Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FORTALEZA
2023
ANGÉLICA DA COSTA ALVES
FRANCISCO JAIRTON OLÍMPIO
GILMARCOS ARAÚJO LIMA
PEDRO HENRIQUE CONRADO CAMPELO
RAFAEL LIMA BEZERRA
SILVIO BANDEIRA NOJOSA
FORTALEZA
2023
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 3
REFERÊNCIAS .............................................................................................. 58
3
1 INTRODUÇÃO
2 FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
2.1 Blocos
2.1.1 Conceito
2.1.2 Dimensionamento
Sendo σadm a tensão admissível; σct a tenção de tração no concreto (σct = 0,4
ƒtk ≤ 0,8 Mpa); ƒtk é a resistência característica à tração do concreto, cujo valor pode ser
obtido a partir da resistência característica à compressão (ƒck) pela equação (2);
𝑓𝑡𝑘
𝑓𝑡𝑘 = 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑓𝑐𝑘 ≤ 18 𝑀𝑃𝑎 𝑜𝑢
10 (2)
𝑓𝑡𝑘 = 0,06 𝑓𝑐𝑘 + 0,7 𝑀𝑃𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑓𝑐𝑘
> 18 𝑀𝑃𝑎
2.1.3 Execução
2.1.3.3 Lastro
2.1.3.4 Concretagem
2.1.4.1 Vantagens
2.1.4.2 Desvantagens
2.2 Alicerce
2.2.1 Conceito
Fonte: Apostila de Fundações Rasas – Obras de Pequeno Porte – Marco Pádua (2018)
2.2.2 Dimensionamento
2.2.3 Execução
2.2.3.2 Lastro
de espessura que ocupe toda a extensão do alicerce para proteger o elemento da umidade do
solo garantindo uma cura de qualidade.
2.2.3.3 Alvenaria
2.2.3.4 Regularização
Regular de forma lateral e superior da base com argamassa de reboco para receber
impermeabilização (Figura 8). Esse processo melhora a condição para aderência da
impermeabilização e reduz a quantidade de material impermeabilizante posteriormente
aplicada.
2.2.3.5 Impermeabilização
2.2.4.1 Vantagens
2.2.4.2 Desvantagens
2.3 Sapatas
2.3.1 Conceito
Fonte: site escola engenharia (2010) Fonte: site escola engenharia (2023)
É uma sapata comum a vários pilares (Figura 12). São normalmente empregadas
quando a posição de duas sapatas isoladas ficarem muito próximas por falta de espaço ou
opção estrutural. Neste caso, as bases das sapatas poderiam ficar sobrepostas ou influenciar na
outra estruturalmente fazendo com que o uso de uma única sapata associada pudesse receber
as cargas de dois ou mais pilares próximos.
13
2.3.1 Dimensionamento
𝑃𝑃 = 𝑁𝑘 𝑥 1,1 (3)
Figura 14 – Representação da
carga centrada
𝑁𝑘 𝑃𝑃 (4)
𝐴𝑠𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 = 1,1 𝑥 =
𝜎𝑎𝑑𝑚 𝜎𝑎𝑑𝑚
15
(5)
𝑏−𝑎 (𝑏 − 𝑎)2 + 𝐴𝑠𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎
𝐵= +√
2 4
Para encontrar a maior dimensão da sapata, existem duas opções (6.1 e 6.2). Por
norma, a menor dimensão aceita para sapatas é de 60 cm.
𝐴𝑠𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 (6.1)
𝐴=
𝐵
𝐴=𝐵−𝑏+𝑎 (6.2)
16
𝑀𝑘 𝐴 (7)
𝑒= ;𝑒 <
1,1 𝑥 𝑁𝑘 6
1,1 𝑥 𝑁𝑘 𝑒 (8)
σMáx = = (1 + 6 𝑥 )
𝐵𝑥𝐴 𝐴
Com a base calculada, pode-se então calcular a altura total e a altura da aba da
sapata (Figura 16):
𝐴−𝑎 (9)
ℎ≥
3
≥ 15 𝑐𝑚 (10)
ℎ0 { ℎ
≥
3
2.3.2 Execução
Aplicar uma camada de concreto magro no fundo do terreno escavado e nas suas
laterais essa camada de regularização no fundo deve ter no mínimo 5 cm e sua função é
proteger a armadura da sapata contra a umidade do solo. Nas laterais, uma camada de
chapisco já basta (Figura 18).
Figura 18 - Aplicação de
camadas
2.3.2.3 Enformar
Figura 19 – Etapa de
colocar fôrmas
2.3.2.5 Concretagem
2.3.2.6 Desenformar
2.3.3.1 Vantagens
As vantagens das sapatas em uma fundação são o seu baixo custo, rapidez de
execução e a capacidade de construção sem equipamentos e ferramentas especiais. Uma
fundação em sapatas bem dimensionada pode ser executada com pouca escavação e baixo
consumo de concreto.
2.3.3.2 Desvantagens
2.4 Radier
Para que as fundações rasas ou diretas sejam tecnicamente viáveis, o terreno
precisa atender a, pelo menos, duas condições básicas. “A primeira é a de que o solo de apoio
apresente capacidade de carga adequada aos esforços previstos”, fala Ludemann. Já a segunda
21
2.4.1 Conceito
Radier é um tipo de fundação superficial (rasa), que descarrega as cargas da
edificação por meio da resistência da base, a fundação radier pode ser explicada como uma
laje de concreto armado que se estende por toda a área da edificação. Esse tipo de construção
está em contato direto com o solo, distribuindo uniformemente o peso da estrutura sobre o
solo. É uma opção comum para edificação de pequena ou médio porte, onde a carga é
uniformemente distribuída.
A estrutura é formada por uma tela com cabos de aço coberta com concreto.
Depois de aplicado o concreto e antes da secagem completa (cura), os cabos de aço são
esticados (tensionados) com um macaco hidráulico. Após a secagem completa do concreto, o
macaco hidráulico é retirado. Esse tipo de fundação radier é muito usado na construção de
salões de festas e estacionamentos.
A estrutura é composta por telas ou malhas de aço cobertas com concreto, sendo
muito usada em construções de pequeno porte.
2.4.1 Dimensionamento
aos recalques, até ser atingida a pressão que leva a plastificação do solo.
A pressão de contato em um ponto qualquer no interior do elemento de placa será
calculada pela seguinte expressão:
2.4.2 Execução
madeira na lateral, de modo a fazer o fechamento da área que será concretada conforme
previsto e indicado no projeto de fundações e estrutural.
São inseridas as armaduras dimensionadas no projeto estrutural, tendo como base
as informações do estudo geotécnico. O espaçamento entre elas, assim como as dimensões,
depende das particularidades de cada edificação, assim como dos parâmetros de
deformabilidade e resistência do solo.
No geral, as armaduras são reforçadas sob as paredes e pilares, permitindo que
essas cargas aplicadas possam migrar para as áreas próximas, promovendo uma espécie de
repartição desses esforços
Instalações hidrossanitárias e elétrica devem ser posicionadas e executadas antes
da concretagem, evitando furos e cortes após a execução, reduzindo o retrabalho e a elevação
do custo da fundação. Em seguida, é realizada a concretagem e deve ser realizada a cura
apropriada, a fim de evitar manifestações patológicas.
Mesmo em terrenos com solos moles sujeitos a recalque por adensamento ou em
terrenos porosos cujo risco de colapso estrutural é maior, a fundação radier poderá ser
aplicada mediante estudos e projetos geotécnicos específicos, evitando acidentes e colapsos
durante a construção, uso e operação da edificação.
2.4.3.1 Vantagens
2.4.3.2 Desvantagens
3 FUNDAÇÕES PROFUNDAS
3.1 Estacas
São utilizadas para transferir as cargas das construções para camadas mais
profundas do solo, garantindo a estabilidade e a segurança das edificações.
3.1.1 Conceito
As estacas são elementos de fundação que tem como objetivo transmitir as cargas
da edificação atuantes na superfície para o solo. A transmissão das cargas para o solo é feita
de duas formas, pelo atrito lateral entre a estaca e o solo e pela resistência de ponta da estaca.
Em alguns casos, é considerado somente a resistência obtida pelo atrito lateral. Elas podem
ser feitas de madeira, aço, concreto pré-moldado, concreto moldado in situ ou mistos.
Existem vários tipos de estacas: escavada; Franki; Strauss; raiz; hélice contínua;
pré-moldada de concreto; metálica; de madeira; prancha.
A definição da melhor opção de estaca para uma obra deverá levar em
considerações informações importantes, como as características do terreno, as cargas da
edificação, os recursos financeiros disponíveis e as técnicas utilizadas na região da
construção. Para conhecer as características do terreno é necessário a execução de sondagens
do solo. O tipo de sondagem mais comum é o SPT “Teste Padrão de Penetração”, que fornece
uma descrição das características das camadas do solo, a posição do lençol freático e também
uma estimativa da resistência do solo.
As características da edificação são encontradas nos projetos de arquitetura e
principalmente no projeto estrutural. É pelo projeto estrutural que o engenheiro geotécnico
terá acesso às cargas atuantes na superfície.
As principais diferenças entre cada tipo de estaca são referentes ao material
constituinte ou então ao processo executivo.
são executados in situ, em buracos escavados com recurso a maquinaria própria. Em algumas
regiões é conhecida como estaca trado (Figuras 27 e 28).
local e executada com revestimento metálico recuperável. Pode ser empregada em locais
confinados ou terrenos acidentados, devido à simplicidade do equipamento utilizado. São
estacas muito flexíveis e que alcançam uma ótima capacidade de carga. Sua execução não
causa vibrações (Figuras 31 e 32).
A Estaca Raiz é uma estaca argamassada "in loco" e de elevada tensão de trabalho
do fuste. Caracteriza-se principalmente por ser uma estaca executada com o emprego de
revestimento, que permite atingir grandes comprimentos, em rocha ou em solo. Possui uma
variação de diâmetro de 10 a 50 centímetros, com profundidade de até 60 metros (Figuras 33
e 34).
São peças de concreto pré-fabricadas que são cravadas no solo através de bate
estacas e podem ter diferentes formas geométricas, também podem ser maciças ou vazadas.
Existem dois tipos de estacas pré-moldadas de concreto, as estacas de concreto armado e as
estacas de concreto protendido. As estacas pré-moldadas de concreto possuem um grande
diferencial em relação às estacas moldadas no local, que é o controle de qualidade, por serem
elementos industrializados (Figuras 37 e 38).
31
As estacas de madeira não são tão comuns atualmente, mas esta foi um dos
primeiros tipos de estacas utilizados como elemento de fundação. Nada mais são do que
32
possível, menor peso e melhor qualidade de aço para a necessidade em questão (Figura 42).
Estacas pranchas de madeira são utilizadas apenas de forma provisória, por ser
uma estrutura feita de um material que demanda de inúmeros tratamentos a fim de se evitar
deterioração, tornando uma opção onerosa e com baixo grau de confiabilidade (Figura 43).
34
3.1.2 Dimensionamento
𝑄𝑎 = 𝑁 𝑥 𝐴 𝑥 𝜎𝑣 (12)
Escolher o diâmetro adequado do tipo da estaca com base nas condições do solo,
nas cargas da estrutura e nas especificações do projeto. O diâmetro da estaca influenciará sua
capacidade de carga.
Durante a instalação das estacas, é necessário realizar inspeções para garantir que
elas estejam sendo construídas de acordo com o projeto e que o processo de cravação ou
instalação esteja ocorrendo conforme o planejado.
3.1.2.2.8 Monitoramento
Em alguns casos, é aconselhável monitorar o desempenho das estacas ao longo do
tempo para garantir que elas continuem a atender aos requisitos de carga e estabilidade.
3.1.3 Execução
o fck deve ser igual a 20 Mpa; e, por sua vez, o consumo de cimento não pode ser inferior a
300 kg/m³.
A estaca Franki é cravada no solo por meio de golpes de um pilão bate estacas.
Esse processo de cravação gera muitas vibrações no solo, podendo causar danos as
edificações vizinhas.
Para estacas de até 15 metros de profundidade, deve-se utilizar pilão com massa
mínima de 1,0 a 3,0 toneladas com o diâmetro variando de 300 a 600 milímetros, conforme
tabela 1 (conforme NBR 6122/2022):
Diâmetro da estaca (mm) Massa mínima do pilão (t) Diâmetro mínimo do pilão (mm)
A base alargada ou o bulbo da estaca Franki pode ser realizado com bucha seca de
material granular ou com concreto magro. A bucha é socada pelo pilão até a formação do
bulbo. A quantidade de material do bulbo será definida no projeto de fundações.
A escavação é realizada por meio de uma sonda metálica onde toda a superfície é
protegida por meio de revestimento metálicos que são introduzidos até a profundidade final da
estaca e sua concretagem é realizada com o lançamento e apiloamento do concreto, com à
medida que a estaca é concretada o revestimento metálico é retirado.
O equipamento para a colocação da estaca Strauss é conhecido como bate-estaca
39
Strauss e consiste basicamente em um guincho, um tripé com uma roldana fixada no topo,
tubos guia, pilão e sonda. A escavação é feita através de um tubo que pesa em torno de 700
kg com um diâmetro um pouco menor do que o tubo de revestimento.
Para o início da escavação abre-se um furo no terreno com um soquete para
colocação do primeiro tubo. Aprofunda-se o furo com golpes de sonda de percussão.
Conforme a descida do tubo, rosqueia-se o tubo seguinte até a escavação atingir a
profundidade determinada.
Atingida a cota prevista no projeto de fundação da edificação, o operador dos bate
estacas Strauss faz a checagem se a piteira já não entra tanto no solo. Isso ocorre quando se
atinge um nível em que o SPT é 20. Se isto acontecer, autoriza-se a concretagem.
O concreto é, então, lançado no tubo e apiloa-se o material com o soquete na base
da estaca. Para formar o fuste o concreto é lançado na tubulação e apiloado, enquanto as
camisas metálicas são retiradas com guincho manual.
Terminada a perfuração, se foi utilizado lama bentonítica deverá ser efetuado uma
lavagem com água para ser retirada totalmente essa lama empregada; após isso é colocada a
armadura metálica no interior do tubo de perfuração. A armadura pode ser constituída de uma
ou mais barras montadas em feixe ou gaiolas conforme especificados pelo projeto estrutural
da estaca.
Desce-se no canal de perfuração um tubo até o fundo, através deste tubo é injetada
a argamassa (cimento e areia) preparada em um misturador de alta turbulência. A injeção da
argamassa é processada de baixo para cima, o que provoca o deslocamento da água existente
no furo para fora. Esta operação é executada com o furo totalmente revestido com o tubo de
perfuração, portanto, realizado com o máximo de segurança para a continuidade do fuste da
estaca. Quando o tubo de perfuração estiver totalmente cheio com a argamassa, a sua
extremidade superior é tamponada e aplicada uma pressão com ar comprimido. A pressão
aplicada na argamassa é função da absorção pelo terreno da mesma e deve ser, no mínimo de
4,0kgf/cm². Esta pressão provoca a penetração da argamassa no solo aumentando
substancialmente o atrito lateral e garantindo a continuidade do fuste. Inicia-se o saque dos
tubos de perfuração por intermédio de macacos hidráulicos, procedendo-se a cada trecho de
elementos de tubo sacado, a complementação do nível de argamassa no interior do tubo e a
aplicação de uma nova pressão. Continuando com este procedimento até o fuste da estaca
ficar totalmente concluído com a retirada de todos os tubos de perfuração.
A escavação da estaca hélice contínua é feita por meio da rotação da hélice pela
aplicação de torque até a profundidade estabelecida em projeto. A hélice não deve ser retirada
do solo em momento algum até que se atinja a profundidade desejada. Isso garante a
estabilidade do furo até a concretagem tanto em solos coesivos como arenosos, na presença ou
não de lençol freático.
41
A concretagem ocorre antes da colocação da armadura e deve ser iniciada após ser
atingida a profundidade de projeto. O concreto deve ser bombeado pela haste central do trado
ao mesmo tempo em que se é retirado o solo escavado. Neste momento, não deve haver
rotação do trado. De acordo com a NBR 6122/2022 - Projeto e execução de fundações, o
concreto deve apresentar resistência característica (fck) de 20 MPa.
serão danificadas. Esse furo será a guia para a cravação do primeiro elemento de cada estaca.
3.1.3.6.4 Emendas
3.1.3.6.5 Cravação
Para qualquer estaca é realizada a medição das negas e dos repiques. Segundo a
NBR 6122/2022 - Projeto e execução de fundações, a nega consiste na penetração permanente
da estaca que é causada pela aplicação do golpe de pilão. Ela é medida por uma série de dez
golpes. O repique é a parcela elástica de deslocamento máximo obtido ao final da cravação,
em uma seção da estaca, decorrente também do golpe de pilão. O controle é feito ao final da
cravação, nos últimos dez golpes. O procedimento para a obtenção da nega e do repique
ocorre quando a estaca se aproxima da porção do solo impenetrável. Prende-se então uma
folha nela, é feita uma linha e apoia-se um lápis que produzirá picos de nega e repique durante
os golpes seguintes.
Quando a armadura da estaca não apresenta função de resistência, não precisa ser
penetrada no bloco de coroamento. Porém, quando tem essa função, deve haver o reparo da
cabeça e ligação com o bloco, para transmitir a solicitação correspondente.
3.1.3.6.9 Reparos
Quando a estaca está danificada abaixo da cota de arrasamento, deve ser feita a
demolição cautelosa da parte comprometida para que essa possa ser recomposta com
materiais de resistência superior.
importante estar atento ao tipo de solo onde estas estacas serão executadas, pois são inviáveis
em solos muito duros ou com presença de muitos matacões.
3.1.4.1 Vantagens
Uma das vantagens desta estaca é que pode ser utilizada em diferentes tipos de
solo. Entretanto, em solos com presença de nível de água ou que apresentam camadas
45
susceptíveis à desmoronamento deve ser tomados alguns cuidados especiais. Pode-se destacar
também o custo que é inferior em relação a outros tipos ou ainda sapatas diretas em volume
de concreto, escavação e material.
Outra vantagem está na mobilidade do equipamento e em sua qualidade e rapidez
de produção, que permite a amostragem do solo escavado, atingindo a profundidade
determinada em projeto. Além disso, esse modelo oferece uma ausência de vibração, podendo
ser executada próximo à divisa sem danos às construções vizinhas.
Além disso, esse método garante um conhecimento imediato e real de todas as
camadas do solo que foram atravessadas e possibilidade de uma segura avaliação de
capacidade de carga da estaca, mediante a coleta de amostra e seu eventual exame em
laboratório.
Ele também resiste a cargas elevadas; pode ser executado em locais inclinados e
que não possui nível de água – lençol freático -; e, também, dá a possibilidade da utilização
das estacas para execução de estruturas de contenção - cortina de estacas justapostas.
A colocação dos arranques dos pilares é feita de forma direta, eliminando a
confecção de blocos de capeamento, e, otimiza, assim, o cronograma geral da obra.
Uma das grandes vantagens deste tipo de estaca é que ela pode ser construída em
diferentes tipos de solo, com presença ou não de água. O que faz dela um dos tipos de estacas
mais flexíveis. Além disso, podem suportar grandes cargas; apresentam boa resistência lateral
e de ponta, contribuindo para a dissipação das cargas no solo; atingem camadas profundas do
solo.
Esta estaca possui inúmeras vantagens como alta capacidade de carga, baixa
vibração do solo, alta produtividade, grande variação do diâmetro e monitoramento eletrônico
durante a execução.
3.1.4.2 Desvantagens
A estaca raiz possui algumas desvantagens, das quais pode-se citar: custo elevado;
alto consumo de cimento; alto consumo de ferragens para as armaduras; grande impacto
ambiental; obra alagada devido ao grande consumo de água.
Este tipo de estaca, por ser de madeira, é mais difícil de se encontrar e não podem
ser utilizadas acima do NA por sofrerem ataque de microrganismos.
3.2 Tubulões
3.2.1 Conceito
3.2.2 Dimensionamento
𝜎𝑟 (13)
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
𝐹𝑆
𝑃 𝜋. 𝑑² (14)
𝐴𝑓𝑢𝑠𝑡𝑒 =
𝜎𝑐 4
Quando utilizar base de seção circular, para a determinação do diâmetro (D) pode-
54
𝑃 𝑃 (15)
𝜎𝑎𝑑𝑚 = = 𝜋.𝐷²
𝐴𝑏𝑎𝑠𝑒 4
3.2.3 Execução
cuidado de não permitir que, nesta operação torrões de solo sejam derrubados para dentro do
tubulão. Quando a armadura penetrar na base, ela deve ser projetada de modo a permitir a
concretagem adequada da base, devendo existir aberturas na armadura de pelo menos de 30 x
30 cm.
Concretagem: A concretagem do tubulão deve ser feita imediatamente após a
conclusão de sua escavação. Em casos excepcionais, nos quais a concretagem não tenha sido
feita imediatamente após o término do alargamento e sua inspeção, nova inspeção deve ser
feita, removendo-se o material solto ou eventual camada amolecida pela exposição ao tempo
ou por água de infiltração. A concretagem é feita com concreto simplesmente lançado da
superfície. Não é necessário o uso de vibrador. Por esta razão o concreto deve ter plasticidade
suficiente para assegurar a ocupação do todo o volume da base. Alguns engenheiros, porém,
recomendam o uso de vibrador e que a bomba de concreto alcance o fundo do tubulão. A
escolha ficará por conta do responsável da obra.
forma, assim que a perfuratriz entra no furo da estaca já feito e chega na profundidade
desejada, começa um movimento rotacional e aos poucos as hastes vão se abrindo de forma
que o diâmetro da broca vai aumentando e desprendendo a camada de solo da parede, fazendo
com que a base seja alargada.
3.2.4.1 Vantagens
3.2.4.2 Desvantagens
REFERÊNCIAS
BASES CONCRETAS. Revista Téchne, edição n° 83. Editora Pini, São Paulo, fevereiro
de 2004.
BRISTOL. Tudo que você precisa saber sobre tubulões. Disponível em:
<https://www.bristol.ind.br/tudo-que-voce-precisa-saber-sobre-tuboloes>. Publicação em: 13
mai. 2021.
PEREIRA, Caio. Tubulão a céu aberto. Escola Engenharia, 2015. Disponível em:
https://www.escolaengenharia.com.br/tubulao-a-ceu-aberto/
SAPATAS DE FUNDAÇÃO -Prof. Dr. Paulo Sérgio dos Santos Bastos. Disponível em:
<https://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/>. Acesso em: 02 out. 2023