................... 21

5.6 ÁREA ÚTIL..................................................................................................................... 22

6 DIMENSIONAMENTO E MEMORIAL DE CÁLCULOS PARA O SISTEMA DE


DRENAGEM SUPERFICIAL ................................................................................................... 22

6.1 ÍNDICE PLUVIOMÉTRICO ............................................................................................. 22

6.2 DURAÇÃO E FREQUÊNCIA DA CHUVA....................................................................... 24

6.3 INTENSIDADE DE CHUVA DO MUNICÍPIO .................................................................. 25

6.3.1 DEFINIÇÃO DA INTENSIDADE DE CHUVA: ............................................................ 25


6.3.2 CLASSIFICAÇÃO DA INTENSIDADE DE CHUVA .................................................... 25

6.3.3 DETERMINAÇÃO DA INTENSIDADE DE CHUVAS .................................................. 25

6.4 CÁLCULO DE INTENSIDADE DE CHUVA PARA ÁREA DA POLIGONAL .................... 26

6.5 ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO ........................................................................................... 27

6.6 ESCOAMENTO SUPERFICIAL...................................................................................... 29

6.6.1 COEFICIENTE DE ESCOAMENTO SUPERFICIAL (C)............................................. 29

6.7 DIMENSIONAMENTO DE VAZÃO ................................................................................. 31

6.8 CÁLCULO DO DIMENSIONAMENTO DE VAZÃO ......................................................... 31

6.9 CÁLCULO DE DECLIVIDADE DA ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO ..................................... 32

6.10 DRENAGEM SUPERFICIAL ...................................................................................... 32

6.11 TIPO DE REVESTIMENTO ....................................................................................... 33

6.12 TIPO DE DRENO ...................................................................................................... 34

6.13 DISPOSITIVOS DE DRENAGEM .............................................................................. 35

7 DIMENSIONAMENTO E MEMORIAL DE CÁLCULOS PARA O RESERVATÓRIO DE


ABASTECIMENTO .................................................................................................................. 37

7.1 OUTORGA DE RECURSOS HÍDRICOS ........................................................................ 37

7.2 VAZÃO NECESSÁRIA (Q) ............................................................................................. 37

7.4 CÁLCULO DOS COMPRIMENTOS VIRTUAIS .............................................................. 38

7.5 CÁLCULO DO Jr E Js .................................................................................................... 40

7.5.1 CÁLCULO DO Hr (PERDA DE CARGA DE RECALQUE) ......................................... 41

7.5.2 CÁLCULO DO Hs (PERDA DE CARGA DE SUCÇÃO) ............................................. 41

7.6 CÁLCULO DA ALTURA MANOMÉTRICA (Hm) ............................................................. 41

7.7 CÁLCULO PARA VERIFICAR SE HÁ CAVITAÇÃO ....................................................... 41

7.8 CÁLCULO DA POTÊNCIA DA BOMBA (P) .................................................................... 43

7.9 CURVA DO SISTEMA .................................................................................................... 44

7.10 CÁLCULO DO GOLPE DE ARIETE........................................................................... 47

7.10.1 CÁLCULO DO PERÍODO DE PROPAGAÇÃO DA ONDA (𝜏) .................................... 47

7.10.2 CÁLCULO DO TEMPO DE FECHAMENTO DA VÁLVULA (𝒕) ................................... 48


7.10.3 AVALIAÇÃO SE É MANOBRA LENTA OU RÁPIDA .................................................. 49

7.11 CÁLCULO DO Ha ...................................................................................................... 49

7.12 DEFINIR A CLASSE DA TUBULAÇÃO ..................................................................... 49

8 CONCLUSÃO ................................................................................................................ 50

REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 51
4

1 INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo a análise da viabilidade da exploração mineral
em uma área localizada no município de Cachoeiro de Itapemirim, especificamente no
distrito de Itaoca Pedra, onde já se encontra um processo minerário em estágio de
lavra ativo. Para garantir a conformidade com as diretrizes regulatórias e ambientais,
as normas estabelecidas pela Agência Nacional de Água (ANA) e pelo Conselho
Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) serão estritamente seguidas.
O escopo deste estudo abrange a realização de uma análise hidrológica
abrangente na região, levando em consideração a presença de Áreas de Preservação
Permanentes (APP), topos de morro, corpos d'água, rios, nascentes e outros critérios
ambientais que possam impor restrições ao uso da área para a atividade de extração
mineral. Este processo de avaliação ambiental se destina a garantir que todas as
regulamentações e normas ambientais sejam integralmente atendidas, assegurando
um desenvolvimento responsável e sustentável da exploração mineral na região.
Além disso, pretende-se delinear uma zona de escoamento para a água pluvial,
calcular a vazão necessária para o funcionamento do empreendimento, identificar a
combinação adequada de bombas para garantir um fornecimento satisfatório de água.
Tudo isso será realizado por meio da concepção de um sistema de abastecimento de
água, incluindo o dimensionamento apropriado da estação elevatória. Essas decisões
serão embasadas em estudos topográficos e ambientais, utilização de fórmulas
matemáticas e preenchimento do formulário de outorga. O objetivo é apresentar uma
proposta para a implementação desse sistema na área de exploração.

2 OBJETIVO
Na fase inicial do projeto, os objetivos incluem a identificação da localização,
área útil, tipo de solo, relevo, clima e vegetação. Isso será alcançado por meio da
análise de dados coletados da área de estudo, levando em consideração áreas de
preservação permanente (APP), unidades de conservação (UC), zonas de
amortecimento, recursos hídricos e faixa de domínio. Esses aspectos serão
examinados minuciosamente com o auxílio do Software QGIS, Google Earth e outras
ferramentas computacionais.
Na segunda fase a ser analisada, será estabelecida uma área para o
escoamento da água pluvial. Além disso, serão calculadas a vazão necessária para o
5
funcionamento do empreendimento e a combinação ideal de bombas para garantir um
fornecimento adequado de água. Essas determinações serão realizadas por meio da
elaboração de um sistema de abastecimento de água, incluindo o dimensionamento
apropriado da estação elevatória. Todo o processo se baseará em estudos
topográficos, análises ambientais, aplicação de fórmulas matemáticas e
preenchimento do formulário de outorga. O objetivo é apresentar uma proposta para
a implementação desse sistema na área de exploração.

3 DADOS GERAIS

3.1 LOCALIZAÇÃO

O Estado do Espírito Santo encontra-se na Região Sudeste do Brasil, com a


cidade de Vitória sendo sua capital. A Área de Estudo está situada no Distrito de Itaoca
Pedra, dentro do Município de Cachoeiro de Itapemirim. O distrito está localizado a
uma latitude de 7706262.58 m S e longitude de 279662.09 m E, na parte sul do Espírito
Santo, a 160 km de distância de sua capital, Vitória.

Para chegar a Itaoca Pedra a partir de Vitória, a rota principal é pela BR-101.
O percurso entre Vitória e Itaoca Pedra é detalhadamente representado no mapa
"Distância da Lavra a Capital" conforme mostrado na Imagem 1.
6
Imagem 1 - Distância da Lavra a Capital

Fonte: Google Earth (2023).

Imagem 2 - Localização Geográfica da Lavra

Fonte: Geobases, ANM (2021).


7
3.2 POLIGONAL DA ÁREA

A área se encontra com o Requerimento de lavra/Exigência publicada


apresentado junto a ANM, sob n° de processo 003.342/1960, área titulada/requerida
pela empresa Omya do Brasil, com uma área de 227.500,00 m 2.
Imagem 3 - Polígono da Lavra

Fonte: Cadastro Mineiro ANM (2007).

3.3 FAIXA DE DOMÍNIO:

De acordo com as diretrizes do Departamento Nacional de Infraestrutura de


Transportes (DNIT), a "Faixa de Domínio" é delimitada como a área física sobre a qual
uma rodovia é construída, incluindo as pistas, canteiros, obras de arte, acostamentos,
sinalizações e faixas laterais de segurança. Os limites dessa faixa são estabelecidos
conforme o projeto executivo da rodovia, decretos de utilidade pública ou em planos
de desapropriação. Utilizando o Google Earth e o Software Qgis, foi identificada uma
faixa de domínio a 1.37 metros do empreendimento, sendo a mais próxima.
8
Imagem 4 - Distância da Lavra até a Rodovia (ES-486)

Fonte: Google Earth (2022)

3.4 NÚCLEOS POPULACIONAIS:

Apesar da mineradora estar bem próxima a pista, por imagens coletadas do


Google Earth foi possível identificar que a distância dela até o núcleo populacional
está a um raio de 652 m.
Imagem 5 - Distância da Lavra ao Núcleo Populacional

Fonte: Geobases, ANM (2021).


9
4 FISIOGRAFIA

4.1 RELEVO

O relevo do Espírito Santo compreende duas regiões naturais distintas: o litoral


(extensão de 400 km) e o planalto. As formações naturais de maior relevância são
três: o tabuleiro costeiro, a região serrana e a planície costeira. Grande parte de seu
território, ao longo da costa Atlântica, se localiza a uma faixa de planície que
representa 40% da área total do Estado. A formação caracteriza as cidades litorâneas,
sendo Vitória e Vila Velha as principais. Ao passo em que se penetra em direção ao
interior, o planalto dá vez a região serrana, especialmente nos limites entre Minas
Gerais e o Rio de Janeiro, com altitudes superiores a 1.000 metros. No local se eleva
a Serra do Caparaó ou da Chibata, além do Pico da Bandeira, o terceiro mais alto do
Brasil e o mais alto do Estado, com 2.890 metros de altura.
Imagem 6 - Relevo do Espírito Santo

Fonte: IJSN (2012).


10
Itaoca Pedra é formado por um relevo com processos de desnudação fracos a
muito fortes, com diferentes morfologias e ocupações. O relevo é caracterizado entre
ondulado e montanhoso escarpado, e faz parte da Bacia Hidrográfica do Rio
Itapemirim. O uso e cobertura da terra de Itaoca é predominantemente formada por
pastagem, mineração, mata nativa e mata em estágio de regeneração (PEREZ;
QUARESMA, 2011).
Imagem 7 - Relevo de Cachoeiro de Itapemirim

Fonte: IJSN (2012).


11
O polígono em estudo possui uma variação de cota de 80 m até 340 m de
altitude que é onde se encontra o centro da operação.
Imagem 8 - Curvas de Nível no Polígono da Lavra

Fonte: Geobases, IEMA (2021).

4.2 VEGETAÇÃO

A vegetação no Espírito Santo é variada, composta por florestas tropicais e


vegetação costeira. No município de Cachoeiro de Itapemirim, a vegetação é
originária da mata atlântica, cobrindo aproximadamente 10% da área municipal. Essa
cobertura é mais densa nas regiões de maior altitude e possui características de mata
secundária em processo de regeneração, com poucas áreas de matas primárias,
conforme dados do IBGE em 2019.

Quanto às florestas plantadas, as espécies predominantes são eucaliptos e


pinus, ocupando cerca de 1500 hectares. Dentro do bioma da Mata Atlântica, existe
uma área de aproximadamente 15 hectares classificada como Floresta Ombrófila
Densa, também conhecida como Floresta Pluvial Tropical, segundo a categorização
de Veloso et al. (1991). Nesta região específica, há três tipos distintos de formações
vegetais: Floresta Ombrófila Densa Montana, Floresta Ombrófila Densa em Solos
Aluviais e Comunidades Aluviais, conforme definido por Veloso (1991).
12
A formação Montana está localizada em altitudes variando de 500 a 1500
metros. Nessa floresta, a estrutura do dossel é uniforme, com árvores que podem
atingir até 20 metros de altura, como observado nos dados do IBGE em 2019.

4.3 SOLO

Os solos predominantes (85%) são os classificados como latossolo vermelho


amarelo distrófico, de fertilidade média a baixa, bem desenvolvidos, profundos, boa
drenagem, com acidez pronunciada, possuindo ainda solos classificados como terra
roxa estruturada (10%), fertilidade média a alta e acidez média. O restante (5%) é
constituído por solos aluviais, areias quartzosas e solos litólicos com afloramento de
rochas (Silva,1993).

A região possui um solo bastante variável, sendo composta por faixas férteis
proveniente das matérias orgânicas decompostas e pela vasta presença e
biodiversidade de fungos e bactérias. O município apresenta-se, no entanto, em sua
maioria um solo sempre úmido, raso e bem nutritivo, (Imagem 9) podemos observar
como está ocupada a área a terra do município os tipos de vegetação (PVMA, 2012).
13
Imagem 9 - Mapa de Uso de Solo em Cachoeiro de Itapemirim

Fonte: IJSN (2012).


14
4.4 CLIMA

O clima do Estado do Espírito Santo é tropical úmido, com temperaturas médias


anuais entre 22ºC e 24ºC e volume de precipitação superior a 1.400 mm por ano,
especialmente concentrada no verão, (Imagem 10) as temperaturas médias anual
referente ao ano de (19977-2006) (IJSN, 2012).
Imagem 10 - Mapa de Temperatura Média no Espírito Santo

Fonte: IJSN (2012).


15
O clima na área de estudo do município varia consideravelmente devido às
diferentes altitudes que se estendem de 22 m a 700 m acima do nível do mar. Em
Cachoeiro de Itapemirim, a estação com precipitação é quente, opressiva e de céu
quase encoberto; a estação seca é morna, úmida e de céu quase sem nuvens. Ao
longo do ano, em geral a temperatura varia de 17 °C a 33 °C e raramente é inferior a
14 °C ou superior a 36 °C. A estação quente permanece por 2,5 meses, de 3 de janeiro
a 20 de março, com temperatura máxima média diária acima de 32 °C. O mês mais
quente do ano em Cachoeiro de Itapemirim é fevereiro, com a máxima de 33 °C e
mínima de 23 °C, em média. (Weather Spark).

A estação fresca permanece por 3,5 meses, de 14 de maio a 30 de agosto, com


temperatura máxima diária em média abaixo de 29 °C. O mês mais frio do ano em
Cachoeiro de Itapemirim é julho, com a mínima de 17 °C e máxima de 28 °C, em
média. (Weather Spark).

4.5 BACIA HIDROGRÁFICA

A bacia hidrográfica do Rio Itapemirim está situada na região sul do Estado do


Espírito Santo, cobrindo aproximadamente 6.181 km² e abrangendo 17 municípios,
incluindo Alegre, Atílio Vivacqua, Cachoeiro de Itapemirim, Castelo, entre outros. Com
uma população estimada em cerca de 522.932 habitantes em 2017, seus limites se
estendem ao norte e noroeste até a Bacia do Rio Doce, ao sul até a Bacia do Rio
Itabapoana, e ao leste até o Oceano Atlântico.

O Rio Itapemirim é formado pela junção dos rios Braço Norte Direito e Braço
Norte Esquerdo, ocorrendo no município de Alegre. Ele percorre aproximadamente
135 km até sua foz, desaguando no oceano Atlântico, em Marataízes. Suas nascentes
estão localizadas na região do Parque Nacional do Caparaó e na Serra de São
Domingos, próximas à divisa dos estados do Espírito Santo e Minas Gerais. Os rios
Castelo e Muqui do Norte são seus afluentes principais. O rio de aproximadamente
1,5 m de largura presente na Poligonal é intersectado com outros e desaguam no Rio
Itapemirim.
16
Imagem 11 - Bacias Hidrográficas do Espírito Santo

Fonte: IJSN (2012).


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5 ASPECTOS AMBIENTAIS

5.1 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO (UCs)

De acordo com o Instituto de Gestão Ambiental e Avaliação (IEMA), as


Unidades de Conservação (UCs) são áreas territoriais de grande relevância natural,
oficialmente estabelecidas pelo poder público. Elas têm como objetivo principal a
conservação ambiental e possuem limites geográficos bem definidos. Operam sob um
regime administrativo especial, proporcionando medidas adequadas de proteção.
Estas unidades são divididas em dois grupos principais:

• Proteção Integral: Nesse tipo de UC, o uso dos recursos naturais é apenas
indireto, proibindo atividades como coleta, consumo, dano ou destruição. O foco
é na preservação completa do ecossistema, sem interferência direta.
• Uso Sustentável: Já nesse grupo, é permitido o uso direto dos recursos naturais,
incluindo atividades como coleta e uso, comercial ou não. No entanto, essas
atividades devem ser realizadas de forma equilibrada e gerenciada, garantindo a
continuidade dos recursos naturais e a preservação dos processos ecológicos.
18
Imagem 12 - Unidades de Conservação e Proteção

Fonte: Geobases, IEMA, IJSN, ANM (2021).

Por meio do Software Qgis, foi verificado que a área de estudo não
se encontra presente dentro de uma UCs de Proteção Integral, sendo representada
pelas cores laranja e marrom. Logo, foi observado também que a área não está
inserida dentro de uma UCs do tipo Uso Sustentável nem apresenta nenhuma unidade
próxima.

5.2 ZONAS DE AMORTECIMENTO

Segundo o art. 2º, XVIII da Lei n. 9.985/2000 (Lei do Sistema Nacional de


unidades de Conservação da Natureza – SNUC), as Zonas de Amortecimento podem
ser definidas como o entorno de uma unidade de conservação, onde as atividades
humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas, com o propósito de
minimizar os impactos negativos sobre a unidade. Mediante a área de interesse,
observa-se que a área estudada em questão, não se encontra em uma Zona de
Amortecimento, zonas essas que estão representadas pela cor laranja.
19
Imagem 13 - Unidades de Conservação e Proteção

Fonte: Geobases, IEMA, IJSN, ANM (2021).

5.3 RECURSOS HÍDRICOS

Conforme a legislação toda água doce acessível e utilizável para a


humanidade, no estágio tecnológico atual e a custos compatíveis com seus diversos
usos, é chamada de “recurso hídrico”. Em outras palavras, os recursos hídricos são
as águas tanto superficiais quanto subterrâneas disponíveis para uso tais como
córregos, rios, nascentes, lago e entre outros. Segundo a Lei n. 12.651/2012 qualquer
curso d’água ou rio deve obedecer a uma largura mínima prevista por lei como descrita
abaixo:

• De 30 metros para os cursos d’água de menos de 10 metros de largura.


• De 50 metros para os cursos d’água que tenham de 10 a 50 metros de largura.
• De 100 metros para os cursos d’água que tenham de 50 a 200 metros de largura.
• De 200 metros para os cursos d’água que tenham de 200 a 600 metros de largura.
• De 500 metros para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 metros.
20
Imagem 14 - Recurso Hídrico

Fonte: Geobases, IEMA, ANM (2021).

Analisando a imagem aérea, por meio dos dados do IEMA, o polígono da Omya
é intersectado por um rio de aproximadamente 1,5 m de largura, no qual se trata de
um rio intermitente. Entretanto, foi observado que este corpo hídrico que a intersectava
foi desviado, para atender as instalações da planta industrial, a pontos de 5 m de
distância do percurso original chegando a pontos de aproximadamente 100 m
(Imagem 14).

5.4 CORREDORES ECOLÓGICOS

De acordo com a Lei, nº 9.985, de 18 de julho de 2020, os corredores ecológicos


podem ser descritos como sendo partes de ecossistemas naturais ou seminaturais,
ligando unidades de conservação, que possibilitam entre elas o movimento do
ecossistema local, facilitando a dispersão de espécies e a recolonização de áreas
degradadas, bem como a manutenção de populações que necessitam para sua
sobrevivência áreas com extensão maior do que aquela das unidades individuais. A
área de interesse não se encontra dentro ou próximo de corredores ecológicos.
21
5.5 TOPOS DE MORROS

De acordo com a resolução do CONAMA (Conselho Nacional do Meio


Ambiente) e do Código Florestal, topo de morros, montes, montanhas e serras, com
altura de no mínimo 100 metros e inclinação média maior que 25º, as áreas
delimitadas a partir da curva de nível correspondente a dois terços da altura mínima
da elevação sempre em relação à base, sendo está definida pelo plano horizontal
determinado por planície ou espelho d’água próximo ou, nos relevos ondulados, pela
cota do ponto de sela mais próximo da elevação.

Com a utilização do Qgis e das imagens do Google Earth, foi analisada a área
dentro da poligonal apresentada, a fim de verificar um possível topo de morro, com
isso foi observado a presença de 1 topo de morro na região como mostrado na
Imagem.
Imagem 15 - APP de Topo de Morro

Fonte: Geobases, IEMA, ANM (2021).

Foram realizados cálculos a partir da seguinte formula:

(𝐶𝑜𝑡𝑎𝑚á𝑥 − 𝐶𝑜𝑡𝑎𝑚í𝑛 )
𝑇𝑜𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑟𝑟𝑜 𝑋 = 𝐶𝑜𝑡𝑎𝑚á𝑥 −
3

Com isso, podemos calcular


22
𝐶𝑜𝑡𝑎𝑚á𝑥 = 460

𝐶𝑜𝑡𝑎𝑚í𝑛 = 60

(460 − 60)
𝑇𝑜𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑟𝑟𝑜 = 460 −
3

𝑇𝑜𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑟𝑟𝑜 = 326,66 𝑚

No polígono selecionado, a distância de um morro para o outro é de menos de


470 m, sendo assim, só é considerado 1 morro. Podendo ser 2 morros somente se
essa distância fosse maior que 500 m.

5.6 ÁREA ÚTIL

Através da Portaria número 25, emitida em 30 de março de 2016 pela FEPAM


(Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessler), a área útil foi
definida como o espaço efetivamente utilizado para a atividade mineradora. Essa área
engloba uma variedade de estruturas, sejam elas construídas ou não, tais como
jazidas, áreas de depósito, bacias de sedimentação, instalações administrativas,
britadores e outros equipamentos. Além disso, a área útil compreende as vias de
acesso, tanto principais quanto secundárias, juntamente com qualquer outra estrutura
ou serviço relacionado à atividade, todos devidamente georreferenciados e contidos
obrigatoriamente dentro dos limites da Poligonal Ambiental.

Após a verificação de Áreas de Preservação Permanente, que incluem recursos


hídricos, florestas e outras formas de vegetação, utilizamos o software QGis e o
Google Earth para calcular a área útil da poligonal, onde as operações de mineração
serão conduzidas. O resultado desse cálculo demonstra que aproximadamente
30.000,00m² estão sob proteção. Ao subtrair esse valor dos 227.500,00 m² ou 22,75
hectares totais, obtemos uma área útil de aproximadamente 197.500m2

6 DIMENSIONAMENTO E MEMORIAL DE CÁLCULOS PARA O SISTEMA DE


DRENAGEM SUPERFICIAL

6.1 ÍNDICE PLUVIOMÉTRICO

A Estação Itaóca (Cemaden - D1418), código 320120906A, está localizada no


município de Cachoeiro de Itapemirim/ES, conforme os dados do Centro Nacional de
Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN). Sua posição geográfica
23
é de Latitude 20°43'37.33"S e Longitude 41° 7'55.64"O, sendo uma estação
pluviométrica automática em atividade e operada pelo referido centro.
Imagem 16 - Localização da Estação Pluvométrica

Fonte: INMET (2023).

Uma estação pluviométrica é um dispositivo utilizado para medir a quantidade de


chuva que cai em uma área específica durante um determinado período. Geralmente,
essa área é considerada como 1 metro quadrado (1 m²). O índice pluviométrico é
medido pela altura da lâmina de água acumulada sobre essa área em milímetros. Por
exemplo, se a altura da água medida for de 1 milímetro, isso equivale a 1 litro de água
por metro quadrado (1 L/m²) de precipitação. A estação pluviométrica registra esses
dados, auxiliando na compreensão do clima, na previsão de eventos meteorológicos
e na gestão de recursos hídricos.
24
Imagem 17 - Esquema de Funciomaneto de um Pluviômetro

Fonte: SAAE (2016).

6.2 DURAÇÃO E FREQUÊNCIA DA CHUVA

A duração da chuva refere-se ao período durante o qual a intensidade da


precipitação é mantida, indo desde o início até o término da chuva. É comum
classificar a duração da chuva em intervalos específicos, como 5 minutos, 10 minutos,
15 minutos e até mesmo 24 horas. Essa medida é importante para entender por
quanto tempo uma determinada intensidade de chuva persiste, o que pode ter
impactos significativos em diferentes contextos, como drenagem urbana, riscos de
inundações e erosão do solo.

Por outro lado, a frequência das chuvas é outro indicador essencial. Ela descreve
com que frequência os eventos de precipitação ocorrem durante um determinado
período, geralmente medido em anos. Por exemplo, se uma chuva com uma taxa de
precipitação de 80 mm por hora (I = 80 mm/h) ocorre regularmente todos os anos em
uma área específica, isso significa que essa mesma chuva com essa intensidade
ocorre em média uma vez a cada 10 anos em diferentes regiões. Essa informação é
25
crucial para entender a probabilidade de ocorrência de eventos de chuva intensa e
permite o planejamento de medidas de adaptação e prevenção em áreas vulneráveis
a eventos climáticos extremos.

6.3 INTENSIDADE DE CHUVA DO MUNICÍPIO

6.3.1 DEFINIÇÃO DA INTENSIDADE DE CHUVA:

A intensidade de chuva é caracterizada como a relação entre a quantidade total


de chuva (profundidade da chuva) que cai durante um período específico e a duração
desse período.

6.3.2 CLASSIFICAÇÃO DA INTENSIDADE DE CHUVA

• Chuva fraca: Intensidade inferior a 5 mm/h.


• Chuva moderada: Intensidade entre 5 e 25 mm/h.
• Chuva forte: Intensidade entre 25,1 e 50 mm/h.
• Chuva muito forte: Intensidade igual ou superior a 50 mm/h.
• Pancadas de chuva: Precipitação intensa ocorrida em um curto período e em uma
área espacialmente restrita.

6.3.3 DETERMINAÇÃO DA INTENSIDADE DE CHUVAS

A intensidade de chuvas é estimada de região para região, considerando


parâmetros pluviométricos específicos de cada localidade e dados estatísticos. Além
disso, é levado em conta o tempo de retorno no local e o tempo de concentração,
calculado utilizando a seguinte equação:

𝑘 ⋅ 𝑇𝑎
𝑙̇ =
(𝑏 + 𝑡)𝑐

Onde:

i: intensidade de chuvas em milímetros por hora (mm/h).

K, a, b, c: parâmetros adimensionais variáveis de acordo com a região, obtidos por


meio de softwares como o Plúvio 2.1, disponibilizado gratuitamente para download
pela Universidade de Viçosa.

T: tempo de retorno em anos.

t: tempo de duração da chuva em minutos.


26
Essa equação é fundamental para calcular e estimar a intensidade das chuvas em
diferentes localidades, considerando suas características pluviométricas específicas
e auxiliando no planejamento e na prevenção de riscos associados a eventos de chuva
intensa.

6.4 CÁLCULO DE INTENSIDADE DE CHUVA PARA ÁREA DA POLIGONAL

Para realizar estudos relacionados a uma poligonal específica, foi utilizado o


software Pluvio 2.1, desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa em Recursos Hídricos
(GPRH) da Universidade Federal de Viçosa. Este software permitiu inserir as
coordenadas geográficas (em graus, minutos e segundos), bem como indicar o estado
e a localidade relacionados à área em análise.

Os valores obtidos a partir do software, conforme apresentados no Anexo I do


documento, foram os seguintes:

k: 1549,915

a: 0,223

b: 17,391

c: 0,825

Esse estudo foi aplicado em um empreendimento de mineração, onde foi adotado


um "tempo de retorno" de 50 anos como parâmetro. Esse tempo de retorno é essencial
para o planejamento e execução da atividade de mineração, considerando que após
o término da exploração dos recursos minerais ou quando a sua exploração já não é
mais rentável, será implementado um projeto de recuperação da área degradada.

O objetivo é assegurar que, após a conclusão da exploração mineral, medidas


eficazes sejam tomadas para reabilitar a área afetada, minimizando os impactos
ambientais e sociais decorrentes da atividade de mineração. Este planejamento prévio
é fundamental para garantir a sustentabilidade e responsabilidade ambiental durante
e após o período de exploração.

Utilizando para o projeto um período de recorrência ou de retorno da chuva de (50

anos) e uma duração da chuva de 8 min., teremos:

1549,915 ⋅ 500,223
𝑙̇ = = 257,2274739
(17,391 + 8)0,825
27
6.5 ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO

Seguindo as diretrizes da norma NBR 10.844/89, o conceito de área de


contribuição é descrito no item 3.2 como a "soma das áreas das superfícies que, ao
interceptar a chuva, direcionam o escoamento das águas para um ponto específico da
instalação ou sistema de drenagem." Em conformidade com essa definição, foram
realizados estudos utilizando o software QGIS para obter informações geoespaciais e
identificar a área que contribui para a captação pluvial em questão.

Os dados obtidos através do software revelaram que a área de captação pluvial


equivalente para esse sistema específico é de 1,4 quilômetros quadrados (1,4 km²),
conforme imagem 18. Isso significa que, dentro dessa extensão de área delimitada,
todas as superfícies que interceptam a chuva direcionam seu escoamento para o
ponto ou sistema de drenagem em análise.

Essa delimitação precisa da área de contribuição é fundamental para entender a


quantidade de água que pode ser captada e direcionada pelo sistema de drenagem,
auxiliando no planejamento adequado e na eficiência do sistema para lidar com o
escoamento das águas pluviais.

Entretanto, a área de contribuição sobre o polígono da mineradora, que é


mostrada na imagem 19, é que será considerada para o cálculo do escoamento
superficial da precipitação meteórica. A área dessa contribuição é de 330.000 m² (33
hectares).
28
Imagem 18 - Área de Contribuição

Fonte: Geobases, Qgis (2023).

Imagem 19 - Área de contribuição sob polígona da mineradora

Fonte: Geobases, Qgis (2023).


29
6.6 ESCOAMENTO SUPERFICIAL

O escoamento superficial corresponde a um segmento do ciclo hidrológico relativo


ao deslocamento das águas sobre a superfície do solo. É de importância fundamental
para projetos de obras de engenharia, dimensionadas de modo a suportar as vazões
máximas decorrentes do escoamento superficial.

Com a avaliação do ciclo hidrológico, espera-se que a parte do volume total


precipitado seja interceptada pela vegetação, enquanto o restante atinge a superfície
do solo provocando o umedecimento dos agregados do solo e reduzindo suas forças
coesivas. Com a continuidade da ação das chuvas, ocorre a desintegração dos
agregados em partículas menores. A quantidade de solo desestruturado aumenta com
a intensidade da precipitação, a velocidade e tamanho das gotas. Ocasionando a
liberação de partículas, que obstruem os poros do solo, como o impacto das gotas
tende a compactar esse solo ocasionando o selamento de sua superfície e,
consequentemente, reduzindo a capacidade de infiltração da água. O empoçamento
da água, nas depressões existentes na superfície do solo, começa a ocorrer somente
quando a intensidade de precipitação excede a velocidade de infiltração, ou, quando
a capacidade de retenção superficial, a água começa a escoar.

Com a associação do escoamento superficial, ocorre o transporte de partículas do


solo que sofrem deposição somente quando a velocidade do escoamento superficial
for reduzida. Com as partículas de solo em suspensão, o escoamento superficial
transporta nutrientes químicos, matéria orgânica, sementes e defensivos agrícolas
que, além de causarem prejuízos diretos à produção agropecuária, também causam
poluição dos cursos d’água.

6.6.1 COEFICIENTE DE ESCOAMENTO SUPERFICIAL (C)


O coeficiente de escoamento é um indicador que expressa a relação entre a
quantidade de água que escoa superficialmente e a quantidade total de água
precipitada. Esse coeficiente pode ser avaliado de acordo com uma única chuva ou
em um período em que várias precipitações ocorrem.

A fórmula para calcular o coeficiente de escoamento (C) é dada por:

𝐶 = 1 − (𝐶 ′ 1 + 𝐶 ′ 2 + 𝐶′3)
30
Onde:

C: Coeficiente de escoamento superficial.


𝐶 ′ 1 + 𝐶 ′ 2 + 𝐶′3: Valores de coeficientes de escoamento individuais.

Por exemplo, se tivermos os valores 𝑪′ 𝟏: 𝟎, 𝟏𝟎, 𝑪′ 𝟐: 𝟎, 𝟐𝟎 𝒆 𝑪′ 𝟑: 𝟎, 𝟐𝟎 o cálculo


seria:
𝐶 = 1 − (𝐶 ′ 1 + 𝐶 ′ 2 + 𝐶 ′ 3)
𝐶 = 1 − (0,10 + 0,20 + 0,23)
𝐶 = 0,50
O coeficiente de escoamento, também conhecido como coeficiente de Runoff,
é um parâmetro tabelado que indica o comportamento da água diante do ambiente
onde ocorre a precipitação. Quando C: 1, significa que não houve absorção da água
precipitada e todo o volume de chuva escoou superficialmente.
Além disso, o coeficiente de escoamento pode ser usado para prever o
escoamento superficial de outras chuvas com intensidades diferentes, desde que a
duração seja a mesma. Isso é útil para estimar a quantidade de água que escoará em
situações similares, permitindo uma melhor compreensão dos impactos da
precipitação no ambiente.

O quadro abaixo apresenta valores do coeficiente de escoamento (C), em


função do tipo de solo, declividade e cobertura vegetal.
Tabela 1: Valores de C recomendados pela ASCE (1969)
Tabela 1 - Valores de C recomendados pela ASCE (1969)
Coeficiente de runoff, C
Superficie
intervalo valor esperado
• Pavimento
asfalto 0,70 - 0,95 0,83
concreto 0,80 - 0,95 0,88
calçadas 0,75 - 0,85 0,80
telhado 0,75 - 0,95 0,85
• cobertura: grama solo arenoso
pequena declividade (2%) 0,05 - 0,10 0,08
declividade média (2 a 7%) 0,10 - 0,15 0,13
forte declividade (7%) 0,15 - 0,20 0,18
• cobertura: grama solo pesado
pequena declividade (2%) 0,13 - 0,17 0,15
declividade média (2 a 7%) 0,18 - 0,22 0,20
forte declividade (7%) 0,25 - 0,35 0,30
31
Tabela 2: Valores C' para cálculo de C para áreas rurais (Williams, 1949)
Tabela 2 - Valores de C' para cálculo de C para áreas rurais (Williams, 1949)
Tipo de Área C'
1. Topografia
• terreno plano, declividade de 0,2 a 0,6 m/km 0,30
• terreno, declividade de 3,0 a 4,0 m/km 0,20
• morros, declividade de 30 a 50 m/km 0,10
2. Solo
• argiloso (impermeável) 0,10
• peramilidade média 0,20
• arenoso 0,40
3. Cobertura
• áreas cultivadas 0,10
• árvores 0,20

6.7 DIMENSIONAMENTO DE VAZÃO


A vazão, ou volume escoado por tempo, é uma grandeza que caracteriza um
escoamento. Sendo expressa em m3/s ou l/s. Para dimensionar um dreno é realizado
um cálculo da vazão da água da chuva que escoa no terreno, utilizando o método
racional que é o método mais utilizado pelo setor. Sendo calculada pela seguinte
equação:
𝐶. 𝑖. 𝐴
𝑄=
360
Onde:

Q: vazão máxima (m³/s);


C: coeficiente de escoamento superficial (adimensional);
I: intensidade pluviométrica (mm/h)
A: área da bacia (ha).

6.8 CÁLCULO DO DIMENSIONAMENTO DE VAZÃO


Utilizando-se os dados C: 0,50; I: 257,23 mm/h e A: 33 ha;

0,5 ∗ 257,23 ∗ 33
𝑄=
360

𝑄 = 11,79 𝑚3 /𝑠
32
6.9 CÁLCULO DE DECLIVIDADE DA ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO

Por meio do programa Qgis, foi retirado os dados para ser realizados os cálculos
da declividade da área, sabendo que a cota superior é 320 m e a inferior 80 m, e com
uma distância 355 m, podemos obter pela seguinte fórmula:

Onde:
I: Declividade

L: Distância em (m)
(𝐶𝑜𝑡𝑎 sup 𝑒 𝑟𝑖𝑜𝑟 − 𝐶𝑜𝑡𝑎 inf 𝑒 𝑟𝑖𝑜𝑟)
𝑰=
𝐿

320 − 80
𝐼= = 0,676
355

Por meio do cálculo, o valor da inclinação da área de contribuição será de 0,676


m/m.

6.10 DRENAGEM SUPERFICIAL

O sistema de drenagem superficial tem como objetivo primordial captar ou


interceptar as águas provenientes da precipitação, tanto sobre as estradas quanto em
áreas adjacentes, que fluem superficialmente. Ele é projetado para lidar com o
escoamento das águas pluviais, direcionando-as de maneira apropriada para fora das
áreas críticas.

Essas águas superficiais, ao serem captadas pelo sistema de drenagem,


precisam ser removidas de forma eficiente. Isso é realizado conduzindo-as para fora
do corpo estradal, evitando a acumulação na estrada, na frente de lavra onde ocorrem
operações de equipamentos e pessoal, ou em áreas que possam representar riscos
ou causar interrupções nas atividades.

Além disso, é fundamental direcionar essas águas pluviais para locais apropriados
de deságue seguro, evitando sua estagnação, o que poderia causar danos à
infraestrutura da estrada. Essa prática visa também garantir a estabilidade dos
33
maciços que compõem a infraestrutura, prevenindo erosões nos terrenos marginais
adjacentes.

O sistema de drenagem superficial desempenha um papel crucial na preservação


da integridade das estradas e áreas circundantes, evitando danos materiais, físicos e
ambientais decorrentes do acúmulo descontrolado das águas pluviais e da erosão do
terreno.
Imagem 20 - Direção de escoamento superficial da precipitação meteórica

Fonte: Geobases, Qgis (2023).

No polígono de estudo, observa-se, conforme imagem 19, a direção de


escoamento superficial da água durante a precipitação meteórica, veja que o epicentro
é no pátio industrial da mineradora. Em consequência desse fato, produz-se um
estudo de drenagem para que a água seja redirecionada para o corpo hídrico a poucos
metros de distância.

6.11 TIPO DE REVESTIMENTO

O revestimento escolhido para os drenos será o concreto. Essa decisão foi tomada
com base na viabilidade econômica do material e em sua longa durabilidade. Optou-
se pelo concreto por ser uma alternativa que oferece economia de tempo e esforço no
34
decorrer do tempo, uma vez que sua durabilidade reduz a necessidade de reparos
frequentes em curtos intervalos.

O concreto foi considerado vantajoso em relação a outros materiais de


revestimento de drenos devido à sua resistência, capacidade de suportar condições
adversas e desgaste ao longo do tempo. Essa escolha visa não apenas economizar
recursos financeiros a longo prazo, mas também reduzir a necessidade de
manutenção frequente, proporcionando eficiência e durabilidade ao sistema de
drenagem.

6.12 TIPO DE DRENO

Neste projeto, serão instalados dois canais de drenagem no centro da planta


industrial para capturar e desviar o escoamento superficial da chuva, redirecionando-
o para o rio que atravessa a área do polígono. Estes drenos estão projetados para
receber uma vazão de água de 11,8 metros cúbicos por segundo (m³/s).

A escolha foi pela construção dos canais em formato geométrico trapezoidal de


concreto, com altura de 0,5 metros, largura de 0,5 metros e uma folga adicional de 0,2
metros. Essa configuração foi selecionada devido à sua eficiência na condução da
água e na capacidade de gerenciar o fluxo de maneira controlada.

Vale ressaltar que essa estrutura foi dimensionada para suportar uma vazão
máxima de 12,92 metros cúbicos por segundo (m³/s), demonstrando uma margem de
segurança para a capacidade de escoamento do sistema projetado. Dessa forma, o
sistema de canais de drenagem é adequado e capaz de comportar a vazão estimada
do projeto, garantindo a eficácia na gestão do fluxo de água pluvial na planta industrial.
35
Imagem 21 - Dimensionamento de dreno no aplicativo canal

Fonte: Software Canal (2023).

6.13 DISPOSITIVOS DE DRENAGEM

Os componentes de escoamento desempenham um papel crucial no plano, sendo


essenciais para facilitar a drenagem superficial. No contexto deste projeto, serão
implementados dois dispositivos principais: a descida d'água, responsável por guiar
as águas coletadas por outros elementos de drenagem, ao longo dos taludes de corte
e aterro; e a caixa seca, destinada a reunir as águas provenientes das sarjetas e das
descidas d'água nos cortes.
36
Imagem 22 - Caixa seca

Fonte: Google Imagens (2023).

Imagem 23 - Escada hidráulica

Fonte: Google Imagens (2023).


37
7 DIMENSIONAMENTO E MEMORIAL DE CÁLCULOS PARA O RESERVATÓRIO
DE ABASTECIMENTO

7.1 OUTORGA DE RECURSOS HÍDRICOS

Durante o processo de desenvolvimento deste projeto, consideramos a questão


fundamental do acesso à água para as operações da empresa. Identificamos que a
vazão do rio disponível é de 3 metros cúbicos por hora (3m³/h), enquanto a demanda
da empresa para suas atividades é de 80 metros cúbicos por hora (80m³/h).

Para atender a essa demanda, parte da água necessária é obtida diretamente do


rio, enquanto o restante é suprido pela empresa de abastecimento de água local, a
BRK Ambiental. Reconhecemos a importância de regularizar o uso da água
proveniente do rio por meio de uma outorga, que é uma autorização legal necessária
para captação e uso de recursos hídricos.

Conforme as diretrizes estabelecidas pela Agência Estadual de Recursos Hídricos


(AGERH), a dispensa de outorga se aplica a usos considerados insignificantes, de
acordo com a Resolução Normativa CERH nº 017/2007. No entanto, mesmo estando
isentos da outorga, esses usos devem ser devidamente registrados junto à AGERH e
estão sujeitos à fiscalização.

Normalmente, captações de água superficiais inferiores a 1,5 litros por segundo


(1,5 l/s) ou 0,0015 metros cúbicos por segundo (0,0015m³/s), limitadas a um volume
máximo diário de 43.200 litros e barragens com volume máximo de 10.000 metros
cúbicos (10.000 m³) são dispensadas da necessidade de outorga.

Entretanto, no caso específico deste projeto, a vazão necessária para o seu


funcionamento é de 0,022 metros cúbicos por segundo (0,022m³/s), ultrapassando os
limites estabelecidos para dispensa de outorga. Portanto, é imperativo requerer a
outorga junto à AGERH para a captação e uso da água do rio, garantindo a
conformidade legal e a gestão adequada dos recursos hídricos para o
desenvolvimento das atividades industriais. O Anexo 1, traz a outorga de requerimento
para permissão de uso de água superficial.

7.2 VAZÃO NECESSÁRIA (Q)

Considerando 200 trabalhadores cada um gastando 150 L/h, cerca de 29


equipamentos, dentre eles um caminhão pipa visando minimizar os efeitos da
38
mineração, gastando cada equipamento 10000 L/h, e ainda, 3 dias para manutenção.
Sendo assim, a vazão necessária é de 960000 L/h ou 960 m 3. A pedreira terá um
funcionamento de 12 hrs diárias, sendo assim a vazão diária é de 80 m 3/h ou 0,022
m3/s.

7.3 CÁLCULO DO DIÂMETRO DE RECALQUE E SUCÇÃO (D)

Calculando pela fórmula abaixo para funcionamento de algumas horas no dia,


sendo esse valor a variável ‘x’ da fórmula e ‘Q’ a vazão temos:
𝑥
𝐷 = 1,3 ⋅ (24) ⋅ √𝑄

Sendo 𝑥 = 12 ℎ𝑟𝑠⁄𝑑𝑖𝑎 e 𝑄 = 0,022 𝑚3 ⁄𝑠 , o diâmetro calculado é 𝐷 ≅


162,96 𝑚𝑚 . Em tabela com diâmetros comerciais os respectivos diâmetros usados
no projeto serão: 𝐷𝑟𝑒𝑐𝑎𝑙𝑞𝑢𝑒 = 200 𝑚𝑚 e 𝐷𝑠𝑢𝑐çã𝑜 = 250 𝑚𝑚.

7.4 CÁLCULO DOS COMPRIMENTOS VIRTUAIS


Para o cálculo dos comprimentos virtuais são necessários alguns dados reais.
Com base na topografia do local foi considerado:
𝐿𝑟𝑒𝑐𝑎𝑙𝑞𝑢𝑒 = 250 𝑚;
𝐿𝑠𝑢𝑐çã𝑜 = 2 𝑚;

As peças especiais para esse dimensionamento são:

Para recalque:
• 25 Válvulas de Gaveta Aberta (𝑉𝐺);
• 2 cotovelos de 90° de raio curto (𝐶 90°);
• 1 Válvula de Retenção (𝑉𝑅);
• 1 Saída (𝑆);

Para sucção:
• 1 Válvula de Pé com crivo (𝑉𝑃);
• 1 cotovelo de 90° de raio curto (𝐶 90°);

𝐿𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝐿𝑣𝑖𝑟𝑡𝑢𝑎𝑙 + 𝐿𝑟𝑒𝑎𝑙


39
Sendo o comprimento virtual a soma dos comprimentos das peças especiais,
segundo a tabela abaixo, e o comprimento real, o comprimento inicial de projeto dado
no início do texto:

Tabela 3: Peças especiais

Para recalque:

𝐿𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 = 25 ⋅ 𝑉𝐺 + 2 ⋅ 𝐶 90° + 𝑉𝑅 + 𝑆 + 𝐿𝑟𝑒𝑐𝑎𝑙𝑞𝑢𝑒


𝐿𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 = 25 ⋅ 𝑉𝐺 + 2 ⋅ 𝐶 90° + 𝑉𝑅 + 𝑆 + 𝐿𝑟𝑒𝑐𝑎𝑙𝑞𝑢𝑒
𝐿𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 = 35 + 12,8 + 25 + 6 + 250
𝐿𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 = 328,8 𝑚

Para sucção:

𝐿𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝑉𝑃 + 𝐶 90° + 𝐿𝑠𝑢𝑐çã𝑜


𝐿𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 = 65 + 7,9 + 2
𝐿𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 = 74,9 𝑚
40
7.5 CÁLCULO DO Jr E Js
Para o cálculo dos respectivos ‘J’ tanto de recalque quanto de sucção:

𝐽 10,643 × 𝐷−4,87
=
𝑄1,85 𝐶 1,85

Para ′𝐶′ foi escolhido o material PVC com mais de 20 anos de uso, sendo 𝐶 =
130, segundo a tabela abaixo:
Tabela 4: Valor do coeficiente C sugerido para a fórmula de Hazen-Williams

Para recalque:
10,643 ∙ (0,2)−4,87 ∙ (0,022)1,85
𝐽𝑟 =
1301,85
𝐽𝑟 ≅ 0,0028961 𝑚⁄𝑚

Para sucção:
10,643 ∙ (0,25)−4,87 ∙ (0,022)1,85
𝐽𝑠 =
1301,85
𝐽𝑠 ≅ 0,00097692 𝑚⁄𝑚
41
7.5.1 CÁLCULO DO Hr (PERDA DE CARGA DE RECALQUE)

A perda de carga é dada por ℎ𝑓 = 𝐽 ∙ 𝐿𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 , dessa forma, para recalque:

ℎ𝑟 = 0,0028961 ∙ 328,8

ℎ𝑟 ≅ 0,9522291 𝑚

7.5.2 CÁLCULO DO Hs (PERDA DE CARGA DE SUCÇÃO)


Para o cálculo da perda de carga de sucção:
ℎ𝑠 = 0,00097692 ∙ 74,9
ℎ𝑠 ≅ 0,07317112 𝑚

7.6 CÁLCULO DA ALTURA MANOMÉTRICA (Hm)


𝐻𝑟𝑒𝑐𝑎𝑙𝑞𝑢𝑒 = 10 𝑚 𝐻𝑠𝑢𝑐çã𝑜 = 1,5 𝑚

Para o cálculo da altura manométrica de diâmetros acima ou iguais a 50 𝑚𝑚, é


adotado a seguinte fórmula:

𝐻𝑀 = 𝐻𝐺 + ℎ𝑓

Sendo 𝐻𝐺 = 𝐻𝑟𝑒𝑐𝑎𝑙𝑞𝑢𝑒 + 𝐻𝑠𝑢𝑐çã𝑜 e ℎ𝑓 = ℎ𝑟𝑒𝑐𝑎𝑙𝑞𝑢𝑒 + ℎ𝑠𝑢𝑐çã𝑜 , dessa forma:

𝐻𝑀 = 10 + 1,5 + 0,9522291 + 0,07317112

𝐻𝑀 ≅ 12,5254 𝑚

7.7 CÁLCULO PARA VERIFICAR SE HÁ CAVITAÇÃO

Para averiguar se há cavitação ou não é necessário comparar um 𝑁𝑃𝑆𝐻𝐷


(disponível) com o 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑅 (requerido). O primeiro é adquirido conforme a vazão
necessária, que nesse caso é 80 𝑚3 /ℎ, através do gráfico abaixo, que nesse caso é
𝑁𝑃𝑆𝐻𝐷 ≅ 3,25 𝑚.
Gráfico 1: Gráfico NPSH
42
Já o segundo é adquirido através de cálculo, segundo a fórmula abaixo:

𝑁𝑃𝑆𝐻𝐷 = ±𝐻𝑆 + 𝑃𝑎 − 𝑃𝑉 − ℎ𝑠

+𝐻𝑆 = 𝑏𝑜𝑚𝑏𝑎 𝑎𝑓𝑜𝑔𝑎𝑑𝑎;

−𝐻𝑆 = 𝑏𝑜𝑚𝑏𝑎 𝑐𝑜𝑚 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑐𝑎𝑙𝑞𝑢𝑒;

+ 𝑃𝑎 = 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝐴𝑡𝑚𝑜𝑠𝑓é𝑟𝑖𝑐𝑎;

− 𝑃𝑉 = 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑉𝑎𝑝𝑜𝑟;

− ℎ𝑠 = 𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑑𝑒 𝑠𝑢𝑐çã𝑜;

A Pressão atmosférica é escolhida conforme a altitude local, que no caso do


projeto é de 700 𝑚, e a pressão de vapor é escolhida conforme a temperatura média
local, segundo a tabela abaixo. A altura de recalque foi dada e a bomba não é afogada,
dessa forma:
Tabela 5: NPSH - pressão atmosférica x altitude
43
Tabela 6: NPSH - pressão de vapor x temperatura.

𝑁𝑃𝑆𝐻𝐷 = −1,5 + 9,59 − 0,33 − 0,07317112

𝑁𝑃𝑆𝐻𝐷 ≅ 7,69 𝑚

Como 𝑁𝑃𝑆𝐻𝐷 > 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑅 logo, não cavita.

7.8 CÁLCULO DA POTÊNCIA DA BOMBA (P)

A potência da bomba é dada pela seguinte fórmula:

𝛿 ∙ 𝑄 ∙ 𝐻𝑀𝐴𝑁
𝑃=
75 ∙ 𝜂

𝑃 = 𝑝𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑎 𝑏𝑜𝑚𝑏𝑎 (𝑐. 𝑣);

𝑘𝑔𝑓
𝛿 = 𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑜. (𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑎 á𝑔𝑢𝑎 = 1000 ;
𝑚3

𝑚3
𝑄 = 𝑉𝑎𝑧ã𝑜 ( );
𝑠
44
𝐻𝑀𝐴𝑁 = 𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑀𝑎𝑛𝑜𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 (𝑚);

𝜂 = 𝑟𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜;

O rendimento é definido também por um gráfico do mesmo fabricante escolhido


para o 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑅 . O rendimento usado é segundo a vazão de projeto também, e nesse
caso é escolhido o pior caso, segundo a tabela abaixo o rendimento será de 63%.
Gráfico 2: Rendimento da bomba

Com isso, pela fórmula da potência temos:

1000 ∙ 0,022 ∙ 12,53


𝑃=
75 ∙ 0,63

𝑃 = 5,89 𝑐. 𝑣

De acordo com o fabricante escolhido, a potência de bomba mais próxima da


potência calculada é de 15 𝑐. 𝑣 .

7.9 CURVA DO SISTEMA

Com a potência da bomba escolhida, foi traçado a curva de operação, para isso,
como o 𝐷 > 50 𝑚𝑚 foi usada a seguinte fórmula:

10,643 ∙ 𝐿𝑣𝑖𝑟𝑡
𝐻𝑀 = 𝐻𝐺 + ( ) ∙ 𝑄1,85
𝐶 1,85 ∙ 𝐷4,87
45
Esse cálculo resulta em uma função de 𝐻𝑀(𝑄) , dessa forma:

𝑯𝑴 (𝒎) 𝑸(𝒎𝟑 ⁄𝒔) 𝑸(𝒎𝟑 ⁄𝒉)


11,5 0 0
16,039138 0,0041667 15
17,552183 0,0055556 20
19,065229 0,0069444 25
20,578275 0,0083333 30
22,091321 0,0097222 35
20,578275 0,0083333 30
22,091321 0,0097222 35
23,604367 0,0111111 40
25,117413 0,0125 45
26,630459 0,0138889 50
28,143505 0,0152778 55
29,65655 0,0166667 60
31,169596 0,0180556 65
32,682642 0,0194444 70
34,195688 0,0208333 75
35,708734 0,0222222 80
37,22178 0,0236111 85
38,734826 0,025 90
40,247871 0,0263889 95
41,760917 0,0277778 100
43,273963 0,0291667 105
44,787009 0,0305556 110
46,300055 0,0319444 115
47,813101 0,0333333 120
E com essa tabela foi possível traçar a curva de operação (curva em vermelho).
Além dela foi traçado as curvas da associação de bombas em série (curva marrom) e
em paralelo (curva em amarelo).

Na associação em série a vazão das bombas se mantém as mesmas da vazão de


projeto (𝑄𝐵1 = 𝑄𝐵2 = 𝑄) , porém a altura manométrica de cada uma das bombas
𝐻𝑀
corresponde a metade da altura manométrica de projeto (𝐻𝑀𝐵1 = 𝐻𝑀𝐵2 = ) , como
2

a vazão se mantém, o rendimento de 63% também se mantém, pela fórmula de


potência apresentada anteriormente, a potência das duas bombas associadas em
série é de 𝑃 ≅ 2,95 𝑐. 𝑣. Como o fabricante escolhido a menor potência de bomba é
de 15 𝑐. 𝑣 foi feita a associação dessa bomba.
46
Já na associação em paralelo a vazão das bombas corresponde à metade da
𝑄
vazão de projeto (𝑄𝐵1 = 𝑄𝐵2 = ) , enquanto a altura manométrica de cada uma das
2

bombas é igual a altura manométrica de projeto (𝐻𝑀𝐵1 = 𝐻𝑀𝐵2 = 𝐻𝑀 ) , como a vazão


mudou, o rendimento de 63% não corresponde mais a essa associação, dessa forma,
com 𝑄𝐵 = 40 𝑚3 ⁄ℎ, a escolha do pior caso para o rendimento segundo a tabela
apresentada anteriormente para rendimentos é de 50%, pela fórmula de potência
apresentada anteriormente, a potência das duas bombas associadas em paralelo é
de 𝑃 ≅ 3,71 𝑐. 𝑣. Como o fabricante escolhido a menor potência de bomba é de 15 𝑐. 𝑣
foi feita a associação dessa bomba.
Gráfico 3: Curva de operação e Associação de bombas

O ponto 1 é a interseção da curva da bomba de 15 𝑐. 𝑣 , com a curva de


operação, ou seja, o ponto de operação, com 𝑄𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜 ≅ 83 𝑚3 ⁄ℎ e 𝐻𝑀𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜 ≅ 37 𝑚.
O ponto 2 é a interseção da curva da associação de duas bombas em série com a
curva de operação, ou seja, o ponto de operação, com 𝑄𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜 ≅ 106 𝑚3 ⁄ℎ e
𝐻𝑀𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜 ≅ 43 𝑚. Já o ponto 3 é a interseção da curva da associação de duas bombas

em paralelo com a curva de operação, ou seja, o ponto de operação, com 𝑄𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜 ≅


118 𝑚3 ⁄ℎ e 𝐻𝑀𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜 ≅ 47 𝑚.
47
7.10 CÁLCULO DO GOLPE DE ARIETE

7.10.1 CÁLCULO DO PERÍODO DE PROPAGAÇÃO DA ONDA (𝜏)

O período de propagação é calculado pela seguinte fórmula:

2∙𝐿
𝜏=
𝐶

𝜏 = 𝑃𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑝𝑎𝑔𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑜𝑛𝑑𝑎 (𝑠);

𝐿 = 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (𝑚);

𝐶 = 𝑐𝑒𝑙𝑒𝑟𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (𝑚⁄𝑠);

O comprimento utilizado é o 𝐿𝑟𝑒𝑐𝑎𝑙𝑞𝑢𝑒 , já a celeridade é calculada pela seguinte


fórmula:

9900
𝐶=
√48,3 + 𝐾 ∙ 𝐷

1010
𝐾=
Ε

𝐶 = 𝑐𝑒𝑙𝑒𝑟𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (𝑚⁄𝑠);

𝐷 = 𝑑𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 (𝑚);

𝐾 = 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒;

℮ = 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑠𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑡𝑢𝑏𝑜𝑠 (𝑚);

Ε = 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝐸𝑙𝑎𝑠𝑡𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (𝐺𝑃𝑎);

Para os tubos de pvc o módulo de elasticidade varia entre


24,13 𝐺𝑃𝑎 ~ 68,95 𝐺𝑃𝑎, a espessura comercial para o diâmetro de recalque é de
5,8 𝑚𝑚. Com isso foi utilizado o pior caso para o módulo de elasticidade, dessa forma:

1010
𝐾=
24,13 ∙ 109

𝐾 ≅ 4,14

9900
𝐶=
4,14 ∙ 0,1
√48,3 +
0,0058

𝐶 ≅ 715,97 𝑚⁄𝑠
48
2 ∙ 0,25
𝜏=
715,97

𝜏 ≅ 0,000698 𝑠

7.10.2 CÁLCULO DO TEMPO DE FECHAMENTO DA VÁLVULA (𝜏)

A fórmula para o cálculo do tempo é:

𝑘∙𝐿∙𝑉
𝑡=𝐶+
𝑔 ∙ 𝐻𝑀

𝐶 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒;

𝑘 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒;

𝐿 = 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (𝐿𝑟𝑒𝑐𝑎𝑙𝑞𝑢𝑒 );

𝑄∙4
𝑉 = 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (𝑚⁄𝑠) (𝑉 = = 0,707 𝑚⁄𝑠) ;
𝜋 ∙ 𝐷2

𝑔 = 𝑔𝑟𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (𝑚⁄𝑠 2 );

𝐻𝑀 = 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑚𝑎𝑛𝑜𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 (𝑚);

Os valores de 𝐶 e 𝑘 são dados segundo as tabelas abaixo:


Tabela 7: Valores de C

Tabela 8: Valores de K
49
2 ∙ 0,25 ∙ 0,707
𝑡 = 1+
9,81 ∙ 12,53

𝑡 ≅ 1,0029 𝑠

7.10.3 AVALIAÇÃO SE É MANOBRA LENTA OU RÁPIDA

Como 𝑡 > 𝜏 a manobra é lenta, dessa forma, será usado a fórmula para
fechamento Lento de Michaud que é a mais conservadora.

7.11 CÁLCULO DO Ha
2∙𝐿∙𝑉
ℎ𝑎 =
𝑔∙𝑡
𝐿 = 𝐿𝑟𝑒𝑐𝑎𝑙𝑞𝑢𝑒 ;
𝑉 = 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (𝑚⁄𝑠);
𝑔 = 𝑔𝑟𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (𝑚⁄𝑠 2 );
𝑡 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 (𝑠);
2 ∙ 0,25 ∙ 0,707
ℎ𝑎 =
9,81 ∙ 1,0029
ℎ𝑎 ≅ 0,036 𝑚

7.12 DEFINIR A CLASSE DA TUBULAÇÃO

A classe da tubulação é definida por:

𝐻 = 𝐻𝑅 + ℎ𝑎

𝐻 = 10 + 0,036

𝐻 = 10,036 𝑚𝑐𝑎 = 1,0036 𝑘𝑔𝑓 ⁄𝑐𝑚2

Pela tabela abaixo, corresponde a classe 12.


Tabela 9: Classes

Classe 35 Classe 20 Classe 15 Classe 12


20 𝑘𝑔𝑓 ⁄𝑐𝑚 10 𝑘𝑔𝑓 ⁄𝑐𝑚 7,5 𝑘𝑔𝑓⁄𝑐𝑚 6 𝑘𝑔𝑓 ⁄𝑐𝑚2
2 2 2
50
8 CONCLUSÃO

Conclui-se que há inúmeras preocupações e restrições estabelecidas pelas


agências de proteção ambiental em relação à conservação dos recursos hídricos
naturais. Através da realização de estudos recorrendo a diversas literaturas e
softwares (ex. Plúvio, Qgis), foi possível recolher os dados necessários para verificar
a prevenção da preservação mineral da mina em questão, e observou-se que o corpo
hídrico que intercepta o polígono da mineradora fornece uma vazão insuficiente para
suprir a demanda da mineradora, então ela recorreu a empresa de fornecimento de
água local. Sendo necessário e obrigatório o requerimento de outorga pela AGERH
(Agência Estadual de Recursos hídricos) que constam em Anexo 1 neste projeto.

Calculando tamanhos de tubos, conexões, potência de bomba, vazões e outros


itens usando os métodos aprendidos em sala de aula, é possível realizar o projeto de
planejamento de reparos e intensidade de tempestades necessário para a indústria
de mineração. É uma forma adequada de gerir a chuva localmente. Após a realização
de todos os estudos aqui descritos, pode-se concluir que a área selecionada de Itaoca
do município de Cachoeiro de Itapemirim, pode-se legalmente realizar mineração fora
das restrições de áreas de preservação permanente, proveniente dos topos de morros
e rio.
REFERÊNCIAS

IEMA (2023) – Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Disponível em:


<https://iema.es.gov.br/> Acesso em outubro 2023.

GEOBASES (2023). Sistema Integrado de Bases do Estado do Espírito Santo.


Disponível em: < https://geobases.es.gov.br/> Acesso em outubro 2023.

ANM (2023). Agência Nacional de Mineração. Disponível em: <


https://www.gov.br/anm/pt-br> Acesso em outubro 2023.

ISJN (2023). Instituto Jones dos Santos Neves. Disponível em: <
https://ijsn.es.gov.br/> Acesso em outubro 2023.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: <


http://www.ibge.gov.br/>. Acesso em: outubro 2023.

CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Disponível em :


<https://conama.mma.gov.br/>. Acesso em outubro de 2023.

ANA. Agência Nacional de Águas. Disponivel em: <https://www.gov.br/ana/pt-br>.


Acesso em outubro de 2023.

IBRAM. Instituto Brasileiro de Mineração. Disponível em: <https://ibram.org.br/>.


Acesso em outubro de 2023.

DNIT. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte. Disponível em:


<https://www.gov.br/dnit/pt-br>. Acesso em outubro de 2023.

AGERH. Agência Estadual de Recursos Hídricos . Disponível em:


<https://agerh.es.gov.br/cbh-itapemirim>. Acesso em novembro de 2023
GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS - SEAMA
AGÊNCIA ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS - AGERH

REQUERIMENTO I
OUTORGA DE DIREITO DE USO DOS RECURSOS HÍDRICOS (1)

REQUERENTE E EMPREENDIMENTO
Nome do requerente: ISABELLA ANDREZA, JANAÍNA DAVEL, MAYARA MARINATO, RYAN FERREIRA
E THÁLITA BRANDÃO
CPF / CNPJ: 123.456.789-10

Nome do empreendimento: OMYA DO BRASIL IMPORTACAO, EXPORTACAO E COMERCIO DE


MINERAIS LTDA
CNPJ: 05.969.945/0006-44

ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA


Logradouro: ESTRADA ALTO MOLEDO

Número: S/N Complemento: ZONA RURAL CEP: 29.325-000

Bairro / Distrito: ITAOCA PEDRA Município: CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

Telefone / Fax: (28)99992-4150 E-mail: t.halitabm@hotmail.com,


mayaram3@hotmail.com e ryan-ferreira@outlook.com.br

USO DE RECURSO HÍDRICO


Uso ou interferência em recursos hídricos: Barramento em corpo de água superficial

Finalidade(s) de uso da água: Abastecimento industrial

Senhor Diretor,

Requeiro por este instrumento a outorga de direito de uso de recursos hídricos, conforme características
descritas neste requerimento.

Responsabilizo-me pelas informações prestadas sobre as características do empreendimento e objetivo do


uso ou interferência em recursos hídricos.

Declaro ainda que as informações prestadas no presente processo se constituem em expressão da verdade.

Termos em que pede deferimento, 27/ 11/ 2023

Assinatura do Requerente ou Representante Legal

(1)
Observar os procedimentos para formalização de processos de outorga estabelecidos na Instrução Normativa nº 019/05.
GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS - SEAMA
AGÊNCIA ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS - AGERH

FORMULÁRIO I
CAPTAÇÃO EM CORPO DE ÁGUA SUPERFICIAL

CARACTERIZAÇÃO DO USO OU INTERFERÊNCIA


Nome do uso ou interferência: Captação via bombeamento do curso hidríco represado

Bairro / Distrito: Itaoca Pedra Município: Cachoeiro de Itapemirim


Nome do corpo de água: Rio das Pedras Região hidrográfica: Bacia do Itapemirim

Coordenadas do ponto de uso ou interferência (1)


Coord E (m): 279448.96 m E Coord N (m): 7706271.11 m N
Vias de acesso ao local e pontos de referência: Rodovia ES-486

Situação do requerente em relação ao imóvel:


( X ) Proprietário ( ) Cessão de uso ( ) Área desapropriada
( ) Comodato ( ) Arrendamento ( ) Outra:
(1)
Sistema de Coordenadas Planas UTM, Datum de referência WGS-84.

CARACTERIZAÇÃO DA CAPTAÇÃO
Tipo de uso ou interferência: Captação de água já existente:
( ) Captação direta em corpo de água (rio, lagoa natural, etc.) (X) Não
(2)
( X) Captação em barramento ( ) Sim, desde _____ / _____ / _____
Tipo de captação:
( ) Gravidade Estrutura de derivação: ____________________________________________________________
( X ) Recalque Nº bombas: 1 Vazão nominal (l/s): 23,06 Potência nominal (CV): 15 Cvs
(2)
Preencher também o Formulário II – Barramento em corpo de água superficial.

DADOS DA CAPTAÇÃO
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
(3)
Vazão (l/s)

Horas / Dia

Dias / Mês
(3)
Vazão máxima instantânea, definida pela capacidade da(s) bomba(s) ou da estrutura de derivação por gravidade.

CONSIDERAÇÕES

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