Você está na página 1de 23

Email: atendimento@geoepa.com.

br
Contato: (88) 3570-8956 (88) 99912-5003

ADELMO SOUZA SANTOS


ERMESSON CLEONES DE CARVALHO GOMES
PEDRO HENRIQUE ANDRADE BRITO

Laudo Geológico-Geotécnico de Estabilidade de um Talude


1. Análise técnica
O estudo trata-se de um talude de corte, localizado no bairro Cidade
Universitária, nas proximidades da UFCA na Avenida Tenente Raimundo
Rocha, 1639. Um local do Juazeiro do Norte que se encontra em uma
crescente habitacional, o talude é de encosta em um terreno desocupado que
fica próximo a movimentações de pessoas, onde sofre com os processos de
escoamento e erosão. Logo, a empresa GeoEPA foi solicitada para elaborar um
Laudo Geológico-Geotécnico de Estabilidade do Talude mostrado na figura 1.

Figura 01: Talude para projeto de estabilidade

O município de Juazeiro do Norte está totalmente inserido na bacia


hidrográfica do Salgado. O talude analisado tem altura de 50m e 195m de
comprimento com inclinação de 39°, foi realizada uma vistoria no local na
data 15 de junho de 2022 com levantamento topográfico da inclinação da
encosta. O laudo de vistoria foi feito seguindo as orientações recomendadas
pela norma da NBR 11682/2009 com a descrição das características locais e
de ocupação do solo.

Sabemos que as regiões com inclinações elevadas têm bastante


sensibilidade a eventualidades chuvosas, para as variações da geometria do
terreno, aos fluxos de água e etc. Os taludes formados a partir das
movimentações da terra costumam apresentar muitos problemas
relacionados à instabilidade de massas dos solos.
Pelas características vistas se esperava que o fator de segurança do talude
se encontra abaixo do recomendado e foi encontrado o valor F.S = 0,88 ≤ 1,5
(valor mínimo recomendado). Para comprovar essa hipótese foi feita a análise
da estabilidade do talude, utilizando o princípio do equilíbrio limite com o
auxílio do software Slope/W da GeoSlope. Na figura 2, mostra a seção
topográfica crítica do talude.

Figura 02: Projeto de estabilização do talude.

Para obter os parâmetros da tabela X que foi utilizada para realização dos
estudos para o projeto. Realizamos as análises de gráficos gerados onde
temos a tangente do ângulo de inclinação e o fator de coesão nas equações:

Gráfico 1: Análise do solo I


Gráfico 2: Análise do solo II

Tabela 1: Parâmetros dos solos

2. Métodos de investigação geotécnica:


A fase de estudos de investigação deve, necessariamente, ser feita antes de
qualquer tentativa de elaboração de um projeto de estabilidade de taludes. O
sucesso da obra de estabilização pode depender muito desta fase do projeto,
além de gerar economia e segurança na obra.
Podemos dividir os métodos de investigação em duas etapas básicas:
Ensaios “in situ” e de laboratório. Essas questões requerem uma metodologia
que resulte na otimização dos trabalhos de investigação e caracterização
geotécnica e na obtenção de dados com qualidade e quantidades
compatíveis com a melhor medida de estabilização para o caso estudado.
Os estudos que precedem a elaboração de uma análise e um projeto de
estabilização de talude devem caracterizar o meio físico envolvido, de modo a
permitir um conhecimento mínimo necessário a respeito dos materiais
ocorrentes das suas características, assim como os fenômenos dos
processos de instabilização atuantes.
Para a realização do estudo de estabilidade do talude é necessário definir
bem os métodos de investigação de campo e laboratório. A seguir estão
listados os ensaios utilizados para auxílio da análise de estabilidade do talude
em questão:

2.1 Levantamento Topográfico

Primeiramente, devem ser levantadas as cartas topográficas disponíveis em


pequena escala. Elas deverão ser utilizadas para inserção do local estudado
na dinâmica regional da área. Após estudo preliminar da área que se
encontra com instabilidade, devem ser feitos os levantamentos planimétricos
e altimétricos, cobrindo a circunvizinhança da região crítica.

2.2 Ensaios de campo

● Sondagem SPT;
● Extração de amostras deformadas e indeformadas.
● Ensaios de laboratório:
● Ensaios de caracterização física:
● Permeabilidade;
● Ensaio de resistência ao cisalhamento.

2.2.1 Sondagem SPT:

Através das sondagens, podemos obter as mais variadas informações como


o tipo do solo, profundidade, comportamento, perfil, nível do lençol
subterrâneo e determinação da resistência do solo às tensões. Estes dados
nos auxiliam e são cruciais no processo de tomada de decisões em relação
ao projeto, viabilizando uma execução mais eficiente, precisa, segura e
econômica, com informações a respeito do posicionamento da edificação no
terreno e o melhor tipo de fundação, evitando com isso uma série de
eventualidades na obra em questão.

Segundo a NBR 6484, que descreve que considera correto para a execução
de sondagem, o procedimento do reconhecimento do solo com (SPT), que se
respalda na perfuração e cravação dinâmica de um amostrador padrão, em
que a cada metro de solo, decorrendo na determinação dos determinados
tipos de solo em suas específicas profundidades, e ainda no índice de
resistência à penetração de cada metro aprofundado, ao ponto do nível do
lençol freático.

2.2.2 Amostras de solo:

Há dois tipos de amostras de solos que são usadas em laboratório, as


deformadas e as indeformadas. As amostras deformadas são indicadas para
caracterização do solo em relação a sua textura e condição mineral. Já as
indeformadas, além de indicarem as mesmas características que as amostras
deformadas, são indicadas para caracterizar o solo com relação à estrutura e
umidade.

2.2.3 Amostras de solos indeformadas:

Segundo a NBR 9604, a amostra indeformada é aquela extraída com a


mínima perturbação, procurando manter sua estrutura e condições de
umidade e capacidade ou consistência naturais.

2.2.4 Ensaios de laboratório:


Para o estudo em questão foram, os materiais coletados no campo foram
levados para o laboratório onde são feitos os seguintes ensaios:
● Ensaios de caracterização física e curva característica;
● Permeabilidade;
● Ensaio de resistência ao cisalhamento.

2.2.5 Ensaio de caracterização física e curva característica:


Para caracterização dos materiais foram feitos os seguintes ensaios:
● Teor de umidade do solo coletado, natural e saturado;
● Determinação da granulometria das amostras através dos ensaios de
peneiramento e sedimentação com e sem uso de defloculante;
● Peso específico de cada amostra coletada;
● Limites de consistência onde são obtidos os limites de liquidez (LL) e o
limite de plasticidade (LP).

2.2.6 Teor de Umidade (h):


Definimos o teor de umidade (h) de uma amostra de solo como a razão entre
a massa da água (Ma) contida em um certo volume de solo e a massa da
parte sólida (Ms) existente nesse mesmo volume, expressa em porcentagem.

h=w=100*MaMs=100*Pa/Ps(%)
Conhecendo o teor de umidade de um solo, pode ser calculado o fator de
correção de umidade (fc), que ao ser multiplicado pelo peso de uma amostra
com esse teor de umidade informa o peso que tal amostra teria se estivesse
seca.
Fc=100/(100+h)

2.2.7 Análise granulométrica

O objetivo da análise é obter as coordenadas que permitam traçar a curva


granulométrica, que é um gráfico cujos pontos representam: Em ordenadas,
em porcentagem, a massa dos grãos ou partículas de dimensões inferiores
às indicadas nas abscissas. A escala das ordenadas é crescente de baixo
para cima e as abcissas crescem a partir da esquerda.

2.2.8 Peso específico

O peso específico de uma amostra de solo é determinado pela razão entre o


peso da amostra e seu volume.
γ=P/V
A massa específica de uma amostra é obtida pela razão entre sua massa e
seu volume.
ρ=Mt/Vt

2.2.9 Permeabilidade

Permeabilidade é propriedade que o solo apresenta de permitir o escoamento


de água através dele. A tabela abaixo apresenta valores típicos de
coeficiente de permeabilidade em função dos materiais do solo.

Tabela 2: Índices de Permeabilidade

2.2.10 Ensaio de resistência ao cisalhamento

A capacidade dos solos em suportar cargas depende da sua resistência ao


cisalhamento, isto é, da tensão Tr que é a máxima tensão que pode atuar no
solo sem que haja ruptura.
2.2.11 Ensaio ao cisalhamento direto

É o mais antigo procedimento empregado para a determinação dessa


resistência e se baseia diretamente no critério de Mohr-Coulomb, em que se
aplica uma tensão normal num plano (direção vertical) e verifica-se qual a
tensão cisalhante (direção horizontal) que provoca a ruptura. Este ensaio é
muito prático, porém não permite a determinação de parâmetros
de deformabilidade do solo e o controle das condições de drenagem fica
bastante difícil, pois não há como impedi-la, assim como também não é
possível à obtenção dos valores da pressão neutra, e por essas razões, o
ensaio de cisalhamento direto é muito útil quando se deseja medir
simplesmente a resistência ao cisalhamento.

2.2.12 Ensaio triaxial

É utilizado basicamente para definir a resistência ao cisalhamento do solo, e


quando munido com instrumentos de medição interna precisos, permite
caracterizar a rigidez do solo.
As tensões principais (radial e axial) aplicadas no ensaio ocorrem de tal
maneira que impedem a rotação destas durante o corte. O equipamento
permite também, controlar as tensões e deformações (axial e radial) de forma
independentes, além disso, permite efetuar o ensaio em condições drenadas,
ou não-drenadas.

2.3 Síntese dos resultados da investigação geotécnica de campo

Diante dos ensaios apresentados e escolhidos para a realização do


levantamento de dados do talude, foram apresentados os seguintes
resultados dispostos na tabela abaixo:
2.3.1 Sondagem SPT:
Para o talude em questão, foram realizados 3 furos de 50 m de profundidade.
Apresentando um perfil de solo com diversas camadas e diferentes valores
de resistência. A seguir na figura 3, têm-se o perfil de solo traçado no
AutoCad através da análise dos dados obtidos em campo.

Figura 3: Perfil do solo


Figura 4: Locação dos furos para a SPT

2.3.2 Curva característica:


● Teor de umidade do solo coletado, natural e saturado:
Teor de umidade do solo natural: 11%
Teor de umidade do solo saturado: 18%
● Determinação da granulometria das amostras através dos ensaios de
peneiramento e sedimentação com e sem uso de defloculante:

Figura 5: Curva granulométrica


● Peso específico de cada amostra coletada = 18 KN/m³ , 20 KN/m³ e
21KN/m³
● Limites de consistência onde são obtidos os limites de liquidez (LL) e o
limite de plasticidade (LP).
Figura 6: Limite de liquidez

2.3.3 Permeabilidade:
13,5 cm/h
2.3.4 Ensaio de resistência ao cisalhamento:
Entre 5 e 7 KN/m²

3.Resultados e discussão

3.1 Estabilidade do talude

O software Geoslope SLOPE/W analisa eficazmente tanto problemas


simples como problemas complexos para vários tipos e formas de
superfícies inclinadas (declives), condições de pressão de poros de
água, propriedades de solo, métodos de análise e condições de carga
e sobrecarga. Sabendo disso, utilizou-se o programa para obtenção de
quatro fatores de segurança nos cenários já descritos.

3.1.1 Geoslope

3.1.1.1 Método de Fellenius

Resultados obtidos através do método de Fellenius no software Geoslope,


para o período chuvoso e para o período seco.

Figura 07: Superfície crítica e FS pelo método de Fellenius no período seco.

Fonte: Os autores (2022).

Figura 08: Superfície crítica e FS pelo método de Fellenius no período


chuvoso.
Fonte: Os autores (2022).

Fazendo uma comparação com os resultados obtidos, observa-se que em


ambos os cenários apresentam instabilidade quanto à ruptura global (FS <
1,5). Podemos perceber que o segundo FS (período chuvoso - 0,880) possui
valor menor do que o primeiro (período seco - 0,882), isso acontece por que
o nível da água não chega a superfície crítica, fazendo com que essa
diferença do FS seja uma consequência do aumento do peso do solo 1
durante o período chuvoso.

3.1.1.2 Método de Bishop Simplificado

Resultados obtidos através do método de Fellenius no software Geoslope,


para o período chuvoso e para o período seco.

Figura 09: Superfície crítica e FS pelo método de Fellenius no período seco.


Fonte: Os autores (2022).

Figura 10: Superfície crítica e FS pelo método de Fellenius no período


chuvoso.
Fonte: Os autores (2022).

Fazendo uma comparação com os resultados obtidos, observa-se que em


ambos os cenários apresentam instabilidade quanto à ruptura global (FS <
1,5). Podemos perceber que o segundo FS (período chuvoso - 0,907) possui
valor menor do que o primeiro (período seco - 0,914), isso acontece por que
o nível da água não chega a superfície crítica, fazendo com que essa
diferença do FS seja uma consequência do aumento do peso do solo 1
durante o período chuvoso.

Agora fazendo uma comparação entre os dois métodos de maneira geral,


observa-se que nos dois cenários os fatores de segurança foram inferiores ao
mínimo da estabilidade física (FS < 1,0), ou seja, como o FS é obtido através
da relação entre a força resistente e a força atuante, significa que a força
atuante é algumas vezes maior do que a força resistente, justificando o FS
menor do que 1,0. Com isso, nota-se que o talude já deveria ter sido rompido.

Além disso, o que explica de ele ainda estar em pé, é que a amostra
indeformada coletada para a realização dos ensaios é infinitamente menor do
que o terreno como um todo, em termos de área. Dito isso, pode-se dizer que
o talude possui um solo muito heterogêneo e que as ligações entre as
partículas do solo são muito variadas, fazendo com que o talude se encontre
bastante instável necessitando de uma obra de contenção.

3.1.2 Cálculos do Excel

Para o menor FS obtido pelo Geoslope, foi feito o cálculo no Excel do fator de
segurança do talude quanto a ruptura global. Dito isso, o cenário com o
menor fator de segurança foi o método de Fellenius no período chuvoso
(0,880).

3.1.2.1 Método de Fellenius

A superfície de ruptura foi dividida em 15 fatias e foi calculado o fator de


segurança desse método no Excel. O resultado obtido foi o mesmo do
Geoslope, como mostra a tabela a seguir.

Tabela 03 - FS do método de Fellenius pelo Excel.

Fonte: Os autores (2022).

O fator de segurança obtido foi de 0,880, apresentando o mesmo valor


resultante do Geoslope, como já foi dito antes.

3.1.2.2 Método de Bishop Simplificado


A partir do fator de segurança obtido anteriormente pelo método de Fellenius
e dos dados das fatias da superfície de ruptura considerada, foi calculado o
fator de segurança através do método de Bishop Simplificado no Excel. Após
5 iterações, foi obtido o valor do FS. Na tabela a seguir mostra,
resumidamente, os dados obtidos.

Tabela 04 - Resumo das iterações do FS pelo método de Bishop.

Fonte: Os autores (2022).

Após 5 iterações, o valor obtido do FS foi de, aproximadamente, 0,944896.

Fazendo uma comparação com os valores obtidos no Geoslope, conclui-se


que o FS obtido no Excel é maior do que aquele obtido no Geoslope.

3.2 Análise de estabilidade do talude

A apresentação das propostas de estabilidade do talude, será feita através da


determinação dos fatores de segurança quanto a ruptura global com
retaludamento e também da associação da estrutura de contenção com o
retaludamento.

3.2.1 Estabilização sem estrutura de contenção

3.2.1.1 Retaludamento
Para essa proposta de estabilização, foi utilizada uma configuração no qual o
talude tenha inclinação de 30°. Esse valor de inclinação, é inferior ao ângulo
de atrito do solo de 31°, ou seja, está dentro do recomendado nas questões
de segurança quanto a perda das propriedades de coesão no período
chuvoso. Dessa forma, essa proposta de retaludamento está detalhada na
figura a seguir.

Figura 11: Proposta de estabilização com retaludamento.

Fonte: Os autores (2022).

3.2.1.2 Geoslope

Para a proposta de estabilização com retaludamento considerada, o valor do


FS quanto a ruptura global foi de 1,663, de modo a ser estável.

Figura 12: Superfície crítica e FS após o retaludamento.


Fonte: Os autores (2022).

3.2.2 Estabilização com estrutura de contenção

3.2.2.1 Retaludamento com muro de arrimo

Para a proposta da estabilização do talude com estrutura de contenção, foi


utilizada uma associação do muro de contenção do tipo de gravidade com o
retaludamento (as configurações do retaludamento foram as mesmas já
citadas anteriormente). Os detalhes da proposta são apresentados na figura
a seguir, no qual o solo 2 possui Ɣnat = 20 kN/m³, Ɣsat = 21 kN/m³, c’ = 5
kN/m², ø’ = 31° e ðadm = 130 kN/m².

Figura 13: Proposta de estabilização com estrutura de contenção.

Fonte: Os autores (2022).

3.2.2.2 Geoslope

Para a proposta de estabilização com retaludamento associada com o muro


de contenção do tipo de gravidade, o valor do FS quanto a ruptura global foi
de 1,713, de modo a ser estável.

Figura 14: Superfície crítica e FS após a estabilização com muro de arrimo e


retaludamento.
Fonte: Os autores (2022).

4. Análise de estabilidade do muro de arrimo em relação ao


tombamento, cisalhamento e ruptura.

Para análise de estabilidade do muro realizado, foi verificada a estabilidade


quanto ao tombamento, deslizamento e ruptura da fundação do muro de
arrimo. Através da equação de Rankine, onde determinamos as tensões
atuantes no muro e realizamos os cálculos dos fatores de segurança para os
itens em questão.
Segue a tabela com a síntese dos resultados obtidos através da equação de
Rankine:
Tabela 06: Cálculo das tensões atuantes

Cálculo das tensões


μ(kN/ σ'(kN/ C'(kN/ σh(kN/
Profundidade(m) σt(kN/m²) m²) m²) ϴ m²) ka m²) σh2(kN/m²)
0,3
0 0 0 0 31 5 2 -5,656854 0
0,3 27,78314
5,5 104,5 0 104,5 31 5 2 5 27,7831457

Tabela 07: Resultante do empuxo

Empuxo das terras


empuxo resultante ponto de aplicação px py
76,40365081 3,666666667 66,16750255 38,20183

Tabela 08: Componentes do empuxo

força(kN/ Braço de
figura m) alavanca Momento
Componentes do empuxo
66,1675025
Px 5 1,833333333 121,307088
38,2018254 210,110039
Py 1 5,5 7
Componentes do muro
A(retângulo) 60 0,25 15
B(triângulo) 150 3,666666667 550
C(retângulo) 330 2,75 907,5

Tabela 09: Resultantes das forças atuantes


Força de atrito Força solicitante e' (dentro do núcleo central) e sigma max
- 199,891508
185,3495576 66,16750255 2,700273301 0,20027 8

Tabela 10: Fatores de segurança do muro de arrimo

Fatores de segurança
FS(tombamento) FS(deslizamento) FS(ruptura)
12,45353302 2,801217372 6,373457319
Figura 15: Tensões atuantes no muro de arrimo

Fonte: Os autores

Figura 16: Tensões ativas atuantes no muro de arrimo

Fonte: Os autores

Analisando os resultados, temos que o muro de arrimo escolhido atende aos fatores
de segurança para todos os requisitos de estabilidade. Sendo adequado para
solucionar a instabilidade do talude em questão.
5. Drenagem e proteção superficial

Para a drenagem e proteção superficial, foi avaliada a necessidade de


canaletas em todos os trechos de inclinação e de uma cobertura vegetal,
para combater a erosão.

Para a proposta com estruturas de contenção, também foi necessário a


utilização de barbacãs conectadas a drenos de areia.

Figura 17: Proposta de drenagem e proteção superficial para estrutura de


contenção com retaludamento.

6. Conclusão

Em síntese, percebeu-se que o talude analisado estava instável em todos os


cenários para os quais foi testado no Geoslope quanto ao fator de segurança
para ruptura global, apresentando FS menor que 1, condição fisicamente
impossível.

Em relação ao cálculo do FS através de planilhas eletrônicas para o cenário


de menor fator de segurança, os resultados confirmaram os valores gerados
no Geoslope.
Quanto à proposta de estabilização através de retaludamento sem estrutura
de contenção, os resultados se mostraram promissores para uma
configuração de talude com inclinação de 30 graus e patamares de 5 m a
cada 5 m de profundidade do corte. Essa solução, ao ser analisada no
Geoslope pelo método de Fellenius no período chuvoso, apresentou um FS
de 1,663, indicando sua estabilidade. Com essa solução estável, foi realizada
a proteção da superfície com vegetação e foi feito um sistema de drenagem
com canaletas em cada desnível.

A proposta de estabilização através de retaludamento com estrutura de


contenção também se mostrou promissora para uma configuração de talude
com inclinação de 30 graus e patamares de 5 m a cada 5 m de profundidade
do corte. Essa solução, ao ser analisada no Geoslope pelo método de
Fellenius no período chuvoso, apresentou um FS de 1,713, indicando sua
estabilidade. Para essa solução, também foram determinados os valores de
FS para tombamento, deslizamento e ruptura que são respectivamente de
12,45, 2,80 e 6,37. Esses valores demonstram a estabilidade do muro, visto
que são superiores aos valores de FS recomendados de 1,5, 1,5, 3,0
respectivamente.

A partir dessa proposta de estabilização com muro de gravidade, também foi


pensado a proteção da superfície com vegetação e foi feito um sistema de
drenagem com canaletas em cada desnível e barbacãs conectadas em
drenos de areia.

Você também pode gostar