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ESTUDOS E PROJETO BÁSICO DOS

SISTEMAS ADUTORES DO AGRESTE POTIGUAR NO


ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

RELATÓRIO DE ESTUDOS GEOTÉCNICOS

Revisão-02

Julho de 2023

1
ÍNDICE

2
ÍNDICE GERAL
Páginas

1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................................... 8
2. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES................................................................................ 10
3. ESCOPO DOS SERVIÇOS ............................................................................................... 12
3.1 Termos e Definições .................................................................................................. 12
4. CONDIÇÕES GERAIS ...................................................................................................... 15
5. METODOLOGIA DAS SONDAGENS SPT ........................................................................ 17
6. METODOLOGIA DAS SONDAGENS A TRADO ............................................................... 19
7. METODOLOGIA DOS POÇOS DE INSPEÇÃO ................................................................ 21
8. CONSIDERAÇÕES SOBRE OS SOLOS .......................................................................... 23
8.1 Origem .................................................................................................................... 23
8.2 Coloração do Material ............................................................................................. 23
8.3 Granulometria do Material ...................................................................................... 23
9. PARÂMETROS GEOMECÂNICOS PARA DESCRIÇÃO DAS SONDAGENS ................... 26
13.1 Consistência do material................................................................................................ 26
9.1.1. Rocha muito consistente ..................................................................................... 26
9.1.2. Rocha consistente ............................................................................................... 26
9.1.3. Rocha medianamente consistente ...................................................................... 26
9.1.4. Rocha pouco consistente (quebradiça) ............................................................... 26
9.1.5. Rocha sem consistência (friável) ......................................................................... 26
13.2 Coesão do material ........................................................................................................ 27
10. IDENTIFICAÇÃO DOS LOCAIS DE SONDAGEM SPT ................................................. 30
11. IDENTIFICAÇÃO DOS LOCAIS DE SONDAGEM A TRADO ........................................ 34
12. IDENTIFICAÇÃO DOS LOCAIS DOS POÇOS DE INSPEÇÃO ..................................... 53
13. ASPECTOS GEOLÓGICOS .......................................................................................... 59
13.1 Aspectos Regionais ....................................................................................................... 59
13.2 Aspectos Locais............................................................................................................. 61
13.3 Aspectos Geo-Estruturais da Área Estudada ................................................................. 65
14. PERFIS DAS SONDAGENS SPT .................................................................................. 68
15. PERFIS DAS SONSAGENS A TRADO ......................................................................... 70
16. PERFIS DOS POÇOS DE INSPEÇÃO .......................................................................... 72
17. CONCLUSÕES.............................................................................................................. 74
18. ANEXO I ........................................................................................................................ 77

3
19. ANEXO II ....................................................................................................................... 82
20. ANEXO III ...................................................................................................................... 93
21. ANEXO IV.................................................................................................................... 102
22. ANEXO V..................................................................................................................... 213
23. ANEXO VI.................................................................................................................... 294
24. ANEXO VII................................................................................................................... 298

4
ÍNDICE DE FIGURAS
Páginas

FIGURA 1 - CLASSIFICAÇÃO GRANULOMÉTRICA DOS GRÃOS ......................................... 20


FIGURA 2 - CLASSIFICAÇÃO DOS GRÃOS ........................................................................... 20
FIGURA 3 - CLASSIFICAÇÃO QUANTO A CONSISTÊNCIA DO MATERIAL.......................... 23
FIGURA 4 - PARÂMETROS DE CONSISTÊNCIA, COMPACIDADE E PERMEABILIDADE DOS
MATERIAIS ....................................................................................................................... 24
FIGURA 5 - SONDAGENS SPT NA ETA PROJETADA ........................................................... 27
FIGURA 6 - SONDAGENS SPT NA CAPTAÇÃO GUAJU ........................................................ 28
FIGURA 7 - IDENTIFICAÇÃO DOS TRECHOS I, II E III .......................................................... 34
FIGURA 8 - IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS DO TRECHO I DO ST-03 AO ST-12 ................ 35
FIGURA 9 - IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS DO TRECHO I DO ST-13 AO ST-28 ................ 36
FIGURA 10 - IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS DO TRECHO I DO ST-29 AO ST-42 .............. 37
FIGURA 11 - IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS DO TRECHO II DO ST-43 AO ST-51 ............. 38
FIGURA 12 - IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS DO TRECHO II DO ST-52 AO ST-61 ............. 39
FIGURA 13 - IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS DO TRECHO II DO ST-62 AO ST-69 ............. 40
FIGURA 14 - IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS DO TRECHO II DO ST-70 AO ST-80 ............. 41
FIGURA 15 - IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS DO TRECHO III DO ST-81 AO ST-91 ............ 42
FIGURA 16 - IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS DO TRECHO III DO ST-92 AO ST-102 .......... 43
FIGURA 17 – IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS DO TRECHO III DO ST-103 AO ST-110........48
FIGURA 18 – IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS DA SUBADUTORA PEDRO VELHO..............49
FIGURA 19 – IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS DA SUBADUTORA MONTANHAS.................50
FIGURA 20 – IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS DA SUBADUTORA NOVA CRUZ...................51
FIGURA 21 – IDENTIFICAÇÃO DOS POÇOS DE INSPEÇÃO DO TRECHO I.........................55
FIGURA 22 – IDENTIFICAÇÃO DOS POÇOS DE INSPEÇÃO DO TRECHO II........................56
FIGURA 23 – IDENTIFICAÇÃO DOS POÇOS DE INSPEÇÃO DO TRECHO III.......................57
FIGURA 24 - ESQUEMA BACIA COSTEIRA PE/PB/RN, E SUAS PRINCIPAIS ESTRUTURA 59
FIGURA 25 - ESBOÇO GEOLÓGICO DA ÁREA DE ESTUDO E SEU ENTORNO .................. 62
FIGURA 26 - AFLORAMENTO DE TURFEIRA, COM PLANTA EM DECOMPOSIÇÃO
INTERCALADA EM SEDIMENTOS ARGILOSOS ORGÂNICOS - RIO PAU BRASIL, BAÍA
FORMOSA/RN .................................................................................................................. 63
FIGURA 27 - AFLORAMENTO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS (RESSURGÊNCIA) DO
AQUÍFERO BARREIRAS, CARACTERIZANDO FONTES OU OLHEIROS QUE
PROPICIAM A PERENIZAÇÃO DO RIO PAU BRASIL ..................................................... 64

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ÍNDICE DE TABELAS
Páginas

TABELA 1 - COORDENADAS UTM DAS SONDAGENS SPT ................................................. 30


TABELA 2 - COORDENADAS UTM DAS SONDAGENS A TRADO DO TRECHO I ................. 34
TABELA 3 - COORDENADAS UTM DAS SONDAGENS A TRADO DO TRECHO II ................ 35
TABELA 4 - COORDENADAS UTM DAS SONDAGENS A TRADO DO TRECHO III............... 36
TABELA 5 - COORDENADAS UTM DAS SONDAGENS A TRADO DAS SUBADUTORAS.....37
TABELA 6 - COORDENADAS UTM DOS POÇOS DE INSPEÇÃO...........................................53

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1. APRESENTAÇÃO

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1. APRESENTAÇÃO

A TPF Engenharia apresenta à CODEVASF - Companhia de Desenvolvimento dos


Vales do São Francisco e do Parnaíba, o Relatório de Estudos Geotécnicos elaborado em
conformidade com as orientações, regras, normas, métodos e procedimentos do Edital 26/2021
e respectivos Termos de Referência, assim como no contrato 0.0037.00/2022 relativo ao primeiro
produto no âmbito dos Estudos e Projeto Básico dos Sistemas Adutores do Agreste Potiguar no
Estado do Rio Grande do Norte.

Os serviços a serem descritos têm como objetivo realizar a caracterização,


representação e detalhamento dos perfis geotécnicos dos solos presentes nos Trecho I, II e III,
necessários para o dimensionamento e implantação.

Este relatório contém todos os dados e informações necessários e suficientes à


elaboração dos próximos produtos a serem desenvolvidos no âmbito do contrato acima referido,
quais sejam estudo de viabilidade, ambientais e projetos básicos.

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2. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

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2. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

As informações e orientações contidas nos Termos de Referência que integram o


processo de contratação dos estudos e projetos do Sistema Adutor Agreste Potiguar, por sua
vez substanciados pelos Estudos Técnicos Preliminares elaborados pela CAERN, basearam a
elaboração do presente documento.

Conforme apresentado no Plano de Trabalho dos Serviços de Campo submetido à


Fiscalização da CODEVASF, o desenvolvimento das atividades relacionadas à consecução de
estudos e projetos amplos e complexos como os relativos ao Sistema Adutor do Agreste Potiguar
passarão, em todas as suas fases, pela necessidade de adequações e ajustes das regras,
procedimentos, especificações, orientações, composições e conteúdos originalmente previstos
nos documentos concebidos para regerem sua elaboração.

Com a definição do traçado do sistema adutor, em consonância com as informações


obtidas junto ao DNIT e DER/RN, e em conformidade com os sistemas adutores existentes,
foram realizados a primeira etapa dos serviços de campo de geotecnia, que serão apresentados
nesse relatório.

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3. ESCOPO DOS SERVIÇOS

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3. ESCOPO DOS SERVIÇOS

Para este relatório, apresenta-se a primeira etapa dos estudos geotécnicos de


sondagens a trado, que consistem nos trechos Trecho I – Captação Guaju até a ETA projetada,
Trecho II – ETA projetada até a cidade de Montanhas, Trecho III – Cidade de Montanhas até a
cidade de Nova Cruz, incluindo os trechos das subadutoras das cidades de Pedro Velho,
Montanhas e Nova Cruz. Apresenta-se os poços de inspeções realizados ao longo dos trechos
I, II e III. Para as sondagens do tipo SPT, apresentam-se os perfis geotécnicos dos pontos de
sondagens realizados na Área Projetada da Captação Guaju na cidade de Baía Formosa, além
dos pontos pertencentes à ETA Projetada na cidade de Canguaretama, bem como, alguns
pontos representando possíveis jazidas de solos a serem utilizados, conforme plano de trabalho
apresentado à CODEVASF. Em complemento, apresenta-se as características da geologia
regional e local.

3.1 Termos e Definições

Sondagem a percussão do tipo SPT (Standart Penetration Test): O ensaio é


executado em conformidade com a Norma Brasileira NBR 6484/2020 - Solo -Sondagem de
simples reconhecimento com SPT — Método de ensaio, objetivando medir o índice de resistência
à penetração de determinados solos pelo número de golpes correspondente à cravação de 30
cm do amostrador-padrão, após a cravação inicial de 15 cm, utilizando-se martelo de 65 kg de
massa (ABNT NBR 6484-2020).

Sondagem a trado: O ensaio é executado em conformidade com a Norma Brasileira


NBR 9603/2015 - Sondagem a trado - Procedimento, com objetivo de realizar a investigação
geológico-geotécnica, dentro dos limites impostos pelo equipamento e pelas condições do
terreno, para determinação da profundidade do nível d’água, e identificação preliminar das
camadas de solo que compõem o subsolo (NBR 9603/2015).

Poço de inspeção: As aberturas dos poços de inspeções são realizadas conforme as


definições da norma brasileira NBR 9604/2016. As aberturas dos poços inspeções possibilitam
análises tátil e visual dos solos, ilustrando a estratificação do perfil do material.

Classificação dos solos: Os solos podem ser classificados em vários tipos, desde os
pedregulhos, areias, siltes até chegando as argilas. Para sua classificação, considera-se critérios
da norma NBR 6502 e NBR 13441.

Perfil geológico: Representação em 2D da seção transversal de um ponto específico


de sondagem.

12
Coordenadas: Sistema de referência em um plano para localização de um ponto
específico, podendo ser utilizado sistemas de navegação, exemplo o GPS.

GPS: Sistema de Posicionamento Global.

Ensaio: Conjunto de operações a partir da referência de uma norma técnica para


obtenção de dados de um determinado parâmetro de um material.

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4. CONDIÇÕES GERAIS

14
4. CONDIÇÕES GERAIS

Os perfis geotécnicos apresentados neste relatório foram obtidos mediante


realização das sondagens a trado nos trechos descritos no item 3 deste relatório, totalizando
aproximadamente 60 km linear, distribuídos em 110 furos de sondagens a trado no traçado da
adutora e 8 furos no traçado das subadutoras, 40 poços de inspeção no traço da adutora, 7 furos
de sondagens SPT (2 furos na captação Guaju e 5 furos no local pertencente a ETA). Para todos
os furos, as respectivas coordenadas UTM foram coletadas. Dessa forma, os serviços
geotécnicos apresentados foram executados dentro do prazo e procedimentos previstos no plano
de trabalho.

O estudo geotécnico em qualquer uma de suas finalidades, deve compreender as


seguintes fases:

a) Planejamento, seleção de métodos, equipes e aparelhagem;

b) Apoio topográfico;

c) Realização do furo conforme norma técnica;

d) Descrição dos tipos de solos conforme normativa;

e) Simbologia padrão;

f) Observação e descrição da coloração do material;

g) Apresentação do nível da água quando identificado;

h) Tipo de procedimento adotado para paralisação da sondagem;

i) Relatório técnico;

Os pontos analisados observaram os critérios de paralização conforme apresentados


no plano de trabalho apresentado à Codevasf. Após a realização dos serviços de campo, o perfil
de cada furo ilustra as características encontradas nos materiais analisados.

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5. METODOLOGIA DAS SONDAGENS SPT

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5. METODOLOGIA DAS SONDAGENS SPT

O ensaio SPT é normatizado pela ABNT pela NBR 6484 “Solo – Sondagens de
simples reconhecimento com SPT – Método de ensaio” (SPT- Standard Penetration Test).

Na base do furo apoia-se o amostrador padrão que é acoplado a hastes de


perfuração. Marca-se na haste, com giz, um segmento de 45 cm dividido em trechos iguais de
15 cm. Ergue-se o peso batente de 65 kg até a altura de 75 cm e deixa-se cair em queda livre
sobre a haste. Tal procedimento é repetido até que o amostrador penetre 45 cm do solo. A soma
do número de golpes necessários para a penetração do amostrador nos últimos 30 cm de um
amostrador padrão com diâmetro interno e externo de 1 ³ / 8” e 2”, respectivamente, é o que dará
o índice de resistência do solo na profundidade ensaiada.

Antes de iniciar o furo de sondagem, cada perfuração é necessária injetar bentonita


no poço de perfuração para dar coesão às paredes do mesmo, evitando assim o fechamento ou
desmoronamento das paredes. O ensaio será interrompido quando já tiver atingido a cota de
projeto ou atingir o impenetrável.

A coleta de amostra foi efetuada através do amostrador RAYMAND, coletadas a cada


metro de ensaio e então acondicionadas, etiquetadas e enviadas ao laboratório para análise
táctil-visual do material. As amostras extraídas recebem classificação quanto às granulometrias
dominantes, cor, presença de minerais especiais, restos vegetais e outras informações
relevantes encontradas. A indicação da consistência ou compacidade e da origem geológica da
formação, complementa a caracterização do solo.

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6. METODOLOGIA DAS SONDAGENS A TRADO

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6. METODOLOGIA DAS SONDAGENS A TRADO

As sondagens a trado têm por finalidade identificar os solos constituintes do terreno em


estudo, nível de água quando observado, camadas dos materiais e suas respectivas cotas, entre
outros. Para isso, adota-se trados do tipo cavadeira ou helicoidal, conforme prescrição normativa
da ABNT (NBR 9603).

A cada avanço do trado, deve-se identificar o solo e anotar sua respectiva cota, ou seja,
o intervalo em que o material está no furo em análise. Além disso, deve-se coletar amostra
representativa para identificação das propriedades granulométricas, tais como: pedregulhos,
areias, siltes e argilas.

Quando executada a sondagem e o nível da água for observado durante a investigação


geotécnica, deve-se medir o nível d’água em intervalos de tempo, de forma a observar a evolução
da altura do nível.

Finalizada a sondagem, deve-se deixar o furo identificado em campo, além das


interpretações dos dados coletados. No relatório do furo de sondagem deve constar os dados
que sejam pertinentes ao furo, tais como: identificação da obra, endereço, coordenadas, número
do furo, tipo de material, coloração, registos fotográficos, nível da água, responsável, entre outras
informações que sejam necessárias.

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7. METODOLOGIA DOS POÇOS DE INSPEÇÃO

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7. METODOLOGIA DOS POÇOS DE INSPEÇÃO

Os poços de inspeção são aberturas circulares ou quadradas realizadas no terreno,


que possibilitem a descida de um observador para a verificação da estratificação do perfil do
solo, nível de água quando pertinente, rochas, entre outros materiais.

No Brasil, os procedimentos realizados para a abertura de poços estão baseados na


norma NBR 9604/2016. Após abertura do poço, o observador deverá descer no poço, verificar
as camadas constituintes dos solos pertencente ao local, coletar as amostras de cada tipo de
material e descrever no boletim.

Para a geração do perfil do solo, deverá conter as informações do tipo de solo para
cada camada observada, coloração, nível de água quando observado, coordenadas
topográficas, projeto de referência, local de coleta, poço de inspeção (PI), data entre outras
informações necessárias para identificação do local.

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8. CONSIDERAÇÕES SOBRE OS SOLOS

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8. CONSIDERAÇÕES SOBRE OS SOLOS

8.1 Origem

As amostras são classificadas em ígneas, metamórfica ou sedimentar quanto a sua


origem. Solos correspondem a materiais inconsolidados que cobrem a superfície, resultantes do
intemperismo do material de origem. Podem ser formados in situ ou sofrer algum tipo de
transporte (areia, silte, argila, solos lateríticos, solos orgânicos, etc).

8.2 Coloração do Material

A coloração é dada pela cor predominante dos minerais da rocha e tem relação, em
termos quantitativos, entre os minerais claros (félsicos) e os escuros (máficos) que compõem a
rocha. As cores mais escuras como cinza e preta podem indicar solos orgânicos.

A cor vermelha, amarela e alguns tons de marrom em geral indicam produtos de um


intemperismo químico. Por exemplo, o vermelho escuro indica a presença de óxido de ferro não
hidratado (hematita), enquanto tonalidades mais claras do amarelo e marrom indicam óxido de
ferro hidratado.

8.3 Granulometria do Material

A Classificação de solos segundo as dimensões dos seus grãos ou partículas de


forma qualitativa. O material foi classificado em dois tipos:

• Grossos: ásperos ao tato.

• Finos: macios ao tato.

Um solo é classificado como sendo fino ou grosso se tiver mais de 50% desta mesma
fração. A figura 1 ilustra a classificação presente na NBR 6502.

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Figura 1 – Classificação granulométrica dos grãos.

Fonte: Adaptado (Fabin, 2022).

Também serão utilizadas subclassificações para os sedimentos de granulação areia


(areia fina, areia média e areia grossa) e para pedregulhos (pedregulhos grossos, pedregulhos
médios e pedregulhos finos), que normalmente apresentavam grãos com tamanhos variados
dentro da mesma camada. A figura 2 traz luz a essa classificação.

Figura 2 – Classificação dos grãos.

Fonte: Adaptado (ABNT NBR 6502, 2022).

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9. PARÂMETROS GEOMECÂNICOS PARA DESCRIÇÃO DAS
SONDAGENS

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9. PARÂMETROS GEOMECÂNICOS PARA DESCRIÇÃO DAS SONDAGENS

Os principais parâmetros geomecânicos observados nas amostras coletadas são:

• Consistência (Resposta do solo às forças externas que tentam deformá-lo ou


rompê-lo), coesão (atração entre partículas de mesma);
• Natureza (S-S) devido a: atração eletrostática entre superfícies, atração
molecular (Van der Walls) ou materiais coloidais;
• Grau de alteração (alteração dos minerais e decréscimo da resistência mecânica
em função do intemperismo ou efeitos hidrotermais);
• Grau de faturamento (número de fraturas por metro linear ao longo de uma dada
direção onde são consideradas apenas as fraturas “primárias ou originais” das
rochas, excluindo fraturas “secundárias” geradas na execução das sondagens);
• Tipos de preenchimento das fraturas;
• RQD (recuperação do testemunho), etc.

13.1 Consistência do material

Termo genérico aplicado às rochas que possuem elevada dureza, tenacidade e


resistência ao desgaste, bem como ao risco, havendo vários graus de consistência, sendo
consequentemente um índice de qualidade.

9.1.1. Rocha muito consistente


Rocha com som metálico, a qual se quebra com dificuldade ao impacto do martelo,
sendo sua superfície dificilmente riscada pela lâmina do canivete.

9.1.2. Rocha consistente


Rocha que possui um som fraco, a qual se quebra com relativa facilidade ao impacto
do martelo, sendo sua superfície riscável pela lâmina do canivete.

9.1.3. Rocha medianamente consistente


Rocha cujas bordas do seu fragmento se quebram com dificuldade sob pressão dos
dedos, deixando-se riscar facilmente pela lâmina do canivete.

9.1.4. Rocha pouco consistente (quebradiça)


Rocha cujas bordas do seu fragmento se quebram pela pressão dos dedos,
deixando-se sulcar facilmente pela lâmina do canivete.

9.1.5. Rocha sem consistência (friável)


Aquela que se esfarela com o golpe do martelo. Desagrega-se com a pressão dos
dedos e pode ser riscada com a unha.

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A figura 3 ilustra as condições de consistência quanto a análise tátil-visual em (a)
solo solto; (b) solo friável; (c) solo firme e (d) solo extremamente firme (rijo).

Figura 3 – Classificação quanto a consistência do material.

Fonte: Adaptado (Fabin, 2022).

13.2 Coesão do material

Resistência aos esforços de cisalhamento que depende fundamentalmente da


natureza e composição da rocha, ou seja, independe das tensões aplicadas.

Solos argilosos apresentam grande resistência devido à coesão entre partículas,


solos siltosos são menos coesos que as argilas e apresentam uma resistência média e solos
arenosos apresentam resistência nula.

A figura 4 identifica alguns parâmetros geotécnicos de solos em função do seu


número do índice de resistência a penetração (NSPT), que corresponde ao número de golpes
para cravação dos 30 cm finais do amostrador padrão SPT.

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Figura 4 – Parâmetros de consistência, compacidade e permeabilidade dos materiais.

Fonte: Adaptado (Fabin, 2022).

28
10. IDENTIFICAÇÃO DOS LOCAIS DE SONDAGEM SPT

29
10. IDENTIFICAÇÃO DOS LOCAIS DE SONDAGEM SPT

As sondagens geotécnicas do tipo SPT foram realizadas em dois locais distintos,


sendo o primeiro local a ETA Projeta, situada na cidade na RN-269 próxima ao encontro com a
BR-101, cidade de Canguaretama-RN. O segundo local é denominado de Captação Guaju, local
onde será instalada o ponto de captação de águas da Adutora do Agreste Potiguar.

As coordenadas dos pontos de realização dos ensaios de sondagem SPT estão


identificados na tabela 1, bem como a figura 5 e 6 ilustram os respectivos locais.

Tabela 1 – Coordenadas UTM das sondagens SPT.

PONTOS DE SONDAGEM DA CAPTAÇÃO


DESCRIÇÃO NORTE ESTE COTA PROF. TOTAL (m) NÍVEL D'ÁGUA (m)
SPT-1 9.280.691,06 277.298,87 4,869 16,55 1,74
SPT-2 9.280.686,66 277.300,19 4,901 16,45 2,00
PONTOS DE SONDAGEM DA ETA
DESCRIÇÃO NORTE ESTE COTA PROF. TOTAL (m) NÍVEL D'ÁGUA (m)
SPT-1 9.292.767,00 263.106,00 4,42 12,45 3,26
SPT-2 9.292.767,00 263.174,00 4,41 11,55 2,65
SPT-3 9.292.789,00 263.078,00 3,98 12,45 2,82
SPT-4 9.292.840,00 263.119,00 4,06 10,45 3,11
SPT-5 9.292.800,00 263.110,00 4,07 10,90 2,60

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Figura 5 – Sondagens SPT na ETA Projetada e pontos de trado 1 e 2 do trecho I.

31
Figura 6 – Sondagens SPT na Captação Guaju.

32
11. IDENTIFICAÇÃO DOS LOCAIS DE SONDAGEM A TRADO

33
11. IDENTIFICAÇÃO DOS LOCAIS DE SONDAGEM A TRADO

As sondagens do tipo a trado foram executadas nos trechos de projeto para a


adutora, sendo o Trecho I que se inicia na Captação Guaju pertencente a cidade de Baía
Formosa, seguindo pelo canavial da Usina até o cruzamento com a BR-101, seguindo até o
acesso para a rodovia RN-269 na cidade de Canguaretama, chegando na ETA Projetada com
percurso de 20 km.

O Trecho II inicia-se na ETA Projetada e finaliza-se na cidade de Montanhas com


distância aproximada de 20 km, local onde se inicia o Trecho III que se encerra na cidade de
Nova Cruz com comprimento de 20 km. As tabelas 2, 3 e 4 identificam os pontos de sondagens
a trado no traçado da adutora. Para as subadutoras, as coordenadas estão indicadas na tabela
5.

Tabela 2 – Coordenadas UTM das sondagens a trado do Trecho I.

PONTOS DE SONDAGEM A TRADO DO TRECHO 01


DESCRIÇÃO NORTE ESTE COTA (m) PROF. TOTAL (m) NÍVEL D'ÁGUA (m)
ST-1 9.292.746,00 263.180,00 4,70 1,50 SECO
ST-2 9.292.679,45 263.307,31 7,24 1,40 1,38
ST-3 9.292.259,68 263.577,83 3,18 1,50 SECO
ST-4 9.291.826,79 263.828,03 2,27 1,50 SECO
ST-5 9.291.393,89 264.078,24 2,47 1,50 SECO
ST-6 9.290.960,99 264.328,44 2,61 1,50 SECO
ST-7 9.290.528,10 264.578,64 0,54 1,50 1,42
ST-8 9.290.095,20 264.828,84 1,65 1,01 SECO
ST-9 9.289.662,30 265.079,04 11,27 1,50 SECO
ST-10 9.289.229,41 265.329,24 33,32 1,50 SECO
ST-11 9.288.796,51 265.579,44 59,30 1,50 SECO
ST-12 9.288.363,62 265.829,65 61,30 1,50 SECO
ST-13 9.287.930,72 266.079,86 65,92 1,50 SECO
ST-14 9.287.498,09 266.330,52 65,84 1,50 SECO
ST-15 9.287.063,12 266.576,47 64,51 1,50 SECO
ST-16 9.286.689,34 266.733,41 64,73 1,50 SECO
ST-17 9.286.558,35 267.208,62 63,85 1,50 SECO
ST-18 9.286.287,29 267.628,45 60,73 1,50 SECO
ST-19 9.286.021,27 268.051,46 57,60 1,50 SECO
ST-20 9.285.765,05 268.480,75 50,12 1,50 SECO
ST-21 9.285.472,47 268.885,11 52,86 1,50 SECO
ST-22 9.285.144,00 269.261,98 52,20 1,50 SECO
ST-23 9.284.853,75 269.664,61 52,22 1,50 SECO
ST-24 9.284.676,15 270.131,87 51,22 1,50 SECO

34
ST-25 9.284.494,97 270.597,88 43,80 1,50 SECO
ST-26 9.284.316,37 271.064,88 47,01 1,50 SECO
ST-27 9.284.135,11 271.530,86 44,33 1,50 SECO
ST-28 9.283.955,43 271.997,46 46,23 1,50 SECO
ST-29 9.283.771,80 272.462,51 44,14 1,50 SECO
ST-30 9.283.591,60 272.928,91 48,19 1,50 SECO
ST-31 9.283.408,71 273.394,26 48,93 1,50 SECO
ST-32 9.283.225,40 273.859,44 44,78 1,50 SECO
ST-33 9.283.044,05 274.325,39 38,24 1,50 SECO
ST-34 9.282.876,64 274.795,10 43,34 1,50 SECO
ST-35 9.282.848,70 275.221,17 37,24 1,50 SECO
ST-36 9.282.486,33 275.565,67 34,78 1,50 SECO
ST-37 9.282.123,19 275.909,38 30,56 1,50 SECO
ST-38 9.281.760,24 276.253,28 28,70 1,50 SECO
ST-39 9.281.400,45 276.600,43 32,86 1,50 SECO
ST-40 9.281.086,59 276.977,08 20,05 1,50 SECO
ST-41 9.280.718,44 277.277,65 4,93 1,50 SECO
ST-42 9.280.675,07 277.296,52 3,90 1,50 SECO

Tabela 3 – Coordenadas UTM das sondagens a trado do Trecho II.

PONTOS DE SONDAGEM A TRADO DO TRECHO 02


DESCRIÇÃO NORTE ESTE COTA (m) PROF. TOTAL (m) NÍVEL D'ÁGUA (m)
ST-43 9.292.589,29 262.878,11 5,34 1,50 SECO
ST-44 9.292.387,31 262.431,30 6,28 1,50 SECO
ST-45 9.292.048,64 262.064,18 6,52 1,50 SECO
ST-46 9.291.726,01 261.690,53 13,55 1,50 SECO
ST-47 9.291.526,85 261.233,78 11,62 1,50 SECO
ST-48 9.291.217,81 260.841,48 11,48 1,50 SECO
ST-49 9.291.016,88 260.383,99 11,32 1,50 SECO
ST-50 9.290.917,50 259.895,04 18,83 1,50 SECO
ST-51 9.290.684,31 259.452,93 17,82 1,50 SECO
ST-52 9.290.440,72 259.016,33 16,78 1,50 SECO
ST-53 9.290.214,41 258.572,59 16,97 1,50 SECO
ST-54 9.290.060,45 258.096,95 28,73 1,50 SECO
ST-55 9.289.910,42 257.619,99 47,55 1,50 SECO
ST-56 9.289.759,84 257.143,20 42,64 1,50 SECO
ST-57 9.289.609,49 256.666,34 30,47 1,50 SECO
ST-58 9.289.459,04 256.189,52 25,17 1,50 SECO
ST-59 9.289.190,38 255.775,92 19,89 1,50 SECO
ST-60 9.288.852,42 255.407,44 18,22 1,50 SECO
ST-61 9.288.550,09 255.014,31 20,59 1,50 SECO

35
ST-62 9.288.442,38 254.526,47 27,26 1,50 SECO
ST-63 9.288.125,30 254.166,15 26,63 1,50 SECO
ST-64 9.287.706,93 253.907,52 18,43 1,50 SECO
ST-65 9.287.212,73 253.934,61 19,99 1,50 SECO
ST-66 9.286.744,03 253.760,48 16,65 1,50 SECO
ST-67 9.286.284,77 253.566,61 25,09 1,50 SECO
ST-68 9.285.900,76 253.246,42 37,57 1,50 SECO
ST-69 9.285.588,97 252.869,66 44,06 1,50 SECO
ST-70 9.285.457,45 252.387,28 40,44 1,50 SECO
ST-71 9.285.327,38 251.904,49 47,44 1,50 SECO
ST-72 9.285.197,11 251.421,76 51,50 1,50 SECO
ST-73 9.285.070,20 250.938,37 54,58 1,50 SECO
ST-74 9.284.941,79 250.458,79 68,09 1,50 SECO
ST-75 9.284.772,49 249.989,33 71,91 1,50 SECO
ST-76 9.284.618,23 249.513,73 71,90 1,50 SECO
ST-77 9.284.390,26 249.070,73 58,70 1,50 SECO
ST-78 9.284.135,20 248.640,78 63,86 1,50 SECO
ST-79 9.283.874,76 248.213,98 67,16 1,50 SECO
ST-80 9.283.619,24 247.784,21 63,82 1,50 SECO

Tabela 4 – Coordenadas UTM das sondagens a trado do Trecho III.

PONTOS DE SONDAGEM A TRADO DO TRECHO 03


DESCRIÇÃO NORTE ESTE COTA PROF. TOTAL (m) NÍVEL D'ÁGUA (m)
ST-81 9.283.365,05 247.353,68 82,33 1,50 SECO
ST-82 9.283.091,28 246.936,97 84,32 0,91 SECO
ST-83 9.283.111,43 246.465,61 97,86 1,50 SECO
ST-84 9.283.255,61 245.986,92 80,61 1,50 SECO
ST-85 9.283.519,89 245.570,61 70,74 0,49 SECO
ST-86 9.283.845,48 245.191,15 74,54 1,50 SECO
ST-87 9.284.169,85 244.810,65 74,73 1,50 SECO
ST-88 9.284.497,20 244.432,72 65,25 1,50 SECO
ST-89 9.284.741,22 244.009,20 56,61 1,50 SECO
ST-90 9.284.933,67 243.557,17 56,52 1,50 SECO
ST-91 9.285.143,09 243.107,69 61,46 1,50 SECO
ST-92 9.285.266,96 242.625,78 72,17 1,50 SECO
ST-93 9.285.501,34 242.185,62 80,03 1,50 SECO
ST-94 9.285.715,06 241.736,63 71,54 1,50 SECO
ST-95 9.285.830,91 241.258,44 70,83 1,50 SECO
ST-96 9.285.827,54 240.758,55 68,59 1,50 SECO
ST-97 9.285.819,45 240.258,61 74,82 1,50 SECO
ST-98 9.285.804,19 239.759,12 83,19 1,50 SECO

36
ST-99 9.285.805,39 239.259,13 82,05 1,50 SECO
ST-100 9.285.798,55 238.759,18 78,75 1,50 SECO
ST-101 9.285.787,30 238.259,48 76,80 1,50 SECO
ST-102 9.285.936,57 237.792,20 73,04 1,50 SECO
ST-103 9.285.977,10 237.309,25 76,16 1,50 SECO
ST-104 9.286.081,26 236.826,40 78,40 0,65 SECO
ST-105 9.286.126,10 236.328,42 74,82 1,50 SECO
ST-106 9.286.169,31 235.830,30 82,16 0,60 SECO
ST-107 9.286.171,49 235.334,13 85,27 1,50 SECO
ST-108 9.286.052,93 234.848,43 89,75 1,50 SECO
ST-109 9.285.932,30 234.363,20 87,31 1,50 SECO
ST-110 9.285.812,82 233.877,68 88,97 1,50 SECO

Tabela 5 – Coordenadas UTM das sondagens a trado das subadutoras.

SUBADUTORAS
CIDADE FURO ESTE NORTE COTA (m) PROF. TOTAL (m) NÍVEL D'ÁGUA (m)
NOVA CRUZ ST-01 230.138,10 9.283.466,52 73,43 1,51 SECO
NOVA CRUZ ST-02 230.454,08 9.283.204,21 86,45 0,52 SECO
NOVA CRUZ ST-03 230.779,71 9.282.936,13 95,73 1,40 SECO
NOVA CRUZ ST-04 231.150,15 9.282.630,94 105,41 1,00 SECO
NOVA CRUZ ST-05 231.523,67 9.282.390,09 113,67 1,01 SECO
MONTANHAS ST-01 246.326,96 9.283.183,71 100,94 0,97 SECO
PEDRO VELHO ST-01 254.274,10 9.288.452,70 43,05 0,95 SECO
PEDRO VELHO ST-02 254.213,10 9.288.896,96 59,88 1,50 SECO

Nas figuras iniciando no número 7 até a figura 20 são representados os segmentos


e plotagem da localização dos pontos estudados.

37
Figura 7 – Identificação dos Trechos I, II e III.

38
Figura 8 – Identificação dos pontos do Trecho I do ST-03 ao ST-12.

39
Figura 9 – Identificação dos pontos do Trecho I do ST-13 ao ST-28.

40
Figura 10 – Identificação dos pontos do Trecho I do ST-29 ao ST-42.

41
Figura 11 – Identificação dos pontos do Trecho II do ST-43 ao ST-51.

42
Figura 12 – Identificação dos pontos do Trecho II do ST-52 ao ST-61.

43
Figura 13 – Identificação dos pontos do Trecho II do ST-62 ao ST-69.

44
Figura 14 – Identificação dos pontos do Trecho II do ST-70 ao ST-80.

45
Figura 15 – Identificação dos pontos do Trecho III do ST-81 ao ST-91.

46
Figura 16 – Identificação dos pontos do Trecho III do ST-92 ao ST-102.

47
Figura 17 – Identificação dos pontos do Trecho III do ST-103 ao ST-110.

48
Figura 18 – Identificação dos pontos da subadutora Pedro Velho.

49
Figura 19 – Identificação dos pontos da subadutora Montanhas.

50
Figura 20 – Identificação dos pontos da subadutora Nova Cruz.

51
12. IDENTIFICAÇÃO DOS LOCAIS DOS POÇOS DE INSPEÇÃO

52
12. IDENTIFICAÇÃO DOS LOCAIS DOS POÇOS DE INSPEÇÃO

Os poços de inspeção foram executados nos trechos de projeto para a adutora,


sendo o Trecho I, II e III. Os pontos de inspeção foram executados com espaçamento de 1,5 km
ao longos dos trechos, iniciando na captação Guaju e finalizando-se na cidade de Nova Cruz/RN.

Para a identificação dos locais de inspeção, a tabela 6 evidencia as coordenadas,


cotas, profundidade dos poços e nível da água quando encontrado.

Tabela 6 – Coordenadas UTM dos poços de inspeção.

DESCRIÇÃO ESTE NORTE COTA PROF. TOTAL (m) NÍVEL D'ÁGUA (m)
PI-01 277.296,5 9.280.675,1 4,02 1,50 1,45
PI-02 276.285,5 9.281.726,3 28,97 1,50 SECO
PI-03 275.253,4 9.282.814,9 36,81 1,50 SECO
PI-04 273.901,7 9.283.208,7 44,18 1,50 SECO
PI-05 272.504,8 9.283.755,1 44,83 1,50 SECO
PI-06 271.107,5 9.284.300,4 47,80 1,50 SECO
PI-07 269.707,6 9.284.838,9 52,00 1,50 SECO
PI-08 268.518,4 9.285.740,4 49,2 1,50 SECO
PI-09 267.248,8 9.286.537,4 63,65 1,50 SECO
PI-10 266.434,40 9.287.318,80 65,96 1,50 SECO
PI-11 265.678,87 9.288.624,49 60,36 1,50 SECO
PI-12 264.965,05 9.289.859,53 8,69 1,50 SECO
PI-13 264.146,24 9.291.276,23 2,74 1,50 SECO
PI-14 263.377,27 9.292.561,60 7,25 1,50 SECO
PI-15 262.447,20 9.292.401,34 5,53 1,50 SECO
PI-16 261.306,17 9.291.572,05 11,97 1,50 SECO
PI-17 259.987,64 9.290.946,69 15,92 1,50 SECO
PI-18 258.691,95 9.290.257,91 17,4 1,50 SECO
PI-19 257.297,15 9.289.808,46 48,23 1,50 SECO
PI-20 255.799,27 9.289.211,63 19,11 1,50 1,39
PI-21 254.571,37 9.288.451,69 26,86 1,50 0,89
PI-22 253.938,31 9.287.222,63 20,22 1,50 SECO
PI-23 253.155,15 9.285.794,90 37,97 1,50 SECO
PI-24 251.763,84 9.285.289,30 52,25 1,50 SECO
PI-25 250.302,96 9.284.874,20 72,3 1,50 SECO
PI-26 248.776,88 9.284.218,29 57,13 1,30 SECO
PI-27 247.448,48 9.283.419,93 76,05 1,50 SECO
PI-28 245.928,87 9.283.273,97 79,07 1,50 SECO
PI-29 244.736,86 9.284.232,76 68,17 1,50 SECO

53
PI-30 243.290,43 9.285.084,74 57,61 1,50 1,12
PI-31 241.882,97 9.285.643,30 74,33 1,50 1,17
PI-32 240.410,86 9.285.821,86 71,36 1,50 SECO
PI-33 239.468,00 9.285.806,06 82,61 1,50 SECO
PI-34 238.670,86 9.285.797,22 76,08 1,50 SECO
PI-35 237.695,46 9.285.983,91 69,72 1,20 SECO
PI-36 236.522,88 9.286.108,93 77,97 1,50 SECO
PI-37 235.149,98 9.286.128,12 83,69 1,50 1,08
PI-38 233.619,52 9.285.750,04 75,87 0,55 SECO
PI-39 232.308,30 9.285.431,87 80,02 0,73 SECO
PI-40 231.252,78 9.284.399,98 72,17 1,50 SECO

Nas figuras 21, 22 e 23 ilustram os pontos de realização dos poços de inspeção.

54
Figura 21 – Identificação dos poços de inspeção do trecho I.

55
Figura 22 – Identificação dos poços de inspeção do trecho II.

56
Figura 23 – Identificação dos poços de inspeção do trecho III.

57
13. DESCRIÇÃO GEOLÓGICA REGIONAL E LOCAL

58
13. ASPECTOS GEOLÓGICOS

13.1 Aspectos Regionais

área envolvendo a Bacia do Rio Guaju e seu entorno está inserida no domínio da
Bacia Sedimentar Costeira PE/PB. De acordo com MABESOONE & ALHEIROS (1988), a Bacia
Sedimentar Costeira PB/PE compreende uma faixa sedimentar costeira aproximadamente entre
Natal/RN e Alagoas, que, no RN, desenvolve-se ao longo de uma faixa bordejando o litoral leste
do estado entre o município de Touros, ao norte, e o limite com a Paraíba ao sul, com largura
média em torno de 25 km, e comprimento médio de 150 km, na porção terrestre (IPT, 1982;
FEITOSA&MELO, 1998; SERVMAR, 2012).

Figura 24 - Esquema Bacia Costeira PE/PB/RN, e suas principais estruturas.

Fonte: Adaptado de Lima Filho, 1999, IN SEMARH/SERVMAR, 2012.

59
O limite leste é, naturalmente, a linha de costa/oceano, enquanto o limite oeste é
representado pelo embasamento cristalino Pré-cambriano. O limite norte, segundo
FEITOSA&MELO (1998), é especulativo, os quais admitem hipoteticamente a ligação das bacias
Potiguar e Costeira Leste na região compreendida entre Natal/RN e Mamanguape/PB, sendo
que neste último predominam as rochas sedimentares cretáceas (arenitos) da Formação
Beberibe (aproximadamente entre 86 e 83 milhões de anos), a qual, por sua vez, é relativamente
mais recente que as rochas cretáceas da Bacia Sedimentar Potiguar (que compreendem as
rochas carbonáticas da Formação Jandaíra – idade entre 93 a 89 m.a; e as rochas siliciclásticas
da Formação Açu - idade entre 113 a 93 m.a).

No compartimento representativo da Sub-bacia entre Natal-Canguaretama,


pertencente à Bacia PE-PB (IN Mabesoone & Alheiros, 1988), no qual se situa a área estudada,
a sequência cronologicamente mais jovem e mais representativa consiste dos materiais
sedimentares siliciclásticos da Formação Barreiras, do Tércio-quanternário, seguidos por
sedimentos/depósitos quaternários diversos, sobrejacentes.

A Formação Barreiras do final do Terciário (Mioceno superior ao Plioceno – 10,4 à


1,16 M.a – Foucault e Raoult, 1995), é indicada como sendo um depósito regressivo, sendo
constituída por arenitos de granulometria grossa a fina, eventualmente conglomerático, com
matriz silto-argilosa, intercalado com argilitos arenosos (MABESOONE et al. 1977; IPT, 1982;
CPRM, 2006; CÓRDOBA et al. 2007), cuja origem é associada à deposição de sistemas fluviais
entrelaçados, desenvolvidos sobre leques aluviais (IPT, 1982; CPRM, 2006; CÓRDOBA et al.
2007).

A Formação Barreiras, portanto, ocorre ao longo de todo o litoral do Rio Grande do


Norte, recobrindo indiferentemente tanto os calcários Jandaíra da Bacia Potiguar
(aproximadamente no trecho do Alto de Touros, ao norte), como também os arenitos calcíferos
do Cretáceo, estes últimos normalmente sendo registrados em perfis de poços tubulares
(FEITOSA&MELO, 1998), e também sobre o embasamento granito-gnáissico cristalino, do Pré-
Cambriano, nos domínios mais ocidentais da zona costeira. Portanto, o assoalho ou substrato
regional da Bacia Costeira PB-PE, mais especificamente da Formação Barreiras, é o
embasamento cristalino Pré-cambriano granito-gnáissico em setores mais ocidentais, e nos
setores mais orientais a Formação Barreiras pode ocorrer sobrejacente aos Arenitos Calcíferos
Cretáceos (FEITOSA&MELO, 1998).

60
13.2 Aspectos Locais

Conforme dados geológicos regionais, a “Bacia Sedimentar Costeira PB-PE” é


representada na área de estudo principalmente pelos materiais sedimentares siliciclásticos
Tércio-quanternários aflorantes/subaflorantes da Formação Barreiras, e depósitos quaternários
diversos (sedimentos de dunas, praias, aluviões de rios/riachos, mangues, coberturas colúvio-
eluviais, etc.), tendo como substrato geológico as rochas sedimentares cretáceas (Arenitos
Calcíferos), ou o embasamento cristalino Pré-cambriano no setor mais ocidental, não aflorantes
na área específica em foco. A Figura a seguir, apresenta o mapa com o esboço geológico da
área.

Desta forma, temos na área de estudo a seguinte distribuição litoestratigráfica, da


base para o topo, apresentado na figura a seguir:

i - Embasamento Cristalino Pré-cambriano (Complexo Serrinha - CPRM, 2005):


Unidade não aflorante na área de estudo, compreendendo às rochas granito-gnáissicas do
Paleo-Proteroróico - “PP2sp2/PP2sp3/PP2sp3/PP2sp4” (idade entre 2,1 a 2,3 bilhões de anos -
CPRM, 2005), que formam o assoalho da bacia sedimentar costeira PE-PB. São representativas
as rochas: biotita ortognaisses graníticos; biotita-hornblenda migmatitos com mesossomas
tonalíticos a granodioríticos e leucossomas graníticos, com intercalações de anfibolitos; biotita
ortognaisses trondhjemíticos, parcialmente migmatizados (CPRM, 2005).

ii - Unidades Sedimentares Fanerozóicas - Cretáceo: Unidade não aflorante na


área de estudo, sendo registrada através de perfis de poços, e denominada de Arenitos
Calcíferos, provavelmente com idade da ordem de 90 a 100 milhões de anos (CPRM, 2005). O
estudo hidrogeológico regional do estado do Rio Grande do Norte realizado pelo IPT (1982)
descreve essa unidade como sendo constituída de Arenitos Calcíferos finos a médios, claros,
com intercalações de argilas e calcários.

iii - Unidades Sedimentares Fanerozóicas – Cenozóicas (Terciário/Quaternário):


Reúne as seguintes unidades e materiais sedimentares aflorantes:

iii.1 - Formação Barreiras (Enb): Constituída por Rochas sedimentares


Siliciclásticas (idade da ordem de 26 a 29 milhões de anos), tais como arenitos de granulometria
grossa a fina, eventualmente conglomerático, com matriz silto-argilosa, intercalado com argilitos
arenosos (MABESOONE et al. 1977; IPT, 1982; CPRM, 2006; CÓRDOBA et al. 2007).

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Figura 25 - Esboço Geológico da área de estudo e seu entorno.

Fonte: Adaptado da CPRM, 2005.

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Os materiais sedimentares da Formação Barreiras afloram em alguns setores,
especificamente ao longo da linha de costa em falésias de Baía Formosa, e nas vertentes dos
vales fluviais costeiros que desaguam no mar. Os perfis litológicos de poços tubulares na área
mostram em geral estratos de arenitos argilosos a síltico argilosos, finos, médios e grossos
(resumidamente denominados de Arenitos Heterogêneos), alternando com estratos de
argilitos/siltitos, e níveis conglomeráticos. Essas rochas sedimentares formam o principal
aquífero da área, denominado de Sistema Aquífero Barreiras.

iii.2 - Depósitos Colúvio-Eluviais (NQc): Formados por materiais areno-argilosos,


arenosos e conglomeráticos, inconsolidados. Espacialmente cobrem boa parte da área, embora
não tenha espessura suficiente para, isoladamente, constituirem uma unidade aquífera. Essa
unidade, contudo, contribui para compor as áreas de recarga do aquífero Barreiras, juntamente
com os depósitos de paleodunas.

iii.3 - Depósitos Flúvio-marinhos, Flúvio-lagunares, Flúvio-lacustres, Depósitos


de mangues: Areias médias a siltes, areias finas, siltes, argilas e material orgânico lamoso, em
geral associados aos vales fluviais dos rios e riachos da área. Alguns locais mostram ocorrência
turfeiras, como observado no Riacho Pau Brasil, apresentado na figura a seguir.

Figura 26 - Afloramento de turfeira, com planta em decomposição intercalada em sedimentos


argilosos orgânicos - Rio Pau Brasil, Baía Formosa/RN.

Fonte: TPF Engenharia, 2022.

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iii.4 - Depósitos Eólicos litorâneos de paleodunas: areias finas a médias, bem
selecionadas, recobertas por vegetação. Forma juntamente com a Formação Barreiras o sistema
aquífero Dunas-Barreiras nas áreas onde ocorrem simultaneamente, em que os sedimentos de
dunas sobrejacentes atuam como um aquífero de transferência das águas pluviais (Rebouças,
1995), com pouco escoamento superficial, e maior recarga do aquífero Barreiras, subjacente.

iii.5 - Depósitos aluvionares: areias, cascalhos e níveis de argilas, que ocorrem nos
rios e riachos (Riacho Outeiro, Riacho das Pedras, Riacho Taboquinha, afluentes do Rio
Curimataú na margem direita; Rio Calvaçu desaguando no mar; Rio Pau Brasil e Rio Uriúna,
afluentes do Rio Guaju, na margem esquerda).

Nos setores dos vales fluviais ou flúvio-lagunares, ou flúvio-lacustrinos, ocorre o


fenômeno de ressurgência de águas subterrâneas do aquífero Barreiras (olheiros ou fontes), que
constituem áreas de descarga de águas subterrâneas do aquífero Barreiras, provenientes de
diferentes frentes de escoamento subterrâneo, apresentados na figura a seguir.

Figura 27 - Afloramento das águas subterrâneas (ressurgência) do aquífero Barreiras,


caracterizando fontes ou olheiros que propiciam a perenização do rio (Rio Pau Brasil).

Fonte: TPF Engenharia, 2022.

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13.3 Aspectos Geo-Estruturais da Área Estudada

A compartimentação estrutural da área de estudo está fortemente condicionada à


evolução das bacias de margem passiva da costa leste do litoral brasileiro, a partir do Mesozóico,
responsável pela formação de estruturas rúpteis no embasamento, e deposição de sequências
sedimentares contemporâneas e/ou pós tectônicas aos distintos episódios.

Na Bacia Costeira PE/PB foram identificados três eventos deformacionais distintos


que contribuíram para o arcabouço, e/ou estão presentes no registro estratigráfico dessa bacia,
desde a fase rifte até o estágio drifte (CÓRDOBA et al.2007).

O primeiro evento, ocorrido no estágio rifte, compreende uma deformação


distensional, com eixo de máximo distensão na direção NW-SE, a qual teria gerado falhas
normais em arranjo lístrico ou dominó na direção NE, aproveitando-se de zonas de fraqueza
pretéritas do embasamento, combinadas a falhas de transferência NW (CÓRDOBA et al. 2007).
Essas estruturas afetam o embasamento cristalino e os sedimentos mais antigos, depositados
nesse estágio.

Um segundo evento, pós-rifte, também representado por estruturas distensionais,


pode ser reconhecido pela ocorrência de falhas normais em unidades mais jovens, com eixo
principal de distensão NE/ENE na sub-bacia Paraíba. Entre Recife e Natal, ocorrem estruturas
de grabens com distensão NE/ENE, cujas falhas afetam tanto as unidades do Cretáceo Superior,
como o próprio embasamento cristalino.

Reativações deste regime chegam a afetar inclusive a Formação Barreiras, no


Terciário (CÓRDOBA et al. 2007). O terceiro evento envolve distensão longitudinal às bacias, na
direção N-S a NNE, resultando em falhas normais E-W a ENE, e falhas de rejeito direcional, ou
oblíquas, com direções NE a NW. Esta cinemática pode ser relacionada ao campo de tensões
de escala continental, que afeta a Placa Sul-Americana desde o Cretáceo Superior (CÓRDOBA
et al. 2007).

Estudos conduzidos na sub-bacia Paraíba indicam ainda que, na costa leste do


Estado do Rio Grande do Norte, ocorreram dois eventos tectônicos distintos durante o
Cenozóico, com reativações de falhas, através de movimentos transcorrentes (BEZERRA et al.
2001; NOGUEIRA et al. 2006). O primeiro evento, com idade que varia entre o Paleoceno e o
Mioceno teria ocorrido contemporaneamente à deposição dos sedimentos da Formação
Barreiras. O segundo evento teria ocorrido posteriormente a deposição da Formação Barreiras,

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entre o Mioceno e o Holoceno, contemporâneo a sedimentação dos depósitos quaternários
(BEZERRA et al. 2001; NOGUEIRA et al. 2006).

A combinação desses eventos resultou em uma compartimentação tectônica


controlada principalmente por falhas com direções NW-SE e NE-SW, com rejeitos centimétricos
até algumas dezenas de metros, com ocorrência de soerguimento e abatimento de blocos
falhados, exercendo controle fundamental na deposição dos sedimentos, através da geração de
espaço para sua acomodação (BEZERRA et al. 2001; NOGUEIRA et al. 2006).

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14. PERFIS DAS SONDAGENS SPT

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14. PERFIS DAS SONDAGENS SPT

São fornecidos todos os perfis das sondagens SPT realizadas na ETA Projetada e
no local da captação Guaju. Os perfis identificam as informações conforme o Termo de
Referência, apresentando os materiais presentes nos pontos dos ensaios. Além das informações
técnicas, cada perfil contempla os seus respectivos registros fotográficos, além das coordenadas
UTM. Os Anexos I e II identificam os perfis dos ensaios de SPT.

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15. PERFIS DAS SONDAGENS A TRADO

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15. PERFIS DAS SONSAGENS A TRADO

Os Anexos III e IV evidenciam todos os perfis das sondagens do tipo a trado, para os
Trechos I, II e III do traçado da adutora, bem como as sondagens a trado realizadas nos traçados
das subadutoras de Pedro Velho, Montanhas e Nova Cruz. Os laudos dos pontos dos ensaios
ilustram as posições geográficas, as informações técnicas conforme o Termo de Referência e a
metodologia técnica, bem como apresenta o relatório fotográfico da execução das sondagens.

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16. PERFIS DOS POÇOS DE INSPEÇÃO

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16. PERFIS DOS POÇOS DE INSPEÇÃO

O Anexo V ilustra todos os perfis dos poços de inspeção, para os Trechos I, II e III
do traçado da adutora. Os laudos dos poços ilustram as informações pertinentes a cada ponto
de inspeção, quanto ao local, posição geográfica, informações de nível d’água, entre outras
informações, bem como as fotos de campo.

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17. CONCLUSÕES

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17. CONCLUSÕES

As conclusões, têm como finalidade, a partir da análise das sondagens SPT na Área
da Captação Guaju e na ETA Projetada, concluir que o subsolo é composto principalmente por
sedimentos finos (argila e silte), além de pontos constituídos de solo arenoso. Foram
identificados tipos de estratos com características distintas, onde os valores de NSPT aumentam
com a profundidade e tipo de material para o local de implantação da ETA. Para as sondagens
realizadas no ponto da Captação Guaju, observou-se que o subsolo é constituído de materiais
com baixa resistência à penetração, composto por camadas de argilas, siltes e areias. Além
disso, é importante salientar que foi identificado o nível d’água para os dois furos de sondagens
SPT da Captação e nos cinco furos realizados na ETA, conforme ilustrado nos boletins em anexo.

Para as sondagens a trado, ao longo dos 60 km em estudo (Trecho I, II, III), foi
observado a presença de materiais distintos, desde a presença de pedregulhos, fragmentos de
rochas, areias compactas, siltes duros e argilas. Foi observado que em alguns pontos o terreno
apresentou características que impossibilitaram o avanço do trado, ou seja, impenetrável ao
trado até a profundidade de 1,5 m. Quanto ao nível de água, apenas no ST-02 e ST-07, ambos
no Trecho I, foi observado a presença de água. Quando analisado os furos realizados nas
subadutoras, não foi identificado o nível de água nas sondagens, sendo que apenas o ST-01 de
Pedro Velho e o ST-01 de Nova Cruz obteve profundidade máxima de 1,5 m, para os demais
houve paralisação antes do limite de 1,5 m (impenetrável ao trado).

Ainda sobre as características encontradas ao longo do traçado projetado da Adutora


do Agreste Potiguar, principalmente entre os trechos I e II, observa-se que em partes dos pontos
analisados, há a possibilidade de escavações, sendo contemplado por materiais finos (areias,
siltes e argilas), conforme apresentado nos perfis das sondagens a trado. Para o trecho III,
observou-se em alguns pontos a interrupção das sondagens a trado (impenetrável), podendo ser
indicativo da ocorrência de materiais duros/compactos, bem como da presença de afloramento
de rochas e/ou matacões. Quanto a presença de jazidas de solos, o Trecho II e III apresentaram
pontos de possíveis jazidas, levando em consideração materiais com características silto-
arenosos com a presença de pedregulhos, representado no anexo VII.

Referente aos poços de inspeção, dos 40 poços realizados ao longo dos trechos I, II
e III, notou-se a presença de água no trecho I (PI-01), trecho II (PI-20 e PI-21) e no trecho III (PI-
30, PI-31 e PI-37). Para os trechos I e II, apenas o PI-26 apresentou material de terceira
categoria, os demais poços desses dois trechos apresentaram material de primeira categoria,
constituído de areias, siltes, argilas e pedregulhos, com exceção dos PI-03, PI-04 e PI-05 que

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além do material de primeira categoria, apresentou sedimentos arenosos compactos-duros,
caracterizando-se como material de segunda categoria. No trecho III, há a presença das três
categorias de materiais, sendo que no PI-35, PI-38 e PI-39 foi detectado camadas impenetráveis
ao avanço do poço, constituído por rocha alterada. Dessa forma, comprovando os materiais
encontrados nas sondagens realizadas a trado ao longo do percurso da adutora.

Quanto ao perfil geológico do local de implantação da Captação Guajú e da ETA


Projetada descrito no anexo VI, os ensaios de sondagem realizados desde a superfície até as
profundidades descritas nos perfis, permitiram a distinção dos materiais que constituem o
subsolo da região onde se pretende implantar o empreendimento. Para as Unidades Geotécnicas
ao longo dos estudos geotécnicos na área de implantação do projeto (Captação e ETA), foi
reconhecida uma única unidade geotécnica, distinguida em função de suas características
físicas, sua idade geológica e contexto regional. A unidade geotécnica é representada por solos,
compostos por sedimentos quaternários.

Nestes Sedimentos Quaternários, o nível mais inicial é composto por argila silto-
arenosa, média a fina, cor marrom, com matéria orgânica e por vezes, pedregulhos. De
consistência muito mole a média. Em outros pontos, essa argila siltosa se apresenta com
consistência média a rija e de cor cinza escura. A medida em que a profundidade avança, as
argilas siltosas apresentam aumento da consistência se tornando rijas a muito rijas. Outra
variação observada na sondagem realizada, principalmente na ETA, é o aumento de
granulometria. As argilas variam entre siltosas e arenosas, seguido de material arenoso formado
por areia média a fina siltosa, contendo argila e pedregulhos (em alguns níveis). Nos perfis do
setor ETA, é observado um nível contendo pedregulhos em torno de 10 metros de profundidade.
No perfil realizado para o Guajú, esse nível com pedregulho aparece nos primeiros 4 metros. Em
um dos furos realizados no Guajú, observou-se também um nível com presença de fragmentos
de conchas a partir de 4 metros, chegando até 8 metros de profundidade.

Referente as condições climáticas, durante o período de execução das sondagens a


trado dos trechos I, II e III no traço da adutora e SPTs da Captação, não houve a presença de
chuva. Quando analisado o ST-02 do Trecho I e os SPTs da ETA, foram executados em dia de
sol, porém houve chuvas durante o mês junho. Quanto aos poços de inspeção, os mesmos foram
executados em dias de sol, sendo que houve chuvas no mês da execução.

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ANEXOS

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18. ANEXO I

Perfis de sondagem geotécnica do tipo SPT na Captação Guaju

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19. ANEXO II

Perfis de sondagem geotécnica do tipo SPT na ETA

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20. ANEXO III

Perfis de sondagem geotécnica do tipo trado do traçado da subadutora

79
21. ANEXO IV

Perfis de sondagem geotécnica do tipo trado do traçado da adutora

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22. ANEXO V

Perfis de sondagem geotécnica do tipo poços de inspeção no traçado da adutora

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23. ANEXO VI

Perfis geológicos das sondagens do tipo SPT da Captação Guajú e da ETA Projetada

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24. ANEXO VII

Possíveis locais de jazidas de solos

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