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São Paulo
2013
Universidade Nove de Julho
São Paulo
2013
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SUMÁRIO
EQUIPAMENTOS ULTILIZADOS.......................................................................PG5
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Objetivos da medida de resistência á penetração de solos pelo método SPT e da medida
de torque.
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Equipamentos ultilizados.
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Método de ensaio SPT
O ensaio consiste em fazer uma perfuração vertical com diâmetro normal 2,5" (63,5mm). A
profundidade varia com o tipo de obra e o tipo de terreno, ficando em geral entre 10 a 20 m.
Enquanto não se encontra água, o avanço da perfuração é feita, em geral, com um trado
espiral (helicoidal).
O avanço com trado é feito até atingir o nível de água ou então algum material resistente. Daí
em diante, a perfuração continua com o uso de trépano e circulação de água, processo
denominado de “lavagem”. O trépano é uma ferramenta da largura do furo e com terminação
em bisel cortante, usado para desagregar o material do fundo do furo.
O trépano vai sendo cravado no fundo do furo por repetidas quedas da coluna de perfuração
(trépano e hastes). O martelo cai de uma altura de 30 cm, e a queda é seguida por um pequeno
movimento de rotação, acionado manualmente da superfície, com uma cruzeta acoplada ao
topo da coluna de perfuração. Injeta-se água sob pressão pelos canais existentes nas hastes,
esta água circula pelo furo arrastando os detritos de perfuração até a superfície. Para evitar o
desmoronamento das paredes nas zonas em que o solo apresenta-se pouco coeso é instalado
um revestimento metálico de proteção (tubos de revestimento).
A sondagem prossegue assim até a profundidade especificada pelo projetista (que se baseia na
norma), ou então até que a percussão atinja material duro como, por exemplo, rocha,
matacões, seixos ou cascalhos de diâmetro grande.
O amostrador (figura ao
lado) é cravado através do
impacto de uma massa
metálica de 65 kg caindo
em queda livre de 75 cm de
altura. O resultado do teste
SPT será a quantidade de
golpes necessários para
fazer penetrar os últimos 30
cm do amostrador no fundo Amostrador padrão para ensaio SPT. A padronização
do furo. Se o solo for muito internacional permite comparações entre estudos feitos em
mole, anota-se a penetração diversas parte do mundo.
do amostrador, em
centímetros, quando a
massa é simplesmente apoiada sobre o ressalto. A medida correspondente à penetração obtida
por simples apoio, ou zero golpes, pode ser expressiva em solos moles. Na penetração por
batida da massa conta-se o número de golpes aplicados, para cada 15 cm de penetração do
amostrador.
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As diretrizes para a execução de sondagens são regidas pela NBR 6484, "Execução de
Sondagens de simples reconhecimento", a qual recomenda que, em cada teste, deve ser feita a
penetração total dos 45 cm do amostrador ou até que a penetração seja inferior a 5 cm para
cada 10 golpes sucessivos. A cada ensaio de SPT prossegue-se a perfuração (com o trado ou o
trépano) até a profundidade do novo ensaio.
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Critérios de paralisação de sondagem á percussão
O processo de perfuração, por trado ou lavagem, associado aos ensaios penetrométricos, será
realizado até onde se obtiver nesses ensaios uma das seguintes condições:
1 -- Quando em 3 m sucessivos se obtiver índices de penetração maiores do que 45/15;
2 -- Quando em 4 m sucessivos forem obtidos índices de penetração entre 45/15 e 45/30;
3 -- Quando, em 5 m sucessivos, forem obtidos índices de penetração entre 45/30 e 45/45
(número de golpes/espaço penetrado pelo amostrador).
Entretanto, ocorrendo essa situação antes de 8,00 m, a sondagem será deslocada até o máximo
de quatro vezes em posições diametralmente opostas, distantes 2,00 m da sondagem inicial.
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Tipo de amostradores
AMOSTRADOR SHELBY:
O amostrador tipo Shelby de parede fina, é o mais usado, tanto no Brasil como no
exterior. Normalmente são fabricados em latão ou alumínio, e também podem ser em aço
inoxidável, porém a um custo mais elevado.
A qualidade da amostra indeformada coletada, está diretamente relacionada ao
diâmetro do amostrador, normalmente de 3” ou 4” polegadas, bem como a operação de
coleta, da manipulação da amostra após a coleta, do transporte e do armazenamento
da amostra.
A sondagem, para a coleta de amostra indeformada do tipo Shelby, é realizada com
o equipamento de sondagem à percussão, de simples reconhecimento. Utilizando tubo de
revestimento de, no máximo, 6” de diâmetro, com avanço, por lavagem, até que se tenha
atingido a camada argilosa, e a cota em que vai ser realizada a amostragem. Limpa-se o
fundo do furo, com trado helicoidal ou lavagem, para garantir a qualidade da amostra.
O amostrador é composto por um tubo conectado a um cabeçote provido de uma
válvula de esfera, que possibilite ao ar e a água escaparem, à medida que, o amostrador
é cravado na camada argilosa, e a amostra coletada, alojada no seu interior. Toda a
operação de amostragem no solo é realizada, por introdução do amostrador Shelby,
através de pressão estática constante, que é retirado do solo quando estiver cheio.
AMOSTRADORES DE PISTÃO:
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Amostrador de pistão estacionário Osterbeg:
A norma NBR - 6484 - 2001, item 7, determina as informações que devem conter o
boletim de sondagem de campo (relatório de campo) e o relatório de apresentação final.
De forma geral, as firmas de sondagem, com pequenas variações, apresentam,
praticamente, os mesmos tipos de boletim de campo e de relatório final.
Em síntese, o relatório final é baseado nas informações e nas anotações de campo,
e na coleção de amostras coletadas. Para cada sondagem realizada é preparado um
desenho (no formato A-4 da ABNT), contendo o perfil individual do furo, geralmente na
escala de 1:100; com a cota de boca de cada furo, a identificação das diferentes camadas
atravessadas pela sondagem, as profundidades onde forem realizadas os ensaios de
penetração e coletadas as amostras, com os respectivos índices de resistência a
penetração (inicial e final); o gráfico de penetração relativo às penetrações inicial e final e
à cota de paralisação da sondagem. É parte também integrante do relatório final, um
desenho com a localização das sondagens em relação a pontos bem determinados do
terreno, amarradas a RN fixo e indestrutível.
Quando solicitado, também pode ser apresentado, um perfil (corte) do subsolo,
contendo os perfis individuais, interpretado de preferência por geólogo ou engenheiro
geotécnico.
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Interpretação do resultado do Ensaio
Uma das notáveis aplicações que podemos apresentar baseados nos dados
geotécnicos retirados dos ensaios e relatórios de sondagens à percussão, é a previsão
da capacidade de carga das estacas e seu comprimento relativo no solo adequado a
mesma carga.
Como se sabe, o grande elo de ligação da área de fundações com o consumidor, é o
valor da carga admissível por estaca, definida para a obra em construção.
A carga admissível da estaca é função da capacidade de carga na ruptura.
O valor da carga admissível é calculada por diferentes autores, por métodos de
previsão de capacidade de carga na ruptura, todos eles baseados em parâmetros
retirados do relatório das sondagens, no projeto em estudo.
O método de previsão de AOKI e VELLOSO (1975) permite a previsão da
capacidade de carga na ruptura de uma estaca para um comprimento correlato. Tal
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metodologia utiliza o resultado do ensaio estático CPT (Cone Penetration Test) para a
avaliação das parcelas.
A carga de ruptura PR de uma estaca, do ponto de vista geotécnico, é admitida igual
à soma das duas parcelas:
PR = PP + PL , onde:
CURSO DE SONDAGEM À PERCUSSÃO DE SIMPLES RECONHECIMENTO
CBR - ABPv - EXEMPLO - FUNDESP
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PR = carga de ruptura
PP = A . rp
PP = parcela de carga revestida pelo solo sob a ponta da estaca (carga de ponta)
PL = U. A1 . re
PL = parcela de carga revestida pelo solo ao longo do fuste da estaca (carga de
atrito lateral)
U = perímetro de seção transversal da estaca
A = área da projeção da ponta da estaca
A1 = Trecho onde se admite atrito lateral unitário constante r l
rp = resistência unitária distribuída na ponta
rl = atrito lateral unitário constante
Convêm esclarecer que, para atender a condição de segurança à ruptura, verifica-se
que a carga admissível Padm estará compreendida entre:
O < Padm ≤ PR
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onde:
PR = PP + PL
PR = carga ruptura do solo
PP = parcela de ponta
PL = parcela de atrito lateral
Nota-se, claramente, que a previsão da carga admissível é baseada em dados
disponíveis do solo informados pelo relatório de sondagens.
Pelo método dos professores engenheiros Nelson Aoki e Dirceu Velloso, temos:
rp = qc e rl = fs
F1 F2
onde:
qc = resistência de ponta medida no CPT
fs = atrito lateral unitário na camisa de atrito
F1 e F2 são valores que dependem do tipo de estaca. Em geral F2 = 2F1 sendo que:
! F1 = 2,5 para estacas tipo Franki,
! F1 = 1,75 para estacas pré fabricados
! F1 = 3,00 para estacas escavadas
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CBR - ABPv - EXEMPLO – FUNDESP
O valor de fs = α . qc pode ser calculado pelo parâmetro α da tabela proposta Aoki -
Velloso, sendo qc = K.SPT,onde SPT é retirado do ensaio de sondagem e K da mesma
tabela dos autores do método.Interpretação do resultado do ensaio
Interpretação dos resultados obtidos nas sondagens à percussão, está associada,
principalmente :
- Ao sítio onde estão localizadas as sondagens;
- Ao tipo de morfologia ocorrente (terreno plano, ondulado, escarpado);
- À natureza das rochas e dos solos, principalmente, quanto a sua gênese; e se o
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solo é de origem sedimentar ou residual;
- À espessura das diversas camadas de solo obtidas nos perfis individuais;
- À resistência ao ensaio de penetração obtido durante a realização das
sondagens, nas diferentes camadas de solos detectadas;
!-À confecção da seção transversal geológico-geotécnico, das subsuperfície do
terreno, levando em consideração o SPT, o N.A, a ocorrência de possíveis lentes
compressíveis;
- À identificação de parte de um maciço de terra, susceptível a escorregamento,
através de perfis longitudinais / transversais.
Torna-se necessário lembrar que, toda interpretação, além da experiência do técnico
responsável pela sua elaboração, apresenta, inevitavelmente, uma dose de subjetividade.
A interpretação das formas de jazimento das camadas do subsolo, tende a se
aproximar, cada vez mais, da sua realidade, quando o fator subjetividade diminui devido à
qualidade, e à eficiência fornecidos pela sondagem, associada à interpretação correta (fig.
9 a fig. 11, anexas)
A qualidade e a eficiência das sondagens estão associadas à observância das
normas de sondagens, tanto no que se reporta ao equipamento e seu estado de
conservação, quanto à realização das sondagens, por sondador devidamente treinado
para a sua execução.
Estudos realizados no Brasil sobre a eficiência do SPT, em comparação com outros
países, e principalmente nos Estados Unidos, Decourt - "The Standard Penetration Test-
State of the Art Report " XII ICMFE, Rio de Janeiro, 1989 ", quando o mesmo é
executado de acordo com a NBR 6484, sua eficiência é em média 72%. Atualmente há
nos Estados Unidos uma variedade enorme de equipamentos de sondagem à percussão,
para a realização de ensaio SPT, com eficiência variando, de um mínimo, de cerca de
40%, e um máximo de 95%.
Esta interpretação deve ser realizada, preferencialmente, por um geólogo de
engenharia ou um engenheiro geotécnico, e objetiva fornecer elementos confiáveis, como
por exemplo:
- Ao projetista e/ou calculista de uma fundação, dados concretos para que ele
possa definir a taxa de fundação e a sua cota de assentamento;
- Em estudos de viabilidade técnica, ou em projeto executivo para construção de:
estradas, ferrovias, linhas de transmissão, emboques de túneis, dutos enterrados,
etc. Identificando a melhor diretriz, as características geotécnicas dos terrenos,
os materiais de construção, a estabilidade de taludes, etc...
- No complexo de uma barragem, em todas as suas fases de projeto e execução:
fundação, cortes, taludes naturais e artificiais, instalação de instrumentação, etc.
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Objetivo do Trabalho
Referências Bibliografias
http://www.helix.eng.br/downloads/sp.pdf
ABMS – Associação Brasileira de Mecanica dos Solos – Solos do interior de São Paulo, São
Paulo, 1998.
MELLO, Victor F.B – Mecânica dos solos, 2° edição São Carlos/SP, EESC/USP, 1980.
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