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Supervisor:
Maio de 2019
INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES
Maio de 2019
Dimensionamento de Sistemas de Drenagem em Campos de Futebol com
DisplayText Natural
Relvadocannot span more than one line!
Caso de Estudo: Campo do Culbe de Desportos de Maxaquene
Mauro Alberto Cossa
Sistemas de Drenagem em Campos de Futebol
ÍNDICE
ÍNDICE ...................................................................................................................................... I
AGRADECIMENTOS .......................................................................................................... IV
DEDICATÓRIA ...................................................................................................................... V
DECLARAÇÃO DE HONRA ............................................................................................. VII
ÍNDICE DE TABELAS ..................................................................................................... VIII
ÍNDICE DE FIGURAS .......................................................................................................... 10
ÍNDICE DE GRÁFICOS ....................................................................................................... 13
LISTA DE ABREVIATURAS UTILIZADAS ..................................................................... 14
RESUMO................................................................................................................................. 15
ABSTRACT ............................................................................................................................ 16
CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 17
1.1. Introdução ......................................................................................................... 17
1.2. Problemática ..................................................................................................... 18
1.3. Problema ........................................................................................................... 18
1.4. Objecto ............................................................................................................. 19
1.5. Objectivo Geral................................................................................................. 19
1.6. Objectivos Específicos ..................................................................................... 19
1.7. Ideia a defender ................................................................................................ 19
1.8. Perguntas da investigação................................................................................. 19
1.9. Resultados Esperados ....................................................................................... 19
1.10. Estrutura do trabalho ........................................................................................ 20
CAPÍTULO II MARCO TEÓRICO CONCEITUAL ........................................................ 21
2.1. Futebol .............................................................................................................. 21
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradecer aos meus pais, Alberto Alexandre e Ilda Muianga, e aos meus
irmãos Bruno Cossa e Eneida Cossa pelo apoio, puxões de orelha, confiança e amor
incondicional nesta trajectória.
Aos meus amigos e companheiros desta jornada académica, em especial, Dilson Baltazar,
Lourenço Muambalo, Jorge Pin Tin, Shakil Calú, Edilson Pereira, Amuza Sande e Domingos
Júnior, com quem partilhei as maiores dificuldades e ajudaram-me a atravessá-las.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho à toda comunidade desportiva de Moçambique que por amor, fazem de
tudo para que o desporto evolua no país e traga melhores resultados a longo prazo. E ao meu
Avô Alberto Muianga (em memória), que despertou-me a paixão pelo desporto e incentivou-
me à practicar o desporto rei (Futebol).
DECLARAÇÃO DE HONRA
Eu, Mauro Alberto Cossa declaro por minha honra que o presente Projecto Final do Curso é
exclusivamente de minha autoria, não constituindo cópia de nenhum trabalho realizado
anteriormente e as fontes usadas para a realização do trabalho encontram-se referidas na
bibliografia.
Assinatura: __________________________________
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 2.1. Vantagens e Desvantagens entre Relvado Natural e Relvado Sintético. (Fonte:
Autor, 2018)...................................................................................................................... 24
Tabela 3.1. Distribuição de Clubes de Futebol ao longo do país. (Fonte: Autor, 2019) ........ 47
data) .................................................................................................................................. 49
Tabela 5.1. Coeficiente de escoamento superficial. (Fonte: DE SOUSA & MATOS, sem
data) .................................................................................................................................. 63
Tabela 5.3. Características da camada de solo de topo. (Fonte: Autor, 2019) ........................ 72
Tabela 5.6. Cálculo da Intensidade de Precipitação com base na expressão (5.18). (Fonte:
Autor, 2019)...................................................................................................................... 73
Tabela 5.7. Cálculo do caudal de pico através do Método Racional. (Fonte: Autor, 2019) .... 74
Tabela 5.8. Características dos materiais de enchimento dos elementos do sistema. (Fonte:
Autor, 2019)...................................................................................................................... 74
Tabela 5.11. Dimensionamento da secção transversal dos drenos. (Fonte: Autor, 2019) ....... 75
Tabela 5.14. Cálculo Aproximado do volume de água para um dia de irrigação. (Fonte:
Autor, 2019)...................................................................................................................... 78
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 2.1. Dimensões permitidas para campos de Futebol. (Fonte: FUTEBOL…, sem data)
.......................................................................................................................................... 22
Figura 2.2. Dimensões recomendadas para campos de Futebol. (Fonte: FIFA, 2011) .......... 22
Figura 2.3. Relva natural em rolos. (Fonte: RELVADO…, sem data) .................................. 23
Figura 2.8. Esquema de dreno descontínuo. (Fonte: FONSECA et al. sem data) ................... 31
Figura 2.10. Esquema de Colchão drenante. (Fonte: DANTAS et al. 2003) ......................... 32
MELO, 2011).................................................................................................................... 33
Figura 2.14. Sistema drenante Misto. (Fonte: DANTAS et al. 2003) .................................... 36
Figura 2.15. Drenagem em Espinha de peixe (Configuração 1). (Fonte: CORSINI, 2014) ... 36
Figura 2.16. Drenagem em Espinha de peixe (Configuração 2). (Fonte: ROSSI, sem data) .. 37
Figura 2.17. Drenagem em Espinha de peixe (Configuração 3). (Fonte: ROSSI, sem data) . 37
Figura 2.18. Drenagem de Espinhas paralelas (1). (Fonte: VENANCIO, 2015) ................... 38
Figura 2.19. Drenagem de Espinhas paralelas (2). (Fonte: SPORT ENGLAND, 2011) ........ 38
Figura 2.20. Esquema de Drenagem paralela usando drenos lineares com intersecções de
drenos lineares com intersecções de sulcos de areia. (Fonte: FIFA, 2011) ...................... 39
Figura 2.24. Irrigação de um campo de futebol com base em aspersores. (Fonte: RED, 2017)
.......................................................................................................................................... 42
Figura 2.25. Arejamento em profundidade através de Verti Drain. (Fonte: RED, 2017) ...... 43
Figura 2.26. Espalhamento de areia na superficie do campo. (Fonte: RED, 2017) ............... 45
Figura 2.27. Marcação das linhas do campo. (Fonte: RED, 2017) ......................................... 46
Figura 3.3. Identificação do local com problemas de drenagem. (Fonte: Autor, 2019) ......... 51
Figura 3.3. Estado do Relvado no local mais afectado. (Fonte: Autor, 2019) ....................... 52
Figura 4.1. Esquema da perspectiva mista (Fonte: Adaptado de Newman & Benz, 1998, p.
20). .................................................................................................................................... 65
Figura 5.2. Esquema de cálculo do volume de água atravessado por metro de comprimento.
Figura 5.3. Secção transversal da vala do dreno. (Fonte: DANTAS et al. 2003).................... 68
Figura 5.5. Esquema do sistema de drenagem para o Campo do Maxaquene. (Fonte: Autor,
2019) ................................................................................................................................. 71
ÍNDICE DE GRÁFICOS
Gráfico 3.1. Relação estádios/campos de futebol e Clubes. (Fonte: Autor, 2019) ................. 48
Gráfico 3.5. Tempo que frequenta o campo. (Fonte: Autor, 2019) ......................................... 54
Gráfico 3.6. Preferência entre Relvado Natural e Relvado Sintético. (Fonte: Autor, 2019) ... 54
Gráfico 3.7. Nível de Satisfação face às condições do campo. (Fonte: Autor, 2019) ............. 55
Gráfico 3.8. Influência no desempenho da equipa face as condições do campo. (Fonte: Autor,
2019) ................................................................................................................................. 55
Gráfico 3.9. Formação de poças de água após chuva. (Fonte: Autor, 2019) ........................... 55
Gráfico 3.10. Contribuição das poças de água para lesões. (Fonte: Autor, 2019)................... 56
RESUMO
Com a evolução do Futebol, e as mudanças climáticas, torna-se cada vez mais importante a
análise detalhada na concepção de projectos de estádios/campos da modalidade. Moçambique
tem potencial para desenvolver a modalidade e parte deste desenvolvimento está directamente
associado à construção/reabilitação de estádios/campos, que têm como um dos requisitos
principais a existência de um sistema de drenagem.
Tem como estudo de caso o Campo de Futebol do Clube de Desportos do Maxaquene, que em
época chuvosa fica com poças de água pela ausência de um sistema de drenagem, e por outro
lado a mesma época é a que o relvado fica em melhores condições pela dependência da água
da chuva para irrigação. Assim sendo o sistema concebido para o campo, para além de captar
a água para evitar a formação de poças de água, drena a mesma para um reservatório, onde a
água será reutilizada.
ABSTRACT
With the evolution of Football, and climate change, it becomes increasingly important to
analyze in detail the design of stadium/field projects of the sport. Mozambique has the
potential to develop the modality and part of this development is directly associated with the
construction/rehabilitation of stadiums/fields, which have as one of the main requirements the
existence of a drainage system.
The present work has the objective of designing a methodology for designing drainage
systems in football fields that combines the various existing variables, based on the Darcy
Law, which relates the amount of water drained to the dimensions of the element through
which the water flows drains.
The design consists of choosing the drainage scheme (layout, basic dimensions in plan),
choosing the type of filling material based on the granulometry and permeability coefficient
and, in determining the drainage mattress thickness and the cross section of the drains,
considering the climatic data of the study region.
It has as a case study the Football Field of the Maxaquene Sports Club, which in the rainy
season has puddles of water due to the absence of a drainage system, and on the other hand,
the same season is where the turf is better dependence on rainwater for irrigation. Thus, the
system designed for the field, besides capturing the water to avoid the formation of puddles of
water, drains the same to a reservoir, where the water will be reused.
CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO
1.1. Introdução
O futebol é uma das principais fontes de identidade cultural do país. Capaz de mobilizar e
atrair milhões de pessoas, pode ser entendido como uma forma cultural que promove a
integração do país, fazendo com que a sociedade encontre um sentido de totalidade raramente
encontrado em outras esferas da vida social. É neste universo que observamos,
frequentemente, indivíduos de diferentes classes sociais, raças e credos se transformarem em
“iguais” através de um sistema de comunicação que os leva a abraços e conversas informais
nos estádios, ruas, praias e escritórios. (HELAL, 1973)
Nos estádios de futebol, todos os aspectos são importantes, desde sua infra-estrutura,
bancadas, balneários, iluminação e sem dúvida o relvado. Este último é de extrema
importância para que o jogo, transcorra naturalmente sem obstruções e riscos para seus
participantes.
O grande problema que ocasiona a diminuição da jogabilidade são as poças de água, ou seja a
saturação dos relvados ocasionados pelas águas das chuvas. Esse problema é muito comum
em países como Moçambique, devido ao clima equatorial tropical, que é caracterizado por
temperaturas elevadas e grande intensidade de chuvas, sendo esta última, muitas das vezes
responsáveis por cancelamentos de jogos, causando transtornos aos adeptos e expectadores e
até mesmo atraso nos campeonatos disputados. (MERKEL, sem data)
Outro problema gerado pelo excesso de água acumulada nos relvados é o dano causado a
saúde do relvado. Um relvado onde a drenagem do solo é precário, inibe o correcto
desenvolvimento do processo radicular devido a falta de oxigénio no solo, enfraquece a
Desta forma, justifica-se o estudo de sistemas em Campos de Futebol com Relvado Natural.
1.2. Problemática
Moçambique é tido como um berço de talentos nesta modalidade, porém não apresenta um
número considerável de infraestruturas desportivas (de formação e de competição) que
possam satisfazer a demanda de necessidades existentes para a práctica desportiva. A maior
parte dos campos de futebol existentes no país são feitos em solo local, ao invés de relvado,
que é o recomendado para a práctica da modalidade. Clubes como o Clube de Desportos do
Maxaquene que pelo seu histórico de contribuições (5 vezes campeão da Liga Moçambique
nos anos de 1984, 1985, 1986, 2003 e 2012; 2 vezes campeão do Campeonato Colonial de
Moçambique 1959/60 e 1961/62; 9 vezes Campeão da Taça de Moçambique 1978, 1982,
1986, 1987, 1994, 1996, 1998, 2001 e 2010; 2 vezes Campeão da Supertaça Moçambique
2004 e 2011; e 3 vezes Campeão da Taça de Honra da Cidade de Maputo 1979, 2013 e 2016.)
para o desporto a nível nacional, deviam investir nesta componente para servir de
incentivo/exemplo para os outros clubes, o que aumentaria o número de estádios no país e
consequentemente mais competitividade. (OGOL, sem data)
1.3. Problema
Como garantir uma drenagem eficiente em um campo de futebol com relvado natural de
modo geral e no Campo do Clube de Desportos do Maxaquene em particular?
1.4. Objecto
Esta investigação tem como objecto de estudo os sistemas de drenagem em campos de futebol
de relvado natural.
dando oportunidade à novos talentos que não têm oportunidade de practicar a modalidade em
condições.
A metodologia poderá ser usada nos demais projectos de construção de campos de futebol,
dando uma base de que aspectos devem ser considerados caso a caso, ao invés de adoptar
disposições construtivas pré-estabelecidas por entidades como a FIFA, o que pode resultar em
melhor resposta em termos de eficiência do sistema de drenagem a ser concebido.
2.1. Futebol
Segundo DAS & SOUZA (2013) o jogo se estabelece na divisão do campo (relvado), em
linhas que fundamentarão suas normas, as equipes adversárias devem conter no máximo onze
e no mínimo sete jogadores, durante uma partida de noventa minutos, dividida em dois
tempos iguais podendo ser acrescido o segundo tempo de períodos extras a depender da fase
do campeonato e alterações realizadas durante a partida.
Segundo VIERINHAF (2013) os campos de futebol podem ser de dois tipos, de relva natural
ou de relva sintética, sendo que cada um deles tem as suas características próprias, assim
como, as suas vantagens e desvantagens.
a) Relvado Natural pode ser semeado in situ ou pode ser aplicado com rolos de tapetes
relva já crescida, que são produzidos em condições especificadas pelos produtores,
para diferentes tipos de condições climáticas e geológicas existentes (tipo de solo,
precipitação média, humidade relativa e exposição solar).
Segundo Vierinhaf (2013) a relva sintética é composta por inúmeras fibras unidas
entre si que tendem a igualar as características da relva natural, com a vantagem de
serem extremamente resistentes ao uso, volta à forma original após ser pisada e deixa
as fibras livres de pó e impurezas.
O relvado tem um bom atrito, mas não grande atrito. Bom atrito significa Se a drenagem não for bem concebida, sob chuva forte, os campos
Relvado quando os jogadores fazem mudanças de dirreção, o relvado cede, as podem-se inundar e tornar-se lamacentos, necessitando de
Natural articulações humanas respondem naturalmente. cancelamento e reescalonamento de jogos/actividades.
Embora facilmente danificados por uso pesado ou condições climáticas Pode ser necessário que o relvado "descanse" entre usos pesados, a
ruins, os campos de grama barato e fácil de reparar; se eles são fim de permitir que se recuperar. Se um campo for usado em
vandalizados com tinta spray ou outros materiais, o dano vai se reparar demasia, o relvado ficará danificado.
enquanto a grama cresce.
Permite a dissipação de temperatura.
Possibilitam maior tempo de utilização. Os relvados artificiais permitem São mais adequados a estádios cobertos. No caso dos estádios
mais horas de utilização, sendo que isto se torna numa vantagem pois descobertos o uso de relva sintética poderá não ser o mais
possibilita às equipas realizarem mais jogos em menos tempo sem que o adequado, principalmente se o estádio se localizar num clima
relvado se deteriore. propício ao bom crescimento da relva natural.
A superfície de jogo mantem-se regular e consistente ao longo de toda a São mais rígidos. A relva sintética é mais dura que a relva natural
Relvado época de futebol, o que não acontece com os relvados naturais. Esta o que poderá ser uma desvantagem para as equipas relativamente
Sintético característica permite que a todos os jogos possam ser realizados nas às lesões e para aquelas que estão habituadas a treinar em campos
melhores condições. mais macios.
Os relvados artificiais são certificados pela UEFA, fazendo destes uma Parâmetros mais restritos. Os relvados sintéticos precisam de
boa escolha para os campos de futebol. cumprir mais critérios de qualidade de forma a serem certificados
pelas unidades competentes.
Maior durabilidade. Uma vez que os relvados sintéticos não necessitam de Difícil adaptação. As equipas habituadas a treinar em relvados
água e não sofrem com a exposição solar, faz com que as equipas se naturais poderão ter dificuldades de adaptação aos relvados
possam habituar da melhor forma ao campo sem que os treinos ou a época sintéticos, podendo ser uma desvantagem principalmente se a
sofram pausas que podem prejudicar as equipas e jogadores. mudança ocorrer a meio da época.
Risco de queimaduras. Os campos sintéticos em caso de
deslizamento dos jogadores em caso de quedas poderão fazer
queimaduras, algo que dificilmente acontece num relvado natural.
Segundo Leite (2016) drenos são dispositivos subterrâneos constituídos por uma ou mais
camadas de material grosso e/ou material geotêxtil, envolvendo ou não um tubo, cujo
objectivo é a intersecção do nível freático e a recolha e condução das águas subterrâneas (que
possam por em perigo a estabilidade do pavimento) para fora da zona do pavimento em
questão.
Dreno (sem data, pág. 1) sustenta a definição afirmando que, um dreno é um tipo de tubo
geralmente enterrado sob o solo, utilizado para fazer escoar efluentes de água de uma
edificação ou área pavimentada. O movimento da água na tubulação se dá preferivelmente por
gravidade, mas algumas vezes podem ser utilizadas bombas para elevar os efluentes. A
tubulação deve ser à prova de água para impedir a contaminação por vazamento de efluentes,
e para evitar o afluxo de água de um subsolo aquífero.
Os drenos variam em função de seus elementos constituintes bem como são associados a
outros elementos complementares, que são:
a) Vala
Segundo Pinhal (2009), vala também pode ser definida como, escavação linear
caracterizada por apresentar profundidade maior que largura destinada a acomodar
tubagens de água, esgoto, gás etc. Vala é definida como uma escavação
b) Material filtrante
Tem com o objectivo de não deixar que outros materiais além da água tenham acesso
ao sistema de drenagem, reduzindo ou perdendo toda eficiência necessária, é utilizado
como material filtrante a areia natural, isenta de impurezas orgânicas e torrões de
argila. A granulometria do material filtrante deverá ser verificada segundo critérios de
dimensionamento de filtros, para que se ateste a sua adequação face aos solos
envolventes, tendo em vista os aspectos de colmatação (preenchimento dos vazios por
material arrastado pela água) e permeabilidade. Caso os materiais naturais disponíveis
não sejam perfeitamente adequados, admite-se a correção com outros materiais,
naturais ou artificiais, ou o emprego de areia artificial resultante da britagem de rocha
sã; ultimamente o uso de geotêxtil ou manta sintética é usado como alternativa, porém
é uma solução mais dispendiosa.(FILHO et al. 2007)
Discrimina (2007) sustenta afirmando que material filtrante tem como função impedir
que as partículas finas do substrato sejam conduzidas ao material drenante por via
fluída e fiquem retidas nos seus interstícios, causando sua colmatação.
a) Material Drenante
Segundo Dantas et al. (2003) este material tem a função de receber a água filtrada e
conduzi-la ao interior do material condutor. Basicamente, são usados os mesmos
materiais mudando apenas a sua função (dos finos para os grossos): areia, manta
geotêxtil não tecido, pedrisco, argila expandida, pedra britada. Quanto à
granulometria, os materiais são de carácter uniforme.
FILHO et al. (2007) sustenta a afirmando que são utilizados produtos resultantes da
britagem e classificação da rocha sã, areias grossas e pedregulhos naturais, desde que
isentos de impurezas orgânicas e torrões de argila. A granulometria do material
drenante deverá ser verificada ou projectada segundo critérios de dimensionamento de
filtros, para que sejam atendidas as seguintes condições
O material drenante não seja colmatado pelo solo envolvente e material filtrante;
A permeabilidade do material drenante seja satisfatória;
Os fragmentos do material drenante não sejam pequenos a ponto de bloquear ou se
infiltrar no interior dos tubos perfurados, quando estes forem previstos.
c) Tubos
d) Selo superior
Segundo Filho et al. (2007) é um elemento opcional, cujo objectivo é impedir o acesso
ao dreno de águas superficiais; normalmente é empregada uma camada de argila.
Dantas et al. (2003) também define como um elemento, cujo material é pouco
permeável (pelo menos 10 vezes menos permeável que o material adjacente
constituinte do dreno), que tem como função impedir que as águas torrenciais
superficiais penetrem directamente no dreno, pois este não foi dimensionado para
receber esse caudal. Podem ser utilizados materiais como silte, argila ou materiais
geossintéticos (geomembranas plásticas ou asfálticas).
Dreno contínuo;
Dreno descontínuo;
Dreno cego;
Colchão drenante.
a) Drenos contínuos
São aqueles em que o material constituinte é apenas de um dreno tipo: só areia ou só brita; o
material utilizado oferece funções múltiplas. Serve como, material anti-contaminante, filtro
para solo protegido, material drenante normal à água infiltrada e também a função de material
condutor longitudinal (ao invés de tubo), evacuando a água; é mais econômico, porém, possui
menor capacidade e eficiência bastante menor que o dreno descontínuo.(DANTAS et al.
2003)
b) Dreno descontínuo
Constituídos por dois materiais, onde cada um deles exerce uma ou mais funções. Em que o
selo é solo de altura variável; filtro granular, espessura mínima de 8 cm ou geotêxtil; material
drenante, capta água filtrada e a conduz ao tubo; tubo-dreno (capta água normalmente e a
conduz longitudinalmente a saída do dreno.). (DANTAS et al. 2003)
c) Dreno cego
Segundo Corsini (2014), consideram-se drenos cegos quando são preenchidos somente com
um material denominado drenante. E Filho et al. (2007) complementa afirmando que, o dreno
é executado sem tubos, cuja função dos mesmos é executada pelo material drenante.
Consiste numa camada de material drenante que visa impedir que a água percole através de
diáclises ou por capilaridade dos solos e atinja as camadas inferiores ou superiores ao
pavimento, dependendo da função a que é concebida. (FILHO et al. 2007)
Os campos têm um pequeno desnível nas laterais em relação à região central, e debaixo do
relvado, há uma camada de cerca de 60 cm de agregado que é dividida de acordo com o tipo
de material. Abaixo da camada de terra é onde fica localizado o sistema de drenagem, onde a
água escoa apenas por acção de gravidade. (DANTAS et al., 2003, pág. 8)
Segundo De Melo (sem data) o sistema é composto pelos mesmos elementos do sistema
gravitacional, a diferença é que existem bombas que exercem uma pressão negativa e
succionam ar e água dos drenos e, pelo menos em tese e, tornam o escoamento mais rápido.
Esta solução é mais utilizada em estádios altamente sombreados e húmidos. “Nestas
condições, é complicado manter a sobrevivência da vegetação, ainda mais com o
pisoteamento durante os jogos. O sistema de drenagem a vácuo permite inflar ar no interior do
solo para auxiliar na manutenção do bom estado do relvado.”(DE MELO, sem data)
Venancio (2015, pág. 2) sustenta afirmando que, o sistema apresenta os drenos colectores
fechado, ligados a uma bomba que suga o ar deles e gera um vácuo. Esse vácuo exerce uma
pressão e puxa a água que desce muito mais rápido. Este sistema é mais eficiente, porém duas
ou três vezes mais caro que o sistema gravitacional.
Colchão drenante: é o sistema mais eficiente do ponto de vista global, sendo constituído
basicamente do meio drenante (geralmente brita, ou até materiais sintéticos), do geotêxtil
como filtro e do solo destinado ao plantio da vegetação, além da própria vegetação.
(DANTAS et al. 2003)
Drenos Lineares: Não tão eficientes como o colchão drenante, devido a sua área de captação
e infiltração se limitar praticamente à sua largura, os sistemas com valas drenantes,
dependendo das exigências e da importância da obra, apresentam bons resultados e são
largamente utilizados. O sistema geralmente é composto por drenos lineares dispostos
segundo algumas soluções geométricas tradicionais, e pode ser constituído por drenos cegos
(sem tubos) protegidos por geotêxteis, com espaçamentos fixos, geralmente paralelos entre si,
e convergentes para um dreno principal. (DANTAS et al. 2003)
Dantas et al. (2003) explica que pode-se ainda compor um sistema misto formado pela
associação de colchão com o dreno linear. Neste sistema drenante, a função básica dos drenos
lineares é a de remover a água infiltrada no solo e que escoa pelo colchão drenante, ou seja, o
dreno linear possibilita grandes caudais de água sem necessidade de se aumentar a espessura
do colchão.
Com base nessas soluções o sistema de drenagem em campos de Futebol pode ter as seguintes
configurações:
Os drenos em espinha de peixe conduzem toda a água de sub-ramais de dreno para um ramal
único que é ligado na rede de drenagem. Esse tipo de dreno consegue cobrir toda a área do
campo e, além disso, trabalhar com menores profundidades. A inclinação ideal é de 1%, assim
não acumula água na rede. Se necessário pode-se trabalhar com 0,8% como inclinação
mínima, mas deve ser evitada. (NSW, 2015)
Os drenos com espinhas paralelas também cobrem todo o campo, mas por terem maiores
comprimentos, exigem profundidades maiores, mesmo com a inclinação de 1%. (NSW, 2015)
Este tipo de construção tem sido o tipo mais utilizado de sistema de drenagem onde é
necessária uma construção eficaz, e fornece um método intensivo e eficaz para intersecção da
água da superfície do campo. A construção é semelhante à dos sistemas comuns mas, com a
adição de uma série de sulcos de areia, com aproximadamente 150 mm de profundidade e 20
mm de largura, introduzido por uma máquina em um espaçamento de 260 mm. Esses sulcos
são forçados para o solo com um dente ao invés de ser criado pela escavação de uma vala
estreita, e pode ser preenchida com areia ou agregado fino. É essencial que os sulcos de areia
se conectem eficientemente com o preenchimento permeável da drenagem do tubo sistema
abaixo. (SPORT ENGLAND, 2011)
Figura 2.20. Esquema de Drenagem paralela usando drenos lineares com intersecções de sulcos de
areia. (Fonte: FIFA, 2011)
Figura 2.21. Esquema de Drenagem paralela usando combinação de colchão drenante e drenos
lineares com intersecções de sulcos de areia. (Fonte: FIFA, 2011)
2.4. Manutenção
Segundo RED (2017) a correcta manutenção de um relvado natural é essencial para assegurar
excelentes condições de jogo, bem como o rendimento, satisfação e segurança dos jogadores.
Por outro lado, há que garantir também um bom aspecto visual do campo e a sua longevidade.
Por outro lado, os parâmetros do relvado têm de ser continuamente monitorizados de forma a
antecipar problemas que possam surgir e rapidamente adaptar adequadamente o plano de
manutenção inicial.
Um bom relvado natural, quando correctamente mantido e apresentado, é crucial para permitir
que os jogadores possam demonstrar toda a sua qualidade técnica. Mais ainda, a qualidade do
relvado pode afectar diversas áreas do jogo, incluindo jogadores, equipa técnica, árbitros,
equipa médica, espectadores e telespectadores.
Após cada utilização, os danos causados devem ser devidamente reparados por uma operação
manual, vulgarmente denominada de “bater campo”, que consiste em fechar todos os rasgos
existentes no relvado, assim como repor todos os abatimentos provocados pela utilização.
Após cada utilização o relvado deve ser limpo com a passagem de máquinas de corte rotativas
que aspiram os detritos orgânicos resultantes do uso.(RED 2017,)
b) Corte
Uma das importantes operações de manutenção do relvado é o corte das plantas. Este deve ser
feito mecanicamente, usando máquinas com rolo de lâminas helicoidais, com 86 ou 91 cm de
largura de corte, removendo sempre a parte das plantas cortadas. A frequência dos cortes
depende sobretudo das condições climatológicas, da frequência da rega, da fertilização e do
uso/função pretendida para o relvado. (RED 2017)
c) Rega
A rega dos relvados é importante para sustentar a vida e saúde da planta. As regas devem ser
efetuadas sempre que o grau de humidade do solo não for suficiente para assegurar a vida e o
normal desenvolvimento das plantas.
e) Fertilizações
As fertilizações são essenciais para assegurar que a planta tenha todos os nutrientes de que
necessita para se desenvolver. (RED 2017)
De acordo com os resultados das análises periódicas a realizar, as adubações sólidas devem
ser calendarizadas reduzindo as perdas do adubo por lixiviação e exportação.
Os adubos a utilizar devem ser microgranulados com uma formulação consentânea com as
necessidades da planta e com a época do ano em que se procede à fertilização.
Durante a época devem também ser realizadas fertilizações foliares para reequilibrar
rapidamente a planta de alguma carência evidenciada.
f) Tratamentos sanitários
Os tratamentos preventivos a executar contra as doenças referenciadas devem ser feitos com
fungicidas indicados para o controlo dessas patologias.
Os fungicidas são utilizados nas concentrações recomendadas para a cultura da relva e de uma
forma alternada para minimizar os riscos da criação de resistências.
g) Espalhamento de areia
h) Ressementeiras
Após cada utilização do relvado, as áreas de baliza, as faixas dos árbitros assistentes e
pequenas áreas danificadas devem ser ressemeadas de forma a assegurar a manutenção do
nível de densidade desejado ao longo de todo o ano. (RED 2017)
As sementes a utilizar nas pequenas ressementeiras devem ter a mesma composição florística
das que foram inicialmente utilizadas na produção do relvado.
i) Marcações
É importante que o relvado seja marcado com as medidas de acordo com a regulamentação
existente. As linhas devem ser marcadas regularmente, de forma nítida e com tinta com
formulação adequada para não queimar a relva. (RED 2017)
j) Verti-cut
Operação de limpeza da manta morta que se acumula na superfície que caso não seja
regularmente efectuada, irá provocar obstrução à drenagem, bem como potenciar o
aparecimento de fungos prejudiciais à saúde da planta.
Segundo o BR 15, II Série, 2º Suplemento (2009), esta é responsável por promover, organizar,
regulamentar, controlar e dirigir a práctica do futebol em todas as especialidades e
competições na República de Moçambique, bem como estabelecer e manter relações com as
Associações suas filiadas e federações congêneres estrangeiras, assegurando a sua filiação na
FIFA, CAF, COSAFA e outros organismos internacionais.
Segundo a FMF, todos os clubes devem estar licenciados, e para o licenciamento dos clubes
há critérios a serem observados, nomeadamente o desportivo, infra-estruturas, administrativo
e pessoal, legal e financeiro. Na componente de infra-estruturas, esta preconiza que os clubes
devem indicar pelo menos um estádio no qual detenha um título legítimo de utilização, deste
modo, o ideial é que cada clube tenha pelo menos um campo, e dependendo dos clubes e suas
condições de gestão do próprio estado, pode ser feito o uso compartilhado da infra-estrutura.
De acordo com a Apêndice I que apresenta os estádios de Futebol reconhecidos pela FMF
existentes no país, a relação entre os estádios e os clubes existentes é:
Segundo Merkel (sem data), clima de Maputo é o tropical seco. O período mais quente do
ano compreende os meses de novembro a abril e o mais frio os meses de maio a outubro. O
período de maior precipitação ocorre nos meses mais quentes, entre novembro e março.
A humidade relativa média é de 66,6%, com pouca oscilação durante o ano. O mês com maior
humidade relativa é março com 71,0%, e o mês como menor humidade é junho com 63,5%.
Dias com Chuva 8.1 7.6 7 4.4 2.8 2.4 1.8 2.2 3.2 5.5 7.9 7.5
Humidade relativa 69 69 71 67.5 66 63.5 65 64 64 65.5 67 67.5
(%)
Horas de sol 248 226 248 240 248 240 248 248 248 217 210 217
3.2.3. Historial
Segundo Martinhes (2018), o Clube de Desportos do Maxaquene foi fundado em 1920 e era
chamado Sporting Clube de Lourenço Marques (SCLM), que após sua legalização como
clube, construiu e inaugurou as suas instalações em 1933/34 com destaque para o Campo de
Futebol João da Silva Pereira, actualmente Campo do Maxaquene. O campo foi construído em
solo local, com bancadas comum de betão do lado Leste e bancada central de madeira e
tribuna do lado Oeste. Para além dos jogos de futebol o campo também era usado como
cinódromo (para corrida de galgos). (Complexo Desportivo do Sporting de Lourenço
Marques, 2019)
Norte, existe água subterrânea próxima à superfície, é a parte onde apresenta maiores
problemas, com várias partes em que existem buracos (falta de relva), pois a salubridade das
águas subterrâneas existentes, impede o crescimento da mesma, e para acelera o crescimento
de vegetação. A antiga sede e casa de judo do clube foi afectada por este factor.
Quando chove uma parte do campo fica com água na superfície pela inexistência de um
sistema de drenagem. Esta parte, segundo o perfil topográfico do terreno (Ver Anexo II) é a
parte com as cotas mais baixas, deste modo, ao chover as águas tendem a se acumular nessas
zonas.
O sistema de rega do campo é precário, isto é, a rega depende da água da chuva, pois não tem
um reservatório suficiente para o abastecimento do campo, e o sistema não é independente, o
reservatório existente serve para abastecer todas as infra-estruturas do complexo desportivo, o
que leva a perceber que ao ser usada a maior parte da água para rega do campo, outras
instalações poderão ficar sem água.
3.2.4. Operação
Actualmente o campo é usado como local de treino pela equipa principal de futebol e por
mais três equipas dos escalões de formação. E por vezes é alugado para alguns espectáculos
musicais de grande envergadura, isso ajuda o clube à arrecadar valores para a própria
manutenção do campo, porém é prejudicial ao relvado.
Gráfico 3.6. Preferência entre Relvado Natural e Relvado Sintético. (Fonte: Autor, 2019)
Gráfico 3.7. Nível de Satisfação face às condições do campo. (Fonte: Autor, 2019)
Gráfico 3.8. Influência no desempenho da equipa face as condições do campo. (Fonte: Autor, 2019)
Gráfico 3.9. Formação de poças de água após chuva. (Fonte: Autor, 2019)
Gráfico 3.10. Contribuição das poças de água para lesões. (Fonte: Autor, 2019)
Segundo os resultados do preenchimento dos inquéritos (25 amostras), evidencia-se que são
na sua maior percentagem, atletas do clube que usam o campo regularmente, na totalidade, do
sexo masculino, com idade representativa compreendida entre 18 à 25 anos de idade. Todos
têm preferência do relvado natural em relação ao sintéctico por aspectos ligados à saúde dos
atletas (baixo risco de contração de lesões, menor esforço físico), à jogabilidade e à aspectos
ambientais. Encontram-se na sua maioria insatisfeitos com as condições do campo, que
contribui no desempenho da equipa e na contracção de lesões, pois este, após precipitação
forma poças de água pela falta de drenagem e fraca capacidade de infiltração do solo.
Os problemas levantados na sua maioria são: falta de manutenção do campo (corte de relva,
colocação de relva em locais carecas, etc.), inexistência de um sistema de drenagem, falta de
um sistema de irrigação eficiente e falta de infra-estruturas imprescindíveis (Bancada central,
tribuna, balneários em condições, etc.) para que o campo seja aprovado pela FMF para
receber jogos oficiais.
Ilustração, nas situações em que se recorre ao uso de dados qualitativos para ilustrar
resultados quantitativos;
Para recolha dos dados, recorreu-se à observação para determinar a situação do Campo do
Futebol do Clube de Desportos do Maxaquene. E, entrevistas e questionários à colaboradores
que trabalham directamente com a infra-estrutura (atletas, equipa técnica, staff e dirigentes do
clube) para averiguar as percepções que têm sobre o campo.
Segundo Silva (2009), as águas atmosféricas poderão atingir três fins: uma parte escorre
superficialmente sobre a Terra; uma outra parte, após uma permanência eventualmente curta
no solo, é evapotranspirada; por fim, uma outra parte infiltra-se de forma duradoura.
Tratando-se de campos de futebol, onde a superfície é plana a água que vem da precipitação
deve se infiltrar no solo com facilidade para evitar a formação de poças de água. Com efeito,
os sistemas de drenagem devem ser dimensionados de acordo com a capacidade de drenar do
próprio pavimento, isto é, geometria e materiais empregues. Portanto, uma vez que o
pavimento está cheio de água, mais nenhuma quantidade da mesma poderá penetrar. Assim,
os sistemas de drenagem devem ser dimensionados para a situação de pavimento cheio de
água, isto é, devem ser dimensionados para a capacidade do pavimento drenar. Ora, esta
capacidade de drenar, será calculada com base na Lei de Darcy e depende do material
drenante a colocar e da própria geometria do mesmo.
Definição correcta dos limites das áreas afectadas a cada troço da rede;
(5.1)
O Tc admitindo que o sistema de drenagem subterrânea tem como base o escoamento por
percolação, será a relação entre o espaço percorrido perpendicularmente à área em análise
com a permeabilidade do solo, traduzida matematicamente:
(5.2)
(5.3)
Se, na expressão anterior, for eliminada a área da secção, atinge-se o caudal específico v:
(5.4)
Este caudal específico tem as dimensões de uma velocidade e será muito maior do que a velocidade
real da água através dos vazios do solo. Com a lei de Darcy está-se a abordar um problema
microscópico substituindo o solo por um meio contínuo de propriedades médias. Esta análise,
usando uma “velocidade aparente” em detrimento da velocidade real da água através dos poros do
solo, ainda que sem bases teóricas sólidas, funciona experimentalmente de forma adequada.
O cálculo exacto da quantidade de água que atravessa um solo depende de vários factores,
alguns imprevisíveis, de forma que algumas hipóteses simplificadoras deverão ser
consideradas, principalmente na adopção de um coeficiente de permeabilidade adequado.
Devido às características inerentes a percolação de água através de meios porosos, os valores
apresentados na tabela devem ser considerados apenas como sugestão visando a obtenção de
valores aproximados de vazão. Valores mais precisos deverão ser obtidos através de ensaios
laboratoriais. Outro factor importante para definição de um sistema de drenagem de uma área
ao ar livre é a intensidade e duração da precipitação pluviométrica e água de irrigação, bem
como a capacidade de infiltração de água no solo superficial.
a) Colchão Drenante
Para dimensionar a espessura do colchão drenante, ao invés de considerar a área total que
contribui para determinado dreno, considera-se o comprimento dessa mesma área por metro
de largura. A quantidade da água que passa pelo colchão, é igual ao volume que resulta da
precipitação, isto é:
(5.5)
(5.6)
(5.7)
(5.8)
Onde:
b) Vala do dreno
Uma vez definido o colchão drenante (material de enchimento, inclinação e espessura), passa-
se ao dimensionamento da vala do dreno, que tem por finalidade colectar a água infiltrada que
atingiu o colchão, e conduzi-la para fora da área drenada. Este dimensionamento é feito em
função do material escolhido para o enchimento, da inclinação longitudinal e da disposição
das valas. A capacidade da vala será dada pela expressão:
(5.9)
Onde:
O volume da água por unidade de tempo que irá fluir para a vala será em função do seu
comprimento “d”, será dado pelo volume de água a ser drenada pela área, em função do
comprimento da vala, ou seja:
Figura 5.2. Esquema de cálculo do volume de água atravessado por metro de comprimento.
(Fonte: Autor, 2019)
(5.10)
(5.11)
(5.12)
(5.13)
Uma vez obtida a área da seção transversal da vala do dreno, as dimensões “a” e “b” da
Figura 5.3. abaixo serão escolhidas de forma que a largura b não seja inferior a 20 cm para
permitir a operação da escavação e colocação da manta geotêxtil, caso necessário, e do
material de enchimento.
Caso sejam escoados grandes caudais que demandem a utilização de valas com grandes
dimensões, pode-se utilizar tubos drenantes para o escoamento desses caudais, diminuindo-se
assim as dimensões da secção transversal da vala. Para o dimensionamento da secção do tubo
recorre-se à fórmulas hidráulicas, tal como a fórmula de Manning:
(5.14)
Onde:
O sistema drenante deverá ter uma granulometria de enchimento que se relaciona com a
granulometria do solo a drenar (considerando que não será aplicado geotêxtil entre os
materiais dos elementos do sistema). Assim, indicam-se de seguida as relações de dimensões
preconizadas pelo BUREAU of RECLAMATION, considerando que o material de
enchimento será de granulometria uniforme:
(5.15)
(5.16)
(5.17)
A área total a drenar é de 7140 m2 de relvado com uma camada de solo feita de areia
melhorada (Areia orgânica), com um sistema composto por uma camada de colchão drenante
com função de filtrar a água e drenos em espinhas de peixe que vão colectar e conduzir a água
captada pelo colchão até um reservatório enterrado onde a água será usada para o sistema de
irrigação. Para o dimensionamento do sistema, será considerada 1/8 como área representativa
a drenar, equivalente à 892,50 m2.
O solo de topo tem como permeabilidade 0,0001 m/s, mas este valor, com a compactação por
pisoteio do relvado e com a saturação, este valor pode reduzir numa percentagem de 50%, que
é equivalente à 0,00005 m/s.
Assim sendo, o tempo de concentração, será o tempo que a água levará para atravessar a
camada do solo de topo em condições críticas, segundo a expressão (5.2):
Ex: Estádio da Machava (51 Anos desde a sua inauguração), Estádio de Old Trafford (109
Anos), Estádio de Camp Nou (62 Anos), etc.
a) Intensidade de Precipitação
(5.18)
Onde:
t – Duração [min];
T (Anos) 2 5 10 20 25 50
a 534.0468 694.504 797.3841 896.5751 930.8815 1026.694
b -0.6075 -0.59383 -0.5869 -0.58197 -0.58119 -0.57749
Para o cálculo do caudal através do Método Racional, o coeficiente de infiltração para uma
superfície plana com relvado, considera-se uma superfície totalmente impermeável, onde será
retirada uma percentagem de 5% evapotranspiração, de acordo com Relvados Ciência e
Cultura (sem data), o valor varia entre 0 á 20%. Por questões de segurança, considera-se que
100% da precipitação infiltra-se, o que vai traduzir em maiores caudais.
a) Materiais de enchimento
b) Colchão Drenante
De acordo com o dreno lateral do troço [1-2] da Figura, dimensiona-se a espessura do colchão
com base no material de enchimento e na área abrangida pelo dreno, através da expressão
(5.8):
c) Valas do Dreno
Na aplicação do material drenantes, deverá ser aplicado um geotêxtil permeável entre o solo
de topo (solo a drenar) e o material drenante, que respeitem as seguintes condições:
Não colmatagem
Estabilidade (o material drenante deve ter uma granulometria específica para que não
ocorra o risco da passagem de material para dentro do tubo através das ranhuras).
E para impedir que água suba por capilaridade do solo local, a base do sistema deverá estar
assente à uma manta geotêxtil impermeável.
(5.19)
Sendo:
b) Evapotranspiração da Cultura
Segundo Tomaz (2007) apud De Oliveira (2008, pág. 80), a evapotranspiração da cultura é a
quantidade de água consumida em um determinado intervalo de tempo pela cultura, sendo
igual à soma da água absorvida e transpirada no desenvolvimento dos vegetais e da água
evaporada pela superfície do solo no qual os vegetais estão cultivados. Esta é dada em função
da evapotranspiração de referência (ETo) e do coeficiente de cultura (kc), que depende de suas
características:
(5.20)
Coeficiente
Culturas cultural
Baixo Alto
Pomar 0,50 0,97
Pomar Coberto com vegetal 0,98 1,27
Vinha 0,06 0,80
Oliveira 0,58 0,80
Pistachio 0,04 1,12
Citrinos 0,65 -
Relvados com espécies de estação fria 0,8 -
Relvados com espécies de estação quente 0,6 -
Considerando o mês mais seco (Agosto) de acordo com à Tabela 3.2. que apresenta os dados
climáticos da região, obtém-se:
Tabela 5.13. Cálculo da Evapotranspiração de referência e do Relvado com base nas expressões
(5.19) e (5.20) respectivamente. (Fonte: Autor, 2019)
6.1. Conclusões
Ao fim da investigação do trabalho, considera-se alcançado o objectivo geral de conceber
uma metodologia de dimensionamento de sistemas de drenagem em campos de futebol com
relvado natural e aplicar ao Campo de Futebol do Clube de desportos do Maxaquene.
Das metodologias analisadas, a baseada na Lei de Darcy mostrou-se a mais apropriada para a
drenagem de campos de futebol de relvado natural porque, esta relaciona a quantidade de
água atravessada por um elemento com a permeabilidade do material do mesmo, apersar desta
não considerar a contribuição da água de origem subterrânea, focando-se apenas na água
precipitada.
Com a realização do trabalho, ficou evidente que infra-estruturas como bancadas, balneários,
tribuna, vedação e parque de estacionamento, são de extrema importância para que o mesmo
seja credenciado pela FMF para receber jogos oficiais. Mas o aspecto principal, que é o factor
determinante da modalidade, é o relavo, que é onde
6.2. Recomendações
Realização de ensaio de granulometria e de permeabilidade do solo do campo de futebol do
Clube de Desportos do Maxaquene para determinar as dimensões das partículas de solo e o
coeficiente de permeabilidade do solo, estes dados vão produzir resultados mais precisos no
dimensionamento.
Estudo da periodicidade de manutenção ideal do campo, para evitar que a falta desta
prejudique o desempenho do sistema de drenagem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
FILHO, W. K., Pereira, D. M., Ratton, E., & Blasi, G. F. (2007). Despositivos de
Drenagem para Obras Rodoviárias, Universidade Federal do Paraná.
Sport England. (2011). Natural Turf for Sport - Design Guidance Note, (002–
Reformatted with amendments: May 2011).
APÊNDICES
ÍNDICE DE APÊNDICES
APÊNDICE I - DISTRIBUIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE ESTÁDIOS/CAMPOS
DE FUTEBOL EM MOCAMBIQUE ................................................................................... 86
APÊNDICE II – INQUÉRITO DE AVALIAÇÃO DO CAMPO DO CLUBE DE
DESPORTOS DO MAXAQUENE ....................................................................................... 87
APÊNDICE III – RESULTADOS DO PREENCHIMENTO DO INQUÉRITO DE
AVALIAÇÃO DO CAMPO DO CLUBE DE DESPORTOS DO MAXAQUENE .......... 89
APÊNDICE IV – LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO DA ZONA EM ESTUDO
FONTE: ADAPTADO DO GOOGLE MAPS E GLOBAL MAPPER ............................. 90
Capacidade Capacidade
ID Estádios Local Imagem em Planta (Fonte: Google Maps) ID Estádios Local Imagem em Planta (Fonte: Google Maps)
[Lugares] [Lugares]
Campo do Chingale
1 1º de Maio Maputo 8000 10 Tete 5000
de Tete
Campo do Costa do
2 25 De Junho Nampula 4000 11 Maputo 10000
Sol
Campo do
3 27 de Novembro Tete 2000 12 Maputo 15000
Maxaquene
Campo Municipal
5 Campo da Bela Vista Nampula 5000 14 Inhambane 5000
de Vilankulo
Estádio Nacional
7 Campo do Chibuto Gaza 2000 16 Maputo 42000
do Zimpeto
Estádio Sports
9 Campo do Soalpo Manica 5000 18 Zambézia 5000
Ground
Prefiro Relvado Natural porque tenho melhor Melhorar a condição do Relvado, Bancadas e
desempenho em relação ao relvado Sintético. Balneários.
17/03/2019 Atleta Masculino 36 - 45 Anos inferior à 1 Ano Relvado Natural Insatisfeito Sempre Sempre Sempre
Prefiro Relvado natural porque é menos Tem muitas ondulações no No âmbito de um a possível reabilitação é
cansativo em relação ao Relvado sintético, campo, falta de Relva em necessário colocar um novo relvado, sistema de
dificilmente contrai lesões e a chuteira duram alguns pontos do campo e o drenagem, reabilitar as bancadas, balizas, etc.
17/03/2019 Atleta Masculino 18 - 25 Anos inferior à 1 Ano Relvado Natural mais tempo. balneário não se encontra Muito Insatisfeito Mais ou menos Sempre Mais ou menos
em boas condições.
A relva natural liberta oxigénio, absorve o Muito díficil mencionar os No âmbito de um a possível reabilitação o ponto
dióxido de carbono e reduz a poluição ao problemas existentes no mais alto será a remoção do relvado actual para a
filtrar os gases e a sujidade do ar, o que é um campo pois são muitos. O colocação de outra muito melhor.
ganho para o meio ambiente. para além disso relvado encontra-se em Construção de um sistema de drenagem, assim
17/03/2019 Atleta Masculino 26 - 35 Anos 1 - 5 Anos Relvado Natural a relva natural é menos rígida péssimas condições e muito Insatisfeito Sempre Sempre Mais ou menos sendo evitaria a formação de poças de água, e
comparativamente à sintética, reduz o índice menos há manutenção do implantação de um sistema de rega, pois a o
de contração de lesões e a bola corre mais. mesmo campo depende da água da chuva.
Construção e reabilitação das bancadas.
Melhorar as condições de parqueamento de
Relva Natural é muito melhor em relação à O relvado, sistema de rega e o nivelamento do
sintética por diversas razões. A relva natural campo.
17/03/2019 Atleta Masculino 18 - 25 Anos Relvado Natural dá-nos mais possibilidade de circulara a bola Sempre Mais ou menos Frequentemente
com mais velocidade e é menos cansativa.
Porque dificilmente contra-se lesões, a bola Falta de manutenção, falta Com a reabilitação do campo podia-se realizar os
corre com mais velocidade e é menos de drenagem. jogos oficiais no mesmo, e com os jogos pode-se
17/03/2019 Atleta Masculino 18 - 25 Anos 1 - 5 Anos Relvado Natural cansativa. Indiferente Mais ou menos Mais ou menos Raramente arrecadar alguns valores monetários que poderão
ajudar o clube financeiramente.
Porque o Relvado natural é melhor em O que pode ser melhorado no campo é o relvado
relação ao sintético. porque há zonas em que não existe relva como
17/03/2019 Atleta Masculino 18 - 25 Anos 1 - 5 Anos Relvado Natural Insatisfeito Sempre Sempre Raramente também, existem covas, e quando chove, algumas
partes do campo ficam encharcadas de água, acho
que com drenos, ajudaria bastante.
17/03/2019 Atleta Masculino 18 - 25 Anos 1 - 5 Anos Relvado Natural Pois é o mais apropriado. Falta de manutenção Indiferente Mais ou menos Mais ou menos Mais ou menos O relvado do campo e sistema de drenagem.
É o melhor piso, não causa muitos desgastes O campo apresenta-se em Reabilitação e Construção de bancadas,
nos atletas comparativamente ao relvado péssimas condições de uso melhoramento do relvado e construção de um
sintético, e o aproveitamento é muito melhor, e aproveitamento. O piso mini parque de estacionamento.
17/03/2019 Atleta Masculino 18 - 25 Anos Relvado Natural a bola circula com maior velocidade e há não está em condições, está Muito Insatisfeito Sempre Sempre Frequentemente
menos lesões musculares. desnivelado e seco.
Porque não cria muitas lesões, a bola circula Falta de Drenagem e Melhorar o piso do campo, as bancadas,
com maior velocidade, ajuda a ter melhor inexistência de infra- drenagem, balneários, iluminação, etc.
17/03/2019 Atleta Masculino 18 - 25 Anos 6 - 10 Anos Relvado Natural controle de bola. estruturas complementares Insatisfeito Sempre Frequentemente Mais ou menos
Porque é o melhor piso para a prática de Falta de manutenção Muita coisa para melhorar a prática de Futebol o
17/03/2019 Atleta Masculino 36 - 45 Anos futebol. Muito Insatisfeito Sempre Sempre Sempre campo ajuda muito.
Prefiro relva natural por que ajuda no Falta de Manuntenção, falta Relvado bancadas e Drenagem do campo, bancos,
rendimento e desempenho da equipa de drenagem. Balneários para atletas. Um campo alternativo que
desgastando menos os atletas. Enquanto que podia ser para treino e Manuntenção do campo.
o relvado sintético é desgastante para os
17/03/2019 Atleta Masculino 18 - 25 Anos 6 - 10 Anos Relvado Natural atletas. E em caso de chuva no campo de Insatisfeito Sempre Frequentemente Mais ou menos
relva natural a bola circula com maior
velocide em relação ao relvado sintético.
A bola corre menos e é muito difícil contrair Falta de Manuntenção no âmbito de uma possível reabilitação, deve-se
17/03/2019 Atleta Masculino 18 - 25 Anos inferior à 1 Ano Relvado Natural lesões Insatisfeito Mais ou menos Frequentemente Mais ou menos melhorar o Relvado, Sistema de drenagem,
bancadas e vedação.
O Relvado natural é muito melhor, Buracos (covas), capim No âmbito de uma possível reabilitação deve-se
dificilmente contrai-se uma lesão. Enquanto (infestante) que não é fazer o nivelamento do campo, nos buracos onde
que o relvado sintético é muito rijo, cortado para mehor não existe relva, deve-se planta;
17/03/2019 Atleta Masculino 18 - 25 Anos 6 - 10 Anos Relvado Natural facilmente cansa o músculo e facilmente crescimento da relva. Insatisfeito Mais ou menos Sempre Mais ou menos
contrai-se lesões e a bola circula com muita
velocidade.
Quando o atleta tem uma queda, dificilmente Falta de Manunteção Melhorar as condições do piso e os balneários.
17/03/2019 Staff Masculino superior à 45 Anos Relvado Natural se lesiona. Sempre Sempre Frequentemente
O relvado natural é melhor, mas este tipo de Sistema de rega, Rede de Construir um tanque com maior capacidade de
relvado não pode ter um tempo de uso vedação, Manutenção armazenamento de água para rega, construir
excessivo, enquanto que o relvado sintético constante por causa das sistema de drenagem, colocar um novo relvado,
pode ser usado 6 vezes ao dia. dificuldades dos materiais colocar balizas que tenham padrão internacional
17/03/2019 Staff Masculino superior à 45 Anos 26 - 50 Anos Relvado Natural Muito Insatisfeito Raramente Mais ou menos Raramente
para Manutenção. (acompanhado com balneários); Construir a
Bancada central e Tribuna para acolher os jogos
oficiais a nível nacional e internacional.
Piso Melhor para à práctica de bo futebol. Falta de Manutenção, falta Sistema de rega, vedação, nivelamento do piso,
Piso onde há menos lesões de drenagem, piso sistema de drenagem, reabilitação de bancadas,
17/03/2019 Staff Masculino superior à 45 Anos 26 - 50 Anos Relvado Natural Piso desgasta menos que o sintétito desnivelado e zonas sem Mais ou menos Frequentemente Mais ou menos construção da bancada principal (tribuna,
Piso onde a bola circula com maior rela (careca). camarotes), reabilitação de balneários.
velocidade em relação ao sintético.
Porque a bola circula com mais velocidade, Falta de Alinhamento, um O sistema de rega, tapamento de buracos,
evitamos lesões cansa menos. Enquanto que parte do campo a água não manutenção do próprio campo, reabilitação de
o sintético a bola circula com menor se infiltra (formação de bancadas, e o controle da relva e as próprias
17/03/2019 Atleta Masculino 18 - 25 Anos 6 - 10 Anos Relvado Natural velocidade, há mais chance de ter lesões e poças de água) e buracos. Insatisfeito Raramente Mais ou menos Mais ou menos linhas.
cria desgaste físico.
Porque evita lesões e a bola circula com Falta de manutenção, falta Sistema de rega, Sistema de drenagem e
17/03/2019 Atleta Masculino 18 - 25 Anos 1 - 5 Anos Relvado Natural
maior velocidade. de drenagem. Insatisfeito Raramente Mais ou menos Frequentemente Balneários.
O piso é bom, o material não se estraga e ao Falta de Sistema de rega Sistema de rega, vedação do campo, sistema de
17/03/2019 Atleta Masculino 18 - 25 Anos 11 - 25 Anos Relvado Natural cair não se contrai lesões. Insatisfeito Mais ou menos Frequentemente Frequentemente drenagem e balneários.
O relvado natural é melhor á medida em que Penso que tem que ser Penso que o campo deve ser melhorado a todos
é menos pesado em relação ao sintético. O reestruturado à todos níveis, níveis pois este necessita de tal remodelação para
atleta que trabalha em relva natural tem em pois tem havido alguma a melhor práctica do futebol. Tanto a relva, que
princípio mais tempo de carreira pois o tipo manutenção mas é para mim pode continuar natural, deve ser mexida
de relvado ajuda, sem contar com o aspecto necessário mais. e também o resto que compõe o recinto.
17/03/2019 Atleta Masculino 26 - 35 Anos 1 - 5 Anos Relvado Natural de ser natural, em campo facilita na Insatisfeito Frequentemente Sempre Sempre O campo está bem localizado e se este estiver em
circulação de bola. melhores condições de uso, será uma mais valia
para o clube e para o futebol moçabicano.
Porque no relvado natural a bola circula com O campo precisa de uma Sistema de rega, sistema de drenagem, e vedação
maior velocidade e com melhor qualidade, e boa manutenção e boa do campo
17/03/2019 Atleta Masculino 18 - 25 Anos 1 - 5 Anos Relvado Natural não há muitos riscos de lesões. drenagem. Insatisfeito Mais ou menos Sempre Mais ou menos
Prefiro o relvado natural em relação ao Sistema de rega, sistema de Remoção e recolocação de novo relvado,
sintético porque o campo sintético apesar de drenagem, falta de melhorar o sistema de drenagem, sistema de rega
também precisar de manutenção no tempo de manutenção e manutenção regular.
17/03/2019 Treinador Masculino 18 - 25 Anos Relvado Natural calor pois a borracha queima e liberta um Muito Insatisfeito Frequentemente Mais ou menos Frequentemente
cheiro nauseabundo, e isso provoca doenças.
Evita lesões, evita esforços adicionais, não Falta de manutenção e de Um bom nivelamento, com um bom sistema de
há problemas de aquecimento à temperaturas um sistema de drenagem drenagem. Um bom sistems de rega para que
altas. Ajuda o jogo a ser mais rápido e para evitar poças de água possamos ter um campo em altura para práctica
17/03/2019 Treinador Masculino superior à 45 Anos 26 - 50 Anos Relvado Natural influencia para a práctica de bom futebol. Em Insatisfeito Sempre Sempre Frequentemente de bom futebol espectacular e agradável pois é
tempo chuvoso o jogo torna-se ainda mais isto que os amantes do futebol desejam.
rápido.
60
Legend
Levantamento Topográfico 54
51
53
m
m 55 m
m
m
24 m
Zona de Implantação do Campo Campo do Maxaquene
Pavilhão do Maxaquene
19 m
17
m 18 m
14 m 15 m 35 m
40 m 50 m
15 m
13 m 30 m 45 m
11 m
4m 25 m
5m
6m 20 m
10 m
9m 19 m
18 m
12 m 17 m
7m
4m
13 m 15 m
6
14 m
m
m 16
m
8m
m
13
11
12 m
9m 12 m
11 m 10 m
11 m 6m
10 m
7m
10 m
8m
m
9m
11
14
9m
m
8m
11 m 9m
8m
13 m
m 12 m
12
8m 10 m
➤
10 m
14 m
10
m
8m
N
m
13
7
m
m
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15
9m
ANEXOS
ÍNDICE DE ANEXOS
ANEXO I – SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS REGIÕES
PLUVIOMÉTRICAS PRECIPITAÇÃO ............................................................................. 92