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ENSAIOS

São estudos realizados através da perfuração do sub-solo, acompanhados de coleta


de amostras para determinação das características do solo como : natureza,
camada, composição granlométrica, umidade, compacidade etc..., para avaliação
de suas propriedades de engenharia.

   SONDAGENS SPT
A sondagem a percussão (Standart Penetration Test), é utilizada para conhecermos
o solo atravessado a cada metro, a resistencia (Número de Golpes) oferecida pelo
amostrador padrão (Terzaghi & Peck DE = 2" e DI = 1 3/8") e a posição do nível
d'água . O processo consite basicamente na cravação do amostrador padrão no
solo, através da queda livre de um peso de 65 kg, caindo de uma altura de 75 cm.

    SONDAGENS SPT-T


Após a execução dos SPT, foi sugerida por Ranzini (1988) a medição do torque,
através de uma ferramenta mecanica denominada torquimetro, com capacidade de
até 80 kgf x m, com ponteiro de arraste.

Fotos: Sondagens SPT e SPT-T / Rotativa

SONDAGENS CPT
O ensaio de penetração do Cone (EPC) ou Cone Penetration Test (CPT), ou ainda -
como é internacinalmente conhecido - Deep Sounding, é um processo que visa
fornecer, por via direta, as resistencias existentes no solo ao longo de sua
profundidade. O ensaio é realizado com a cravação a uma velocidade constante de
1cm/s de uma haste com o cone. As cargas necessárias para a cravação são
registradas como resistencia lateral (haste) e resistencia de ponta (cone).

Fotos: Sondagens CPT


 PROVAS DE CARGA

ENSAIO DE PLACA
O ensaio de placa, é um processo que visa fornecer, por via direta, as resistencias e
características de deformação do terreno a uma determinada profundidade. O
ensaio é realizado pelo carregamento de uma placa contra o terreno, através de
macacos reagindo contra cargueiras ou conjunto de tirantes. No ensaio são
registrados as cargas aplicadas x deformações do solo.

É um ensaio que verifica a capacidade e estabilidade dos solos no que diz


respeito ao suporte de cargas de determinada fundação.

Para que essas informações sejam obtidas e conhecidas, são aplicadas cargas
sobre determinada superfície do terreno — que consistem em placas rígidas
especializadas — e é realizado o assentamento vertical resultante, ou seja, a
penetração é medida, possibilitando a determinação de diversos aspectos,
como grau de compactação do aterro, subfundação ou solo.

Esse ensaio nada mais é que uma prova de carga feita com um modelo


reduzido da fundação superficial desejada. Ele teve início antes de que a
Mecânica dos Solos se conceituasse, sendo uma das primeiras aplicações de
ensaio in situ e empírica, visando a obtenção de informações de
comportamento e determinando as propriedades relacionadas à deformação e
ruptura do solo.

Fotos: Ensaio de Placa

PROVA DE CARGA ESTÁTICA

O ensaio é realizado pelo carregamento de uma estaca até duas vezes a carga de
trabalho, através de macacos reagindo contra cargueiras ou conjunto de tirantes.
No ensaio são registrados as cargas aplicadas x deformações do solo.

Fotos: Prova de Carga Estatica.


 PROVA DE CARGA DINAMICA

Também chamado de ensaio dinâmico, é um ensaio que objetiva principalmente


determinar a capacidade de ruptura da interação estaca-solo, para carregamentos
estáticos axiais. Ele difere das tradicionais provas de carga estáticas pelo fato do
carregamento ser aplicado dinamicamente, através de golpes de um sistema de
percussão adequado. A medição é feita através da instalação de sensores no fuste
da estaca, em uma seção situada pelo menos duas vezes o diâmetro abaixo do topo
da mesma. O sinal dos sensores são enviados por cabo ao equipamento PDA, que
armazena e processa os sinais "on line".

Fotos: Prova de Carga Dinamica.

Capacidade De Carga Dos Solos


Segundo Caputo (2012), quando é atingida a ruptura, o solo passa do
estado elástico ao estado plástico, ocorrendo o deslocamento da
fundação. Portanto, a pressão de ruptura, ou capacidade de carga de um
solo, é a pressão que aplicada ao solo causa a sua ruptura. Aplicando à
pressão de ruptura um adequado coeficiente de segurança, obtém-se a
pressão admissível. Para a determinação da tensão admissível do solo,
podem ser usados os métodos a seguir:

Prova de cargas
São ensaios realizados diretamente no solo ou na estaca em que se deseja
estudar. Portanto, esse ensaio fornece resultados satisfatórios e
adequados ao local em análise, pois a carga aplicada simula a carga real
que estará atuando na edificação.
De acordo com Caputo (2012), é importante que seja realizado ao menos
uma prova de carga em obras de grande responsabilidade, a fim de
comprovar os resultados fornecidos por outros métodos. O ensaio de
prova de carga pode ser regido pela norma ABNT NBR 6489, quando se
deseja prever o recalque e obter a tensão de ruptura para fundações
superficiais, denominado de prova de carga em placa. No caso de
fundações em estacas, regido pela ABNT NBR 12131, a prova de carga é
executada sobre uma estaca.
Prova de carga sobre placa
No ensaio de prova de carga sobre placa, os resultados devem ser
interpretados de modo a considerar a relação modelo-protótipo (efeito de
escala), bem como as camadas influenciadas de solo.

Segundo Alonso (1983), este ensaio procura reproduzir o comportamento


da solicitação de uma fundação, empregando-se uma placa rígida de
ferro fundido com 80 cm de diâmetro, a qual é carregada por meio de um
macaco hidráulico que reage contra uma caixa carregada ou contra um
sistema de tirantes, conforme mostrado na Figura 23. Um manômetro
acoplado ao macaco hidráulico fornece a leitura da pressão aplicada,
enquanto que o deflectômetro indica o recalque. Assim, é possível traçar
uma curva de pressão por recalque (Figura 24).
De acordo com Alonso (1983), conforme indicado na Figura 24, a curva de
ruptura geral, isto é, com uma tensão de ruptura (𝜎𝑅 ) bem definida, são
solos resistentes (argilas rijas ou areias compactas). Em contrapartida, os
solos que apresentam curva de ruptura local, isto é, não há uma definição
do valor da tensão de ruptura (𝜎𝑅), são solos de baixa resistência (argilas
moles ou areias fofas). Além da função de prever o recalque, o ensaio da
prova de carga em placa também é utilizado para determinar a tensão
admissível do solo (𝜎𝑎𝑑𝑚) para projetos de fundações rasas: Para solos
com predominância de ruptura geral:
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝜎𝑅/2
Para solos com predominância de ruptura local:
𝜎𝑎𝑑𝑚 ≤ { 𝜎25/ 2 𝜎10
Onde, 𝜎25 é a tensão correspondente a um recalque de 25 mm (ruptura
convencional) e 𝜎10 é a tensão correspondente a um recalque de 10 mm
(limitação de recalque) (ALONSO, 1983).
Prova de carga em estacas
A prova de carga constitui, atualmente, o único processo capaz de
fornecer um valor incontestável da capacidade de carga de uma estaca
considerada individualmente (CAPUTO, 2012). Em sua execução, é obtida
uma curva de recalque em função da carga aplicada na estaca. Onde é
possível obter a carga de ruptura (𝑃𝑅) e a carga que provoca um recalque
de 15 mm (𝑃15). De posse desses valores, pode se determinar a
capacidade de carga admissível como sendo a menor carga entre as duas
abaixo (BOTELHO e CARVALHO, 2007):
𝑃𝑎𝑑𝑚 = 𝑃𝑅/ 5
𝑃𝑎𝑑𝑚 = 𝑃15 / 1,5

Métodos teóricos
Consistem na aplicação de uma fórmula de capacidade de carga para
estimativa da tensão de ruptura do solo de apoio (𝜎𝑅), à qual se aplica um
coeficiente de segurança (F) para a obtenção da tensão admissível
(TEIXEIRA e GODOY, 1998):
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝜎𝑅/ 𝐹
O coeficiente de segurança (F) seria variável com o problema, porém, de
acordo com a norma ABNT NBR 6122, este coeficiente não pode ser
inferior a 3, quando se tratando de fundações superficiais e 2 quando se
tratando de fundações profundas.
Métodos semi-empíricos
São os métodos onde são estimadas as propriedades dos solos com base
em correlações, como o número SPT ou a resistência de ponta dos ensaios
de cone, seguida pela aplicação de fórmulas teóricas (TEIXEIRA e GODOY,
1998, p. 23). Uma maneira rápida de correlacionar o número SPT com a
taxa admissível do solo é aplicando a seguinte fórmula descrita por
Rebello (2008):
𝜎𝑎𝑑𝑚 = √𝑁 − 1 (𝐾𝑔𝑓/ 𝑐𝑚²⁄ )
Ainda segundo Rebello (2008), a fórmula acima não leva em consideração
o tipo de solo, o que é uma falha. Porém, essa relação pode ser útil para
dar uma primeira ideia da resistência do solo.
Outras fórmulas que levam em conta o tipo de solo, o que confere um
resultado mais preciso, em Kgf/cm², são:
𝑎𝑟𝑔𝑖𝑙𝑎 𝑝𝑢𝑟𝑎: 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝑁/ 4
𝑎𝑟𝑔𝑖𝑙𝑎 𝑠𝑖𝑙𝑡𝑜𝑠𝑎: 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝑁/ 5
𝑎𝑟𝑔𝑖𝑙𝑎 𝑎𝑟𝑒𝑛𝑜 𝑠𝑖𝑙𝑡𝑜𝑠𝑎: 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝑁/ 7,5
Métodos empíricos
As normas antigas previam valores pré-determinados, em forma de
tabelas, para tensões admissíveis conforme o tipo de solo. Esses valores
estavam de certa forma limitados, pois deve ser considerado uma série de
fatores como a existência de camadas compressíveis, o tipo de solo e suas
características. A norma ABNT NBR 6122/2010 não prevê mais a utilização
de métodos empíricos.

Ensaio de Placa
- Local de execução do ensaio numa obra. Escavação na cota das
sapatas.
 
- Preparação do assentamento da placa. Cabos dos tirantes já
executados.
 
- Macaco e vigas posicionadas. Ensaio em andamento.
 
- Deflectometros instalados junto às placas.
 
- Detalhe do macaco e dos deflectometros, posicionados junto a
placa (D=80cm).
 
 
   - Detalhe do macaco e dos deflectometros,
posicionados junto a placa (D=80cm).
 

 
 

 
 

 
Prova de Carga Estática
- Execução da PCE sobre uma estaca HÉLICE CONTÍNUA.
 

 
- Posicionamento da cargueira. Cabos dos tirantes já executados.
 
- Macaco e cargueira posicionadas. Ensaio em andamento, com
deflectometros.
 
- Ensaio em uma estaca escavada D=100cm
 

 
 
 
 
   

 
 

 
 

 
Prova de Carga Dinamica
- Execução da PCD sobre uma estaca escavada - ESTACÃO (#120cm)
 

 
- Equipamentos - Guindaste e Torre para martelo de 12,5t

 
- Detalhe do martelo sobre o bloco de coroamento da estaca.
 
- Sensores da PCD

- Computador de dados PDA, que recebe os sinais dos sensores


 

   

 
 

 
 

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