JOÃO PESSOA – PB
2021.2
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O conhecimento prévio do solo em que se pretende realizar a obra, saber como o
mesmo reagirá quando solicitado externamente, é de fundamental importância para o
trabalho do engenheiro e para manter qualquer estrutura fora do perigo de cair.
As fundações, que são elementos estruturais, foi algo que o homem criou que
tornou possível ter prédios com grandes alturas fazendo com que essas edificações
suportem grandes cargas. Elas são capazes de receber cargas verticais e horizontais das
superestruturas (lajes, vigas e pilares) e transmiti-las aos solos. Além disso, podem ser
executadas de diversas maneiras, sendo classificadas de modo geral em fundações rasas
e profundas.
Por conceito, sabemos que fundação consiste no elemento estrutural que recebe
as cargas da superestrutura e as transfere para o solo ou a rocha de apoio.
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Ainda sobre as sapatas isoladas, estas dominam entre as pequenas obras em
quase todos os lugares do mundo por ser de fácil execução, econômicas e s capazes de
transferir cargas de 50 kn a 3.000 kn aos solos sobre as quais estão assentadas.
Diante disso, a tensão solicitada pela sapata, deve ser menor que a tensão
admissível do solo sob pena de, se essa verdade não for respeitada, ocorrerá a perda do
equilíbrio estático do sistema ou deslocamentos que comprometam a segurança da
estrutura.
Assim, quando a sapata atua sobre o solo, ela transfere de imediato toda a carga
vertical recebida pela estrutura ao topo do solo imediatamente abaixo da sapata. Dessa
firma, quando a tensão solicitante da sapata é maior que a tensão admissível do solo,
este poderá a vir a sofrer um processo chamado de ruptura.
A ruptura pode ser do tipo frágil ou geral e consiste na tendência de a sapata vir
girar, levantando parte do solo para cima da superfície. Já a ruptura dúctil ou por
puncionamento ocorre quando há um deslocamento grande da sapata para baixo,
entretanto, sem sofrer desaprumo.
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Costumeiramente, a ruptura geral ocorre em solos mais resistentes, menos
deformáveis, com sapatas relativamente rasas e costumam ser rupturas mais
catastróficas. Já a ruptura por puncionamento ocorre em solos mais deformáveis, menos
resistentes, nas camadas mais profundas com o recalque do solo acompanhando o
recalque da sapata em patamares acima do planejado.
Como já dito anteriormente, outro fator importantíssimo que deve ser observado
pelo profissional responsável pela elaboração dos projetos de fundação diz respeito ao
recalque das sapatas e seus limites e tolerâncias.
O primeiro passo para poder verificar as cargas que as sapatas podem suportar e é
atribuir valores para os seus lados. Ao estipular valores para o lado 𝐵 das sapatas usa-se
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a NBR 6118, a norma dos projetos de estrutura com concreto, para calcular as
respectivas alturas da sapata quadrado, usando a seguinte fórmula:
𝑩 − 𝒃𝟎
𝒉 ≥
𝟑
𝟏
𝝈𝒓 = 𝒄. 𝑵𝒄 . 𝑺𝒄 + 𝒒. 𝑵𝒒 . 𝑺𝒒 + . 𝜸. 𝑩. 𝑵𝜸 . 𝑺𝜸
𝟐
𝒒 =𝜸∗𝒉
E por fim, os valores dos fatores de forma de Terzaghi 𝑆𝐶, 𝑆𝑞 𝑆𝛾 e que são
obtidos pela tabela de Terzaghi-Peck, tendo como referência a forma da sapata.
Tendo como base o fator de segurança global para o método analítico, calcula-se
tensão admissível para o estado de limite ultimo (ELU) com a seguinte fórmula:
𝝈𝒓
𝝈𝒂𝒅𝒎 =
𝑭𝑺
𝝈. 𝑩
𝝆𝒊 = 𝝁𝟎 . 𝝁𝟏 .
𝑬𝒔
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Assim, deve-se achar primeiramente os valores dos fatores 𝜇0 e 𝜇1 são
encontrados individualmente da seguinte forma:
𝒉
𝑩
𝑳
𝑩
𝑯
𝑩
𝑳
𝑩
Tendo o resultado desses valores para cada sapata, usa-se outro gráfico
produzido por Terzaghi, e acha-se os valores de 𝜇0 e 𝜇1 .
Por fim, joga todos os valores na formula do recalque imediato e acha-se o valor
do estado limite de serviço (ELS).
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS