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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

USINA TÉRMICA

CONSTRUÇÃO DE ESTAÇÃO DE PRODUÇÃO DE CALOR UTILIZANDO O


CONTEÚDO DAS DISCIPLINAS DO 3º TERMO DE GRADUAÇÃO EM
ENGENHARIA CIVIL

SÃO PAULO
2011
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

USINA TÉRMICA

CONSTRUÇÃO DE ESTAÇÃO DE PRODUÇÃO DE CALOR UTILIZANDO O


CONTEÚDO DAS DISCIPLINAS DO 3º TERMO DE GRADUAÇÃO EM
ENGENHARIA CIVIL

Relatório de pesquisa da disciplina Física III,


Curso de Engenharia Civil, Departamento de
Ciências Exatas, Universidade Nove de Julho.
Professor: Marcos Paulo de Souza Silva.

SÃO PAULO
2011
i

RESUMO

Este relatório aborda o projeto e construção de estação produtora de energia térmica


utilizando para sua concepção o conteúdo das disciplinas do terceiro termo do curso
de engenharia civil e pesquisas em fontes técnicas. Por meio da utilização dos
conhecimentos de física geral e experimental III, probabilidade e estatística e química
geral e experimental foram obtidos os conceitos e metodologias que possibilitaram a
obtenção de dados e seus respectivos tratamentos que fundamentaram o
desenvolvimento da estação. Embasando os ensaios práticos e tratamentos
científicos na literatura técnica ligada as disciplinas citadas houve a comprovação do
bom desempenho do processo de geração de calor.

Durante a construção da estação foram rastreadas situações-problema que foram


avaliadas e sanadas dentro do necessário tendo em vista a relação objetivo-
cronograma propostas pela comissão formada pelo corpo docente. Na escolha do
processo de geração de calor foram avaliadas três opções de fontes geradoras de
energia. A fonte que ofereceu mais benefícios, em vista ao atendimento das metas e
restrições estabelecidas, foi a energia obtida por dissolução exotérmica, originada de
um processo de solvatação, que originou a propagação de calor. Para a utilização
deste tipo de energia foram utilizados os ramos denominados como termodinâmica e
reações químicas pertencentes a física e a química.
ii

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Entalpia - reação exotérmica

Figura 2 – Croqui esquemático da usina Térmica

Figura 3 - Preparação receptáculo isolante témico externo com tampa

Figura 4 – Preparação do receptáculo ferroso para condução de calor

Figura 5 – Preparação dos fixadores entre os recipientes

Figura 6 – Preparação da solução água com adição de hidróxido de sódio

Figura 7 – Ensaios práticos executados com o equipamento montado


iii

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Listagem de prós e contras da opção por energia fornecida por pilha

Tabela 2 - Listagem de prós e contras da opção por energia mecânica

Tabela 3 - Listagem de prós e contras da opção por reação de elemento químico

Tabela 4 – Quantidade de calor liberado em relação à concentração de soluto

Tabela 5 – Custos dos materiais e equipamentos da usina térmica

Tabela 6 – Cálculo estatístico dos testes de medição da temperatura da água

Tabela 7 - Taxa de condutividade total após três minutos

Tabela 8 - Cronograma de atividades para desenvolvimento da usina Térmica


iv

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS


v

LISTA DE SÍMBOLOS

Ccal = capacidade calorífica

qcal = quantidade de calor liberada pela reação estudada

ΔTsol = variação de temperatura causada pela reação estudada

Q = quantidade de calor liberada pela reação do soluto e solvente.

m = massa da quantidade de água

c = calor específico da água que é 4,18 J/g . °C

ΔTag = variação da temperatura sofrida pela massa de água no ensaio

= gradiente de temperatura ou taxa de variação da temperatura ao longo do corpo


estudado

= corrente térmica I

dQ = quantidade de calor conduzida através de uma seta do segmento durante o


tempo dt.

K = constante de condutividade térmica específica do material condutor

A = área da seção do corpo condutor térmico

I = condutividade térmica

R = resistência térmica

Δx = espessura do corpo com caracteristica de isolante térmico


SUMÁRIO

RESUMO .................................................................................................................................... i
LISTA DE FIGURAS ................................................................................................................. ii
LISTA DE TABELAS ...............................................................................................................iii
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ................................................................................ iv
LISTA DE SÍMBOLOS .............................................................................................................. v
SUMÁRIO ................................................................................................................................. 1
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1
2. DESENVOLVIMENTO ...................................................................................................... 1
2.1. Problematização .................................................................................................................... 2
2.2. Hipótese ................................................................................................................................. 2
2.2. Justificativa ............................................................................................................................ 3
2.3. Metodologia........................................................................................................................... 5
2.3.1. Escolha do processo de dissolução para a criação de calor .............................................. 5
2.3.2. Determinação da quantidade de calor liberado pela reação ............................................ 5
2.3.3. Definição do design e dimensões da Usina Térmica ......................................................... 7
2.3.4. Calculo de propagação de calor do sistema ...................................................................... 9
2.3.5. Construção da usina Térmica .......................................................................................... 10
2.3.6. Cálculos............................................................................................................................ 13
2.4. Cronograma de atividades para desenvolvimento da usina Térmica ................................. 15
3. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 16
4. REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 17
1

1. INTRODUÇÃO

A interpretação, utilização e mensuração dos fenômenos naturais é um grande desafio


para qualquer estudante de graduação de ciências exatas, principalmente para alunos
de engenharia que devem não só ter percepção desenvolvida para pesquisa,
conhecimento cientifico para executar cálculos estruturais precisos, interpretar a
tecnologia dos materiais aplicados a área em que atuarão como também possuir
capacidade de gerenciamento de materiais, pessoas e custos sempre em busca de
cumprimento de prazos de entrega estabelecidos em cronograma. Em vista destes
fatores é essencial que desde o início do curso exista atividade que simule esta
somatória de situações-problema para a assimilação dos estudantes. Esta atividade
denominada projeto integrador é a impulsão para que sejam buscados e aplicados
com mais profundidade conteúdo das disciplinas do curso, adicionando a este trabalho,
o condicionamento de se controlar subsídios para obtenção de metas obedecendo a
prazos. Neste estudo buscaram-se triar os conhecimentos explanados nas disciplinas
do terceiro termo de engenharia civil que fossem a base para a elaboração do
equipamento que atende aos pré-requisitos e restrições solicitados. O equipamento
que é tema do projeto integrador trata-se de uma usina térmica que gere aumento de
temperatura de cem mililitros de água em um período máximo de três minutos, porém
deverão ser obedecidas as restrições impostas quanto à utilização de alguns tipos de
energia como a elétrica. Foram fundamentais as utilizações de conceito ligadas às
matérias como: física geral e experimental III, probabilidade e estatística e química
geral e experimental para concepção deste trabalho.

2. DESENVOLVIMENTO
2

2.1. Problematização

Para o correto desenvolvimento do dispositivo foram enumerados os requisitos e


exigências pré-estabelecidas pela comissão docente:

• O aparato deverá elevar a temperatura de 100 mililitros de água num tempo


máximo de três minutos,

• O calor gerado será originário de outra fonte de energia qualquer, exceto


elétrica e de combustão. Pilhas poderão ser utilizadas desde que comprovada
sua segurança na aplicação e descartes corretos e previstos em relatório,

• O Design valerá de 0 a 100 pontos,

• Criatividade: o uso de materiais recicláveis será observado para efeito de pon-


tuação e valerá de 0 a 100 pontos,

• Acurácia: para um desvio de até ± 10% de obtenção de calor em relação ao


previsto em relatório a pontuação valerá de 0 a 100 pontos,

• Conjunto cronograma/relatório: o controle periódico do andamento do projeto


de acordo com o previsto pelo grupo, nas aulas de teoria de física geral e ex-
perimental III contará de 0 a 200 pontos.

A pontuação obtida na somatória destes últimos quatro itens variará de 0 a 500


pontos será convertida em nota que poderá variar de 0 a 2,0 pontos. Essa nota irá
compor em todas as disciplinas do semestre.

2.2. Hipótese

Para a concepção prévia das possíveis fontes geradoras de energia, sugestionou-se


entre os pesquisadores a possibilidade de utilização de três tipos:

Utilização de pilhas que executa uma interconversão de energia química para energia
elétrica que fosse transformada em energia mecânica, com ajuda de um mini-motor,
que geraria por fim fricção que aumentando a temperatura de uma superfície que
estivesse em contato com a água,

Utilização de energia mecânica obtida por esforço físico aplicada a um dispositivo que
transmitisse movimento que geraria fricção que aumentando a temperatura de alguma
superfície que estivesse em contato com a água,
3

Utilização de algum elemento químico que em contato com reagente geraria calor que
aumentaria a temperatura da água.

2.2. Justificativa

Durante esta fase foram estudadas as três formas de obtenção de energia inicial:

• O modelo e processo utilizado pelo equipamento que utilizaria pilhas,

• O modelo e processo utilizado pelo equipamento que transformaria energia


mecânica em energia elétrica,

• O modelo e processo do equipamento que utilizaria como fonte de geração de


calor a reação de algum elemento químico em contato com reagente.

Devido ao curto prazo de tempo esta parte da pesquisa foi feita de forma teórica sendo
elaborada a seguinte listagem dos prós e contras de cada possibilidade de obtenção
de energia:

Tabela 1 - Listagem de prós e contras da opção de energia fornecida por pilha


Opção de fonte O que resultaria em
geradora de beneficio ou prejuízo ao
Benefícios (prós) Prejuízos (contras)
energia do desenvolvimento do
equipamento projeto

Obtenção de energia constante Facilita a previsão de


ganho de calor da água e
ajuda no relacionamento
matemático trabalho X
produção de calor

Projeto neste modelo Possibilidade de atraso na


necessita muitas peças obtenção de metas do
que deverão ser cronograma devido a não
adequadas para a conseguir peças no prazo
montagem do sistema e dificuldade em ajustá-
las ao sistema
Pilhas
Projeto neste modelo Aumento do preço final do
necessita de motor para projeto e aumento do
geração de energia nível de complexidade do
mecânica projeto por ter de calcular
a potência do motor

Material de difícil descarte Deverá haver


pós-utilização comprovação do
destinatário final do
descarte das pilhas
onerando em tempo
4

Tabela 2 - Listagem de prós e contras da opção por energia mecânica


Opção de fonte O que resultaria em
geradora de beneficio ou prejuízo ao
Benefícios (prós) Prejuízos (contras)
energia do desenvolvimento do
equipamento projeto

Fornecimento de energia A geração contínua de


pode ser influenciado pelo calor estaria
operador do equipamento comprometida
dificultando a previsão do
aumento do calor da água

Energia limpa obtida através de Fonte de energia


Energia mecânica esforço físico totalmente limpa

Projeto neste modelo Possibilidade de atraso na


necessita muitas peças obtenção de metas do
que deverão ser cronograma devido a não
adequadas para a conseguir peças no prazo
montagem do sistema e dificuldade em ajustá-
las

Tabela 3 - Listagem de prós e contras da opção por reação de elemento químico


Opção de fonte O que resultaria em
geradora de beneficio ou prejuízo ao
Benefícios (prós) Prejuízos (contras)
energia do desenvolvimento do
equipamento projeto

Obtenção de energia constante Facilita a previsão de


ganho de calor da água e
ajuda no relacionamento
matemático trabalho X
produção de calor

Projeto neste modelo necessita Possibilidade de ganho de


Energia por reação poucas peças e insumos com antecipação de meta
de elemento baixo nível de complexidade prevista em cronograma
químico devido a pouca
complexidade dos
componentes e insumos

Material de fácil Deverá haver


reaproveitamento, se respeitada comprovação do
a correta utilização durante o destinatário final do
ensaio descarte da solução e
esta deverá descrita em
relatório

Elementos químicos Exige cuidado no


exigem cuidados. manuseio.

Após a montagem das tabelas de prós e contra de cada possibilidade de fonte de


geração de energia, iniciou-se análise dos benefícios e prejuízos na utilização de cada
5

possibilidade e constatou-se que a energia obtida por reação de elemento químico


contribuiria com vários benefícios e ao contrário das outras opções, traria ganho de
tempo ao projeto e este ganho poderia ser revertido em mais tempo de pesquisa e
ensaios práticos para estabelecer o comportamento dos materiais e equipamentos
durante o desenvolvimento.

2.3. Metodologia

2.3.1. Escolha do processo de dissolução para a criação de calor

Embasado nas informações do item anterior, a fonte geradora de calor escolhida foi a
por meio de reação química. Através de pesquisas na literatura publicada por Atkins
foi determinada a utilização do processo de dissolução de um Soluto em um Solvente
gerando um processo de solvatação e conseqüentemente resulta na obtenção de
calor exotérmico. Foram pesquisadas combinações que apresentassem esta reação
e foi descoberta a solução de hidróxido de sódio e água que são materiais de fácil
aquisição e de custos relativamente baixos. Em contrapartida, por ser uma solução
corrosiva, deverão ser previstos dispositivos na usina térmica que propiciem utilização
do processo dentro de padrões de segurança aceitáveis.

2.3.2. Determinação da quantidade de calor liberado pela reação

Segundo Atkins a liberação de calor da reação do processo adotado pode ser


interpretada utilizando-se o conceito da 1ª Lei da termodinâmica:

“A energia interna de um sistema isolado é constante”

Baseando-se nesta lei segundo Atkins, que podemos determinar a quantidade de


calor liberado pelo sistema considerando-o sobre ação de pressão constante. Este
conceito químico citado é conhecido como entalpia.

A variação da entalpia observada nesta reação pode ser representada na seguinte


Figura 1:

Variação de entalpia – reação exotérmica: A + B - calor → C + D

ΔH = variação de entalpia

ΔH = HP – HR = diferença entre o conteúdo energético dos produtos pelo conteúdo


energético dos reagentes

ΔH < 0 = reação exotérmica


6

Notar que HR > HP, portanto ΔH < 0

Figura 1 – Entalpia - reação exotérmica

Baseado nisso pode-se afirmar que a liberação de calor que será causada pela reação
do soluto com o solvente pode ser descrita com os seguintes procedimentos:

Calibração do calorímetro, a partir da primeira reação (1):

(1)

Onde:

Ccal = capacidade calorífica

qcal = quantidade de calor liberada pela reação estudada

ΔT = variação de temperatura causada pela reação estudada

Utilizando o valor da capacidade calorífica para transformar a variação de temperatura


causada pela reação estudada em calor liberado pela reação, podemos determiná-la
utilizando a seguinte sentença (2):

(2)

Onde:

Ccal = capacidade calorífica

qcal = quantidade de calor liberada pela reação estudada

ΔT = variação de temperatura causada pela reação estudada


7

Para a utilização deste último conceito, o valor da capacidade calorífica deve ser
mantido o mesmo utilizado na primeira fórmula, pois o volume do líquido do
calorímetro se mantém a mesma para ambos.

Analisando as sentenças expostas podemos sintetizar estas informações e simplificá-


las na quantidade de calor liberada por uma reação (3):

(3)

Onde:

Q = quantidade de calor liberada pela reação do soluto e solvente.

m = massa da quantidade de água

c = calor específico da água que é 4,18 J/g.°C

ΔT = variação da temperatura sofrida pela massa de água no ensaio

Com estes dados podemos construir uma tabela onde podemos relacionar a
quantidade de calor que podemos obter em relação à porcentagem de soluto
adicionado a uma quantidade fixa de solvente como se observa na tabela 4:

Tabela 4 – Quantidade de calor liberado em relação à concentração de soluto

2.3.3. Definição do design e dimensões da Usina Térmica

Para o aquecimento de 100 mililitros de água foi determinado que esta água estivesse
em um recipiente constituído de material que propiciasse a maior condução de calor
liberado pela solução que está do lado externo em direção água que está contida no
interior do recipiente que acondiciona a água. Este recipiente também deve suportar
o calor criado pela solução, então optou-se por duas alternativas: vidro ou metal.
Baseando-se nos conceitos apresentados por Atkins foi constatado que o alumínio,
zinco e estanho reagem em contato com o hidróxido de sódio e o vidro reage também,
porém em reação mais lenta que o alumínio. Outro empecilho na utilização do vidro é
o choque térmico originado entre a diferença de temperatura do líquido interno e o
externo que pode causar fissuração. Então se optou por utilizar recipiente de metal
8

que não reagisse com o hidróxido de sódio, sendo adotado o ferro que é um material
barato e de fácil aquisição. Segundo Atkins a condutividade térmica do ferro é 80,2
w/m.k. Para acondicionar a solução de hidróxido de sódio com a água pesquisou-se
por um material de fácil aquisição e que tivesse capacidade estanque e com boa
capacidade para isolar termicamente a solução, evitando assim dissipação de energia
térmica produzida. Outra necessidade do projeto seria uma mistura mais homogênea
possível da solução, então previu-se uma mini-pá misturadora para a solução, porém
se nos testes a mistura se apresentar homogênea e não houver dificuldade na
dissolução e a mini-pá não será necessária.

Seguindo as indicações das especificações foi concebido o projeto do equipamento


no formato cilíndrico que contribui para o maio contato possível da área externa do
recipiente com a solução geradora de calor. O croqui esquemático da usina pode ser
visto na figura 2:

Figura 2 – Croqui esquemático da usina Térmica

Ainda é importante a concepção de uma tampa com orifício para acondicionamento


do termômetro para retenção da temperatura gerada. Esta tampa irá isolar os
materiais da temperatura ambiente externa evitando dissipação do calor.
9

2.3.4. Calculo de propagação de calor do sistema

Para a determinação da condução do calor gerada pela solução e que será transmitida
através do ferro até a água, Tipler menciona que a corrente térmica pode ser expressa
como descrito na seguinte fórmula (4):

(4)

Onde:

= gradiente de temperatura ou taxa de variação da temperatura ao longo do corpo


estudado

= corrente térmica I

dQ = quantidade de calor conduzida através de uma seta do segmento durante o


tempo dt.

K = constante de condutividade térmica específica do material condutor

A = área da seção do corpo condutor térmico

Segundo Tipler a queda de temperatura pode ser expressa segundo a fórmula (5):

(5)

Onde:

ΔT = diferença de temperatura

I = condutividade térmica

R = resistência térmica
10

Ainda segundo Tipler pode-se definir a resistência termica pela setença (6):

(6)

Onde:

R = resistência térmica

K = constante de condutividade térmica específica do material condutor

A = área da seção do corpo condutor térmico

Δx = espessura do corpo com caracteristica de isolante térmico

2.3.5. Construção da usina Térmica

Listagem do material e componentes utilizados:

• Receptáculo isolante témico externo com tampa

• Receptáculo ferroso para condução de calor

• Água

• Hidróxido de sódio

• Fixadores entre os recipientes

• Termômetro

• Luvas

• Òculos protetor

Planilhamento de custos:

Através da organização dos dados foi montada a planilha para lenvantamento do


custo total do equipamento como é mostrado na tabela 5:
11

Tabela 5 – Custos dos materiais e equipamentos da usina térmica

Nome do
Quanti- Preço
material ou
Unidade dade utili- por uni- Total
equipa-
zada dade
mento
Receptáculo
isolante té-
unidade 1 R$ 20,00 R$ 20,00
mico externo
com tampa
Receptáculo
ferroso para
unidade 1 R$ 15,00 R$ 15,00
condução de
calor
Água m3 0,005 R$ 3,30 R$ 0,02
Hidróxido de
kilograma 1 R$ 30,00 R$ 30,00
sódio
Fixadores en-
tre os recipi- unidade 3 R$ 0,30 R$ 0,90
entes
Termômetro unidade 1 R$ 0,00 R$ 0,00
Òculos prote-
unidade 4 R$ 5,00 R$ 20,00
tor
Total gasto no equipamento R$ 85,92

A montagem do equipamento foi executada segundo o croqui concebido sendo


dividida nas seguintes partes: Preparação do receptáculo isolante térmico externo
com tampa (Figura 3), preparação do receptáculo ferroso para condução de calor
(Figura 4), Preparação dos fixadores entre os recipientes (Figura 5)

Figura 3 - Preparação do receptáculo isolante témico externo com tampa


12

Figura 4 – Preparação do receptáculo ferroso para condução de calor

Figura 5 – Preparação dos fixadores entre os recipientes


13

2.3.6. Cálculos

Execução e planilhamento dos testes práticos e aplicação cálculos estatísticos

Para os ensaios práticos foi executado os procedimentos demonstrados nas figuras:


preparação da solução água com adição de hidróxido de sódio (Figura 6), Ensaios
práticos executados com o equipamento montado (Figura 7).

Figura 6 – Preparação da solução água com adição de hidróxido de sódio

Figura 7 – Ensaios práticos executados com o equipamento montado

Coletando os dados e planilhando-os conseguiu-se determinar o ganho de


temperatura da amostra de água e a temperatura final depois dos três minutos e foram
aplicados cálculos estatísticos para comprovar a veracidade dos dados e comprovar
as medições, como é demonstrado na tabela 6.
14

Tabela 6 – Cálculo estatístico dos testes de medição da temperatura da água

Concentra- Tempo em segundos da ação da


ção de hi- propagação do calor
dróxido de
sódio na
solução (%) 45 90 135 180
Aumento de
temperatura
médio com
concentra-
1 2 3,5 6
ção de 1,5
(°C)
Desvio 0,12 0,12 0,12 0,12
Aumento de
temperatura
médio com
concentra-
1,5 3,5 6 9,5
ção de 2,5
(°C)
Desvio 0,12 0,12 0,12 0,12
Aumento de
temperatura
médio com
concentra-
3 3,5 8,5 12,5
ção de 3,5
(°C)
Desvio 0,12 0,12 0,12 0,12

Obtendo a temperatura final da água do recipiente e utilizando o conceito de


condutividade térmica podemos determinar a taxa de condutividade térmica do
receptáculo de ferro através da fórmula (7):

(7)

Área do receptáculo = 0,01268 m

Espessura do receptáculo ferroso = 2 X 10-3 m

k aço = 80,2 w/m.k

Tabela 7 - Taxa de condutividade total após três minutos


Tabela 8- Cronograma de atividades para desenvolvimento da usina Térmica
2.4. Cronograma de atividades para desenvolvimento da usina Térmica
15
16

3. CONCLUSÃO

Em conformidade com os resultados podemos determinar que a energia calorífica


proveniente da reação exotérmica que foi obtida pelo processo de solvatação
apresentou resultados excelentes para o atendimento da meta estabelecida. Através
dos testes práticos executados foi determinada a homogeneidade das leituras que
apresentaram o desvio na ordem de 0,12 ºC que comprovou a veracidade dos dados
obtidos. No aspecto da aquisição das peças e materiais constituintes ficou latente a
facilidade e preço baixo para este tipo de experiência. O ponto mais crítico deste
trabalho foi o prazo e a utilização de material corrosivo para geração de energia,
porém com auxílio dos conhecimentos adquiridos no curso de graduação obteve-se
êxito nestes dois quesitos. Fica para estudo posterior a utilização de outro elemento e
reagente para geração de calor com menos potencial reativo. Para evitar a dispersão
de energia calorífica foi utilizado no exterior do equipamento material de pouca
absorção de calor. Com todos estes fatores citados foi comprovado o êxito do projeto
que atingiu as metas estabelecidas.
17

4. REFERÊNCIAS

TIPLER, Paul; MOSCA, Gene. Física para engenheiros e cientistas. Rio Grande do
Sul: LTC, 2009.

ATKINS, Peter; JONES, Loretta. Princípios da Química: Questionado a Vida


Moderna e o Meio Ambiente. 3. Ed. Tradução de Ricardo Bicca de Alencastro. Porto
Alegre: Bookman Companhia Editora/Artmed Editora S. A., 2005.

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