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Nampula, 2023
Manuel Francisco Amade
Nampula, 2023
Agradecimento
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Resumo
A cidade de Nampula arrola um determinado número de infra-estruturas não concluídas devido ao
elevado custo de execução das lajes e na demora de execução, tendo em vista a situação, há necessidade
imprescindível de conhecer novas técnicas para reduzir o custo de construção e acelerar a execução. O
presente trabalho de pesquisa versa sobre o Estudo Comparativo entre laje maciça e laje aligeirada na
cidade de Nampula. O presente trabalho tem como objectivo analisar os factores que tem levado a maioria
dos Engenheiros Civis, no uso das lajes maciças em edifícios residenciais ao invés de optar por lajes
aligeiradas. O trabalho traz consigo conceitos básicos sobre o tema e referências bibliográficas os critérios
executivos de execução de lajes maciças e aligeiradas; de seguida foi feita entrevista a um número
considerável de habitantes da cidade de Nampula com 2 anos de vivência na cidade de Nampula em
diante. E por último foram seleccionadas duas obras na cidade de Nampula sendo uma maciça e outra
confeccionada em laje aligeirada, sendo feito o cálculo da composição dos custos dos materiais de 1m 2 de
cada laje com 12 cm de espessura para laje maciça quanto a aligeirada, desse modo obtendo o custo total
da construção.
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Índice
Agradecimento...................................................................................................................i
Resumo..............................................................................................................................ii
Introdução..........................................................................................................................1
CAPITULO I: CONTEXTUALIZAÇÃO DA PESQUISA..............................................2
1.1. Delimitação do tema...............................................................................................2
1.2. Objectivos...............................................................................................................2
1.2.1. Objectivo Geral...................................................................................................2
1.2.2. Objetivos Específicos.........................................................................................3
1.3. Hipóteses................................................................................................................3
1.4. Justificativa.............................................................................................................3
1.5. Problematização.....................................................................................................4
CAPITULO II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................5
2. Contextualização........................................................................................................5
2.1. Generalidades.............................................................................................................7
2.1.1. Classificação das Lajes............................................................................................7
2.2. Lajes maciças..........................................................................................................8
2.2.1. Vantagens e desvantagens das lajes maciças...........................................................9
2.2.1.2. Desvantagens........................................................................................................9
2.2.2. Prescrições Normativas...........................................................................................9
2.3. Laje Aligeiradas....................................................................................................10
2.3.1. Vantagens e Desvantagens das lajes aligeiradas...................................................10
2.3.1.1. Vantagens...........................................................................................................10
2.3.2. Desvantagens.........................................................................................................11
CAPITULO V: CONCLUSÃO E SUGESTÕES............................................................12
CAPITULO VI: REFERÊNCIASBIBLIOGRAFICAS..................................................13
Introdução
A presente monografia tem como tema “Estudo comparativo entre laje maciça e
aligeirada na cidade de Nampula”.
De acordo Costa (1997), o projecto estrutural destaca-se entre os mais elaborados para a
construção civil, representando cerca de 15% a 20% no custo total da construção. O
mesmo autor complementa que uma redução de aproximadamente 10% no custo da
estrutura pode representar no custo total, uma redução de 2% em termos práticos, o que
significa execução de movimento de terra, soleiras, rodapés, pintura, peitoris e cobertura
juntos.
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CAPITULO I: CONTEXTUALIZAÇÃO DA PESQUISA
É nesta perspectiva que irá se tratar o tema da pesquisa para responder aos objectivos
propostos, o trabalho de pesquisa foi organizado em cinco (5) capítulos, que permitem a
melhor leitura, compreensão e interpretação da pesquisa.
Capitulo VI: Faz-se menção das referências bibliográficas, ou título de obras abordadas
por autores com temas semelhantes.
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1.2. Objectivos
Analisar os factores que tem levado a maioria dos Engenheiros Civis, no uso das
lajes maciças em edifícios residenciais ao avesso de optar por lajes aligeiradas.
1.3. Hipóteses
H (2): Fazendo-se comparação dos custos das lajes maciças e aligeiradas, poderá não
contribuir para a redução dos custos das obras na cidade de Nampula.
1.4. Justificativa
Segundo (Silvaet al., 2002), outro aspecto muito importante na construção civil é o
custo; considerando que o material utilizado para a confecção das lajes (betão, aço e
cofragens) corresponde a uma grande parcela do gasto total em uma edificação, a
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optimização das lajes repercutem na optimização da estrutura global do edifício. O
interesse para investigar o trabalho que aborda sobre a comparação das lajes aligeiras e
maciças é pelo facto de o autor notar inúmeras obras paradas na fase betonagem das
lajes tradicionais (maciças) enquanto à outras técnicas viáveis.
1.5. Problematização
A cidade de Nampula têm registado grandes inflações dos materiais de construção num
passado recente, que têm trazido consigo grandes problemas económicos bem como
demora de execução das lajes nas infra-estruturas. A pesquisa têm como pergunta de
partida “qual a causa do elevado índice da aplicação das lajes maciças correlação a
aligeirada na construção civil na cidade de Nampula?”
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CAPITULO II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2. Contextualização
Um dos maiores desafios na história das construções era o de vencer vãos e suportar
cargas. De início, utilizavam-se os materiais naturais como a madeira e a pedra. As
pedras eram cortadas e adaptados os seus apoios e a madeira era limitada às suas
dimensões naturais. Os arcos de pedra foram uma evolução importante, pois permitiam
vencer maiores vãos. Essa técnica apresentava as características peculiares de
desenvolver somente esforços de compressão e foi difundida até meados do século XIX
(Droppa, 1999).
De acordo com Droppa (1999), “que desenvolveu uma interessante dissertação sobre
lajes pré-moldadas, “na segunda metade do século XIX surge na França um trabalho
desenvolvido por François Coignet”, sobre o cimento armado, com destaque para as
lajes nervuradas, armadas com barras de aço com seção transversal circular”, conforme
ilustra a Figura 1.
Ainda segundo Droppa (1999), “baseado neste sistema francês, os alemães começaram
a desenvolver um sistema de lajes pré-fabricadas, formadas por vigotas pré-fabricadas
de betão armado, blocos de alvenaria (como elementos de enchimento) e uma capa de
argamassa”.
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Fonte: Segurado apud Droppa, 1999.
Segundo Caixeta (1998), “as lajes sofreram as modificações que estão apresentadas na
Figura 2. A laje maciça foi a primeira desenvolvida em betão armado e é viável
tecnicamente para lajes de altura menor ou igual a 15 cm. Espessuras mais elevadas são
exigidas quase que apenas para satisfazer condições do Estado Limite de Utilização
(flecha) e não a critérios de resistência, o que leva a um mau aproveitamento do betão”.
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A laje pré-fabricada comum surgiu na década de 50, este sistema construtivo em lajes
nervuradas emprega elementos pré-fabricados na forma de vigotas de betão armado ou
pré-esforçados. Sua seção transversal tem forma aproximada de um “T” invertido com a
armadura totalmente envolvida pelo Betão, o material de enchimento apoia-se
directamente nas vigotas. Este sistema veio suprir as deficiências de custos da laje
maciça e nervurada, eliminando o uso de cofragem, sendo necessárias apenas escoras e
pontaletes, bem como as nervuras de travamento. Como pontos negativos apresentam
uma má aderência entre as vigotas e o betão de capeamento, e a impossibilidade de
colocação de estribos nas vigotas para o combate dos esforços de cisalhamento.
Por volta dos anos 80 surge o sistema pré-fabricado de lajes aligeirada, com o objectivo
de superar as limitações técnicas e económicas dos sistemas até então empregados.
A tendência actual na engenharia estrutural é a concepção que adopta lajes com grandes
vãos. Diante disso, uma solução que vem sendo bastante adoptada é a utilização de lajes
pré-fabricadas aligeiradas, que conseguem vencer os grandes vãos com o menor peso da
estrutura e vêm sendo largamente utilizadas na moderna construção civil, em
substituição às lajes maciças e nervuradas fabricadas "in loco”, (ASSIS et al., 2007).
2.1. Generalidades
As lajes são elementos, normalmente horizontais, com duas dimensões bem maiores que
a terceira (espessura) que recebem os esforços verticais, sejam estes permanentes ou
acidentais oriundos das acções nos pavimentos ou coberturas. Eles atuam recebendo e
transmitindo as cargas de utilização para os apoios, que geralmente são as vigas nas
bordas, e são fundamentais para a manutenção da estabilidade global dos edifícios
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quando atuam como diafragmas rígidos e distribuem esforços horizontais do vento para
estruturas de contra aventamento (Pinheiro, 2010).
As lajes maciças são definidas por Araújo (2014),“como placas de espessura uniforme,
apoiadas ao longo do seu contorno, onde os apoios podem ser formados por vigas ou
alvenarias”. No que diz respeito as suas características geométricas, Pinheiro (2007) diz
que são elementos planos, normalmente horizontais, com duas dimensões muito maiores
que a terceira, chamada de espessura.
A laje maciça não é adequada para vencer grandes vãos, e se torna viável
economicamente um valor médio entre 3,5 – 5 m. as lajes nos edifícios de vários pisos
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respondem por elevada parcela de consumo de betão, porem os múltiplos pórticos
garantem uma boa rigidez ao sistema estrutural (Franca; Fusco, 1997).
Para Albuquerque e Pinheiro (2002), as lajes maciças devido aos limites impostos,
apresentam uma grande quantidade de vigas, fato esse que deixa a forma do pavimento
muito recortada, diminuindo a produtividade da construção. Esta forma recortada gera,
ainda, um grande consumo de formas (cofragens) e dificulta o seu reaproveitamento. Já
a existência de muitas vigas, por outro lado, forma muitos pórticos, que garantem uma
boa rigidez à estrutura. Além do grande número de formas gastas, o volume de betão é
grande também, devido principalmente ao consumo das lajes.
2.2.1.1. Vantagens
Citamos, aqui, vantagens com pavimentos formados por vigas e lajes maciças:
2.2.1.2. Desvantagens
As lajes maciças apontam algumas desvantagens, sendo elas:
“Grande consumo de betão e aço para vãos grandes” (Faria, 2010, p.25);
“Grande consumo de cofragens e escoramento” (Sphor, 2008, p.23);
“Uma grande quantidade de vigas, deixando a forma (cofragem) do pavimento
muito recortada, diminuindo a produtividade da construção” (Albuquerque,
1999);
Segundo REBAP (1983), as espessuras das lajes maciças não devem ser inferiores aos
valores seguintes:
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7 cm, no caso de lajes submetidas principalmente a cargas distribuídas;
10 cm, no caso de lajes submetidas a cargas concentradas relativamente
importantes;
12 cm, no caso de lajes submetidas a cargas concentradas muito importantes;
15 cm, no caso de lajes apoiadas directamente em pilares.
A espessura das lajes a menos de justificação especial com base no estipulado nos
artigos 72.º e 73.º, deve satisfazer as condições seguinte:
li
≤ 30 η
h
As lajes aligeiradas também conhecidas como lajes nervuradas treliçadas são descritas
dos seguintes itens; definição, características do sistema, vigotas treliçadas, elementos
de enchimento, prescrições normativas, vantagens, desvantagens e o seu processo
construtivo.
De Chaves (2012), a laje pré-fabricadas de vigotas treliçadas é formada por vigotas pré-
fabricadas de betão armado, sobre as quais são apoiados elementos de material leve, e
por fim, aplica-se uma camada de betão, de acordo com forma a cobri-los
completamente.
Segundo Cunha (2012), “as lajes formadas por vigotas pré-fabricadas são constituídas
por elementos pré-fabricados lineares, elementos de enchimento e betão fabricado no
local”. Os elementos de enchimento podem ser de blocos cerâmicos, blocos de concreto,
ou blocos de poliestireno expandido (EPS).
De acordo com BASTOS (2005),” pode-se chamar de laje pré-fabricada ou laje pré-
moldada, aquela que é constituída e tem seus elementos fabricados em grande escala no
canteiro de uma fábrica. Podem ser de betão armado ou de betão pré-fabricado e tem
aplicação tanto em construções de pequeno porte como também nas de grande porte”.
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2.3.1. Vantagens e Desvantagens das lajes aligeiradas
2.3.1.1. Vantagens
2.3.2. Desvantagens
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CAPITULO V: CONCLUSÃO E SUGESTÕES
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A laje aligeirada é a única que leva os custos da vigotas e abobadilhas uma vez
que as lajes maciças despensa esses elementos.
As lajes maciças devido a demora de execução, a vasta gama de tarefas em
relação a laje aligeirada traz consigo um custo elevado em relação a laje
aligeirada que despensa outras tarefas.
As lajes aligeiradas são economicamente viáveis em relação as lajes maciças;
devido ao seu custo e pelo processo executivo bem mais acelerado que a laje
maciça.
Bastos, Paulo Sérgio dos Santos. Lajes de concreto. São Paulo: Bauru, 2005, disponível
em: http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/concreto1/Lajes.pdf. acesso em 20/03/2022 as
15:00.
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Caixeta, D. P. Contribuição ao Estudo de Lajes Pré-fabricadas com Vigas Treliçadas.
Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil), Universidade Estadual de Campinas –
UNICAMP, Campinas - SP, 1998.
Cunha, M. O. Recomendações para projeto de lajes formadas por vigotas com armação
treliçada. Universidade de São Paulo, 2012.
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