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UNIVERSIDADE POLITÉCNICA – A POLITÉCNICA

Instituto Superior de Estudos Universitários de Nampula- ISEUNA

Licenciatura: Engenhária Civil

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE LAJE MACIÇAS E ALIGEIRADAS NA


CIDADE DE NAMPULA – 2023-2024

Manuel Francisco Amade

Nampula, 2023
Manuel Francisco Amade

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE LAJE MACIÇAS E ALIGEIRADAS NA


CIDADE DE NAMPULA – 2023-2024

Projecto de pesquisa apresentado à


universidade A Politécnica, Instituto
Superior de Estudos Universitários, da
cadeira de metodologia de pesquisa para
trabalhos cientificos. Licenciatura em
Engenharia civil.

Docente: Ph. D. Inacio Tarcisio

Nampula, 2023
Agradecimento

i
Resumo
A cidade de Nampula arrola um determinado número de infra-estruturas não concluídas devido ao
elevado custo de execução das lajes e na demora de execução, tendo em vista a situação, há necessidade
imprescindível de conhecer novas técnicas para reduzir o custo de construção e acelerar a execução. O
presente trabalho de pesquisa versa sobre o Estudo Comparativo entre laje maciça e laje aligeirada na
cidade de Nampula. O presente trabalho tem como objectivo analisar os factores que tem levado a maioria
dos Engenheiros Civis, no uso das lajes maciças em edifícios residenciais ao invés de optar por lajes
aligeiradas. O trabalho traz consigo conceitos básicos sobre o tema e referências bibliográficas os critérios
executivos de execução de lajes maciças e aligeiradas; de seguida foi feita entrevista a um número
considerável de habitantes da cidade de Nampula com 2 anos de vivência na cidade de Nampula em
diante. E por último foram seleccionadas duas obras na cidade de Nampula sendo uma maciça e outra
confeccionada em laje aligeirada, sendo feito o cálculo da composição dos custos dos materiais de 1m 2 de
cada laje com 12 cm de espessura para laje maciça quanto a aligeirada, desse modo obtendo o custo total
da construção.

Palavras chaves: Laje maciça, laje aligeirada, custo, materiais.

ii
Índice
Agradecimento...................................................................................................................i
Resumo..............................................................................................................................ii
Introdução..........................................................................................................................1
CAPITULO I: CONTEXTUALIZAÇÃO DA PESQUISA..............................................2
1.1. Delimitação do tema...............................................................................................2
1.2. Objectivos...............................................................................................................2
1.2.1. Objectivo Geral...................................................................................................2
1.2.2. Objetivos Específicos.........................................................................................3
1.3. Hipóteses................................................................................................................3
1.4. Justificativa.............................................................................................................3
1.5. Problematização.....................................................................................................4
CAPITULO II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................5
2. Contextualização........................................................................................................5
2.1. Generalidades.............................................................................................................7
2.1.1. Classificação das Lajes............................................................................................7
2.2. Lajes maciças..........................................................................................................8
2.2.1. Vantagens e desvantagens das lajes maciças...........................................................9
2.2.1.2. Desvantagens........................................................................................................9
2.2.2. Prescrições Normativas...........................................................................................9
2.3. Laje Aligeiradas....................................................................................................10
2.3.1. Vantagens e Desvantagens das lajes aligeiradas...................................................10
2.3.1.1. Vantagens...........................................................................................................10
2.3.2. Desvantagens.........................................................................................................11
CAPITULO V: CONCLUSÃO E SUGESTÕES............................................................12
CAPITULO VI: REFERÊNCIASBIBLIOGRAFICAS..................................................13
Introdução

A presente monografia tem como tema “Estudo comparativo entre laje maciça e
aligeirada na cidade de Nampula”.

Actualmente, o crescimento da construção civil no mundo é acelerado, assim, a


aquisição de novos conhecimentos e a comparação de técnicas e métodos construtivos é
necessária para um maior aproveitamento dos recursos financeiros, sem perder a
qualidade no desempenho e aproveitando melhor o tempo despendido na execução. Na
cidade de Nampula regista-se elevado índice de construção de lajes tradicionais
(maciças) que tem acarretado altos custos de execução, e trazido consigo demasiado
tempo de construção.

De acordo Costa (1997), o projecto estrutural destaca-se entre os mais elaborados para a
construção civil, representando cerca de 15% a 20% no custo total da construção. O
mesmo autor complementa que uma redução de aproximadamente 10% no custo da
estrutura pode representar no custo total, uma redução de 2% em termos práticos, o que
significa execução de movimento de terra, soleiras, rodapés, pintura, peitoris e cobertura
juntos.

No presente trabalho em abordo, propõe-se a laje aligeirada como uma alternativa de


execução das lajes como uma forma de minimizar os custos de execução e acelerar o
processo de construção, visto que a laje aligeirada pode desempenhar todas as funções
de igual modo que a laje tradicional (maciça).

No que tange a simplificação e percepção no estudo do presente trabalho, foram


apresentadas algumas comparações de viabilidades técnicas, isto é, algumas vantagens,
desvantagens e processos executivos do uso dos dois tipos de lajes (aligeiradas e
maciças), e em seguida abordou-se estudo de caso geral comparativo dos quantitativos e
custos financeiros de execução, deste modo provando-se a minimização dos custos
financeiro da laje.

1
CAPITULO I: CONTEXTUALIZAÇÃO DA PESQUISA
É nesta perspectiva que irá se tratar o tema da pesquisa para responder aos objectivos
propostos, o trabalho de pesquisa foi organizado em cinco (5) capítulos, que permitem a
melhor leitura, compreensão e interpretação da pesquisa.

Capitulo I. São apresentados assuntos referentes aos objectivos da pesquisa,


delimitação da pesquisa, as hipóteses que sustentam a pesquisa, e a problemática.

Capitulo II. São comentadas as fundamentações teóricas como: conceitos básicos,


vantagens e desvantagens das lajes maciças quanto as aligeiradas; os processos de
execução e ilustra-se os componentes das lajes maciças e aligeiradas.

Capitulo III. Apresentam-se aqui todos procedimentos metodológicos relativos á


pesquisa, ele apresenta quatro itens que são: Tipo de Pesquisa, Métodos (métodos de
abordagem e método de procedimento), Técnicas de Colecta de Dados, e o universo e
amostra.

Capitulo IV. Apresenta-se aqui os resultados recolhidos da pesquisa, e feita a


quantificação da composição dos materiais, análise de custo e discussão dos resultados
das lajes maciças e as lajes aligeiradas na cidade de Nampula.

Capitulo V. Ilustra a Conclusão e sugestões, ou considerações finais relativamente a


presente monografia.

Capitulo VI: Faz-se menção das referências bibliográficas, ou título de obras abordadas
por autores com temas semelhantes.

1.1. Delimitação do tema

A presente monografia refere-se à comparação das lajes maciças e aligeiradas como


solução para a redução de custo, materiais e tempo de execução na Engenharia Civil na
cidade de Nampula.

2
1.2. Objectivos

1.2.1. Objectivo Geral

 Analisar os factores que tem levado a maioria dos Engenheiros Civis, no uso das
lajes maciças em edifícios residenciais ao avesso de optar por lajes aligeiradas.

1.2.2. Objetivos Específicos

Deste modo origina os seguintes:

 Identificar os materiais utilizados para a fabricação das lajes aligeiradas e


maciças;
 Colectar os custos dos materiais para a fabricação das lajes aligeiradas e maciças
na cidade de Nampula;
 Comparar os custos de execução das lajes aligeiradas e maciças na Engenharia
Civil na cidade de Nampula.

1.3. Hipóteses

As hipóteses podem ser consideradas como um enunciado geral de relações entre


variáveis (factos, fenómenos), formulados como solução provisória para um
determinado problema existente (Lakatos& Marconi, 2003, p.125), nesta ordem
enunciam-se as:

H (1):Fazendo-se comparação dos custos das lajes maciças e aligeiradas, poderá


contribuir para a redução dos custos das obras na cidade de Nampula.

H (2): Fazendo-se comparação dos custos das lajes maciças e aligeiradas, poderá não
contribuir para a redução dos custos das obras na cidade de Nampula.

1.4. Justificativa

Em Moçambique a desvalorização do metical face ao dólar está a sufocar a indústria da


construção civil, a partir de Fevereiro e Março de 2020 aumentando os custos de venda
do cimento na porta da fábrica, trazendo consigo problemas de custo e atraso de
execução da betonagem das lajes tradicionais.

Segundo (Silvaet al., 2002), outro aspecto muito importante na construção civil é o
custo; considerando que o material utilizado para a confecção das lajes (betão, aço e
cofragens) corresponde a uma grande parcela do gasto total em uma edificação, a

3
optimização das lajes repercutem na optimização da estrutura global do edifício. O
interesse para investigar o trabalho que aborda sobre a comparação das lajes aligeiras e
maciças é pelo facto de o autor notar inúmeras obras paradas na fase betonagem das
lajes tradicionais (maciças) enquanto à outras técnicas viáveis.

1.5. Problematização

A cidade de Nampula têm registado grandes inflações dos materiais de construção num
passado recente, que têm trazido consigo grandes problemas económicos bem como
demora de execução das lajes nas infra-estruturas. A pesquisa têm como pergunta de
partida “qual a causa do elevado índice da aplicação das lajes maciças correlação a
aligeirada na construção civil na cidade de Nampula?”

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CAPITULO II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Neste capítulo é apresentado à fundamentação teórica do objecto de campo de acção e


tendências históricas e lógicas do processo de construção das lajes maciças e aligeiradas
na Engenharia Civil.

2. Contextualização

Um dos maiores desafios na história das construções era o de vencer vãos e suportar
cargas. De início, utilizavam-se os materiais naturais como a madeira e a pedra. As
pedras eram cortadas e adaptados os seus apoios e a madeira era limitada às suas
dimensões naturais. Os arcos de pedra foram uma evolução importante, pois permitiam
vencer maiores vãos. Essa técnica apresentava as características peculiares de
desenvolver somente esforços de compressão e foi difundida até meados do século XIX
(Droppa, 1999).

De acordo com Droppa (1999), “que desenvolveu uma interessante dissertação sobre
lajes pré-moldadas, “na segunda metade do século XIX surge na França um trabalho
desenvolvido por François Coignet”, sobre o cimento armado, com destaque para as
lajes nervuradas, armadas com barras de aço com seção transversal circular”, conforme
ilustra a Figura 1.

Ainda segundo Droppa (1999), “baseado neste sistema francês, os alemães começaram
a desenvolver um sistema de lajes pré-fabricadas, formadas por vigotas pré-fabricadas
de betão armado, blocos de alvenaria (como elementos de enchimento) e uma capa de
argamassa”.

Figura 1: Princípio do sistema de laje aligeirada

5
Fonte: Segurado apud Droppa, 1999.

Segundo Caixeta (1998), “as lajes sofreram as modificações que estão apresentadas na
Figura 2. A laje maciça foi a primeira desenvolvida em betão armado e é viável
tecnicamente para lajes de altura menor ou igual a 15 cm. Espessuras mais elevadas são
exigidas quase que apenas para satisfazer condições do Estado Limite de Utilização
(flecha) e não a critérios de resistência, o que leva a um mau aproveitamento do betão”.

Figura 2. Evolução dos sistemas construtivos de lajes

Fonte: Caixeta, 1998.

As lajes nervuradas fabricadas “in loco” surgiram com o objectivo de redução do


consumo de betão. Este processo reduz o consumo de betão se comparado com a laje
maciça, pois se empregam matérias leves de enchimento na parte da zona traccionada
das lajes. Estes elementos podem ser: tijolos furados, tubos de papelão reforçado, blocos
de betão leve, EPS (isopor), etc. Embora este sistema possua algumas vantagens em
relação à laje maciça, ainda é ineficiente no que se diz respeito ao consumo de cofragem
e mão-de-obra, apesar de ser um sistema com fortes qualidades técnicas.

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A laje pré-fabricada comum surgiu na década de 50, este sistema construtivo em lajes
nervuradas emprega elementos pré-fabricados na forma de vigotas de betão armado ou
pré-esforçados. Sua seção transversal tem forma aproximada de um “T” invertido com a
armadura totalmente envolvida pelo Betão, o material de enchimento apoia-se
directamente nas vigotas. Este sistema veio suprir as deficiências de custos da laje
maciça e nervurada, eliminando o uso de cofragem, sendo necessárias apenas escoras e
pontaletes, bem como as nervuras de travamento. Como pontos negativos apresentam
uma má aderência entre as vigotas e o betão de capeamento, e a impossibilidade de
colocação de estribos nas vigotas para o combate dos esforços de cisalhamento.

Por volta dos anos 80 surge o sistema pré-fabricado de lajes aligeirada, com o objectivo
de superar as limitações técnicas e económicas dos sistemas até então empregados.

A tendência actual na engenharia estrutural é a concepção que adopta lajes com grandes
vãos. Diante disso, uma solução que vem sendo bastante adoptada é a utilização de lajes
pré-fabricadas aligeiradas, que conseguem vencer os grandes vãos com o menor peso da
estrutura e vêm sendo largamente utilizadas na moderna construção civil, em
substituição às lajes maciças e nervuradas fabricadas "in loco”, (ASSIS et al., 2007).

Segundo Caixeta (1998), “o sistema pré-fabricado de lajes aligeirada (treliçadas) surgiu


na Europa e foi aplicado no Brasil com a finalidade de atender exigências da evolução
dos sistemas construtivos de lajes, buscando explorar e superar as limitações técnicas e
económicas dos sistemas já utilizados”. No Brasil, as lajes treliçadas já são utilizadas há
cerca de 35 anos, mas sua difusão e seu crescimento se deram no início da década de 90
(Silvaet al 2002).

2.1. Generalidades

Segundo REBAP (1983), “considera-se lajes os elementos laminares planos sujeitos


principalmente a flexão transversal ao seu plano e cuja largura exceda cinco (5) vezes a
sua espessura”.

As lajes são elementos, normalmente horizontais, com duas dimensões bem maiores que
a terceira (espessura) que recebem os esforços verticais, sejam estes permanentes ou
acidentais oriundos das acções nos pavimentos ou coberturas. Eles atuam recebendo e
transmitindo as cargas de utilização para os apoios, que geralmente são as vigas nas
bordas, e são fundamentais para a manutenção da estabilidade global dos edifícios

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quando atuam como diafragmas rígidos e distribuem esforços horizontais do vento para
estruturas de contra aventamento (Pinheiro, 2010).

2.1.1. Classificação das Lajes

Apolo (1979),“divide as lajes em função da sua capacidade de resistência durante a sua


execução. São denominadas resistentes, semi-resistentes e não resistentes”.

As resistentes: são aquelas capazes de suportar por si só as cargas a que estão


submetidas.

As semi-resistentes: necessitam de uma complementação de betão, a fim de poderem


resistir aos esforços de compressão existentes em sua superfície superior.

As não resistentes: necessitam do auxílio de materiais "temporários", para poderem ser


executadas.

2.2. Lajes maciças

As lajes maciças são definidas por Araújo (2014),“como placas de espessura uniforme,
apoiadas ao longo do seu contorno, onde os apoios podem ser formados por vigas ou
alvenarias”. No que diz respeito as suas características geométricas, Pinheiro (2007) diz
que são elementos planos, normalmente horizontais, com duas dimensões muito maiores
que a terceira, chamada de espessura.

Segundo Spohr (2008), conforme a figura 3, sistema convencional de estruturas de


betão armado é aquele que pode ser constituído por lajes maciças, vigas e pilares, sendo
que as lajes recebem os carregamentos oriundos da utilização, os quais são transmitidos
para as vigas, onde estas descarregam seus esforços aos pilares e esses as fundações.

Figura 3. Representação esquemática de um sistema estrutural com lajes maciças

Fonte: Spohr (2008).

A laje maciça não é adequada para vencer grandes vãos, e se torna viável
economicamente um valor médio entre 3,5 – 5 m. as lajes nos edifícios de vários pisos

8
respondem por elevada parcela de consumo de betão, porem os múltiplos pórticos
garantem uma boa rigidez ao sistema estrutural (Franca; Fusco, 1997).

Para Albuquerque e Pinheiro (2002), as lajes maciças devido aos limites impostos,
apresentam uma grande quantidade de vigas, fato esse que deixa a forma do pavimento
muito recortada, diminuindo a produtividade da construção. Esta forma recortada gera,
ainda, um grande consumo de formas (cofragens) e dificulta o seu reaproveitamento. Já
a existência de muitas vigas, por outro lado, forma muitos pórticos, que garantem uma
boa rigidez à estrutura. Além do grande número de formas gastas, o volume de betão é
grande também, devido principalmente ao consumo das lajes.

2.2.1. Vantagens e desvantagens das lajes maciças

2.2.1.1. Vantagens

Citamos, aqui, vantagens com pavimentos formados por vigas e lajes maciças:

 “Existência de muitas vigas formando pórticos, que acabam garantindo uma


rigidez à estrutura de contra aventamento” (Albuquerque, 1999, p.21);
 “Facilidade de lançamento e adensamento do betão” (Faria 2010, p.20);
 “Por ser um dos sistemas mais utilizados nas construções de betão, a mão-de-
obra treinada facilita a execução da obra” (Spohr, 2008, p.21);
 “Possibilidade de descontinuidade em sua superfície” (Faria, 2010, p.20);

2.2.1.2. Desvantagens
As lajes maciças apontam algumas desvantagens, sendo elas:

 “Grande consumo de betão e aço para vãos grandes” (Faria, 2010, p.25);
 “Grande consumo de cofragens e escoramento” (Sphor, 2008, p.23);
 “Uma grande quantidade de vigas, deixando a forma (cofragem) do pavimento
muito recortada, diminuindo a produtividade da construção” (Albuquerque,
1999);

2.2.2. Prescrições Normativas

Segundo REBAP (1983), as espessuras das lajes maciças não devem ser inferiores aos
valores seguintes:

 5 cm, no caso de lajes de terraços não acessíveis, definidos de acordo RSA;

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 7 cm, no caso de lajes submetidas principalmente a cargas distribuídas;
 10 cm, no caso de lajes submetidas a cargas concentradas relativamente
importantes;
 12 cm, no caso de lajes submetidas a cargas concentradas muito importantes;
 15 cm, no caso de lajes apoiadas directamente em pilares.

A espessura das lajes a menos de justificação especial com base no estipulado nos
artigos 72.º e 73.º, deve satisfazer as condições seguinte:

li
≤ 30 η
h

2.3. Laje Aligeiradas

As lajes aligeiradas também conhecidas como lajes nervuradas treliçadas são descritas
dos seguintes itens; definição, características do sistema, vigotas treliçadas, elementos
de enchimento, prescrições normativas, vantagens, desvantagens e o seu processo
construtivo.

De Chaves (2012), a laje pré-fabricadas de vigotas treliçadas é formada por vigotas pré-
fabricadas de betão armado, sobre as quais são apoiados elementos de material leve, e
por fim, aplica-se uma camada de betão, de acordo com forma a cobri-los
completamente.

Segundo Cunha (2012), “as lajes formadas por vigotas pré-fabricadas são constituídas
por elementos pré-fabricados lineares, elementos de enchimento e betão fabricado no
local”. Os elementos de enchimento podem ser de blocos cerâmicos, blocos de concreto,
ou blocos de poliestireno expandido (EPS).

De acordo com BASTOS (2005),” pode-se chamar de laje pré-fabricada ou laje pré-
moldada, aquela que é constituída e tem seus elementos fabricados em grande escala no
canteiro de uma fábrica. Podem ser de betão armado ou de betão pré-fabricado e tem
aplicação tanto em construções de pequeno porte como também nas de grande porte”.

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2.3.1. Vantagens e Desvantagens das lajes aligeiradas

2.3.1.1. Vantagens

Em comparação com as lajes maciças, as lajes pré-fabricadas aligeiradas apresentam


principalmente para edificações de pequeno porte apresentam, segundo Marçal (2014),
podemos apontar:

 Baixo peso próprio;


 Eliminação de cofragens e redução do escoramento, minimizando o custo e mão-
de-obra;
 Fácil armazenagem, transporte, trabalhabilidade e montagem;
 Baixo custo com materiais.
 Rapidez E simplicidade na execução;
 Obra com aspecto mais limpo.

2.3.2. Desvantagens

Como desvantagens, apresentam, segundo Nappi (1993):

 Menor rigidez na estrutura como um todo, dada devido à pequena espessura da


capa;
 Grande possibilidade de fissuras devido aos movimentos de retracção e
dilatação;
 Altos riscos de acidentes, tanto na colocação das vigotas como durante a
betonagem;
 Comprimento de vão limitado, restringindo o seu uso a determinados projectos;
 Impossibilidade de aberturas em sua superfície, sem que hajam vigas periféricas
de sustentação;
 Limitação da carga de acordo com as especificações do fabricante.

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CAPITULO V: CONCLUSÃO E SUGESTÕES

Da revisão bibliográfica feita verifica-se estudos importantes nos quais apresenta as


lajes maciças quanto as aligeiradas como sendo duas técnicas construtivas seguras, e
tecnicamente possíveis de se construir.

Comparando-se os resultados obtidos deste trabalho de pesqusia, chega-se a conclusão


que:

 A laje maciça utiliza um número maior de unidades de materiais que acarreta


maior custo em relação a laje aligeirada que despensa a cofragem precisando
apenas de escoras e barrotes.
 A laje maciça apresenta necessidade de levar armaduras positivas quanto
negativas de maior diâmetro em relação a laje maciça que precisa apenas de
armaduras para esforços de tração superior em pequenas dimensões e geralmente
é usado para evitar fissuras na placa que faz com que tenha menor custo de
armadura.
 A laje aligeirada necessita ser betonagem apenas na área tracionada que tem
menor espessura que faz com que seja economicamente viável que a laje maciça
que é betonada no seu todo.

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 A laje aligeirada é a única que leva os custos da vigotas e abobadilhas uma vez
que as lajes maciças despensa esses elementos.
 As lajes maciças devido a demora de execução, a vasta gama de tarefas em
relação a laje aligeirada traz consigo um custo elevado em relação a laje
aligeirada que despensa outras tarefas.
 As lajes aligeiradas são economicamente viáveis em relação as lajes maciças;
devido ao seu custo e pelo processo executivo bem mais acelerado que a laje
maciça.

CAPITULO VI: REFERÊNCIASBIBLIOGRAFICAS

Albuquerque, A.T; Pinheiro L.M. Viabilidade econômica de alternativas de estruturas


de concreto armado para edifícios. São Carlos, 2002. Disponível em:
<http://www.set.eesc.usp.br/cadernos/nova_versao/pdf/cee19_1.pdf>. Acesso em:
09/03/2022 as 15:20.

Apolo, Gerônimo Lozano. Foriados v Losas de Piso - Focados Unidirecionales.


Espanha: Ediciones G. L. A., 1979.

Araújo, J. M. Curso de concreto armado. 2. Ed. Rio Grande, 2014. V.2.

Assis, C. E. R.; Gomes, R. B.; Guimarães, G. N.; Análise experimental de Lajes


Treliçadas Reforçadas Pela Face Superior. Revista Ibracon de Estruturas. v.3, n.1, p. 93
– 120, 2007.

Bastos, Paulo Sérgio dos Santos. Lajes de concreto. São Paulo: Bauru, 2005, disponível
em: http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/concreto1/Lajes.pdf. acesso em 20/03/2022 as
15:00.

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Caixeta, D. P. Contribuição ao Estudo de Lajes Pré-fabricadas com Vigas Treliçadas.
Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil), Universidade Estadual de Campinas –
UNICAMP, Campinas - SP, 1998.

Chaves, Roberto. Manual do construtor: para engenheiros, mestres de obras e


profissionais de construção em geral. Dissertação de Mestrado. Escola de Engenharia de
São Carlos – USP. São Carlos, 2012.

Cunha, M. O. Recomendações para projeto de lajes formadas por vigotas com armação
treliçada. Universidade de São Paulo, 2012.

DroppaJr, A. Análise Estrutural de Lajes Formadas por Elementos Pré-moldados Tipo


Vigota com Armação Treliçada. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil),
Universidade Federal de São Carlos – UFSCAR, São Carlos – SP, 1999.

Franca, A.B.M.; Fusco, P.B. As lajes nervuradas na moderna construção de edifícios.


São Paulo: IBRACON, 2007. 2v. 1712p.

Marconi, M.A. &Lakatos, E.M. (2003). Fundamentos de metodologia científica. 5 a


Edição: Atlas S.A. São Paulo.

Pinheiro, Libanio M. Fundamentos do concreto e projetos de edifícios. Escola de


Engenharia de São Carlos. Departamento de Engenharia de Estruturas. Universidade de
São Carlos. São Carlos, 2007.

REBAP, 1983. Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-Esforçado. Decreto


– Lei n.º349-C/83. Diário da República. I Série – N.º 174 (30-07-1983).

Spohr, V. M. Analise comparativa: sistemas estruturais convencionais e estruturas


nervuradas. 2008.107f. Dissertação (mestrado em Engenharia Civil) – Programa de Pós-
graduação em engenharia civil, universidade Federal de Santa Maria; Santa Maria,
2005.

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