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MAURÍCIO DE NASSAU

ENGENHARIA CIVIL
GEOLOGIA 20201.A
JOSÉ STROESSNER SILVA CRUZ
ROBERTO LUIZ FROTA DE MENEZES VASCONCELOS
JÉSSICA ÁLIDA GOMES DE ABREU

Ao irem pela segunda vez a um terreno (2000 m²) que será utilizado na construção de um
açude, se faz necessário o conhecimento mais aprofundado da litologia do terreno, solos e
rochas. Responda as seguintes questões abaixo:

Será utilizada a retirada de que tipos de amostras dos solos? Cite-as e explique a razão.

Os processos de sondagens para retirada de amostras podem serem feitos de duas maneiras
os métodos indiretos e os métodos diretos. Nesse caso usaremos de início os métodos diretos
por serem mais baratos.
Sondagem a trado mecanizado: utilizando motor acoplado, esse tipo de equipamento
ultrapassa as barreiras impostas pelo trado manual, podendo ir além dos 15 metros de
profundidade, solos compactados e cheios de pedregulhos. A sondagem a percussão com
circulação d'água também conhecida como SPT.
As vantagens da utilização da sondagem STP é o custo relativamente baixo, facilidade de
execução, permite descrever o subsolo em profundidades e coleta de amostras, fornece índice
de resistência à penetração e possibilita a determinação do nível freático.
O equipamento para realizar uma sondagem SPT é formado por um tripé com uma roldana,
por onde um cabo de aço, e em sua ponta, um peso de 65kg. Esse peso é lançado de uma
altura padrão, 75cm, e bate em um amostrador que vai entrando no solo ao longo das batidas,
esse número de batidas no amostrador para avançar os 30cm finais é um índice que
chamamos de NSPT. É como se fosse uma barra de aço em que eu vou desferindo golpes
contra ela sempre com a mesma energia, e essa barra vai entrando no solo. O ensaio em si,
funciona da seguinte forma, o amostrador deve penetrar 45cm a partir das batidas com o peso.
A cada 15 cm anota-se o número de batidas que foram realizadas para o amostrador avançar.
Os 15cm iniciais são descartados e o que realmente deve ser considerado são o número de
golpes para o avanço dos 30cm finas.
Para os 55cm restantes de cada cota, o solo é removido com auxílio de trado helicoidal ou a
percussão. O NSPT utilizado para realizar o cálculo da pressão admissível então, é o número
de golpes do martelo para que o amostrador padrão penetre 30 cm no solo, após uma
penetração inicial de 15 cm. Esse procedimento é realizado a cada metro de sondagem.
Do ponto de vista das fundações superficiais:
< 10 golpes = solo com baixa resistência
10 < golpes < 20 = solo com resistência mediana
20 < golpes < 30 = solo com boa resistência
> 30 golpes = solo com ótima resistência (ideal)

Quantos furos e quais locais seriam feitos os furos para a retirada de amostras?

Sobre a quantidade de furos a serem feitos a NBR 8036/83 (Programação*) de sondagens de


simples reconhecimento dos solos para fundações de edifícios), estabelece que: as sondagens
devem ser, no mínimo, de uma para cada 200m 2 de área da projeção em planta do edifício, até
1200m 2 de área; Entre 1.200 m 2 e 2.400m 2 deve-se fazer uma sondagem para cada 400 m a
que excederem de 1.200 m².
O terreno que estamos estudando tem área de 2000m 2, portanto de acordo com a NBR citada
acima e com o quadro retirado do (guia de estudos da unidade 3 de fundamentos da geologia),
seriam necessárias 8 pontos ou furos. Estes furos seriam perfurados aos arredores do local de
onde seria construída a parede do açude como também o leito do rio onde a parede será
construída pois esses locais são os mais importantes.

ÁREA (ml) NÚMERO DE FUROS


s 200 2 (na prática no mínimo 3)
200-400 3
400-600 3
600-800 4
800 - 1000 5
1000 - 1200 6
1200 - 1600 7
1600-2000 8
2000 - 2400 9
> 2400 A critério do projetista

Que equipamentos de sondagem direta serão utilizados? Sabendo que o lençol freático
se encontra abaixo de 15 m.

Dentro das características do terreno e do lençol freático, podemos usar vários tipos de
sondagens diretas como: a sondagem a trado por ser barata, a sondagem com poços de
inspeção em solos e galerias que pode chegar aos 15 metros do lençol freático, mas não seria
tão indicada, a sondagem a percussão com circulação de água, pois pode atingir até 40 metros
de profundidade, e a sondagem rotativa que acho que seria a mais indicada para esse terreno.
A sondagem rotativa que pode também atingir 40 metros é utilizada para investigação
geotécnica de maciços rochosos e solos impenetráveis à percussão SPT.

Consiste na perfuração com máquina motorizada, que rotaciona e aplica pressão ao barrilete
acoplado a broca diamantada. O conjunto de perfuração, formado por hastes + barrilete mais
coroa diamantado, é refrigerado à água.
Os diâmetros a serem utilizados e sua sequência (telescopagem) deverão ser estabelecidos
em especificações técnicas e em contrato, podendo ser ajustados mediante aprovação da
Fiscalização. Para material decomposto e rocha alterada, deve-se optar por diâmetros maiores.
Quando, no avanço da sondagem rotativa, ocorrer mais de 50 cm de material mole ou
incoerente, deverá ser executado um ensaio de penetração SPT, seguido de outros a intervalos
de 1 m. O controle da profundidade do furo, com precisão de 1cm, deverá ser feito pela
diferença entre o comprimento total das hastes com a peça de perfuração e a sobra delas em
relação ao piquete de referência fixado junto à boca do furo. No caso de a sondagem atingir o
nível freático, a sua profundidade deverá ser anotada.
Os equipamentos e ferramentas são os seguintes:
• Tripé;
• barrilete;
• Sonda rotativa;
• Bomba de Água; hastes;
• barriletes;
• Coroas;
• Luvas alargadoras (calibradores);
• Tubos de revestimento;
• E demais acessórios necessários à execução de sondagens desse tipo (croqui
traduzido da norma ASTM D2113).

Se for utilizado um equipamento sondagem indireta qual deles você escolheria?

Os métodos indiretos de sondagem de acordo com Maciel Filho e Nummer (2011, p.151), são
métodos geofísicos, sísmicos e elétricos, que podem ser apoiados por investigação direta e
mapeamento de superfície. Temos o método da resistividade elétrica, o método sísmico de
refração e o método ground penetration radar (GPS).
Acho que o método mais completo e indicado para nosso caso seria o método ground
penetration radar (GPS), conhecido como e um aparelho que transmite pulsos de alta
frequência por meio de uma antena e de ondas de rádio que está refletido nos corpos e é
captada pela antena receptora.
Esse método pode ser usado para descobrir profundidade, espessura e caracterização de
rochas e solos, identificar estruturas geologicas como fendas e entre outros usos possíveis.

Ao perceber que há argila no terreno que procedimentos laboratoriais irão ser utilizados
pua separar a argila das areias para determinar as porcentagens granulométricas e
posterior classificação do solo?

Para quantificar as frações solo, há necessidade de separá-las previamente, dependendo do


tamanho, utiliza-se o peneiramento para as frações de areia grosso e areia fina, e a
sedimentação para as frações silte e argila. A separação por peneiramento leva a resultados
de maior confiabilidade, porém a separação por sedimentação se impõe na diferenciação das
frações silte e argila, por não haver peneiras de 002 m.

O método da pipeta é especialmente indicado para a análise da argila, podendo determinar,


também, a fração silte. É um método de sedimentação utilizando pipeta para coletar uma
alíquota a profundidade e tempo determinado. O método da pipeta parte do peso de TFSA
correspondente a 20g de TFSE, a qual é dispersa; a suspensão é passada em uma peneira de
0,05mm ou 0,02 m de malha, recebendo o líquido em proveta de sedimentação; continua-se a
lavar a fração retida no tamis até completar o volume da proveta, de um litro. Colocada a preta
em banho com temperatura controlada, geralmente 20 0C, após cera de 2 a 3 horas a
suspensão é agitada por um minuto. Decorrido de 8 horas, uma pipeta e introduzida a 10 cm
de profundidade, recolhendo uma alíquota de 20ml. Essa amostra é passada para urna cápsula
de porcelana e secada em estufa; multiplicando por 50 0 valor da massa obtida tem-se a
porcentagem de argila no solo.

https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/territorio_sisal/arvore/CONT000gsx4j2jm02wx7
ha087apz2icacuc9.html
http://www.esalq.usp.br/departamentos/lso/arquivos_aula/LSO210_1a%20aula-2016-Geologia
%20Aplicada%20a%20Solos.pdf
http://igeologico.com.br/classificacao-de-solos-na-geologia-de-engenharia/

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