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Sinop
2016/1
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO – UNEMAT
Sinop
2016/1
I
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Estações pluviométricas analisadas. ....................................................... 24
Tabela 2 – Coeficientes de desagregação de chuvas de 24 horas. .......................... 26
Tabela 3. Cronograma previsto para a pesquisa....................................................... 29
II
LISTA DE EQUAÇÕES
1
T= Equação 1 ................................................................................................... 16
P
a Tr b
i= Equação 2 .......................................................................................... 18
t cd
-YTr
P = 1 - e -e Equação 3 .......................................................................................... 20
YTr = -ln[-ln (1 - 1/Tr)] Equação 4 ............................................................................. 20
X Tr = X K Tr s Equação 5 ..................................................................................... 20
K Tr = 0,45 + 0,78 YTr Equação 6 .............................................................................. 20
D max Max F' ( x) F( x) Equação 7 ......................................................................... 21
1,5 ln ( lnd )
7,3
C24(d) = e Equação 8 ................................................................................ 25
E
i= Equação 9 .......................................................................................... 26
t cd
E = a Tr b Equação 10 ........................................................................................... 26
log i = log E - d log t c Equação 11..................................................................... 26
log E = log a b log Tr Equação 12 ........................................................................ 26
III
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Estado do Mato Grosso com a distribuição espacial das cidades
analisadas no presente trabalho ................................................................................. 9
IV
LISTA DE ABREVIATURAS
ANA – Agência Nacional de Águas
CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica
DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
IDF – Intensidade-Duração-Frequência
INMET – Instituto Nacional de Meteorologia
MT – Mato Grosso
UPH – Unidade de Planejamento Hídrico
V
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
1. Título: Determinação das curvas de intensidade-Duração-frequência das
precipitações máximas para municípios do Norte do estado de Mato Grosso:
Alta Floresta, Guarantã do Norte e Sorriso.
2. Tema: Engenharia Civil (3.01.00.00-3).
3. Delimitação do Tema: Hidrologia (3.01.04.02-5).
4. Proponente: Rafaela Sanches Mantovani.
5. Orientador: Flavio Alessandro Crispim.
7. Estabelecimento de Ensino: Universidade do Estado de Mato Grosso.
8. Público Alvo: Acadêmicos e profissionais da área.
9. Localização: Avenida dos Ingás, 3001 Jardim Imperial, Sinop-MT CEP:
78550-000.
10. Duração: 1 Semestre
VI
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS ........................................................................................... I
LISTA DE EQUAÇÕES ....................................................................................... II
LISTA DE FIGURAS ............................................................................................ III
LISTA DE ABREVIATURAS................................................................................ IV
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ............................................................................. V
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 8
2 PROBLEMATIZAÇÃO .................................................................................... 9
3 JUSTIFICATIVA.............................................................................................. 11
4 OBJETIVOS .................................................................................................... 12
4.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................... 12
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................................... 12
5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................... 13
5.1 HIDROLOGIA ............................................................................................. 13
5.2 BACIA HIDROGRÁFICA ............................................................................ 14
5.3 CICLO HIDROLÓGICO .............................................................................. 14
5.3.1 Precipitações .................................................................................... 15
5.3.2 Tempo de recorrência ...................................................................... 16
5.4 SISTEMA DE COLETA DE DADOS........................................................... 17
5.5 CURVAS IDF ............................................................................................. 17
5.5.1 Kolmogorov-Smirnov ....................................................................... 20
5.5.2 Análise dos parâmetros de regressão linear ................................. 21
5.6 TRABALHOS REFERENTES A MATO GROSSO ..................................... 21
6 METODOLOGIA ............................................................................................. 24
6.1 OBTENÇÃO DOS DADOS ......................................................................... 24
6.2 CLASSIFICAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DOS DADOS ................................. 24
6.3 DESAGRAGAÇÃO DE CHUVAS INTENSAS ............................................ 25
6.4 DETERMINAÇÃO DOS PARÂMETROS.................................................... 26
6.4.1 Parâmetro a ....................................................................................... 26
6.4.2 Parâmetro b ....................................................................................... 27
6.4.3 Parâmetro c ....................................................................................... 27
6.4.4 Parâmetro d ....................................................................................... 27
6.5 DETERMINAÇÃO DAS CURVAS IDF ....................................................... 27
6.6 TESTE DE ADERÊNCIA ............................................................................ 28
6.6.1 Kolmogorov-Smirnov ....................................................................... 28
6.6.2 Análise dos parâmetros de regressão linear ................................. 28
VII
1 INTRODUÇÃO
A construção e melhoramento de obras de drenagem, prevenção de erosão
do solo e determinação de vazões de projeto, por exemplo, necessita de estudo
hidrológico local tendo em vista o monitoramento das máximas de chuvas, atribuindo
período de recorrência com a introdução de probabilidade e risco de ocorrência de
determinados eventos.
No estado de Mato Grosso, a obtenção de dados que caracterizam o
comportamento das chuvas é limitada. Segundo informações dispostas no site da
Agência Nacional de Águas – ANA (2016) existe 87 estações com dados de chuvas
no estado, contudo, poucos com tratamento estatístico, ou com tratamento
englobando dados de poucos anos.
A probabilidade de ocorrência de uma chuva é determinada a partir de uma
base de séries históricas que, devidamente tratadas, formam as curvas de
Intensidade-Duração-Frequência – IDF.
As curvas IDF relacionam a intensidade máxima da chuva com a sua duração
e o tempo de retorno (tempo de recorrência) a partir de séries históricas de postos
pluviográficos.
Diante da inexistência de dados estatísticos locais que demonstram as
máximas de chuva, juntamente com sua intensidade e duração, muitas obras
utilizam informações obtidas de outras localidades, o que pode afetar no
desempenho da obra tanto no sentido econômico, ao superdimensiona-la ou na
logística, ao confeccionar um produto que não atende à demanda necessária.
No presente projeto será realizado o cálculo das curvas IDF para as cidades
de Alta Floresta, Guarantã do Norte e Sorriso situadas ao norte de Mato Grosso,
proporcionando maior distribuição de informações estatísticas recorrentes as
máximas de chuvas para elaboração de obras mais precisas.
9
2 PROBLEMATIZAÇÃO
O estado de Mato Grosso é dividido em Mesorregiões cuja maior delas é o
Norte, com 53 cidades. As cidades de Alta Floresta, Guarantã do Norte e Sorriso
situam-se nesta mesma Mesorregião e compõem a Bacia Hidrográfica do Rio
Amazonas.
Segundo a Agência Nacional de Águas a Bacia do Rio Amazonas é a mais
extensa rede hidrográfica do globo terrestre, composta por 13 sub-bacias, ocupando
uma área total de 6.110.000 km². As maiores demandas pelo uso de água na região
ocorrem nas sub-bacias dos Rios Tapajós, Madeira e Negro. As três cidades em
estudo para este trabalho encontram-se dispostas na sub-bacia do Rio Tapajós,
mais precisamente na Unidade de Planejamento Hídrico – UPH Rio Teles Pires, em
localidades distintas do Norte de Mato Grosso, conforme mostra a Figura 1.
Figura 1 – Estado do Mato Grosso com a distribuição espacial das cidades analisadas no presente
trabalho
Fonte: Acervo Próprio (2016).
3 JUSTIFICATIVA
Obras hidráulicas, como de drenagem pluvial, tanto prediais quanto de
infraestrutura, necessitam de precisão para seu correto dimensionamento e posterior
execução. Essa precisão está diretamente relacionada ao tratamento estatístico de
dados relativos a intensidade máxima de chuva na região.
A maior parte dos dados disponíveis referentes a curvas IDF cobrem séries
de 15 a 20 anos. No o estudo de Oliveira (2011), encontrou-se as relações IDF para
136 cidades de Mato Grosso, com tempo de retorno de 2, 5, 10, 25, 50 e 100 anos,
a partir de dados de séries históricas com período de 15 anos.
Botan e Crispim (2014) obtiveram a curva IDF para o município de Sinop-MT
abrangendo uma série de 39 anos. Este trabalho dá continuidade ao estudo
compreendendo outros municípios da mesma sub-bacia e Unidade de Planejamento
Hídrico - UPH. Para as cidades de Alta Floresta, Guarantã do Norte e Sorriso,
situadas, assim como Sinop, na UPH Teles Pires, torna-se importante a elaboração
de curvas IDF para analisar as diferentes intensidades de chuvas juntamente com
suas durações e frequências, comparando-as com a curva do município de Sinop –
MT. Tendo em vista que essas cidades são localizadas na mesma mesorregião, no
complexo de usinas hidrelétricas do Rio Teles Pires e na mesma sub-bacia
hidrográfica e UPH, mas em pontos diferentes, faz-se relevante sua determinação.
12
4 OBJETIVOS
4.1 OBJETIVO GERAL
Elaborar as curvas de Intensidade-Duração-Frequência para três cidades que
compõem a UPH Teles Pires da Bacia Hidrográfica do Rio Amazonas.
5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
No presente capítulo, será retratada a definição de determinados
conhecimentos específicos para o cumprimento do objetivo final do projeto, expondo
conceitos que servirão como suporte teórico, tendo em vista sua relevante
importância para compreensão deste estudo.
5.1 HIDROLOGIA
A hidrologia é basicamente a ciência que estuda a água na superfície
terrestre, na atmosfera, no solo e no subsolo. Ela trata da água na terra, sua
ocorrência, circulação, distribuição espacial, propriedades físicas e químicas e sua
relação com o ambiente (CORDERO, 2013). Para Jabôr (2011), a hidrologia é uma
ciência básica cujo conhecimento é essencial ao agrônomo, ao ecologista, ao
geógrafo, ao engenheiro e à vários outros profissionais.
De acordo com Pinto et al (2011), os projetos de obras hidráulicas futuras são
elaborados a partir de dados do passado. Ainda que a sucessão histórica de vazões
ou precipitações, constatada no passado, não se repita exatamente para o futuro, os
estudos hidrológicos baseiam-se na recorrência dos regimes de precipitação e
escoamento dos rios ao longo do tempo.
Existem dois métodos de estudo, de acordo com os processos analíticos
utilizados, que são a Hidrologia Paramétrica e a Hidrologia Estocástica (PINTO et al,
2011). A primeira caracteriza-se pela análise de parâmetros físicos a fim de sintetizar
eventos hidrológicos, como por exemplo os processos para obtenção de
hidrogramas unitários sintéticos e reconstituição de hidrogramas em função de
dados climáticos. Já a Hidrologia Estocástica, é a manipulação estatística das
variáveis hidrológicas para resolver problemas, como por exemplo, considerar as leis
estatísticas na previsão do regime de rios, deixando de considerar uma simples
repetição de eventos passados.
Para Pinto et al (2011), o domínio inadequado do homem sobre as leis
naturais é claro, tendo em vista, os efeitos catastróficos das grandes cheias e
estiagem mesmo surgindo a partir de fenômenos hidrológicos comuns e
aparentemente conhecidos, como as chuvas e o escoamento dos rios. Desta forma,
torna-se evidente o relevante papel da hidrologia no conhecimento necessário para
14
parte escoa pela superfície até atingir estagnação ou um curso d’água, enquanto
outra, se infiltra no terreno e por percolação ou drenagem, também atinge
estagnação ou um curso d’água (JABÔR, 2011).
Embora o ciclo hidrológico possa parecer um mecanismo contínuo, na
realidade ele ocorre de modo bastante aleatório, variando em tempo e espaço. Em
algumas ocasiões a natureza provoca chuvas torrenciais que ultrapassam a
capacidade de rios e lagos, ocasionando inundações. Enquanto, outras vezes, o
ciclo aparenta estagnação, sessando, portanto, a precipitação e o consequente
escoamento superficial. Conforme Jabor (2011), são esses extremos de enchente e
de seca que mais interessa aos engenheiros, tendo em vista que os muitos projetos
hidráulicos possuem finalidade de proteção contra estes extremos.
5.3.1 Precipitações
1
T= Equação 1
P
Onde:
T = tempo de recorrência em anos;
P = probabilidade de determinado evento ocorrer.
Para Jabor (2011), a escolha de um determinado período de retorno remete-
se a uma análise de economia e de segurança, considerando o tipo de obra. Quanto
maior for o período de retorno, maiores serão os valores das precipitações de pico
encontradas e consequentemente, mais segura e cara será a obra.
Para cada tipo de obra utiliza-se períodos de retorno distintos de acordo com
seu grau de importância, levando em consideração os supostos prejuízos advindos
de um futuro acidente, devido à um subdimensionamento de projeto. Para um
extravasor de barragem, por exemplo, os períodos variam de 1.000 a 10.000 anos,
pois, acidentes neste tipo de obra acarretam prejuízos incalculáveis e, geralmente,
17
a Tr b
i= Equação 2
t cd
Onde:
i = a intensidade máxima média de precipitação em mm/h;
t = a duração da chuva em minutos;
Tr = o tempo de recorrência em anos;
a, b, c, d = são parâmetros a serem determinados para cada localidade.
A dificuldade na obtenção de equações IDF de chuvas intensas reside na
escassez de registros pluviográficos. Desta forma, podem ser aplicadas
metodologias com base em dados pluviométricos através do coeficiente de
desagregação de chuvas (SAMPAIO, 2011).
19
-YTr
P = 1 - e -e Equação 3
Onde:
P = probabilidade de um valor extremo da série ser maior ou igual ao de um
determinado evento;
YTr = variável reduzida.
A variável reduzida da distribuição de Gumbel é obtida pela aplicação da
função de distribuição de frequência de Chow demostrada a seguir:
X Tr = X K Tr s Equação 5
Onde:
XTr = evento extremo no decorrer do ano;
X = média dos valores extremos da série histórica;
S = desvio padrão;
K Tr = fator de frequência dado por:
5.5.1 Kolmogorov-Smirnov
Onde:
D max
= máxima diferença entre os valores provenientes da distribuição teórica e
empírica;
F' ( x) = distribuição teórica;
6 METODOLOGIA
Neste capítulo serão descritos os métodos que serão utilizados para
realização do trabalho, com a descrição dos parâmetros que interferem na
precipitação pluvial máxima, a fonte de obtenção dos dados juntamente com sua
classificação e organização, como será feita a desagregação de chuvas intensas e a
obtenção das curvas IDF.
1,5 ln ( lnd )
7,3
C24(d) = e Equação 8
E
i= Equação 9
t cd
E = a Tr b Equação 10
Desta maneira, aplica-se logaritmo em ambos os lados das duas equações,
linearizando-as:
6.4.1 Parâmetro a
27
6.4.2 Parâmetro b
6.4.3 Parâmetro c
6.4.4 Parâmetro d
localidade descritos por Botan e Crispim (2014). Assim, serão utilizados os valores
fornecidos nesse estudo.
7 CRONOGRAMA
A tabela a seguir mostra o cronograma para o término do presente projeto de
pesquisa por meio do Artigo científico a ser desenvolvido como trabalho de
conclusão de curso.
Revisão bibliográfica
complementar
Tratamento de dados
Elaboração do Artigo
científico
Entrega e defesa do
Artigo científico
30
8 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
FOLHA DE SÃO PAULO. Construção civil tem pior resultado em 12 anos até
setembro, diz sindicato, disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/mercado
/2015/12/1716502-construcao-civil-tem-pior-resultado-em-12-anos-ate-setembro-diz-
sindicato.shtml>. Acesso em: 24 mar.2016.
GARCIA, S.S.; AMORIM, R.S.S.; COUTO, E.G.; STOPA, W.H. Revista Brasileira de
Engenharia Agrícola e Ambiental. Determinação da equação intensidade-
duração-frequência para três estações meteorológicas do Estado de Mato
Grosso. Campina Grande. v. 15, n. 6, p575-581, 2011.
OLIVEIRA, L.F.C. de; VIOLA, M.R.; PEREIRA, S.; MORAIS, N.R. de. Revista
Ambiente & Água. Modelos de predição de chuvas intensas para o estado do
Mato Grosso, Brasil. [S.i.] v. 6, n. 3, 2011.
PINTO, N.L. de S.; HOLTZ, A.C.T.; MARTINS, J.A.; GOMIDE, F.L.S. Hidrologia
Básica. 13ª ed. São Paulo – SP: Edgard Blucher, 2011.
SANTOS, G.G.; FIGUEIREDO, C.C. de; OLIVEIRA, L.F.C. de; GRIEBELER, N.P.
Intensidade-duração-frequência de chuvas para o Estado de Mato Grosso do
Sul. Universidade Federal de Campina Grande – UFCG. Campina Grande – PB,
2009.
TUCCI, C.E.M. Hidrologia: Ciência e aplicação. 4ª ed. Porto Alegre – RS: UFRGS,
2013.