Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Maio de 2023
INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES
Maio de 2023
Projecto de Cobertura do Campo de Futebol do ISUTC
Autor: Melo Isailina o Título do projecto final do curso]"
"[Insera
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
ÍNDICE
AGRADECIMENTOS .............................................................................................................. II
DEDICATÓRIA ....................................................................................................................... III
DECLARAÇÃO DE HONRA .................................................................................................IV
ÍNDICE DE TABELAS ............................................................................................................ V
ÍNDICE DE FIGURAS .......................................................................................................... VII
ÍNDICE DE GRÁFICOS .........................................................................................................IX
LISTA DAS ABREVIATURAS UTILIZADAS ...................................................................... X
RESUMO .................................................................................................................................XI
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO ............................................................................................... 1
1.1 Introdução ......................................................................................................................... 1
1.2 Justificativa do tema ......................................................................................................... 1
1.3 Problemática ..................................................................................................................... 2
1.4 Problema de estudo ........................................................................................................... 2
1.5 Objecto de estudo .............................................................................................................. 2
1.6.1 Objectivos específicos ................................................................................................ 2
1.7 Hipóteses/Proposições ...................................................................................................... 3
1.8 Variáveis de investigação ................................................................................................. 3
1.9 Pergunta de investigação .................................................................................................. 3
1.10 Metodologia .................................................................................................................... 4
1.10.1 Abordagem/paradigma ............................................................................................. 4
1.10.2 Tipo de pesquisa ....................................................................................................... 4
1.10.3 Técnicas/instrumentos para o recolha de dados ....................................................... 4
1.10.4 Técnicas/instrumentos para tratamento e análise de dados ...................................... 4
1.10.5 Tarefas de investigação ............................................................................................ 5
1.11 Estrutura do trabalho ....................................................................................................... 5
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA ....................................................................... 6
2.1 Evolução Histórica das Construções Metálicas ................................................................ 6
2.2 Aço Estrutural ................................................................................................................... 7
2.2.1 Propriedades mecânicas do aço .................................................................................. 8
2.3 Produtos Siderúrgicos ..................................................................................................... 10
2.4 Tipologias de Pórticos Metálicos .................................................................................... 12
2.4.1 Porticos de um Piso .................................................................................................. 12
I
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
I
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
I
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, gostaria de agradecer a minha família, que desde o princípio desta jornada
sempre apoiou-me e deu-me suporte incondicional, por meio de carinho, motivações e por todas
as condições que me forneceram para que eu pudesse chegar onde cheguei. Obrigado aos meus
pais, João Carlos e Paulina Guilherme Macuácua e a minha irmã Nayra Isailina de Carlos.
Segundamente, agradecer aos meus colegas e aos meus amigos que directa ou indirectamente
ajudaram-me nesta caminhada, ficando difícil mencionar a todos, pois todos são especiais,
então aqui vai o meu agradecimento a cada um de vocês. O meu especial agradecimento vai
também ao Eng.° José Font, que aceitou supervisionar o meu Projecto Final do Curso, pela sua
paciência, pelos ensinamentos e pelo seu tempo disponibilizado para comigo, e agradecer
também ao Eng.º Sidney da Conceição Chire, pelas correções e chamadas de atenção. Muito
obrigado docente(s). Por último mas não menos importante, agradecer também ao ISUTC –
Instituto Superior de Transportes e Comunicações, pelo excelente ensino e grau de exigência
que possui, pois fez com que eu crescesse não só academicamente mas também pessoalmente.
Agradecer a todos colaboradores do ISUTC, a todos os meus docentes ao longo do curso e aos
funcionários dos demais sectores.
II
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
DEDICATÓRIA
Dedico esta monografia a minha família, pois sem eles isto não seria possível. Foram incríveis
5 anos, de uma jornada árdua mas bem sucedida, graças as motivações, o amor que me deram
e as perfeitas condições que me disponibilizaram.
"Portanto, dedico este trabalho ao meu pai João Carlos, a minha mãe Paulina Guilherme
Macuácua, e a minha irmã Nayra Isailina de Carlos."
III
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
DECLARAÇÃO DE HONRA
Eu, Melo de Carlos Isailina, declaro por minha honra que o presente Projecto Final do
Curso é exclusivamente de minha autoría, não constituindo cópia de nenhum trabalho
realizado anteriormente e as fontes usadas para a realização do trabalho encontram-se
referidas na bibliografia.
Assinatura: __________________________________
IV
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
ÍNDICE DE TABELAS
IV
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 2.1 – Palácio de Cristal, em Londres, construído em 1851...............................................6
Figura 2.6 – Imagem 1: Pilar encastrado em placa de amarração com rigidificadores e 6 pernos;
Imagem 2: Pilar rotulado em placa de amarração e 2 pernos......................................................14
Figura 2.7 – Imagem (a): Ligação aparafusada viga-pilar, com auxílio de chapa em cantoneira;
Imagem (b): Ligação viga-pilar com auxílio de chapa de topo...................................................15
Figura 2.9 – Ligação através de rebitamento de peças (Fonte: Santos 1987, 23).......................16
Figura 2.10 – Esquema estrutural de um edifício com pórticos de vigas simplesmente apoiadas
(Fonte: adaptado do relatório de projecto...................................................................................17
Figura 2.18 - Exemplo de gruas com braços extensíveis para montagem de viga da
cobertura....................................................................................................................................27
Figura 3.3 – Desenho da planta do campo de futsal do ISUTC com os seus respectivos pilares
nas laterais.................................................................................................................................33
Figura 3.4 – Desenho do alçado/fachada do campo de futsal do ISUTC com os seus respectivos
pilares nas laterais......................................................................................................................34
Figura 3.5 – Imagem (a): Fotografia do pilar real, existente no local; Imagem (b): Secção
transversal do perfil que compõe o pilar; Imagem (c): Projecção 3D do pilar c/ placa de
amarração..................................................................................................................................35
Figura 4.1 – Projecção do pórtico estrutural tipo Portal Frame para a cobertura do campo......38
Figura 4.2 – Representação em planta dos coeficientes de pressão em fachadas actuando sobre
a estrutura..................................................................................................................................44
VIII
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Figura 5.6 – Ligação soldada do nó N371 em vermelho (não cumpre com verificação de
geomteria).................................................................................................................................59
IX
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
ÍNDICE DE GRÁFICOS
Gráfico 4.1 – Valores característicos da pressão dinâmica do vento.........................................41
IX
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Técnicas:
X
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
RESUMO
As instalações do ISUTC-TMCEL, dispõem de um campo de futebol de salão (futsal),
construído inicialmente para os seus colaboradores, mas depois do ISUTC ali se instalar, este
campo passou a ser utilizado não só pelos colaboradores da TMCEL, mas também pelos
estudantes do ISUTC. Este campo de futebol de salão, passou a ser palco de eventos, como
aluguer para festividades e principalmente para acolher campeonatos, de futebol e de
basquetebol, internos e externos. Todavia, devido a constante utilização deste campo, viu-se ali
a necessidade de elaboração de um projecto de construção de uma cobertura, com o intuito da
não interrupção dos eventos que ali acontecem. Estas interrupções, podem ser causadas
principalmente por factores ambientais, dentre elas a chuva, o sol escaldante e outras condições
do ambiente. Portanto, no âmbito das estruturas metálicas, foi escolhido um modelo de
cobertura que melhor responde-se as demandas exigidas pelo campo de futebol, relativamente
ao conceito estrutural e económico, priorizando acima de tudo a segurança e os aspectos
relacionados ao custo-benefício dos elementos estruturais.
PALAVRAS-CHAVE:
XI
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO
1.1 Introdução
O ISUTC (Instituto Superior de Transportes e Comunicações), é um instituto de ensino superior
fundado em 1 de Junho de 1999, cuja entidade instituidora é a TRANSCOM, SA. O ISUTC,
localiza-se na cidade de Maputo, no bairro da Sommerchield, e é uma instituição privada que
lecciona cursos de licenciaturas, mestrados, cursos extracurriculares e entre outros. O ISUTC
tem as suas instalações de funcionamento localizadas dentro das instalações da TMCEL, e estas
instituições estão divididas em sectores para cada instituição.
Portanto, este projecto visa a elaboração de um projecto de construção de uma cobertura para
suprir as demandas que o campo de futsal do ISUTC tem.
O presente tema de PFC (Projecto Final do Curso), foi sugerido face aos constrangimentos,
causados por estas condições ambientais que podem ser a chuva, o sol escaldante e até os ventos
fortes, decorrentes da falta de uma cobertura. Portanto, para evitar as constantes pausas ou
interrupções devido as condições do ambiente, este projecto visa elaborar um projecto estrutural
para a construção de uma cobertura que elimine estes constrangimentos, e que possua também
qualidade sob ponto de vista estrutural, isto é, respeitando e priorizando a segurança bem como
os factores económicos.
1
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
1.3 Problemática
Como já mencionado anteriormente, o campo de futebol do ISUTC, tem uma grande demanda
de utilização, pois não só alberga actividades de carácter desportivo mas também acolhe
eventos, que vão desde festas, apresentações entre outros. Estas actividades e eventos que ali
acontecem, muita das vezes são interrompidas devido as intempéries, isto é, as variações
extremas das condições climáticas (temperatura, chuva, sol escaldante, etc), portanto a
construção de uma cobertura naquele local seria de vital importância e supriria as necessidades
dos seus utilizadores. Portanto, torna-se assim importante a construção de uma cobertura sobre
o campo de futebol, pois para além de ajudar os seus utilizadores com a não interrupção de suas
actividades, poderá quiçá ser utilizado para outros fins ou necessidades rápidas, como
armazenamento de materiais que não podem entrar em contacto com a chuva ou sol.
2
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
1.7 Hipóteses/Proposições
O projecto estrutural pode ser desenvolvido a partir de cálculos, utilizando normas e
regulamentos sobre estruturas metálicas, vigentes no território nacional;
A solução estrutural de cobertura a ser adoptada, pode ser desenvolvida e modelada com
auxílio de softwares de cálculo estrutural, isto é, softwares com funcionalidade BIM
(Building Information Modeling);
A solução estrutural a ser adoptada para a cobertura, pode ser desenvolvida tendo em
conta as normas e regulamentos que se destinam aos aspectos sobre comodidade e
segurança (estado limite último e estado limite de utilização).
A escolha, dos tipos de perfis que irão compor a estrutura de cobertura, pode ser feita
tendo em conta os seus pesos, para garantir a utilização dos pilares existentes no local.
3
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
1.10 Metodologia
A pesquisa é metodológica e empírica, pois as conclusões se baseiam no estudo e análise dos
resultados numéricos obtidos a partir de modelos adoptados. Para esta investigação, têm-se
como base os regulamentos e normas de cálculo e dimensionamento vigentes em Moçambique.
1.10.1 Abordagem/paradigma
Métodos empíricos – análises numéricas obtidas (a partir de cálculos de
dimensionamento e com auxílio de programas computacionais com metodologia e
análise BIM), representação gráfica (resultantes dos resultados obtidos para avaliação)
e análise documental (obtenção documental utilizando procedimentos lógicos);
Métodos metodológicos – análises de informações relevantes e precisas, para servir de
apoio e suporte para os resultados numéricos obtidos a partir de modelos adoptados para
tal.
4
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Análise de dados qualitativa – a análise qualitativa de dados será feita com base em
conteúdo ou materiais bibliográficos relevantes para o caso de estudo, e também serão
utilizados conteúdos de normas e especificações.
5
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Figura 2.1 – Palácio de Cristal, em Londres, construído em 1851 (Fonte: www.archdailybrasil.com.br, 2023)
__________________
1
A variação na referência das páginas das bibliográficas consultadas, de numeração árabe para numeração
romana, deve-se a estrutura de paginação do documento e/ou literatura consultada.
6
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
De acordo com Santos (1987), citado por Dias (2015, 14), ainda durante a primeira metade do
século XIX, o cálculo estrutural passou por um notável progresso, e com o avanço da siderurgia,
o ferro foi sendo substituído pelo aço como principal material nas construções metálicas, por
possuir boas características físicas, e viabilidade econômica. O início da laminação de perfis de
aço permitiu a comercialização em grande escala de componentes estruturais, possibilitando o
surgimento dos primeiros arranha-céus em estrutura metálica, principalmente nos Estados
Unidos.
“[…] uma liga metálica constituída basicamente de ferro e carbono, sendo que o teor de carbono é sempre
inferior a 2.0%. [...]. É um material obtido pelo refino de ferro-gusa, que é o desejável para o uso em
estruturas. Na construção civil, o termo aço estrutural designa todos os aços que, em função de sua
resistência, ductilidade e outras propriedades mecânicas, possuem comportamento adequado para
fabricação de peças que suportem cargas”
De acordo com Bellei (1972), citado por Pfeil (2015, 21), o aço pode ser classificado em 3 (três)
categorias principais, em função da sua composição química, nomeadamente:
Aço carbono – são os tipos mais utilizados de aço, nos quais o aumento de resistência
em relação ao ferro puro é produzido pelo carbono e, em menor escala, pela adição de
manganês. São distinguidos em três categorias: baixo carbono (C < 0.29%), médio
carbono (0.30% < C) e alto carbono (C < 2.0%);
Aços de baixa liga – são aços carbono acrescidos de elementos de liga (cromo, cobre,
manganês, níquel, dentre outros);
Aços com tratamento térmico – tanto os aços carbonos quanto os aços de baixa liga
podem ter suas resistências aumentadas por tratamento térmico. No entanto a soldagem
desse tipo de material é mais difícil, tornando pouco usual seu uso em estruturas.
7
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Tabela 2.1 – Propriedades do aço estrutural (Fonte: Instituto Técnico de Lisboa 2020/2021, Estruturas I – Aula
T02)
Tensão última
Tensão de cedência [MPa]
Classe de [MPa]
Resistência t > 16 t > 40 t > 63 t > 80 t > 100 t≥3
t ≤ 16 t<3
≤ 40 ≤ 63 ≤ 80 ≤ 100 ≤ 150 ≤ 100
S235 235 225 215 215 215 195 360 360
S275 275 265 255 245 235 225 430 410
S355 355 345 335 325 315 295 510 470
S420 420 400 390 370 360 340 520 520
S460 460 440 430 410 400 380 540 540
Constantes físicas – Para o cálculo estrutural, o REAE (Regulamento de Estruturas de Aço para
Edifícios) estabelece alguns valores para propriedades físicas validas para todos os tipos de aço
estrutural:
Entretanto, de acordo Bellei (1972), citado por Pfiel (2015, 25), as principais propriedades
mecânicas do aço são:
8
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
9
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Ainda segundo Santos (1987, 39), as estruturas das modernas construções de aço empregam
formas padronizadas que recebem o nome de perfis. Os mais comumente empregados nas
construções são os seguintes: cantoneiras, perfis semelhantes as letras “Iˮ, “Uˮe “Hˮ, barras
redondas e chapas dobradas, como o hot formed lip channel2 e o galvanized lip channel2.
Perfis laminados: são aqueles provenientes da laminação a quente. Por serem produtos
da própria usina siderúrgica, dispensam a fabricação mais “artesanal” dos perfis
soldados ou dos formados a frio. Entre os diversos formatos, a seção em I ou H é mais
comum. São oferecidos em várias medidas, compreendidas entre 150 e 610 mm de
altura, e comprimentos de 6 e 12 metros;
Perfis formados a frio: também conhecidos como perfis de chapas dobradas, são obtidos
pelo processo de dobra de chapas planas, podendo ser formados por prensas dobradeiras
(onde ocorre o puncionamento da chapa contra uma mesa com o formato do perfil
desejado), ou através de máquinas perfiladeiras, onde a chapa passa por uma série de
cilindros até ganhar as medidas especificadas. Estes perfis vêm sendo utilizados de
forma crescente na execução de estruturas metálicas leves, pois podem ser projectados
para cada aplicação específica, enquanto os perfis laminados estão limitados a
dimensões pré-determinadas.
__________________
2
Longarinas de aço, com peso leve, utilizado geralmente para soluções construtivas de pequeno porte ou para
aguentar cargas relactivamente baixas, como o peso de chapas e entre outros. Estes perfis são utilizados nas
madres e escadas.
10
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Perfis soldados: são aqueles obtidos pelo corte, composição e soldagem de chapas
planas de aço, permitindo grande variedade de formas e dimensões de secções. A
fabricação de perfis estruturais de aço soldados por arco elétrico obedece à norma EC3
(Eurocódigo 3: Projecto de Ligações), e depende do tipo de equipamento utilizado pelo
fabricante.
A escolha do tipo de perfil a ser utilizado varia de acordo com o tipo e o porte da obra, e dentre
outros fatores à critério do projectista, devendo-se ressaltar que no projeto sempre deve-se ter
em consideração a facilidade de execução e disponibilidade de materiais, assim com os aspectos
logísticos da montagem.
Figura 2.2 – Exemplos de nomenclaturas de perfis laminados com padronizações europeias (Fonte: Instituto
Técnico de Lisboa 2020/2021, Estruturas I – Aula T02 e Pfiel 2015)
Figura 2.3 – Secções de perfis dobrados (formados a frio) a partir de chapas dobradas: (a) U simples, (b) U
enrijecido (lip channel), (c) cartola, (d) cantoneira, (e) duplo U, (f) duplo U enrijecido e (g) enrijecido fechado ou
em caixão (Fonte: Dias 2015, 42)
11
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Figura 2.4 – Secções mais comuns e comumente utilizadas de perfis soldados (Fonte: Chamberlain 2013)
Segundo Reis, A., Camotim, D (2001) apud Oliveira, Fábio (2013, 3) pode-se definir um pórtico
estrutural como
Figura 2.5 – Pórtico estrutural de um piso e seus componentes estruturais (Fonte: Slides de aulas de Estruturas II
ISUTC 2021)
12
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
2.4.1.4 Contraventamentos
As estruturas acima do nível do solo, estão sujeitas a forças laterais do vento e outros efeitos
causados por movimentos sísmicos. Portanto, o emprego de contraventamentos é de vital
importância e necessidade, pois garante a estabilidade estrutural e a segurança do edifício.
13
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Por outro lado, os esforços na estrutura são maiores quando comparados com os pórticos de
bases engastadas. Neste caso os deslocamentos horizontais são maiores que aqueles observados
com pórticos de bases engastadas.
(1) (2)
Figura 2.6 – Imagem 1: Pilar encastrado em placa de amarração com rigidificadores e 6 pernos; Imagem 2: Pilar
rotulado em placa de amarração e 2 pernos (Fonte: Santos, 1987)
14
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
As ligações podem influir significativamente no custo da estrutura, e seu tipo deve ser escolhido
levando-se em conta o seu comportamento (rígida ou flexível, por contato ou atrito), limitações
construtivas, a facilidade de execução – uso de equipamentos, facilidade de acesso, dentre
outros. Atualmente as ligações mais utilizadas são as parafusadas ou soldadas. As ligações
rebitadas, muito utilizadas no passado, não são muito empregadas atualmente, devido a sua
baixa resistência, instalação lenta e dificuldade de inspeção. (Dias, 2015)
Ligações aparafusadas – os parafusos são formados por uma barra redonda, tendo uma
extremidade roscada e a outra com cabeça de forma tal que possibilita executar nos parafusos
um movimento de rotação destinado a fazer o parafuso apertar nas peças que deverão ser unidas,
e muita das vezes com auxílio de chapas de ligação. (Santos 1987, 170)
Figura 2.7 – Imagem (a): Ligação aparafusada viga-pilar, com auxílio de chapa em cantoneira; Imagem (b):
Ligação viga-pilar com auxílio de chapa de topo (Fonte: Google image, 2022).
15
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Ligações Soldadas – Segundo Bellei (1972) a soldagem pode ser definido como
“[...] a técnica de unir duas ou mais partes de um todo assegurando entre elas a continuidade do
material, e em consequência suas características mecânicas e químicas. A união por solda se dá
por coalescência do material, obtida pela fusão das partes adjacentes. ”
Na engenharia civil, para projectos e construções, o tipo de solda utilizado é a solda elétrica
(soldagem com electrodo revestido), portanto neste projecto só se fará menção a tipo de
soldadura. A solda de eletrodo manual revestido é a mais empregada, pois pode ser utilizada
tanto em instalações industriais pesadas, quanto em pequenos serviços de campo. O processo
está ilustrado na Figura 2.8.
Figura 2.8 – Processo de soldagem com electrodo manual revestido (Fonte: Pfiel, 2015)
Ligações rebitadas – Segundo Santos (1987), o processo de rebitamento pode ser definido
como
16
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Figura 2.9 – Ligação através de rebitamento de peças (Fonte: Santos 1987, 23)
Segundo o relatório do projeto SECHALO (2012), existem quatro tipos de pórticos de um piso
que permitem que a área interior do edifício seja totalmente livre:
Figura 2.10 – Esquema estrutural de um edifício com pórticos de vigas simplesmente apoiadas (Fonte: adaptado
do relatório de projecto SECHALO, 2012)
17
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Portal frame;
Pórticos treliçados.
Portal frame
Os pórticos metálicos denominados de “portal frame” são estruturas compostas por pilares e
travessas horizontais ou inclinadas (normalmente perfis laminados a quente de secção em I),
onde se utilizam rigidificadores (cartelas) nas suas ligações, que consiste na colocação de outro
perfil cortado de forma triangular (Fig. 2.11).
Figura 2.11 – Esquema de um portal frame simétrico de vão simples (Fonte: adaptado da SCI, 2004)
Segundo o SCI (2004), o portal frame é normalmente utilizado nos pavilhões industriais sendo
composto por um único vão e as suas características principais são as seguintes:
18
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Existem vários tipos de pórticos que podem ser denominados de portal frame, conforme se
descreve sumariamente na Fig. 2.12.
Figura 2.12 – Vários tipos de portal frame (Fonte: adaptado do relatório de projecto de SECHALO, 2012)
19
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Pórticos treliçados
Quando se pretende vencer vãos superiores a 50m a solução mais económica é habitualmente
os pórticos treliçados. Esta solução é mais eficaz comparativamente aos portal frame, podendo
ir até vãos na ordem dos 100 m. As formas típicas das treliças horizontais utilizadas neste tipo
de pórticos são apresentadas na figura 2.13, e na figura 2.14 ilustra-se um esquema estrutural
do edifício onde este tipo de pórticos é inserido.
Figura 2.13 – Formas típicas de treliças horizontais (Fonte: adaptado do relatório de projecto SECHALO, 2012)
Figura 2.14 - Esquema estrutural de um edifício com pórticos treliçados (Fonte: adaptado do relatório de
projecto SECHALO, 2012)
20
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
bastante notáveis e a sua estética deve ser tida em conta durante o seu dimensionamento; são
considerados económicos para vãos entre os 30 m e 90 m.
Figura 2.15 – Esquema estrutural de pórticos de vigas suportadas por cabos (Fonte: adaptado do relatório de
projecto de SECHALO, 2012)
2.4.5 Arcos
Os arcos possuem forma parabólica ou circular, sendo compostos por vigas em I. Os arcos são
solicitados essencialmente por esforços de compressão, devendo estes esforços ser resistidos
pela fundação do edifício ou pela introdução de tirantes entre as fundações. É apresentado um
esquema estrutural para ambas as situações na figura 2.16.
Figura 2.16 – Esquema estruturais de arcos (Fonte: adaptado do relatório de projecto de SECHALO, 2012)
21
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
europeus, desenvolvidos pela Comissão Técnica CEN/TC 250 da CEN (Comissão Europeia de
Normalização), acompanhados dos seus respectivos anexos nacionais, de responsabilidade dos
Acções Permanentes
As ações permanentes, cuja consideração será descrita no Capítulo 5, consistem em ações cuja
variação de intensidade no tempo é desprezável, considera-se como ações permanentes:
Acções Variáveis
As ações variáveis consistem em ações com variação de intensidade no tempo significativa, tais
como:
__________________
Nota: Para este projecto o dimensionamento, no software de cálculo, será feito utilizando os Eurocógidos 3 e 4
para metal e suas ligações, e o RSA para quantificação do vento e sobrecargas. É chamada a atenção neste ponto,
pois em Moçambique é geralmente utilizado o REAE (Regulamento de Estruturas Aço para Edifícios),
22
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
regulamento este que, nos últimos tempos, vem sendo substituído pelo EC 3 e 4 no seu país de origem e já não é
utilizado pelos diversos programas de cálculo.
Tabela 2.3 - Sobrecargas em coberturas da Categoria H (Fonte: Quadro NA 6.10 da NP EN 1991-1-1, 2009)
As ações do vento variam em função do tempo e atuam diretamente, sob a forma de pressões.
A pressão resultante, exercida numa parede ou na cobertura, é a diferença entre as pressões que
atuam sobre as faces opostas tendo em atenção os seus sinais (figura 2.17).
23
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
O procedimento para a quantificação do vento segundo o RSA, capítulo 5, artigo 20º a 25º, é
apresentado na tabela baixo.
Tabela 2.4 – Procedimento resumido para a quantificação do vento (Fonte: adaptado do RSA, 1983)
Parâmetro Referência
Zoneamento do território (Zona A ou B) Artigo 20º
Rugosidade aerodinâmica do solo (Tipo I ou II) Artigo 21º
Pressão dinâmica do vento (wk) Artigo 24º
Velocidade média do vento (w) Artigo 24º (24.3)
Coeficientes de forma Artigo 25º e Anexo I (Secção 3)
Formulas para cálculo das pressões do vento Anexo I (Secção 1)
Combinação de acções
𝐸𝑑 = 𝐸{∑𝐽≥1 𝛾𝐺,𝑗 𝐺𝑘,𝑗 + 𝛾𝑄,1 𝑄𝑘,1 + ∑𝑖>1 𝛾𝑄,1 𝜑0,𝑖 𝑄𝑘,1 } [1]
Em que:
25
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
2.7.2 Prazos
Em relação ao factor prazos, pode dizer-se que “tempo é dinheiro” e, neste caso, a pré-
fabricação sai claramente em vantagem em relação à construção tradicional. Pelo facto de todos
os elementos estruturais serem pré-fabricados, existe uma enorme redução no tempo de
execução da obra. Já na construção tradicional, o tempo de execução da obra é mais longo,
principalmente pelo facto de todos os elementos serem executados no estaleiro da obra e devido
as condições climatéricas que nem sempre são favoráveis para se trabalhar. O facto de os
materiais serem produzidos na fábrica, traz várias vantagens que passam pelo facto de não haver
deterioração dos materiais devido a condições climatéricas quando estes adquirem presa, o mau
tempo não provoca atrasos significativos nas tarefas seguintes (enquanto que na construção
tradicional se for necessário betonar uma laje é preciso esperar por boas condições climatéricas)
(Na Lu 2007, 68)
2.7.3 Mão-de-obra
A mão-de-obra na construção pré-fabricada é menor, a nível de estaleiro, em comparação com
a construção tradicional. É importante referir que, aumentar a produtividade não implica um
aumento de mão-de-obra a nível de pré-fabricação. O facto de as peças serem construídas com
maior controlo, em ambiente fabril e com máquinas especializadas, reduz as necessidades de
mão-de-obra em estaleiro, facilita o controlo de qualidade e permite uma maior previsibilidade
na entrega do produto final (Na Lu 2007, 70)
2.7.4 Equipamentos
Os equipamentos a utilizar na pré-fabricação são um dos mais importantes e condicionantes
factores deste tipo de construção. Enquanto na construção tradicional, uma das maiores
condicionantes é o local disponível para montagem da grua, na construção pré-fabricada as
condicionantes tomam outras dimensões. A capacidade de transporte, as dimensões das peças,
o manuseamento das peças e a própria grua de montagem (Figura 2.18) são as principais
condicionantes para a execução da obra. Na configuração do estaleiro, é necessário ter em conta
a distância máxima de montagem, que limita simultaneamente o peso do elemento e o
equipamento a utilizar.
26
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Figura 2.18 - Exemplo de gruas com braços extensíveis para montagem de viga da cobertura (Fonte: Monteiro,
Rui. Dissertação "Construção de cobertura para uma escola". Lisboa, 2012)
De acordo com Moreira (1980) cit in El Debs (2000, 27) os factores que interferem na escolha
dos equipamentos e sua capacidade de carga são os seguintes:
Os tipos de equipamentos mais utilizados são: auto-gruas (guindaste sobre plataforma móvel),
gruas de torre ou de pórtico e guindastes acoplados a camiões convencionais. Também é preciso
que se verifique a disponibilidade de equipamentos na região da obra, bem como a capacidade
de carga dos mesmos. Em determinadas situações, pode ser necessária a importação de
equipamentos.
2.7.5 Transporte
O transporte a utilizar é uma grande condicionante da pré-fabricação, porque a maior parte das
vezes as peças pré-fabricadas são de grandes vãos (tabela 2.5), o que implica camiões com
atrelados de elevada extensão com grandes capacidades de carga e ainda a terem estabilidade
conforme a altura da peça em causa (figura 2.19). O facto de os camiões serem de elevada
extensão complica também os acessos por onde este pode circular. Alguns elementos pré-
27
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Figura 2.19 - Comparação entre veículos de transporte de diferentes peças (Fonte: Monteiro, Rui. Dissertação
"Construção de cobertura para uma escola". Lisboa, 2012)
Tabela 2.5 - Diferentes tipos de transporte e limites correspondentes (Fonte: Romeu, 2012)
28
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Tabela 2.6 - Redução de gastos gerados pela pré-fabricação (Fonte: Leite, 2015)
2.7.7 Segurança
A nível de segurança, na construção pré-fabricada existe menor risco de acidente pois os
trabalhadores encontram-se numa fábrica em ambiente controlado e, além disso, não são tão
afetados pelas condições climatéricas como os trabalhadores da construção tradicional. A
segurança na construção pode ser analisada segundo dois parâmetros que passam pela
segurança estrutural e segurança no trabalho (Silvestre at al 2003 apud Resende 2012, 114).
2.7.8 Durabilidade
A durabilidade é um importante conceito a ter em mente quando se está a falar de elementos
pré-fabricados. A durabilidade de edifícios construídos usando qualquer um dos métodos
construtivos que têm vindo a ser comparados é neste caso muito semelhante, no entanto, a pré-
fabricação, mesmo assim, consegue ter vantagem. As construções pré-fabricadas possuem
maior potencial em termos de durabilidade do que as construções tradicionais, devido ao uso
altamente optimizado e potenciado dos materiais que constituem as peças. Isto obtém-se através
da utilização de equipamentos específicos e actualizados que se encontram envolvidos no
processo de fabricação cuidadosamente elaborado das peças pré-fabricadas (Na Lu 2007, 65).
29
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Tabela 2.7 - Análise SWAT da construção recorrendo à pré-fabricação (Fonte: Cunha, 2010)
30
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Figura 3.1 – Imagem (a): Localização do ISUTC/TMCEL (área demarcada a vermelho); Imagem (b): Localização
do campo de futsal dentro das instalações do ISUTC/TMCEL (fonte: Google Earth, 2022)
Figura 3.2 - Algumas fotografias do campo de futsal do ISUTC-TMCEL (Fonte: Autor, 2022)
Para a elaboração deste projecto (desenhos e cálculos), foi necessário efectuar medições do
campo, dos pilares existentes no local e também colher todas informações relevantes e que
incidem directamente sobre o projecto. Nas figuras que se seguem, estão ilustradas o desenho
da planta do campo com seus respectivos pilares (figura 3.3) e o desenho do alçado do campo
(figura 3.4).
32
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Figura 3.3 – Desenho da planta do campo de futsal do ISUTC com os seus respectivos pilares nas laterais (fonte:
Autor, 2023)
__________________
Nota: Nas ilustrações dos desenhos das figuras, as dimensões mostradas nos mesmos são de difícil percepção ou
visualização, portanto para melhor percepção destes, nos Anexos, encontram-se todas as peças desenhadas com
suas respectivas legendas e notas de referência.
33
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Figura 3.4 – Desenho do alçado/fachada do campo de futsal do ISUTC com os seus respectivos pilares nas laterais
(fonte: Autor, 2023)
“Travessas ou presilhas de ligação, são elementos estruturais secundários (ou até mesmo
terciários) de ligação que geralmente são formadas por chapas rectangulares, que têm função de
trabalhar como se fossem diagonais de travamento ou cordões de ligação, aumento a rigidez ou
resistência dos elementos principais ligados a eles.ˮ
A seguir, estão ilustradas nas figuras, o tipo de material que compõe os perfis dos pilares, as
dimensões e bem como as características da secção transversal.
34
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Figura 3.5 – Imagem (a): Fotografia do pilar real, existente no local; Imagem (b): Secção transversal do perfil que
compõe o pilar; Imagem (c): Projecção 3D do pilar c/ placa de amarração (Fonte: Autor 2022 e Tabelas Técnicas
1993)
Nas tabelas a seguir estão ilustradas as grandezas do(s) perfil(s) que compõe o pilar.
Tabela 3.1 – Características do perfil laminado UNP160 (Fonte: adaptado das Tabelas Técnicas 1993)
Dimensões
Designação Massa Área
h b a em r1 e1 h1 w1 Ø
UNP (Kg.m) (cm2)
mm mm mm mm mm mm mm mm mm
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
160 8.8 24.0 160 65 7.5 10.5 5.5 7.9 11.5 35 21/17
Tabela 3.2 – Designação e tipo de material dos perfis do pilar (Fonte: adaptado das Tabelas Técnicas 1993)
35
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
laminado, geralmente o tempo de vida útil pode variar entre 50 e 100 anos. No entanto,
constatou-se que, em alguns pilares há existência de ferrugens em certas secções, o que
doravante poderá influenciar na colocação da cobertura sobre eles, provocando encurvaduras
(flambagem) ou num caso mais grave a cedência destes pilares. Portanto, é necessário que se
faça uma avaliação mais profissional nestes pilares, isto é, uma avaliação com o intuito de
prever e prevenir a ocorrência e existência de patologias, optando por manutenções e/ou
substituições dos elementos defeituosos sob formas a mitigar estes factores.
Figura 3.6 – Fotografias do estado actual dos pilares existentes no local (Fonte: Autor, 2022)
36
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
1. Selecção do modelo de pórtico – a escolha do modelo de pórtico, é crucial pois ela dita
os esforços que os pilares vão receber, e como estes irão se comportar;
2. Determinação de todas acções que incidem sobre a estrutra – todas as cargas variáveis
e permanentes que incidem sobre os elementos estruturais;
3. Escolha dos materias que irão compor os elementos estruturais – o tipo de material para
os elementos estruturais, determina a qualidade de desempenho estrutural que cada
material vai apresentar;
4. Selecção do tipo de perfil para cada elemento estrutural – a escolha do tipo de perfil e
suas características, dita as cargas que os pilares serão submetidos:
5. Pré-dimensionamento dos elementos estruturais escolhidos – após a escolha dos perfis,
é essencial saber se estes apresentam uma boa capacidade estrutural;
6. Dimensionamento no software de cálculo – os perfis, os seus materias, e suas acções
serão submetidos no programa computacional para o cálculo considerado todo modelo
tridimensional a partir de elementos finitos;
7. Verificações – no final, é necessário saber se o dimensionamento foi satisfatório, isto
é, se todos os elementos dimensionados verificam e se apresentam total segurança para
a sua execução.
37
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Baseando-se no capítulo anterior, os pórticos que vencem vãos enormes e que ao mesmo tempo
permitem com que os elementos estruturais que as compõem sejam leves em termos de pesos,
são os Portal Frames de vigas treliçadas. Portanto, o pórtico terá uma cobertura em duas
vertentes, compostas por asnas, nos banzos superior e inferior, e por treliças, para os cordões e
diagonais de travamento.
Figura 4.1 – Projecção do pórtico estrutural tipo Portal Frame para a cobertura do campo (Fonte: Autor, 2023)
38
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Ambos os programas têm funcionalidade CAD (Computer Aided Design - Desenho Assistido
por Computador), e possuem também sistema de interoperabilidade, isto é, capacidade dos dois
programas se comunicarem entre si de forma eficaz e eficiente.
CYPE 2018
AutoCAD
39
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Para a quantificação da acção da sobrecarga, segundo o RSA (capítulo VIII, artigo 33º), as
coberturas ordinárias (com formas em curvaturas ou inclinadas) pertencem à Categoria H –
Coberturas, que admitem uma sobrecarga uniformemente distribuída igual a 0.3 KN/m2.
Acção do vento
40
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Para se ter em conta a variação do vento acima do solo, consideram-se 2 (dois) tipos de
rugosidade aerodinâmica do solo, que são:
Rugosidade tipo I – rugosidade a atribuir aos locais situados no interior de zonas urbanas
em que predominam edifícios de médio e grande porte;
Rugosidade tipo II – rugosidade a atribuir aos restantes locais, nomeadamente zonas
rurais e periferias urbanas.
De acordo com as características da zona a que se localiza o campo de futebol, esta apresente
semelhanças a Rugosidade tipo I.
Gráfico 4.1 – Valores característicos da pressão dinâmica do vento (Fonte: RSA, 1983)
41
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
A estrutura possui um pé direito igual a 7.00 metros, com uma altura de topo de 8.00 metros.
No entanto, para o gráfico, o regulamento recomenda a utilização da altura relactiva ao pé
direito. Para determinação do valor desejado, utilizou-se o método de interpolação, a partir dos
valores a presentado a tabela ilustrada ao lado do gráfico.
Segundo o RSA (Anexo I, 1.1.1), recomenda-se que para h < 15 metros, no caso de solos com
rugosidade do tipo I e para h < 10 metros no caso de solos com rugosidade do tipo II, os valores
característicos da velocidade média, sejam iguais a 20 m/s no primeiro caso e a 25 m/s no
segundo caso.
Segundo o RSA (capítulo V, artigo 23º), para determinar a acção do vento sobre uma
construção, é necessário conhecer, além da pressão dinâmica do vento (w), os coeficientes
forma relactivos à construção em causa.
42
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
No RSA (anexo I, ponto 3), são definidos dois tipos de coeficientes de forma, que são:
Coeficientes de pressão; e
Coeficientes de força.
Os coeficientes de pressão, 𝛿𝑝 , são definidos para uma superfície particular da construção (ou
para uma zona nela localizada) e permitem determinar as pressões, p (que se exercem
normalmente sobre as superfícies), pela expressão:
𝑝 = 𝛿𝑝 ∗ 𝑤 [4]
𝐹 = 𝛿𝑓 ∗ 𝑤 ∗ 𝐴 [5]
Neste projecto, será utilizado os coeficientes de pressão para determinar as pressões do vento
nas fachadas, não sendo necessário utilizar a resultante das forças.
Na estrutura, actuará nas fachadas (em toda sua superfície), portanto, é essencial determinar
estes coeficientes. Na tabela abaixo, apresentam-se os coeficientes de pressão exterior actuantes
nas fachadas da estrutura.
Tabela 4.2 – Coeficientes de pressão exterior (𝛿𝑝𝑒 ) para paredes da estrutura (Fonte: RSA, 1983).
Relações Direcção
geométricas do do vento Acções globais sobre as superfícies Acções
edifico α locais
h/b a/b (graus) A B C D
0º +0.7 -0.25 -0.6 -0.6
h/b≤1/2 3/2<a/b≤4 -1.0
90º -0.5 -0.5 +0.7 -0.1
h = 7 metros;
a = 36.05 metros; e
b = 20.76 metros.
𝛿𝑝𝑖 = +0.20
A seguir estão representadas as acções em planta dos coeficientes de pressão exterior sobre a
estrutura. Para este feito, escolheu-se o direção actuante dos ventos em 90º, pois a estrutura é
limitada por um edifício na sua lateral, portanto esta direção tem mais efectividade.
Figura 4.2 – Representação em planta dos coeficientes de pressão em fachadas actuando sobre a estrutura (Fonte:
Autor, 2023)
A tabela a seguir, mostra os valores e quantificação para os ventos nas paredes do edifício.
Tabela 4.3 – Quantificação da acção vento sobre as fachadas da estrutura (Fonte: Autor, 2023)
44
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Segundo o RSA (Anexo I, quadro I-II), para determinação da acção do vento sobre as fachadas
da cobertura em duas vertentes, é necessário ter em consideração os coeficientes de pressão
exterior. A tabela abaixo, mostra os coeficientes actuantes sobre a estrutura, tendo em conta a
sua forma e geometria.
Tabela 4.4 – Coeficientes de pressão exterior actuantes sobre a cobertura da estrutura (Fonte: RSA, 1983)
h = 7.00 m;
β = 8.33 graus (assume-se 10 graus);
b = 20.76 m.
a = 36.05 m.
A seguir estão representadas as acções em corte e em planta dos coeficientes de pressão exterior
sobre a estrutura da cobertura. Para este feito, escolheu-se o direção actuante dos ventos em
90º, pois a estrutura é limitada por um edifício na sua lateral, portanto esta direção tem mais
efectividade.
45
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Figura 4.3 – Representação em corte (a e c) do edifício, e em planta (b) com os coeficientes actuantes de pressão
exterior (Fonte: Autor, 2023)
A tabela a seguir, mostra os valores e quantificação para os ventos nas fachadas de cobertura.
Tabela 4.5 – Quantificação da acção vento sobre as fachadas da estrutura de cobertura (Fonte: Autor, 2023)
1. Sobrecargas consideradas
Sobrecarga de utilização - Sc1 = 0.30 KN/m2 (RSA, capítulo VIII, artigo 33 º);
Peso das chapas IBR686 (0.58mm) – Sc2 = 0.0637 KN/m2 (Catálogo GRS); e
Dispositivos de fixação – Equivalente a 30% do peso das chapas.
46
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Tabela 4.6 – Características da ChapaIBR utilizada (Fonte: Catálogo GRS – Global Roofing Solutions)
O critério para a escolha do tipo de perfil, será adoptar e depois efectuar as devidas verificações.
(a) (b)
Figura 4.4 – Espaçamento (a) e Vão da madre a serem considerados (b) (Fonte: Autor, 2023)
47
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Seja o perfil “C140-2.5”, Perfil Lip Channel de aço enformado (material S275).
Tabela 4.7 – Perfis de aço enformado Tipo Lip Channel (Fonte: Catálogo da Mundiperfil)
__________________
Nota: No catálogo da tabela 4.7, deve-se considerara a marcação em azul, pois esta marcação é a do perfil
seleccionado.
48
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
8.33°
Figura 4.5 – Representação das acções sobre o eixo da Madre (Fonte: Autor, 2023)
Material considerado para as Madres é um Fe430 (S275), com tensão admissível, fyd, de 275
MPa e módulo de elasticidade igual a E = 200 GPa (aço).
𝑀 𝑀𝑦
Tensão instalada: 𝜎𝑖𝑛𝑠𝑡 = 𝑊𝑥 + 𝑊 = 171.46 MPa < 275 MPa (verificado)
𝑥 𝑦
Flecha instalada:
5∗𝐺 ∗𝑙5
𝑌 𝑌 𝑄 ∗𝑙3
𝑓𝑖𝑛𝑠,𝑥 = 384∗𝐸∗𝑙 + 48∗𝐸∗𝑙 = 0.75 𝑐𝑚
𝑦 𝑦
5∗𝐺 ∗𝑙5
𝑥 𝑥 𝑄 ∗𝑙3
𝑓𝑖𝑛𝑠,𝑥 = 384∗𝐸∗𝑙 + 48∗𝐸∗𝑙 = 0.43 𝑐𝑚
𝑥 𝑥
49
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
8.33°
Figura 4.6 – Acção predominante do vento sobre as madres (fonte: Autor, 2023)
Cálculo de Esforços:
0.826∗5.152 0.067∗5.152
𝑀𝑋 = = 2.74 𝐾𝑁/𝑚 e 𝑀𝑦 = = 0.222 𝐾𝑁/𝑚
8 8
Verificação da Tensão:
𝑀 𝑀𝑦
𝜎𝑖𝑛𝑠𝑡 = 𝑊𝑥 + 𝑊 = 102,34 MPa < 275 Mpa (verificado)
𝑥 𝑦
Verificação da Flecha:
Flecha instalada:
5∗𝑃𝑌 ∗𝑙5
𝑓𝑖𝑛𝑠,𝑥 = = 0.58 𝑐𝑚
384∗𝐸∗𝑙𝑦
5∗𝑃 ∗𝑙5
𝑥
𝑓𝑖𝑛𝑠,𝑥 = 384∗𝐸∗𝑙 = 2.15 𝑐𝑚
𝑥
Percentagem de Aproveitamento
𝜎𝑖𝑛𝑠𝑡
Tensão: ∗ 100% = 37,10 %
𝑓𝑦𝑑
𝑓𝑖𝑛𝑠𝑡
Flecha: ∗ 100% = 85.67 %
𝑓𝑙𝑖𝑚
50
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
51
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Verificado (ELU)
É mostrado abaixo, o tipo de perfil escolhido para o banzo superior e também as suas
características mecânicas.
52
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Tabela 5.1 – Perfil adoptado para as Asnas (Banzo superior) (Fonte: Autor, 2023)
53
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
As verificações do banzo superior mais solicitado, em relação aos esforços submetidos sobre
este, estão apresentados na tabela abaixo.
Tabela 5.2 - Verificação de aproveitamento dos esforços actuantes no banzo superior (Fonte: Autor, 2023)
________________
1
Não existe esforço de tracção na barra
54
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Para o banzo inferior da asna, o tipo de perfil escolhido é mostrado na tabela abaixo, bem
como as suas características mecânicas.
Tabela 5.3 – Perfil adoptado para as Asnas (Banzo inferior) (Fonte: Autor, 2023)
55
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
As verificações do banzo inferior mais solicitado, em relação aos esforços submetidos sobre
este, estão apresentados na tabela abaixo.
Tabela 5.4 - Verificação de aproveitamento dos esforços actuantes no banzo inferior (Fonte: Autor, 2023)
________________
1
Não existe esforço de compressão na barra
56
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Tabela 5.5 – Perfil adoptado para as Treliças (Diagonais de Travamento) (Fonte: Autor, 2023)
57
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
As verificações da diagonal mais solicitada, em relação aos esforços submetidos sobre este,
estão apresentados na tabela abaixo.
Tabela 5.6 - Verificação de aproveitamento dos esforços actuantes na diagonal de travamento (Fonte: Autor, 2023)
Figura 5.5 – Pilares que não passam à verificação (em vermelho). (Fonte: Autor, 2023)
58
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Tabela 5.7 - Verificação de aproveitamento dos esforços actuantes na diagonal de travamento (Fonte: Autor,
2023)
Para as ligações soldadas, as verificações cumpriram todos os requisitos admitidos, sob ponto
de vista ELU, no entanto para as verificações geométricas não se cumpriram todas, pois o
programa apresentou erro de geometria, isto é, a disposição das diagonais do nó N371
(localizado no topo dos pórticos) não cumpre com a geometria ideal para realização da ligação.
Figura 5.6 – Ligação soldada do nó N371 em vermelho (não cumpre com verificação de geomteria) (Fonte: Autor,
2023)
59
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Tabela 5.8 - Verificação de geometria e da resistência da ligação mais solicitada (Fonte: Autor, 2023)
Verificações geométricas
Limites
Verificação Unidades Calculado Estado Recomendação
Mínimo Máximo
Limite
MPa 275.0 -- 460.0 Verifica --
elástico
Classe de
secção -- 17.50 -- 30.51 (Classe 1) Verifica --
(Cmáxi/ti)
Espessura mm 8.0 2.5 25.0 Verifica --
Coloque a peça de
forma que o ângulo
que forme com as
Ângulo graus 16.45 30.00 -- Não verifica
restantes peças se
encontre dentro do
intervalo indicado.
bi/bo -- 1.00 0.25 1.00 Verifica --
hi/bi -- 0.56 0.50 2.00 Verifica --
bi/ti -- 22.50 -- 35.00 Verifica --
hi/ti -- 12.50 -- 35.00 Verifica --
Verificações de resistência
Verificação Unidades Desfavorável Resistente Aprov. (%)
Falha da diagonal por largura eficaz kN 270.044 831.200 32.49
Interacção esforço axial e momentos -- -- -- 39.35
Figura 5.7 – Pormenor de ligação soldada da ligação mais solicitada, no nó N371 (Fonte: Autor, 2023)
60
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
A maioria dos pilares apresentou, um bom comportamento e uma boa funcionalidade sob ponto
de vista estrutural, mas somente 4 deles não cumpriram todas as verificações. No entanto, pode-
se notar que, para os pilares, quanto mais se diminui o espaçamento entre as presilhas de ligação,
estes tendem a melhorar o seu nível de aproveitamento, isto é, para que os pilares verifiquem,
é necessário aumentar o número de presilhas (e diminuir o espaçamento entre eles), aumentando
assim a rigidez dos pilares.
Niveis de Aproveitamento
Contraventamento
Pilares
Diagonais de travamento
Banzo inferior
Banzo superior
0.00% 20.00% 40.00% 60.00% 80.00% 100.00% 120.00%
Gráfico 5.1 – Níveis de aproveitamento dos elementos estruturais dimensionados (fonte: autor, 2023)
Depois de aumentar a rigidez dos pilares, por meio de presilhas aumentadas, o nível de
aproveitamento caiu de 102.14% para 98.53%, estando este último dentro dos padrões
admissíveis.
61
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
Em suma, pode-se afirmar que, para o projecto, a cobertura projectada projecta e dimensionada,
pode suprir as necessidades dos utentes do campo do futebol do ISUTC/TMCE, garantido não
só a continuidade das suas actividades ali praticadas, mas também uma total segurança no
decorrer destas.
6.2 Recomendações
Substituir todas as presilhas ou travessas dos pilares, instalando novas presilhas com um
afastamento de até 300 mm;
Substituir todas as chapas de rigidificadores das placas de amarração dos pilares, por
novas;
Impermeabilizar todos os elementos estruturais, para garantir a estanqueidade;
Realizar escavações para conhecer a real cota de profundidade das sapatas e suas
respectivas dimensões.
62
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CEN (2010b). Eurocódigo 3 – Projecto de estruturas de aço – Parte 1-1: Regras gerais e regras
para edifícios. European Norm 1993-1-1, Bruxelas.
European Commission (2012). Facilitating market development for sections in industrial halls
and low-rise buildings (SECHALO). European Commission, Luxembourg.
Carnasciali, Carlos Celso (1972). Estruturas Metálicas na Prática. Curitíba – Paraná, Brasil:
Indústria Gráfica e Projectos Lda.
Santos, Arthur Ferreira (1977). Estruturas Metálicas – Projecto e Detalhes para Fabricação.
São Paulo Brasil: McGraw Hill Brasil.
Nash, William A. (1922). Resistencia do Materiais. São Paulo, Brasil: Colecção Schaum –
McGraw Hill
Bellei, Vasco (2007). Manuel de Estruturas para Engenharia Civil. Rio de Janeiro, Brasil
63
Projecto de cobertura do campo de futebol do ISUTC
ANEXOS
Anexo I – Desenho do Pórtico Estrutural;
Anexo II – Desenho do Alçado Estrutural e da Planta de Cobertura;
Anexo III – Desenho de Pormenores de Ligações Estruturais;
Anexo IV – Desenho da Planta de Fundação e Pormenores de Sapatas.
64
Tapamento INSTITUIÇÃO:
A 10.359 D-01
Chapa IBR686 (0.58)
Madres (longarinas)
B
0.4 Perfil C150x50x20x2.0
95 0.863
D-02 0.425
0.200 INSTITUTO
1.500
SUPERIOR DE
TRANSPORTES E
COMUNICAÇÕES
0.400 Asnas (banzo superior e inferior) 0.485
0.400
PROJECTO DE
10.250 COBERTURA
PARA O CAMPO
Pilares (Existentes "in situ") Notas importantes: DE FUTEBOL DO
ISUTC
Perfil 2UNP160 c/ travessas 1 - Material para asnas e trelicas: S275 (aço laminado)
7.000
0.450
3 - Antes da montagem da cobertura, deve-se substituir ESTRUTURA
Presilhas/travessas de ligacao todas as presilhas/travessas de ligação dos pilares;
ELABORADO POR/ DISCENTE:
Chapa galvanizada 200x50x5.0 4 - Impermeabilizar todos os pilares e suas placas de
Melo Isailina
amarração (garantir estanqueidade);
5 - Para a instalção do IBR, deve-se deixar uma folga de VERIFICADO POR/ SUPERVISOR:
Sapatas c/ arranque de pilar e vigas de equilibrio (colectores e tubos de queda PVC). DATA:
+0.00 m Abril de 2023
1.150
ESCALA:
Escalas referenciadas nos
desenhos de referencia
NOME DO DESENHO:
PÓRTICO
ESTRUTURAL
A B
20.760
Pórtico Estrutural
1/100
Nº DO DESENHO:
GSPublisherVersion 0.26.100.100
S-100
1 2 3 4 5 6 7 8
Contraventamento
Perfil L50x50x8.0
Parafusos 90x7.5 mm
Instalar na alma superior das chapas
1.634
Madres (longarinas)
Tapamento Perfil C150x50x20x2.0
Chapa IBR686 (0.58)
INSTITUIÇÃO:
Sobreposicao de chapas
Fundacoes (Existentes "in situ") sobrepor chapas respeitando catalogo
Sapatas c/ arranque de pilar e vigas de equilibrio
INSTITUTO
Nivel +0.00 m
Detalhe de ficaxao de chapas SUPERIOR DE
1/20
Terreno natural
TRANSPORTES E
COMUNICAÇÕES
Notas importantes:
1.150
MAPUTO - MOÇAMBIQUE
1 - Instalar parafusos nas chapas, Av. Kim Il Sung (IFT-TDM)
5.015 5.015 5.015 5.015 5.015 5.015 5.015 em suas almas superiores TITULO DO PROJECTO:
graus; ESTRUTURA
4 - O contraventamento será feito ELABORADO POR/ DISCENTE:
36.80
Abril de 2023
ESCALA:
Escalas referenciadas nos
desenhos de referencia
NOME DO DESENHO:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
PLANTA DE
COBERTURA E
20.76
ALÇADO LATERAL
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Nº de chapas de cobertura
1/500
Nº DO DESENHO:
Planta de estrutura de cobertura
GSPublisherVersion 0.25.100.100
1/200 S-101
1:20
10.359 D-01
INSTITUIÇÃO:
D-02
0.200
1.500
0.400
INSTITUTO
SUPERIOR DE
TRANSPORTES E
COMUNICAÇÕES
10.380 10.380 MAPUTO - MOÇAMBIQUE
Av. Kim Il Sung (IFT-TDM)
TITULO DO PROJECTO:
Pórtico Estrutural PROJECTO DE
1/100 COBERTURA
PARA O CAMPO
DE FUTEBOL DO
ISUTC
ESPECIALIDADE:
Cantoneira soldada na asna e ESTRUTURA
aparafusada c/ 2 parafusos NOTAS IMPORTANTES:
M12/150 c/ anilha Ligacao Madre-asna 1 - Todas as ligagoes soldadas devem ser feitas
Cantoneira 70x70x5.0 Ligacao Pilar-Asna ELABORADO POR/ DISCENTE:
com eletrodo bem definido e respeitando a Chapa e parafusos Melo Isailina
espessura dos cordoes;
2 - A emenda/empalme das cantoneiras pode ser VERIFICADO POR/ SUPERVISOR:
feito com cordoes de soldadura de topo; Chapa 150x200x5.0 Engº José Font
Cordoes de
soldadura de 3 - Respeitar todas as regras dos fabricantes 4 parafusos M12/150
DESCRICAO DO PROJECTO:
angulo para todo material de ligacao;
(Espessura 5 PFC - PROJECTO
mm) 4 - Encomendar perfis com de 6-12 metros. FINAL DO CURSO
DATA:
Abril de 2023
ESCALA:
Escalas referenciadas nos
desenhos de referencia
NOME DO DESENHO:
Parafuso M12/150 c/ porca Presilhas soldadas PORMENOR DE
Ligacao Banzo superior-Cantoneira
Soldaduras de topo LIGAÇÕES
Diagonal
Asna (Banzo superior)
SHS100X100x8.0 RHS 180x100x8.0
Cordao
RHS180X100x8.0
Cantoneira (Abas iguais)
L50x50x8.0
Detalhe: D-01
Vedante de borracha
Instalar em todas cantoneiras
1:20 Nº DO DESENHO:
GSPublisherVersion 0.25.100.100
S-102
1 2 3 4 5 6 7 8
P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8
2UNP160 2UNP160 2UNP160 2UNP160 2UNP160 2UNP160 2UNP160 2UNP160
A A
800
800
NOTAS IMPORTANTES:
INSTITUICAO:
1 - Os desenhos referentes a fundacao sao
somente para ilustracao e representacao, pois
estes elementos ja existem no local;
2 - A profundidade, adopatada para o efeito foi
de 1150 mm;
3 - Para todos os elementos da fundacao, a INSTITUTO
SUPERIOR DE
classe de betao adoptada foi de B30 (C25/30); TRANSPORTES E
4 - Para as armaduras, a resistencia minima COMUNICACOES
adoptada foi de 400MPa (A400 NR) MAPUTO - MOCAMBIQUE
Av. Kim Il Sung (IFT-TDM)
20.761
TITULO DO PROJECTO:
PROJECTO DE
COBERTURA
PARA O CAMPO
DE FUTEBOL DO
ISUTC
ESPECIALIDADE:
ESTRUTURA
Melo Isailina
VERIFICADO POR/ SUPERVISOR:
P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 Engº Jose Font
2UNP160 2UNP160 2UNP160 2UNP160 2UNP160 2UNP160 2UNP160 2UNP160
B B DESCRICAO DO PROJECTO:
PFC - PROJECTO
FINAL DO CURSO
5.015 5.015 5.015 5.015 5.015 5.015 5.015
DATA:
Abril de 2023
1 2 3 4 5 6 7 8 ESCALA:
Escalas referenciadas nos
Planta de Fundacao desenhos de referencia
1/100 NOME DO DESENHO:
P1 P1 4Ø12
P2 PLANTA DE
400
800 800 800 800 800 800
FUNDACAO E
800
PORMENORES
350
400
8Ø12
50
Ø12a/26 C=149 400
Ø12a/26 C=149 Ø12a/26 C=149
350
Ø8a/150
120
120
120
120
120
120
2Ø12 C=500
800
8Ø12 C=186
Ø8a/30
350
Ø8a/150
50
350
400
400
Betao de limpeza
Espessura 10cm 300
Calcios de apoio
>5 cm DATA: VERIFICACAO: APROCAVAO:
160
160
160
160
160
160
Pormenor de Fundacao Nº DO DESENHO: