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Sinop - MT
2023/02
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO – UNEMAT
Sinop - MT
2023/02
I
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Principais fatores que influenciam o resultado da resistência à compressao
potencial do concreto medida no ensaio de controle...................................................7
II
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
LISTA DE ABREVIATURAS
LISTA DE EQUAÇÕES
Equação 1. ................................................................................................................ 23
Equação 2 .................................................................................................................23
Equação 3. ................................................................................................................ 25
VI
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
1. Título: Estudo avaliativo da conformidade do concreto estrutural em Sinop-
MT.
2. Tema: Engenharia Civil
3. Delimitação do Tema: Construção Civil
4. Proponente(s): João Pedro Michels Avancini
5. Orientador(a): Murilo Limeira da Costa Neto
7. Estabelecimento de Ensino: UNEMAT – Universidade do Estado de Mato
Grosso.
8. Público Alvo: Profissionais e Pesquisadores na Área da construção Civil e
áreas relacionadas.
9. Localização: Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus Sinop.
Avenida dos Ingás, 3001, Jardim Imperial, Cep: 78552-259.
10. Duração: Um Semestre.
VII
SUMÁRIO
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO – UNEMAT....................... 1
LISTA DE TABELAS ........................................................................................... I
LISTA DE FIGURAS ............................................................................................ II
LISTA DE QUADROS .......................................................................................... III
LISTA DE ABREVIATURAS................................................................................ IV
LISTA DE EQUAÇÕES ....................................................................................... V
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ............................................................................. VI
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 9
2 PROBLEMATIZAÇÃO .................................................................................... 11
3 JUSTIFICATIVA.............................................................................................. 12
4 OBJETIVOS .................................................................................................... 13
4.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................... 13
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................................... 13
5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................... 14
5.1 CONCRETO ............................................................................................... 14
5.2 COMPONENTES DO CONCRETO ........................................................... 15
5.2.1 Cimento ............................................................................................. 15
5.2.2 Água................................................................................................... 16
5.2.3 Agregados ......................................................................................... 16
5.2.3.1 Agregado miúdo .......................................................................... 17
5.2.3.2 Agregado graúdo ........................................................................ 18
5.2.4 Argamassa ........................................................................................ 18
5.2.5 Aditivo ............................................................................................... 18
5.3 CONTROLE DE QUALIDADE .................................................................... 19
5.4 PROPRIEDADES ....................................................................................... 20
5.4.1 Concreto Fresco ............................................................................... 20
5.4.2 Concreto Endurecido ....................................................................... 21
5.5 RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO ............................................................. 22
5.5.1 Definição ........................................................................................... 22
5.5.2 Determinação da resistência à compressão .................................. 22
5.5.2.1 Coleta e amostragem .................................................................. 22
5.5.2.2 Moldagem dos corpos de prova .................................................. 23
5.5.2.3 Ensaio de resistência .................................................................. 24
5.5.3 Fatores que influenciam na resistência à compressão ................. 25
6 METODOLOGIA ............................................................................................. 28
6.1 DETERMINAÇÃO DA CONSISTÊNCIA..................................................... 28
VIII
1 INTRODUÇÃO
No Brasil, o concreto é um dos materiais mais empregados na construção civil.
Suas características como boa resistência à água, durabilidade, resistência, e não
menos importante, seu baixo custo de fabricação, são fatores chave para tamanha
popularização do seu emprego.
O concreto é um material composto constituído por cimento, água, agregado
miúdo (areia), agregados graúdos (britas ou pedras), e por fim, pode conter aditivos
químicos e adições que potencializam algumas de suas propriedades, visando um
melhor desempenho (Helene, 2009).
Entre as propriedades do concreto, a resistência à compressão tem sido
tradicionalmente utilizada como principal parâmetro do controle de qualidade, tanto
dos concretos produzidos in loco quanto daqueles dosados em usinas. Segundo
Pacheco e Helene (2013) a resistência à compressão é a propriedade do concreto
adotada por ocasião do dimensionamento da estrutura e está ligada diretamente à
segurança e estabilidade estrutural. Em toda edificação de concreto armado deve ser
utilizado um concreto de resistência igual ou maior àquele o qual foi considerado no
projeto estrutural.
O controle tecnológico do concreto visa, em resumo, assegurar que o material
atenda a um padrão de qualidade predefinido. Isso possibilita a avaliação da
aceitabilidade do material em seu estado atual. Os valores de resistência à
compressão desempenham um papel fundamental como indicadores de qualidade do
concreto, não devido à relativa facilidade de condução dos ensaios, mas também pela
forte correlação dessa propriedade com outros atributos essenciais, como
elasticidade, durabilidade e fator água-cimento. Como resultado, a determinação da
conformidade do concreto por meio de ensaios de resistência à compressão tornou-
se o método mais amplamente adotado em canteiros de obras em todo o mundo.
Os parâmetros levados em consideração para a dosagem é a resistência e
durabilidade, mas quando falamos em lançamento do concreto, é importante
mencionar a trabalhabilidade. Dito isso, para não comprometermos a segurança e
alguns aspectos econômicos, é fundamental um controle de qualidade mais criterioso
para que a resistência média e mínima, seja conhecida. (NEVILLE (2016)).
O presente trabalho tem como objetivo realizar o controle tecnológico do concreto
utilizado de duas obras de diferentes portes na cidade de Sinop, Mato Grosso. Este
10
2 PROBLEMATIZAÇÃO
Devido à extensa diversificação na construção civil e à falta de supervisão
adequada, a implementação de programas reguladores de qualidade no setor enfrenta
desafios significativos. O concreto, devido ao seu comportamento completo e à ampla
variedade de componentes, representa um obstáculo quando manipulado por
trabalhadores não especializados. No entanto, é crucial garantir que o material atenda
aos requisitos do projeto. Visando assegurar o prolongamento da vida útil da estrutura
construída.
Uma estrutura de concreto é concebida com uma vida útil específica, no
entanto, a falta de fiscalização e controle rigoroso da resistência à compressão do
concreto pode comprometer essa durabilidade, colocando em riscos os usuários.
Diante disso, questiona-se se o concreto preparado em usinas centrais de concreto e
o concreto preparado in loco e utilizado nas estruturas nas edificações em Sinop/MT,
está alcançando a resistência à compressão preconizada em projeto?
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3 JUSTIFICATIVA
Helene e Andrade (2010) afirmam que os engenheiros civis e arquitetos têm
influência nas especificações tanto no canteiro de obras quanto em usinas. No
entanto, para uma intervenção técnica eficaz, é crucial que esses profissionais
compreendam os princípios fundamentais relacionados à especificação do concreto,
incluindo o proporcionamento de seus constituintes, conforme as exigências de
desempenho mecânico, durabilidade e condições de aplicação. É essencial
reconhecer a interdependência entre durabilidade, resistência à compressão, relação
água/cimento, consumo de cimento e abatimento do concreto, pois esses parâmetros
não podem ser dissociados uns dos outros.
Inadequações no controle tecnológico do concreto podem resultar em falhas
no desempenho da estrutura e problemas patológicos, acarretando prejuízos
econômicos, despesas elevadas para reforços, restrições de uso e, em casos
extremos, a perda total da edificação.
Diante dos fatos apresentados, destaca-se a importância da condução de
testes laboratoriais para verificar se a resistência do concreto fornecido corresponde
àquela preconizada no projeto. Por conta disso, pode-se afirmar que a pesquisa trará
uma contribuição importante uma vez que avaliará corpos de prova de concretos
produzidos em diferentes lugares, com diferentes níveis tecnológicos envolvidos,
segundo o atendimento dos critérios de trabalhabilidade (concreto fresco) e
resistência (concreto endurecido). Trazendo, desta forma, um panorama geral do
atendimento do que fora considerado em projeto com aquilo que realmente foi lançado
nas formas.
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4 OBJETIVOS
5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
5.1 CONCRETO
O concreto é, o material de construção mais utilizado no mundo e isso decorre
de três razões básicas: seu baixo custo de fabricação, sua consistência plástica no
concreto fresco que possibilita assumir vários formatos e tamanhos, e por fim, sua
excelente resistência à água. (MEHTA E MONTEIRO, 2008).
Almeida (2002) afirma que o concreto pode ser classificado em: concreto
simples (sem adição de armaduras) onde sua utilização é limitada na construção de
estruturas, devido sua resistência a tração ser muito baixa, este pode vir a ser utilizado
na fabricação de bloco, por exemplo; e o concreto armado (união do concreto simples
e de barras de aço, com perfeita aderência entre os dois materiais) transformando-se
em um único componente capaz de resistir aos esforços usuais às estruturas. Ainda
segundo o autor, o concreto pode ser classificado conforme o local de fabricação,
como aqueles fabricado no local em que será aplicado (in loco) ou pré-misturado, mais
conhecido como concreto usinado, onde será preparado em centrais dosadoras.
O concreto por ser um material heterogêneo, costuma apresentar um
comportamento mecânico intermediário dependente da tipologia e qualidade dos
agregados apresentados em sua confecção e pela pasta de cimento hidratada,
conforme ilustra a figura 1.
5.2.1 Cimento
5.2.2 Água
5.2.3 Agregados
A ABNT NBR 7211 (2022) diz que: ‘’Os agregados devem ser compostos por
grãos de minerais duros, estáveis e duráveis, e não podem conter substâncias de
natura e em quantidade que possam afetar a hidratação e o endurecimento do
cimento, a proteção da armadura contra a corrosão, a durabilidade ou, quando for
requerido, o aspecto visual externo do concreto.’’
De acordo com Neville (2016), pelo menos 3/4 do volume do concreto é
composto pelos agregados, e sua qualidade é de suma importância, pois a
propriedades dos agregados - quando indesejáveis - limitam a resistência,
durabilidade e o desempenho estrutural do concreto.
Os agregados graúdos e miúdos mais utilizados para a confecção do concreto
normalmente são de origem natural e suas características dependem da rocha matriz,
tais como: areia, cascalho, pedra britada e areia de britagem, originados de pedreiras.
O autor também afirma, que existem alguns agregados artificiais provindo do processo
industrial, como a escória de alto-forno e a argila expandida ou sinterizada, porém são
menos utilizados na construção civil. (Almeida, 2002).
Portanto, segundo a ABNT NBR 12655 (2022), todos os agregados usados em
concreto de cimento Portland devem cumprir os requisitos estabelecidos na NBR 7211
(2022), onde a mesma os classifica de acordo com a sua dimensão em dois grandes
grupos: agregado miúdo e agregado graúdo.
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De acordo com a ABNT NBR 7211 (2022), o agregado miúdo é definido como:
Cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha de 4,75mm
e ficam retidos na peneira com abertura de malha de 150µm em
ensaios realizados de acordo com a ABNT NBR 17054, com peneiras
definidas pela ABNT NBR NM ISSO 3310-1.
O agregado graúdo, por sua vez, é definido pela mesma norma ABNT NBR
7211 (2022) como:
Cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha de 75mm e
ficam e ficam retidos na peneira com abertura de malha de 4,75mm
em ensaios realizados de acordo com a ABNT NBR 17054, com
peneiras definidas pela ABNT NBR NM ISSO 3310-1.
5.2.4 Argamassa
5.2.5 Aditivo
5.4 PROPRIEDADES
A qualidade do concreto desempenha papel crucial em sua aplicação, e suas
propriedades podem ser categorizadas em duas etapas distintas: a primeira fase
abrange o período de endurecimento, estado endurecido e o momento que está em
serviço, e a segunda fase envolve mistura, lançamento, compactação e acabamento,
conhecida como concreto fresco.
A ABNT NBR 16889 (2020) estabelece um método preciso para definir o grau
de utilização e consistência do concreto para trabalhabilidade em seu estado fresco,
utilizando a medida do seu assentamento como parâmetro. Segundo a norma, o
método não é aplicável a concretos que possuam agregado graúdo com dimensão
nominal máxima superior a 37,5mm, sua utilização é aceitável em concretos plásticos
e coesivos que tenham assentamento igual ou maior que 10mm.
A coleta e amostragem do concreto deve ser feito de acordo com a ABNT NBR
16886 (2020) – Concreto – Amostragem de concreto fresco. A norma diz que as
amostras devem ser obtidas aleatoriamente, logo após terem sido finalizadas a adição
e homogeneização de todos os componentes do concreto. Para caminhões-betoneira,
a coleta da amostra deve ser realizada durante a operação de descarga, após a
retirada dos primeiros 15% e antes de completar a descarga de 85% do volume total
da betonada, podendo ser realizada em dois ou mais períodos regularmente
espaçados. Para betoneiras estacionárias, as amostras podem ser obtidas da mesma
maneira.
Segundo Helene e Terzian (1992) é notável observar que, ao considerar que
os corpos de prova de um mesmo exemplar são sempre curados em conjunto, sob as
mesmas condições, não há possibilidade de se obter um resultado mais elevado do
que o fornecido por um ensaio correto. Devido a essa razão, a resistência mais baixa
entre os dois exemplares é desconsiderada, uma vez que se atribui a uma das
operações de ensaio a causa dessa diminuição. O valor mais elevado foi menos
23
A moldagem dos corpos de prova deve ser feita de acordo com a ABNT NBR
5738 (2015) – Concreto – Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova.
A moldagem do corpo de prova deve ser feita em uma superfície de apoio rígida,
horizontal, livre de vibrações. O molde deve ser cilíndrico com 15cm de diâmetro,
24
4𝐹
𝑓𝑐 = 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 3
𝜋 𝑥 𝐷²
Onde:
Fc = resistência à compressão, expressa em megapascals (Mpa);
F = força máxima alcançada, expressa em newtons (N);
D = diâmetro do corpo de prova, expresso em milímetros (mm);
Para Helene e Terzian (1992), a análise de cada um dos diversos fatores que
impactam na resistência final do concreto pode ser desafiadora. No entanto, é a
interação desses fatores em conjunto que efetivamente determina o desempenho do
material ao longo de sua vida útil.
27
6 METODOLOGIA
2mm e base superior 100mm ± 2mm. A base do cone deve possuir aletas, para que
durante o ensaio o cone permaneça imóvel, e a parte superior deve contar com alças
que garantam a desmoldagem eficiente do concreto. A haste utilizada para o ensaio
deve ser de aço, de superfície lisa e com formato cilíndrico, com diâmetro de 16mm,
e comprimento de 600mm a 800mm.
Para realização do ensaio também é necessária uma base metálica, quadrada
ou retangular, de dimensão maior que 500mm e espessura igual ou superior a 3mm.
III. Repetir o mesmo processo para mais duas camadas, com 25 golpes em
cada, de modo que os golpes não afetem as camadas anteriores.
IV. Após a moldagem, colocar os moldes sobre uma superfície rígida, livre
de vibrações, para que a cura inicial de 24h seja feita sem ações que
possam perturbar o concreto.
V. Ao término da cura inicial, os corpos de prova serão desmoldados, na
qual ficarão submersos em um recipiente com água saturada e cal,
dando início a etapa de cura final.
Da primeira edificação serão moldados três corpos de prova por caminhão, de
forma que sejam rompidos respectivamente com três, sete e vinte e oito dias de cura
(idade referência para análise de resistência) e a contraprova dos corpos de prova
coletados será disponibilizado pela unidade dosadora contratada. Para a segunda
edificação, serão moldados seis corpos de prova no total, de forma que sejam
rompidos dois com três dias de cura, dois com sete dias de cura e dois com vinte e
oito dias de cura (idade referência para análise de resistência). Os corpos de prova
serão etiquetados com as informações básicas sobre o processo de amostragem em
uma planilha, que contará com as seguintes informações:
• Número de identificação do CP;
• Data da moldagem;
• Idade do CP;
• Data do ensaio;
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7 CRONOGRAMA
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Manutenção (Cura do
concreto)
Rompimentos
8 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12655: Concreto de
cimento Portland – Preparo, controle, recebimento e aceitação – Procedimento.
Rio de Janeiro/RJ, p 10, 2022.
FARIA, R. Concreto não conforme. Revista Téchne, São Paulo: PINI, n. 152,
novembro de 2009.