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MECÂNICA DOS SOLOS APLICADA

AULA 08 e 09
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
Planejamento da Aula:
2 - Investigações geotécnicas
2.1 - Classificação dos métodos de prospecção do
subsolo e suas características gerais.
2.2 - Sondagem à percussão SPT com circulação de
água. Variantes do ensaio (SPT-T, mecanização,
etc.). Análise e interpretação de relatórios finais.
Fontes de Consulta:

 Técnicas atuais de ensaios de campo Eng. Antônio Sérgio


Damasco Penna
 Notas de aula da Prof. Ana Paula Moura. UNIVERSIDADE
FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI
INSTITUTO DE CIÊNCIA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA
ENGENHARIA CIVIL
 PINTO, C.S. CURSO BÁSICO DE MECÂNICA DOS SOLOS. 3
ED. SÃO PAULO: OFICINA DE TEXTOS, 2006.
 DAS, B. M. Fundamentos de Engenharia Geotécnica. São
Paulo: Thomson. Learning, 2007. 560 p.
 CRAIG, R.F. Mecânica dos Solos. Rio de Janeiro, LTC, 2007.
 CAPUTO, H.P. Mecânica dos Solos e suas Aplicações. 1 ed.
Rio de Janeiro: Livro Técnico, 1967.
 TERZAGHI, K. Mecânica dos Solos na Prática da Engenharia.
Rio de Janeiro: Livro Técnico, 1962.
2 – INVESTIGAÇÕES
GEOTÉCNICAS
Investigação Geotécnica

Prospecção = Investigação = buscar


dados para tomar uma decisão

Prospecção é igual a sondagem?


Sondagem é um método de Prospecção

Objetivos de uma prospecção ?


- Pelo menos quatro
Objetivos da sondagem:
Necessidade do conhecimento adequado do
solo;
Descrição, classificação e origem dos elementos
geológicos (cor, textura, processo formador);
Estratigrafia e distribuição geológico-geotécnica
das camadas;
Estimativa da espessura das camadas de solo
e/ou rochas;
Objetivos da sondagem:

Saber resistência da camada investigada;


Posição do nível d’água;
Identificação e classificação do solo – coleta
de amostras ou outro processo in situ;
Avaliação das propriedades de engenharia –
ensaios de laboratório ou de campo (mais
comuns).
Analogia procedimentos de
um geotécnico com
procedimento de um médico
PERFIL DO SOLO

NT = Nível do Terreno

= Nível da Água
Fonte: livro “Ao Pé do Muro”
1 1
2

2
3 3
5

6
Lote de 360 m2 = indica-se pelo menos 3 sondagens
Perfil do solo residual formado a partir da
rocha de origem

Solo Residual Maduro

Solo Residual Jovem


Resistências (capacidade de carga) dos Solos
Resistência menor que 20 kgf/cm²
•Aterros
•Solos Sedimentares
•Solo Residual Maduro

Resistência maior que 20 kgf/cm² e menor que 50 kgf/cm²


•Alteração de Rocha (Solo Saprolítico – horizonte C) - Solo
Residual Jovem

Resistência maior que 50 kgf/cm²


•Rocha Alterada (Saprolito)
•Rocha Sã
MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO
GEOTÉCNICA
PROSPECÇÃO GEOTÉCNICA DO SUBSOLO
• INTRODUÇÃO Embasamento teórico

PROBLEMA CONHECIMENTO DO SOLUÇÃO/


GEOTÉCNICO SUBSOLO DEFINIÇÃO

Prospecção Geotécnica

Experiência acumulada
PROSPECÇÃO GEOTÉCNICA
• Conjunto de operações visando a determinação da
natureza e características do terreno, sua
disposição e elementos de interesse para a
intervenção.
PROBLEMAS A SEREM EQUACIONADOS
• Problemas de fundação ou análise de estabilidade,
ruptura, deformações, pressões e resistência.

• Materiais de construção para empréstimo:


extensão, localização, volumes existentes.

• Problemas relacionados à água no subsolo:


profundidade do nível freático, permeabilidade
dos materiais, percolação, pressões.
CUSTOS
• Todas as sondagens “são caras”, mas as “mais
caras” são aquelas que não foram feitas (Ottman -
Lahuec)

• 0,5 a 1% do custo da obra  Quanto maior o


projeto menor o custo relativo.
A falta de informação  custo mais elevado;
 a obra pode tornar-se mais
cara e demandar maior tempo
para execução (problemas não
previstos);
 comprometimento da
segurança.

Economia de dinheiro  Maiores custos finais

Economia de tempo  Atrasos no empreendimento


MÉTODOS DIRETOS
Permitem a observação direta do subsolo ou
através de amostras coletadas ao longo de
uma perfuração ou a medição direta de
propriedades in situ escavações, sondagens
e ensaios de campo;
MÉTODOS DIRETOS (MANUAIS)

POÇOS, TRINCHEIRAS E GALERIAS DE INSPEÇÃO

Escavações manuais ou por meio de


escavadeiras permitindo a observação visual
direta do subsolo, com a possibilidade de
coleta de amostras indeformadas.
 Poços → escavação vertical de seção circular ou
quadrada, permitindo o acesso para descrição das
camadas de solos e rochas e coleta de amostras. A
abertura em rochas é feita com furos de martelete ou
explosivos;

 Trincheiras → com menor profundidade em relação


aos poços, permitem uma seção contínua horizontal;

 Galerias → seções horizontais em subsuperfície.


Limitadas a rochas ou solos muito consistentes.
Fonte: Carlos Nascimento, (2013)

Fonte: learmedeiros@gmail.com (2012)


Fonte: UNOPress (2015)

Fonte: Fermin Torres (2010)


Sondagem a Trado
MÉTODOS
DIRETOS
(MECÂNICOS)
Sondagens de Simples Reconhecimento
com SPT (tradução: Teste de Penetração
Padrão)
O método mais comum de reconhecimento do
solo é a Sondagem de Simples Reconhecimento com
SPT, que é objeto de uma Norma Brasileira, a NBR –
6484 (2001)
A sondagem consiste essencialmente em dois
tipos de operação: perfuração e amostragem.
Sondagem - SPT

Fonte: Tauri Sondagem


Fonte: Chiavini & Santos
MÉTODOS SEMI-DIRETOS

São aqueles que fornecem informações sobre a


natureza dos solos, sem, na maioria das vezes,
possibilitar a coleta de amostras.
Foram desenvolvidos devido à dificuldade na
execução de amostragem de alguns solos, como
areias puras ou submersas e argilas sensíveis e muito
moles.
MÉTODOS SEMI-DIRETOS:
 ENSAIO DE CONE – CPT – CONE PENETRATION
TEST e CPT (u)

“O ensaio consiste basicamente na cravação a

velocidade lenta e constante de uma haste com ponta

cônica, medindo-se a resistência encontrada na ponta e

a resistência por atrito lateral.”


• Dados fornecidos: resistência de ponta (qc), atrito
lateral (fs) e poro pressão (u);

• Ábacos → A razão entre o atrito lateral e a resistência


de ponta pode ser usada para determinar o tipo de solo
atravessado;

• Associado a investigação para melhor caracterização


do solo atravessado.
Método de execução:

•Consiste na cravação estática lenta de um cone


mecânico ou elétrico que armazena em um computador
os dados a cada 2 cm.

•O cone alocado nesta bomba hidráulica é penetrado no


terreno a uma velocidade de 2 cm por segundo.

•O próprio equipamento, por ser hidráulico, crava o


cone no terreno e funciona como uma prensa.
Fonte: Delta Geo
• Após cravado ele adquire os dados de forma
automática e o próprio sistema captura os índices e
faz o registro contínuo dos mesmos ao longo da
profundidade.

• O equipamento do cone apresenta um conjunto de


células de carga junto à ponta cônica, que permite a
medida da resistência de ponta (qc), uma luva de
atrito para determinação do atrito lateral do solo e
transdutores de pressão capazes de medir a poro
pressão do solo.
Fonte: CIVILSOLO
Vantagens:
 Determinação do perfil estratigráfico e classificação
do solo, permitindo a detecção de intercalações finas
com uma precisão superior às de sondagens
convencionais.

•Métodos diretos de cálculo

•Cravação quase estática;

•Estimação de parâmetros geotécnicos

• CPT ou CPT(u) fornecem parâmetros mais precisos


que o SPT, por exemplo.
Vantagens:

•Precisão – Confiabilidade do resultado;

•Medição da poro pressão - CPT(u) ;

•Rapidez de execução e agilidade dos resultados.

•Distinguir entre penetração drenada, parcialmente

drenada ou não drenada.


Desvantagens:

• Necessita de mão-de-obra especializada.

• Geralmente, é necessário que o terreno tenha


condições de acessibilidade para receber o
equipamento que pode estar montado sobre um
caminhão. Dentro da equipe que acompanha esse
procedimento é necessário que haja algum engenheiro
geotécnico
 ENSAIO DE PALHETA – VANE TEST

“O ensaio de palheta é tradicionalmente empregado na


determinação da resistência ao cisalhamento não
drenado, Su, das argilas moles.”

Consiste na rotação a uma velocidade de rotação


padrão de uma palheta cruciforme em profundidades
pré-definidas. A medida do torque T versus a rotação
permite a determinação da resistência não drenada do
solo.
Vantagens:

• Equipamento simples;
• Repetibilidade;
• Interpretação;
• Medida de uma grandeza física.
Desvantagens:

•Extremamente lento;
•A resistência não-drenada é um tópico
complexo. Recomenda-se também ensaios de
laboratório.
 ENSAIO PRESSIOMÉTRICO – PMT

Estimativa do módulo de elasticidade das


camadas de solo prospectadas.

Consiste na inserção em um pré-furo de sonda


pressiométrica e deformação radial de
membrana por meio de inserção de gás
nitrogênio.
As medidas de deformação são através do painel

de controle, que mede variações de pressões e

volumes ocorridos com a deformação do solo.


 ENSAIO DILATOMÉTRICO - DMT

Estimativa do módulo de elasticidade das


camadas de solo prospectadas.

O teste consiste na cravação de ponteira


metálica, com interrupções desta cravação a
cada 20 cm.
Nestas interrupções, é introduzido gás
nitrogênio que expande a membrana metálica
da ponteira contra o terreno.

Dessa expansão, registram-se em manômetro


de precisão duas leituras: a primeira quando a
dilatação da membrana “vence” o esforço de
compressão do terreno, e a segunda quando
esta deforma o solo de 1,1 mm.
Resumindo:
UTILIZAÇÃO

SPT: reconhecimento inicial, camadas, amostras,


nível d’água, compacidade, consistência;

CPT e CPTu: camadas, resistência,


deformabilidade, tempo de adensamento;

VST: resistência, sensibilidade;

DMT: camadas, resistência, deformabilidade;

PMT: resistência e deformabilidade


MÉTODOS INDIRETOS

Observação na superfície do terreno ou


mesmo no ar, por meio de instrumentos,
de certos campos de força naturais ou
produzidos artificialmente. Geofísica.
A determinação das propriedades do subsolo
é feita indiretamente, pela resistividade elétrica ou
pela velocidade de propagação das ondas sonoras
(sísmico), podendo-se determinar a espessura e o
nível da água.
Possuem a vantagem de serem rápidos e
“econômicos”, principalmente em obras de grande
porte (aterros, pontes, barragens, etc.). Geralmente,
detectam a presença de blocos de rocha ou
cavidades subterrâneas.
VANTAGENS:

• Seu emprego reduz a execução de outros

ensaios, facilitando o planejamento e a

execução de furos de sondagens e reduzindo

custos;

• Rapidez na execução e “baixo custo”;


VANTAGENS:

• Satisfatório na determinação da profundidade


das rochas;

• Localiza irregularidades no subsolo;

• Detecta a existência e localização do nível


d’água.
DESVANTAGENS:

• Requer mão de obra qualificada;

• Requer equipe de excelência na interpretação

dos resultados;
DESVANTAGENS:

• São mais indicados para áreas de grande

extensão, como as estradas;

• Não são retiradas amostras nem fornecidas

indicações quanto ao tipo de solo.


Ensaios de campo X Ensaios de laboratório

• LABORATÓRIO : poucas amostras, pouca


representatividade do todo, mas são mais
precisos;

• CAMPO : são menos precisos, mas


amostragem é quase integral, todas as
camadas são reconhecidas;

• CONCLUSÃO : Hoje em dia o maior uso e o


maior desenvolvimento das técnicas, está nos
ensaios de campo.
Amostras Indeformadas - Poços
Objetivo: ensaios mecânicos
Análise de Amostra Indeformada

Fonte: Monique Santos (2013)


Amostras Deformadas ou Amolgadas - Sondagens
Objetivo: Identificação e ensaios de caracterização

Fonte: livro “Ao Pé do Muro”


Fonte: livro “Ao Pé do Muro”
VÍDEO SONDAGEM 1/5 – 2/5
2 – INVESTIGAÇÕES
GEOTÉCNICAS
SEQUENCIAMENTO DE UMA
SONDAGEM CUJOS
OBJETIVOS SÃO:
CARACTERIZAR O SOLO E
DEFINIR SUA RESISTÊNCIA
Sondagem - SPT

Fonte: Tauri Sondagem


Sondagens de Simples
Reconhecimento com SPT
O método mais comum de reconhecimento
do solo é a Sondagem de Simples
Reconhecimento com SPT, que é objeto de uma
Norma Brasileira, a NBR – 6484 (2001)
A sondagem consiste essencialmente em
dois tipos de operação: perfuração e
amostragem.
Esta Norma prescreve o método de execução de so
ndagens de simples reconhecimento de solos, com
SPT, cujas finalidades, para
aplicações em Engenharia Civil, são:

a) a determinação dos tipos de solo em suas respecti


vas profundidades de ocorrência;
b) a posição do nível d’água; e
c) os índices de resistência à penetração (N) a cada
metro.

Para isto, deve-se conhecer a Sondagem a Trado


(etapa inicial) e a Percussão – SPT (etapa final)
Sondagem a percussão é um método de
investigação de solo cujo avanço da perfuração por
meio de trado ou de lavagem, sendo utilizada a
cravação de um amostrador para a medida de índices
de resistência à penetração, obtenção de amostras,
determinação do nível d'água e execução de vários
ensaios in situ. É possível, ainda, no final do ensaio à
penetração, medir o torque para ruptura da amostra.
O SPT, originário dos EUA, é o mais difundido
método de prospecção geotécnica do Brasil.

Quando associada ao ensaio de penetração


dinâmico (SPT), mede a resistência do solo ao
longo da profundidade perfurada.
Objetivo de uma Sondagem
O tipo da sondagem a ser selecionada dependerá do
objetivo a que se destina a sondagem.
Quando apenas o conhecimento das características
físicas do solo, o Trado atenderá às necessidades da
pesquisa. Pesquisas de Jazidas e grande parte dos estudos
de pavimentos são exemplos.
Quando for necessário o conhecimento da resistência
mecânica do solo será feito o emprego do SPT.
Amostra no amostrador
Ver vídeo 3/5
Execução da sondagem, a partir da
locação topográfica

a) Limpeza do terreno, abertura de sulcos para


desvio de águas da chuva e construção de
plataforma (se necessária);

b) Marcação dos furos (piqueteamento);


c) A sondagem inicia com o trado concha até

onde possível, passando a utilizar trado

helicoidal até o nível freático ou até atingido o

impenetrável ao trado → avanço do trado

helicoidal inferior a 5 cm em 10 min de

perfuração.
Sondagem a Trado
 Sondagem manual para
investigação de solos de baixa e
média resistência;

 Concha ou espiral que armazena


o material amostrado; com
diâmetro entre 3 (7,6cm) e 4
(10,2cm) polegadas;

 Coleta de amostras de metro em


metro ou quando muda a litogia;

 Investigação de áreas de
empréstimo e subleitos de
rodovias;

 Poucos metros de profundidade.


• SONDAGENS A TRADO

Trado: concha metálica dupla ou espiral que

ao perfurar o solo guarda em seu interior o

material escavado.

Processo simples rápido e econômico para

investigações preliminares das camadas mais

superficiais dos solos.


• SONDAGENS A TRADO

Permite a obtenção de amostras deformadas

ao longo da profundidade (de metro em

metro), ou a cada variação do solo.


• SONDAGENS A TRADO

Muito empregado na prospecção de solos em


obras rodoviárias, na determinação do nível
d’água e na perfuração inicial de sondagens
mecânicas.
Equipamento: hastes de ferro ou aço
roscáveis (φ : 1/2” ou 3/4” e comp. de até 3
m), cruzeta para aplicação do torque e brocas
(2”, 3” ou 4”).
Trados manuais → tipos: cavadeira, torcido, helicoidal,
concha. Em geral, atinge-se 15 m, dependendo da
compacidade e consistência dos solos.
Trados mecanizados (motor a gasolina) → permitem
furos de maior diâmetro, atingindo maiores
profundidades e atravessando solos mais compactos e
mais rijos.
TRADO MECÂNICO
d) A sondagem passa a utilizar o avanço por

percussão com circulação d’água (lavagem)

onde é utilizado o trépano como ferramenta de

escavação. Crava-se obrigatoriamente o

revestimento;
e) O sistema de circulação de água deve ser
mantido a 30 cm do fundo do furo. Deve ser
imprimido movimento de rotação ao
hasteamento durante a ação do trépano;

f) Detritos pesados (não carreados com a


circulação de água) devem ser retirados com
bomba-balde (baldinho);
g) São registradas as transições das camadas
pela observação do material tradado ou
trazido a superfície pela água de lavagem;

h) Deve ser registrado o nível freático e a


presença de artesianismo (surgente ou não
surgente). Os níveis d’água (estático e
dinâmico) devem ser registrados diariamente
durante a execução da sondagem e no dia
seguinte ao término;
Avanço por percussão com circulação d’água
Avanço por lavagem

Fonte: Total Construção


O terreno é perfurado através do golpeamento
do fundo do furo com peças de aço cortantes.

O processo de circulação de água facilita o


corte e traz até a superfície o material
desagregado.
Fonte: Chiavini & Santos
Sondagem a Percussão

 Caracterização da
cobertura de solos para
projeto de fundações e
aberturas subterrâneas;

 Amostragem deformada
de solo para ensaios;

 Tripé com bomba de


água, equipamentos de
furação e corte do solo;
Sondagem a Percussão
 Diâmetro de furação de
2,5’’ (6,3cm) com
profundidade máxima
limitada pelo peso do
conjunto de furação e
pela competência do
material;

 Revestimento para
proteção das paredes do
furo.
Sondagem

 Realizada com
percussão do
trépano,
desagregando o solo;

 O solo desagregado é
retirado pelo
bombeamento de
água no furo sob
pressão;

 Avanço de 55 cm.
Ensaio SPT – Standart Penetration Test
 Suspensão do bombeamento e
substituição do trépano pelo
barrilete de amostragem (45cm)

 Coloca-se o conjunto no fundo


do furo e deixa-se cair um peso
de 65kg a uma altura de 75cm
sobre esse conjunto

 É registrado o número de golpes


para que o barrilete penetre
15cm. São realizadas três
contagens, desprezando a
primeira (total de 30cm).
Ver vídeo 4/5
Equipamentos:
– Trados (para perfuração inicial)
– Tripé com sarrilho, roldana e cabo;
– Tubos de revestimento: φint = 2 ½”, 3”, 4” ou 6”;
– Hastes de aço roscável: φint = 25 mm, φext = 33,7
mm (3,23 kg/m);
– Martelo cilíndrico ou prismático com coxim de
madeira para cravação das hastes e tubos de
revestimento (peso = 65 kg);
– Amostrador padrão bipartido, dotado de dois
orifícios laterais para saída de água e ar:
φint = 34,9mm e φext = 50,8mm;
– Conjunto motor-bomba para circulação de
água na perfuração;
– Trépano (peça de aço biselada para o avanço
por lavagem);
Amostragem
As amostras a serem obtidas são dos seguintes tipos
(de metro em metro ou quando da mudança de
material):
• Amostras do trado (+/- 500g)
• Amostras do amostrador padrão (+/- 200g - cilindros
de solo)
• Amostras de lavagem (+/- 500g de material decantado)
• Amostras de baldinho (+/- 500g de material da bomba)
A SONDAGEM DEVE ENCERRAR NOS
SEGUINTES CASOS:
• quando atingir a profundidade especificada
na programação dos serviços;
• quando ocorrer a condição de
impenetrabilidade;
• quando prevista a continuidade da sondagem
por rotativa.
Critérios de Paralisação (NBR 6484:2001)

a) Quando, em 3m sucessivos, alcança-se 30


golpes na perfuração dos primeiros 15 cm.
b) Quando, em 4m sucessivos, alcança-se 50
golpes na perfuração dos primeiros 30 cm.
c) Quando, em 5 m, alcança-se 50 golpes na
perfuração dos 45 cm.
As diretrizes para a
execução de sondagens
SPT são regidas pela NBR
6484, a qual recomenda que
em cada metro do ensaio
SPT, deve ser feita a
penetração total dos 45 cm
do mostrador ou até que a
penetração seja inferior a 5
cm de cada 10 golpes
sucessivos.
A cada ensaio SPT
prossegue-se a perfuração
até a profundidade do novo
ensaio.
VER BOLETIM DE SONDAGEM 02
VANTAGENS E DESVANTAGENS DA
SONDAGEM SPT
Vantagens da sondagem SPT

Custo relativamente baixo;

Facilidade de execução e possibilidade de trabalho em locais de


difícil acesso;

Permite descrever o subsolo em profundidade e a coleta de


amostras;

Fornece um índice de resistência a penetração correlacionável


com a compacidade ou a consistência dos solos;

Possibilita a determinação do nível freático.


Desvantagens da sondagem SPT

Não ultrapassam matacões e blocos de rocha;

Podem ser detidas por pedregulhos ou solos muito


compactos;

Obtenção de amostras deformadas.


Programação de Sondagens de Simples
Reconhecimento dos Solos – SPT para fundações de
edifícios

– Número de furos → f (área projetada da construção)


SPT – T  Sondagem à percussão com torque
Consiste na execução normal do ensaio (SPT) com medida
de torque. A introdução da medida de torque no ensaio de SPT
veio para dar suporte a um dos melhores métodos de avaliação do
solo.

•A medida do torque é efetuada ao término de cada ensaio de


perfuração SPT.

•Acopla-se o torquímetro e inicia-se o movimento da rotação da


haste.

•O instrumento de leitura é observado e anota o máximo valor lido.

Fonte: TECGEO
Para este ensaio são necessários todos os

equipamentos utilizados no ensaio SPT, com

adição de alguns acessórios para medida de

torque através do equipamento conhecido como

torquímetro como descreve a NBR 6484-01, a

medida do torque, quando solicitada, é efetuada

ao término de cada ensaio de penetração SPT.


Retira-se a cabeça de bater e acopla-se o torquímetro

na polia de giração. Durante a rotação de recolhimento do

amostrador o operador verifica a leitura do torque máximo

necessário para romper a adesão entre o solo e o amostrador

obtendo o atrito lateral amostrador-solo, além de obter

também o torque residual na medida em que o operador

continua girando o amostrador até que a leitura se mantenha

constante, quando então, faz-se uma segunda medida, sendo

as medidas obtidas em Kgf.m.


As principais informações obtidas com
o ensaio de SPT-T são:
•A identificação das diferentes camadas
de solo que compõem o subsolo.

•A classificação tátil visual dos solos de cada


camada.
•A existência ou não de lençol freático e o nível
inicial e após 24 horas.

•A capacidade de carga do solo em várias


profundidades.

•Índice de torque (TR); é a relação entre o


torque medido em kgf.m pelo valor N do SPT,
descrito pela seguinte equação: TR = T / NSPT.
Fonte: Perfect Solos Fonte: PERSOLO

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