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Universidade de Fortaleza (UNIFOR)

Engenharia Civil

DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS
ASSOCIADAS
Parte 5

FUNDAÇÕES
Profa.: Sarah Denise Vasconcelos
SAPATA ASSOCIADA: sapata comum a
dois pilares; a denominação se aplica
também a sapata comum a mais do que
dois pilares, quando não alinhados e
desde que representem menos de 70 %
das cargas da estrutura.
Nas sapatas associadas sob pilares
com cargas elevadas é
recomendável associar a sapata
com uma “viga de rigidez” (VR),
que aumenta a segurança da
sapata, diminui a possibilidade de
punção, diminui a deformabilidade
da sapata, melhora a
uniformidade das tensões no solo,
enfim, aumenta a rigidez da
sapata e melhora seu
comportamento global.
SAPATAS ASSOCIADA

1° PASSO: Tensão Admissível

Existem algumas cargas atuantes a considerar além da carga do pilar, como peso
próprio da sapata, do solo acima da sapata e cargas atuantes sobre o piso final acima
da sapata. Para fins de cálculo, a tensão admissível do solo será diminuída da carga
total que atua sobre a sapata (gtot), de modo que a tensão admissível líquida do solo
será:
SAPATAS ASSOCIADA

2° PASSO: Área da Sapata

𝐹
𝜎𝑎𝑑𝑚, 𝑙𝑖𝑞 =
𝑆𝑠𝑎𝑝

𝑆𝑠𝑎𝑝 = 𝐴 𝑥 𝐵

F é a carga que os pilares está transferindo às fundações, já majorada.


SAPATAS ASSOCIADA

2° PASSO: Área da Sapata

𝐹
𝜎𝑎𝑑𝑚, 𝑙𝑖𝑞 =
𝑆𝑠𝑎𝑝

𝑆𝑠𝑎𝑝 = 𝐴 𝑥 𝐵

F é a carga que os pilares está transferindo às fundações, já majorada.


SAPATAS ASSOCIADA

3° PASSO: Centro de Carga

O centro de cargas é o ponto teórico em que


pode-se considerar o centro de toda a carga de
uma determinada área.

Centro de carga
Em que:
N2= Carga do pilar P2
N1= Carga do pilar P1
lcc= distância entre eixo dos pilares

O centro de carga deve coincidir com o centro


de gravidade da base da sapata, para qualquer
forma do pilar
SAPATAS ASSOCIADA

4° PASSO: Cálculo das dimensões da sapata

F é a carga que os pilares está transferindo às fundações, já majorada.

Centro de carga
SAPATAS ASSOCIADA

5° PASSO: Cálculo da altura da sapata

A sapata deve atender a altura mínima para ser considerada rígida segundo
a NBR 6118, conforme a formulação abaixo

𝐴 − 𝑎𝑝 𝐵 − 𝑏𝑝 ∗
ℎ ≥ ℎ ≥
3 3

No caso de sapata isolada simétrica, tem-se que A – ap = 2c.


Para a sapata associada em questão, o maior balanço c.
SAPATAS ASSOCIADA

6° PASSO: Cálculo da carga distribuída

Para o dimensionamento à flexão da sapata associada, primeiramente faz-se o cálculo


da armadura na direção longitudinal (direção X) analisando a sapata como se fosse uma
viga na qual a tensão do solo é decomposta como uma carga distribuída ao longo do
comprimento A. As cargas axiais dos pilares também são consideradas cargas
distribuídas.

𝑃1+𝑃2
q=
𝐴

Sendo:
q= carga distribuída linearmente
P1= carga do pilar 01
P2= carga do pilar 02
SAPATAS ASSOCIADA

7° PASSO: Cálculo da altura útil

A altura útil da sapata é calculada da seguinte forma:

Sendo:
h= altura total da sapata
c= cobrimento

8° PASSO: Verificação do método das bielas

Para a aplicabilidade do Método das Bielas:

𝐵 − 𝑏* 𝑝 ∗
𝑑 ≥
4
SAPATAS ASSOCIADA

9° PASSO: Verificação da diagonal comprimida

Como a sapata é rígida, não ocorre a ruptura por punção, por isso basta verificar a
tensão na diagonal de compressão.
Onde o esforço cisalhante solicitante deve
ser menor do que o esforço cisalhante
resistente.

Fsd = esforço solicitante majorado


u0 = perímetro do pilar
d= altura útil da sapata
SAPATAS ASSOCIADA

9° PASSO: Cálculo da armadura

Para isso devemos calcular a força de tração na base da sapata e posteriormente


calcular a área de armadura utilizando as fórmulas abaixo:

𝑃 (𝑏 − 𝑏𝑝 )
𝑇 =
8𝑑
1,61 𝑇
𝐴𝑠 =
𝑓𝑦𝑘

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