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MECÂNICA DOS SOLOS APLICADA

AULAS 10 e 11
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
Planejamento da Aula
• Investigações geotécnicas
• Classificação dos métodos de prospecção do
subsolo e suas características gerais.
• Sondagem à percussão SPT com circulação de
água. Variantes do ensaio (SPT-T, mecanização,
etc.). Análise e interpretação de relatórios finais.
Fontes de Consulta:
 Aulas Geologia de Engenharia - Prof. Dr. Frederico Garcia Sobreira
 PINTO, C.S. CURSO BÁSICO DE MECÂNICA DOS SOLOS. 3 ED.
SÃO PAULO: OFICINA DE TEXTOS, 2006.
 DAS, B. M. Fundamentos de Engenharia Geotécnica. São Paulo:
Thomson. Learning, 2007. 560 p.
 CRAIG, R.F. Mecânica dos Solos. Rio de Janeiro, LTC, 2007.
 CAPUTO, H.P. Mecânica dos Solos e suas Aplicações. 1 ed. Rio de
Janeiro: Livro Técnico, 1967.
 TERZAGHI, K. Mecânica dos Solos na Prática da Engenharia. Rio
de Janeiro: Livro Técnico, 1962.
Figuras: Prof. Dr. Frederico Garcia Sobreira
(Mestrado Profissional em Geotecnia – UFOP-MG)
INVESTIGAÇÕES
GEOTÉCNICAS
Sondagem - SPT

Fonte: Tauri Sondagem


Esquema de execução da sondagem SPT

Fonte: PROCEDIMENTO IN SITU, 2006


Ensaio de penetração SPT
Considerações Gerais
a) Deve ser executado a cada metro a partir de 1 m de
profundidade;
b) O fundo do furo deve estar limpo. O tubo de
revestimento (quando presente) deve permanecer a mais
de 10 cm do fundo do furo;
c) O ensaio consiste na penetração do amostrador
padrão através do impacto de um martelo de 65 kg
caindo de uma altura de 75 cm. O martelo deve possuir
haste guia e ser dotado de um coxim de madeira. O
martelo deve ser erguido manualmente por corda e polia;
d) Amparado a amostrador verticalmente no fundo do furo,
o martelo é suavemente apoiado sobre a composição →
a penetração decorrente corresponderá a zero golpes;
e) Não tendo ocorrido penetração igual ou maior que 45 cm
com o procedimento anterior → inicia-se a cravação do
amostrador pela queda do martelo a 75 cm, anotando-se o
número de golpes necessários para cravação de cada 15
cm;

f) O índice de resistência a penetração obtido do ensaio


(Nspt) consiste no número de golpes necessários para
cravação dos 30 cm finais do amostrador;

g) A cravação do amostrador é interrompida e o ensaio de


penetração suspenso quando se obtiver penetração
inferior a 5 cm após 10 golpes consecutivos ou quando o
número de golpes ultrapassar a 50 num mesmo ensaio →
impenetrável ao SPT.
Ensaio de avanço por lavagem (lavagem por tempo)
a) Atingido o impenetrável ao SPT, havendo interesse no
prosseguimento da sondagem por percussão, inicia-se o
processo de avanço por lavagem para execução do
ensaio de lavagem por tempo. São anotados os avanços
obtidos a cada período de 10 min de lavagem;

b) Quando, no mesmo ensaio de lavagem por tempo forem


registrados avanços inferiores a 5 cm por 10 min, em três
períodos consecutivos → impenetrável ao trépano;

c) Não é recomendada a adoção do critério de impenetrável ao


trépano para término da sondagem quando está previsto
continuidade por sondagem rotativa. Utiliza-se o critério de
impenetrável ao SPT.
SONDAGENS ROTATIVAS

Conjunto motomecanizado projetado para obtenção de


amostras contínuas de materiais rochosos através de
ação perfurante dada por forças de penetração e rotação.

Empregadas quando a sondagem de simples


reconhecimento atinge estrato rochoso, matacões ou
solos impenetráveis a percussão.

Permitem:
Obtenção de amostras → testemunhos de sondagem
Determinação da permeabilidade in situ → ensaios de
perda d’água
Equipamentos de sondagem rotativa

Fonte: GEORGES
Equipamentos de sondagem rotativa

Fonte: SONDEQ
Ferramentas de sondagens

Fonte: Drillmine
SONDAGENS MISTAS

“Sondagem mista é um método de investigação que


conjuga a sondagem a percussão para o trecho em solo
e a sondagem rotativa para o trecho em rocha.”

Sondagem mista: percussão + rotativa


Apresentação dos resultados da sondagem
Relatório de Sondagem :
• croqui do terreno com a localização dos furos;
• perfis individuais de cada furo;
• perfis longitudinais ao longo do alinhamento dos furos.

Indicações indispensáveis em cada perfil individual:


• cotas em relação a um referencial;
• posições de amostragem;
• indicação do nível d’água (durante a sondagem e após 24 h);
• posição final do revestimento;
• indicação do NSPT ao longo da profundidade;
• resultados de ensaios de avanço por lavagem;
• resultados de ensaios de permeabilidade (se houver);
• descrição das camadas → tipo de solo, consistência/compacidade,
cor e demais características perceptíveis;
• motivo de paralisação do furo.
Fatores que influenciam no valor do NSPT:

• Fatores ligados ao equipamento


– forma, dimensões e estado de conservação do amostrador;
– peso e estado de conservação das hastes;
– martelo de bater e superfície de impacto fora de especificação;
– diâmetro do tubo de revestimento.

• Fatores ligados a execução da sondagem


– variação na energia de cravação (altura do martelo, atrito);
– procedimento de avanço da sondagem;
– má limpeza do furo;
– furo de diâmetro insuficiente a passagem do amostrador;
– excesso de lavagem para cravação do revestimento;
– erro na contagem do número de golpes.
Índice de resistência a penetração – NSPT

NSPT soma do no de golpes necessários a penetração dos 30


cm finais do amostrador padrão (Ex. 40, 37, 8).

Apresentação de forma diferenciada:


• O amostrador penetra somente com o peso do martelo → zero
golpes;

• O solo é tão inconsistente ou fofo que ao primeiro golpe


penetra mais do que os 45 cm do amostrado -, indica-se
associado a este golpe a profundidade penetrada. Ex: 1/58;

• O solo é tão rijo ou compacto que não se consegue cravar todo


o amostrador - indica-se a razão golpes/profundidade. Ex: 30/15.
A correlação básica do NSPT → compacidade (areias e
siltes arenosos) e consistência (argilas e siltes
argilosos)
VER BOLETINS DE SONDAGEM
Parâmetros Médios do Solo
MÓDULO DE PESO ESPECÍFICO γ ÂNGULO COESÃO
FAIXA
TIPO DE SOLO ELASTICIDADE NATURAL SATURADO DE ATRITO EFETIVA
NSPT
E (t/m²) (t/m³) (t/m³) Ø (°) c (t/m³)
0 - 4 2000 - 5000 1,7 1,8 25 ° -
5 - 8 4000 - 8000 1,8 1,9 30 ° -
Areia pouco siltosa
9 - 18 5000 - 10000 1,9 2,0 32 ° -
/ pouco argilosa
19 - 41 8000 - 15000 2 2,1 35 ° -
≥ 41 16000 - 20000 2 2,1 38 ° -
0 - 4 2000 1,7 1,8 25 ° 0,0
Areia média e fina 5 - 8 4000 1,8 1,9 28 ° 0,5
muito argilosa 9 - 18 5000 1,9 2 30 ° 0,8
19 - 41 10000 2 2,1 32 ° 1,0
0 - 2 200 - 500 1,5 1,7 20 ° 0,8
Argila porosa
3 - 5 500 - 1000 1,6 1,7 23 ° 1,5
vermelha e
6 - 10 1000 - 2000 1,7 1,8 25 ° 3,0
amarela
≥ 10 2000 - 3000 1,8 1,9 25 ° 3,0 - 7,0
0 - 2 100 1,7 1,8 20 ° 0,8
3 - 5 100 - 250 1,8 1,9 23 ° 1,5
Argila siltosa 6 - 10 250 - 500 1,9 1,9 24 ° 2,0
pouco arenosa 11 - 19 500 - 1000 1,9 1,9 24 ° 3,0
20 - 30 3000 - 10000 2 2 25 ° 4,0
≥ 30 10000 - 15000 2 2 25 ° 5,0
0 - 2 500 1,5 1,7 15 ° 1,0
3 - 5 500 - 1500 1,7 1,8 15 ° 2,0
Argila arenosa
6 - 10 1500 - 2000 1,8 1,9 18 ° 3,5
pouco siltosa
11 - 19 2000 - 3500 1,9 1,9 20 ° 5,0
≥ 20 3500 - 5000 2 2 25 ° 6,5
Turfa / argila 0 - 1 40 - 100 1,1 1,1 15 ° 0,5
orgânica 2 - 5 100 - 150 1,2 1,2 15 ° 1,0
5 - 8 800 1,8 1,9 25 ° 1,5
Silte arenoso 9 - 18 1000 1,9 2 26 ° 2,0
pouco argiloso 19 - 41 15000 2 2 27 ° 3,0
≥ 41 20000 2,1 2,1 28 ° 5,0
Fonte: Pereira (2019) apud Joppert (2007).
DEFINIÇÃO DE ÂNGULO DE
ATRITO DO SOLO
Lei de Coulomb H — força horizontal tendendo a induzir movimento ao bloco de peso W;
T — força de atrito (componente cisalhante da força de reação);
 Atrito entre dois corpos N — força normal (componente normal da reação ao bloco);
μ — coeficiente de atrito (estático) bloco/plano horizontal;
ϕ’ — ângulo de atrito bloco/plano horizontal.
DEFINIÇÃO DE COESÃO
Coesão
Parcela de resistência ao cisalhamento de um solo que independe das
tensões normais aplicadas.
Origem:
 atração química entre partículas argilosas (particularmente atração
iônica);
 cimentação entre partículas;
 tensões superficiais geradas pelos meniscos capilares;
 tensões residuais da rocha de origem.
No modelo do corpo sobre uma superfície  coesão “cola” que induz
resistência ao deslizamento independente da tensão normal.

Coesão real  atração iônica + cimentação + tensões residuais.

Classificação dos solos em função da coesão real:


◦ solos coesivos → solos com o c ≠ 0 solos argilosos, solos cimentados
e solos saprolíticos pouco intemperizados.
◦ solos não coesivos → solos com c = 0 solos arenosos não cimentados.
RESUMINDO

Solos ARGILOSOS
solos com o c ≠ 0 e ângulo de atrito = 0

Solos ARENOSOS
solos com o c = 0 e ângulo de atrito ≠ 0
Curva tensão x deformação e limite
de elasticidade (a)

Fonte: Resista Manutenção (2018)


FATOR DE SEGURANÇA (FS) = 3,0

TENSÃO ADMISSÍVEL DO SOLO (= TENSÃO DE PROJETO)

TENSÃO DE RUPTURA (= TENSÃO QUE O SOLO ROMPE)


Tipos de Fundações
Fundações rasas ou
superficial ou direta
Sapata Isolada

Fonte: Construindo de cor Fonte: Mello (2019)


Sapata Isolada

Fonte: Pesquisa Unifimes (2018)


Bloco de Fundação Rasa

Fonte: Construção Civil. Disponível em:


https://construcaociviltips.blogspot.com/2012/01/fundacoes-blocos-e-alicerces.html
Radier

Fonte: Mello (2019)


Fundação em radier

Fonte: Antônio Gravante (2016)


Fundações profundas ou
indiretas
TUBULÃO A CÉU ABERTO

Fonte: Caio Pereira (2021)


Tubulão a Céu Aberto

Fonte: Filipe Marinho (2020)


Estaca metálica

Fonte: Disponível em:


http://www.brasil.geradordeprecos.info/obra_nova/Fundacoes/Profundas/Estacas_pre-
fabricadas/Estaca_metalica.html
Estaca Strauss

Fonte: Paraná Estacas


Bulbo de Pressões ou Tensões
Bulbo de tensões

• Região do subsolo sob domínio das tensões induzidas pelo


carregamento (usualmente até 10% da carga de superfície).
BULBO DE PRESSÕES

Fonte: Yago Perna (2014)


BULBO DE PRESSÕES

Fonte: Yago Perna (2014)


TORRE DE PISA

Fonte: Yago Perna (2014)


TORRE DE PISA

Fonte: Yago Perna (2014)


TORRE DE PISA

Fonte: Yago Perna (2014)


PRÉDIOS DE SANTOS

Fonte: Yago Perna (2014)


Fonte: Renata Lacerda (2004)
Fonte: Grupoae (2013)
Fonte: Altair Santos (2015)
Fonte; Felipe Marinho (2019)
Unidades importantes

1 Pa = 1 N/m² 1 N = 100 gf 1 N = 0,1 kgf

1 Mpa = Pa 1 Mpa = N/m²

1 Mpa = 10³ kPa

1 Mpa = 10 kgf/cm²

Observação:
FUNDAÇÕES A SEREM PESQUISADAS

As fundações a serem pesquisadas são:


Fundação rasa
É o primeiro tipo de fundação a ser pesquisada. A ordem
de grandeza da tensão admissível, ou quanto que o solo
suporta de carga da estrutura é obtida por:
Para o cálculo do bulbo de pressão, utiliza-se a seguinte fórmula:
L= 2B. Se a menor dimensão da base é 1,0 m , logo, o bulbo de
pressão alcançará 2,0 m de profundidade.
Para o cálculo da tensão admissível do solo, e de acordo com o
exemplo acima, deve seguir os seguintes passos:
1- Somam-se os 3 últimos SPT’s (iniciando da base da sapata até a
profundidade onde termina o bulbo de pressão).
2- Divide esse valor por 3 para encontrar o valor de SPT médio.
3- Divide esse último valor por 50 para encontrar a taxa admissível
do solo em MPa ou por 5 para encontrar a taxa admissível do solo
em kgf/cm² .
Taxa de solo ideal para sapata: 1,0 a 1,5 kgf/cm² (10 a 15 MPa).
EXEMPLO:
Considerando o boletim de sondagem a seguir e caso a fundação em sapata
(1,0 x 2,0)m esteja apoiada na cota -2,0, cujo SPT é igual a 11, calcular o valor
da tensão admissível do solo.
Solução:
Como B= 1,0 m e L=2B
Sendo B=menor dimensão da base
L=comprimento em profundidade do bulbo de pressão (limite).
L= 2 x 1 = 2,0 m
Cálculo do SPTmédio = (11 + 7 + 9)/3 = 9

= (SPTmédio)/50 = 9/50 = 0,18 MPa

Ou 1,8 Kgf/cm2
B
L
- 4,0
Para descobrir qual o tipo de fundação mais adequado
(sapata, bloco, radier, tubulão ou estaca) para cada
situação, deve-se calcular a tensão admissível do solo.
Se no boletim de sondagem constar que nos primeiros
3,0 m, existem SPT’s iguais ou superiores a 8, deve-se
utilizar fundação rasa, se não houver presença de água.

SAPATAS
• Normalmente, as sapatas estão assentadas no 1º metro de
solo.
• A menor dimensão utilizada para a base de uma sapata
deve ser 60 cm. Geralmente, adota-se 1,0 m para o valor da
base.
FUNDAÇÃO PROFUNDA
Fundações em tubulões
Os tubulões a céu aberto são usados praticamente para
qualquer faixa de carga. Durante sua execução, não
causam vibrações. Seu limite de carga, geralmente, é
condicionado pelo diâmetro da base.

De uma maneira geral, as bases devem ter seu diâmetro


limitado a 4 m, só se adotando diâmetros maiores em
terrenos bem conhecidos e experimentados.
A tensão admissível do solo apoio da base será:

• Para o cálculo do bu7lbo de pressão, utiliza-se a seguinte fórmula:


L=2B.
Se a dimensão da base é de 1,0 m, logo, o bulbo de pressão alcançará 2,0
m de profundidade.

• Para o cálculo da taxa admissível do solo:


1. Somam-se os 3 últimos SPT’s (iniciando da base da sapata até a
profundidade onde termina o bulbo de pressão).
2. Divide esse valor por 3 para encontrar o valor de SPT médio.
Fundações em estacas

Para profundidades acima de 8,0 m,


recomenda-se utilizar estaca ao invés de
tubulão, uma vez que, economicamente, torna-
se inviável.
EXERCÍCIO
1. Citar três objetivos de uma sondagem ?

2. Citar três “problemas” a serem solucionados que


necessitam de sondagem?

3. É possível economizar tempo e dinheiro não


realizando a prospecção geotécnica? Por que?

4. Dê dois exemplos e discorra como funciona os


métodos diretos, semi-direto e indiretos de
investigação geotécnica.
5. Explique a diferença entre uma amostra deformada
e uma indeformada.

6. Definir o sequenciamento de uma sondagem cujos


objetivos são a definição das características
físicas do solo e sua resistência.

7. O que significa SPT em termos físicos?

8. Quais os critérios de paralisação de uma


sondagem SPT?
9. Quais os fatores que influenciam no valor do
NSPT?

10. Descreva como criar um perfil geotécnico.

11. Discorra sobre sondagem rotativas.

12. Interpretar um boletim de sondagem levando em


consideração a coluna de penetração, SPT,
método, camadas, profundidade, espessura e
classificação.
EXERCÍCIO 13
Caso precise apoiar uma fundação de tubulão que
suporte 35 tf/m² em decorrência da carga de um pilar,
em qual profundidade para cada furo iria “descer” a
fundação, considerando que o tubulão tem diâmetro da
base de 1,5 m? Desconsiderar a informação que o solo
é saturado.
SOLUÇÃO
35 tf/m² = 35.000 kgf/10.000 cm² = 3,5 kgf/cm² (este valor é a tensão
que “chega” da estrutura no solo)

1 tf = 1.000 kgf
1 m² = 10.000 cm²
= SPT (médio)/3
=3,5 kgf/cm² (o solo tem que suportar pelo menos este valor da
carga do pilar)
3,5 = SPT (médio)/3 kgf/cm²
SPT (médio) = 10,5 (maior ou igual)
Bulbo de pressão: 2B (B = diâmetro da base) = 2 x 1,5
= 3,0 m

SPT (médio) = SPT da base + três próximos do bulbo


de pressão = média da 4 SPTs

Portanto, a soma do SPTs tem que ser maior ou igual a


4 x 10,5 = 42

Tubulão sempre será apoiado a partir do quarto metro


(fundação profunda)
Pilar
Pilar
Pilar
RESPOSTA
S-52 – APOIAR NA COTA +2
S-49 – APOIAR NA COTA +2
S-45 – APOIAR NA COTA +3
EXERCÍCIO 14
Caso precise apoiar uma fundação de sapata que suporte
15 tf/m² em decorrência da carga de um pilar, em qual
profundidade para cada furo iria “descer” a fundação,
considerando que a sapata tem diâmetro da base de 1,0
m? Desconsiderar a informação que o solo é saturado.
SOLUÇÃO
15 tf/m² = 1,5 kgf/cm² (este valor é a tensão da estrutura
que “chega” no solo)
= SPT(médio)/5
1,5 = SPT(médio)/5
SPT(médio) = 7,5 (maior ou igual) 7,5 x 3 = 22,5
RESPOSTA
S-52 – APOIAR NA COTA +3
S-49 – APOIAR NA COTA +5
S-45 – APOIAR NA COTA +5
Questões fechadas
1) A respeito das sondagens à percussão (SPT), é correto dizer que:

a) NSPT é igual à soma do número de golpes necessários para


penetrar os 30 cm finais no processo de cravação, a cada metro
investigado.

b) apesar de ser um excelente ensaio para inspeção geotécnica dos


solos, com fins de aplicação em fundações, o ensaio SPT não
atravessa solos compactos e duros.

c) este ensaio é realizado com uma sonda rotativa.

d) o ensaio (SPT) é realizado a cada 3 metros de sondagem.

e) as amostras de solo analisadas são indeformadas.


2) Durante os estudos geotécnicos do solo de uma região em que será
realizada uma terraplanagem, foram realizados os seguintes testes:

• sondagem à percussão
• ensaio de palheta (Vane test);
• ensaio de Piezocone.

Julgue os seguintes itens, com base nas informações apresentadas


acima.

1.No ensaio de Piezocone, podem ser medidos três dados do solo:


resistência de ponta, resistência ao atrito lateral e pressões neutras.

2. A sondagem à percussão, por meio de correlação, permite medir as


mesmas propriedades do solo determinadas pelos ensaios de palheta e
Piezocone.

3. O ensaio de palheta é empregado para determinar o grau de


compacidade de solos arenosos.
3) Sobre o Ensaio de Penetração Padrão (SPT - Standard Penetration Test),
durante a prospecção do subsolo, é correto afirmar:

a) A perfuração do terreno é sempre iniciada com a técnica denominada


percussão e lavagem, permitindo, desta forma, a coleta de amostras de
metro em metro e sua devida identificação visual e táctil.
b) Quando o solo é muito fraco, de forma que a aplicação do primeiro golpe
do martelo leve a uma penetração superior a 45 cm, o resultado da
cravação deve ser expresso pela relação deste golpe com a respectiva
penetração.
c) A perfuração do terreno com trado não é recomendada, mesmo acima do
nível d'água, pois o uso do trado, tanto cavadeira como helicoidal, impede
a coleta de amostras indeformadas para a identificação visual e táctil.
d) Em função da resistência à penetração, o estado do solo é classificado
pela compacidade, quando o solo for argila ou silte argiloso ou pela
consistência, quando o solo for areia ou silte arenoso.
e) Quando não ocorre penetração total do amostrador, registra-se o SPT em
forma de fração, por exemplo, 30/15, indicando que para os primeiros 30
cm penetrados foram necessários apenas 15 golpes.
RESPOSTA 1:
a)

RESPOSTA 2:
1 – Certo ;
2 – Errado;
3 – Errado.

RESPOSTA 3:
b)

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