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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Centro de Tecnologia e Ciências


Faculdade de Tecnologia
Campus Regional de Resende
Departamento de Engenharia de Produção
Curso de Graduação em Engenharia de Produção

Tema: Relatório 8
Disciplina: Física Experimental II.
Docente: Roberto de Oliveira Magnago.

Discente(s): Eduardo Viana da Cunha;


Gabriel Paiva Lefebvre Neves;
Lucas Fernando Silva Gottwald.

Matrícula(s): 2019100767-11;
2019100773-11;
2022204567-11.

Data: 02 de Junho

Resende - RJ
2023
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
FACULDADE DE TECNOLOGIA
CAMPUS REGIONAL DE RESENDE
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

SUMÁRIO

Introdução 3
Objetivos 4
Material Utilizado 4
Procedimentos 4
Análise de Resultados 6
Conclusão 10
Referências Bibliográficas 11

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Introdução
A calorimetria é uma área da física que estuda as trocas de calor entre corpos e
sistemas. Ela desempenha um papel fundamental no entendimento dos processos de
transferência de energia térmica e na determinação das propriedades termofísicas dos
materiais. A prática de calorimetria consiste em realizar experimentos que permitem a
quantificação das trocas de calor e a análise de seus efeitos sobre os corpos envolvidos.
A calorimetria possui diversas aplicações em diferentes campos da ciência e da
engenharia, desde a determinação de capacidades térmicas de substâncias até o estudo de
processos industriais e ambientais. Nesse contexto, a prática de calorimetria é uma
ferramenta importante para investigar as propriedades térmicas dos materiais, entender os
fenômenos de transferência de calor e realizar análises quantitativas relacionadas à energia
térmica.
Na prática de calorimetria, são utilizados equipamentos específicos, como
calorímetros e termômetros, que permitem medir as variações de temperatura e as trocas
de calor durante um experimento. Dentre os diferentes tipos de calorímetros, destaca-se o
calorímetro de mistura, que consiste em um recipiente isolado termicamente onde são
colocados corpos ou substâncias de diferentes temperaturas para que ocorra a troca de
calor até se atingir o equilíbrio térmico.
A partir dos dados obtidos na prática de calorimetria, é possível calcular quantidades
como calor específico, capacidade térmica, coeficiente de condutividade térmica e outras
grandezas relacionadas às propriedades térmicas dos materiais. Além disso, a calorimetria
também permite investigar fenômenos como fusão, solidificação, evaporação, condensação
e reações químicas que envolvem liberação ou absorção de calor.
A prática de calorimetria é fundamental para o desenvolvimento da compreensão
dos princípios da termodinâmica e da transferência de calor, além de fornecer dados
experimentais para validação de teorias e modelos. Ela permite explorar de forma prática os
conceitos teóricos aprendidos, proporcionando uma visão mais concreta e aplicada dos
fenômenos térmicos.

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Objetivos
O objetivo desta prática é proporcionar aos estudantes uma experiência prática na
área da calorimetria, com ênfase na calorimetria de mistura. O objetivo principal é permitir
que os estudantes compreendam os conceitos teóricos relacionados à transferência de calor
e apliquem esses conceitos em um contexto experimental real. Além disso, busca-se
desenvolver as habilidades práticas dos estudantes, incluindo a utilização correta de
instrumentos de medição, a coleta e análise de dados experimentais e a interpretação dos
resultados obtidos. Ao final da prática, espera-se que os estudantes tenham adquirido
conhecimento sobre os princípios da calorimetria, incluindo a conservação de energia e a
determinação de capacidades térmicas. Além disso, espera-se que os estudantes sejam
capazes de aplicar esses conceitos e habilidades em outras situações relacionadas à
transferência de calor.

Material Utilizado
- 1 Béquer;
- 1 Calorímetro;
- 1 Aquecedor Elétrico;
- 1 Termômetro;
- 2 Peças Metálicas.

Procedimentos
1. Capacidade Calorífica de um Calorímetro
a. Prepare o calorímetro:
i. Certifique-se de que o calorímetro esteja limpo e seco.
ii. Meça a massa do calorímetro vazio e registre o valor.
iii. Adicione 125g de água ao calorímetro e aguarde o equilíbrio térmico.
iv. Meça a temperatura do sistema e registre o valor.

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b. Aquecimento da água:
i. Em um béquer separado, coloque 100g de água e aqueça-o usando
uma manta aquecedora.
ii. Durante o aquecimento, agite suavemente a água com um
termômetro para garantir uma distribuição uniforme de temperatura.
iii. Aqueça a água até atingir uma temperatura aproximada de 81°C.
c. Transferência de água aquecida para o calorímetro:
i. Despeje cuidadosamente a água aquecida no calorímetro e feche-o.
ii. Aguarde o equilíbrio térmico do sistema e meça a temperatura final.
iii. Registre o valor da temperatura final.
2. Calor Específico de Metais
a. Preparação do calorímetro:
i. Esvazie o calorímetro utilizado anteriormente e adicione 125g de água
fresca.
ii. Aguarde o equilíbrio térmico e meça a temperatura dentro do
calorímetro.
iii. Registre o valor da temperatura dentro do calorímetro.
b. Aquecimento do cubo metálico:
i. Pese o cubo metálico usando uma balança e registre o valor da massa.
ii. Em um béquer separado, coloque o cubo metálico e adicione 80g de
água.
iii. Aqueça o sistema até atingir uma temperatura de aproximadamente
81°C.
c. Transferência do cubo metálico para o calorímetro:
i. Retire cuidadosamente o cubo metálico do béquer aquecido.
ii. Imediatamente coloque o cubo metálico dentro do calorímetro
contendo a água fresca.
iii. Despeje toda a água do béquer no calorímetro.
iv. Certifique-se de agir rapidamente para minimizar a perda de calor.

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d. Medição da temperatura final:


i. Aguarde o equilíbrio térmico dentro do calorímetro e meça a
temperatura final do sistema.
ii. Registre o valor da temperatura final.
e. Repetição dos procedimentos:
i. Repita os passos 1-4 para o outro cubo metálico, mantendo as
mesmas condições experimentais.
f. Análise dos resultados:
i. Calcule a variação de temperatura (ΔT) para cada experimento.
ii. Utilizando a fórmula Q = m * c * ΔT, calcule a quantidade de calor
absorvida pelo calorímetro em cada caso.
iii. Compare os valores obtidos para determinar o calor específico da
água e dos metais testados.
g. Conclusão:
i. Faça uma conclusão com base nos resultados obtidos, discutindo o
calor específico da água e dos metais e sua relação com a capacidade
calorífica do calorímetro.
ii. Discuta eventuais fontes de erro e possíveis melhorias no
experimento.

Análise de Resultados
Capacidade Calorífica de um Calorímetro:
● Determine a capacidade calorífica do calorímetro (C), aplicando a Lei Zero da
Termodinâmica.
A determinação da capacidade calorífica do calorímetro pode ser realizada aplicando
a Lei Zero da Termodinâmica, que estabelece que dois corpos estão em equilíbrio térmico
quando suas temperaturas se igualam ao serem colocados em contato direto.

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Para determinar a capacidade calorífica do calorímetro, podemos utilizar a seguinte


equação: C = Q / ΔT (onde: C é a capacidade calorífica do calorímetro, Q é a quantidade de
calor transferida para o calorímetro, e ΔT é a variação de temperatura do calorímetro)
No experimento, devemos considerar que a quantidade de calor transferida para o
calorímetro é igual à quantidade de calor perdida pela água. Portanto, podemos calcular a
capacidade calorífica do calorímetro utilizando a seguinte equação: C = m * c * ΔT / ΔT
(onde: m é a massa da água contida no calorímetro, c é o calor específico da água, e ΔT é a
variação de temperatura da água)

● Qual a quantidade de calor perdida para o calorímetro?


A quantidade de calor perdida para o calorímetro pode ser calculada usando a
seguinte fórmula: Q = m * c * ΔT (onde: Q é a quantidade de calor perdida, m é a massa da
água contida no calorímetro, c é o calor específico da água, e ΔT é a variação de
temperatura da água)
Supondo que a massa da água contida no calorímetro seja de 205 g (125 ml), o calor
específico da água seja aproximadamente 4,18 J/g°C e a variação de temperatura seja de ΔT
= (81°C - 24°C) = 57°C, podemos calcular a quantidade de calor perdida:
Q = 205 g * 4,18 J/g°C * 57°C
Q ≈ 49103,3 J
Portanto, a quantidade de calor perdida para o calorímetro é aproximadamente
49103,3 Joules.

● Por que é importante considerar as perdas de energia térmica para o calorímetro?


É importante considerar as perdas de energia térmica para o calorímetro porque
essas perdas afetam a quantidade de calor que efetivamente é transferida para o
calorímetro durante o experimento. Quando ocorrem perdas de energia térmica, parte do
calor transferido para o calorímetro é dissipado para o ambiente ao redor, resultando em
uma quantidade menor de calor retida pelo calorímetro.

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As perdas de energia térmica podem ocorrer de várias maneiras, como por


condução, convecção ou radiação. Por exemplo, o calor pode ser dissipado para o ambiente
através das paredes do calorímetro, do sistema de suporte ou mesmo por pequenas
aberturas ou imperfeições. Essas perdas de calor não desejadas podem causar uma
subestimação da capacidade calorífica do calorímetro, levando a resultados imprecisos.
Ao considerar as perdas de energia térmica, podemos realizar ajustes nos cálculos ou
adotar medidas corretivas para minimizá-las. Por exemplo, podemos isolar melhor o
calorímetro para reduzir as perdas de calor por condução ou utilizar um sistema de
isolamento térmico adequado. Além disso, é importante realizar o experimento em
condições controladas, evitando correntes de ar e outras fontes de transferência de calor
indesejadas.

● Um bom calorímetro deve possuir uma capacidade calorífica grande ou pequena?


Calor Específico de Metais:
Um bom calorímetro deve possuir uma capacidade calorífica grande. A capacidade
calorífica é uma medida da quantidade de calor que um objeto pode absorver ou liberar por
unidade de variação de temperatura. No caso de um calorímetro, uma capacidade calorífica
grande significa que ele tem a capacidade de absorver uma quantidade significativa de calor
sem sofrer uma grande variação de temperatura.
Ao ter uma capacidade calorífica grande, o calorímetro se torna mais sensível às
trocas de calor que ocorrem durante um experimento. Isso é especialmente importante em
experimentos de calorimetria, nos quais o calorímetro é utilizado para medir a quantidade
de calor envolvida em uma reação ou processo.
Um calorímetro com capacidade calorífica pequena teria dificuldade em absorver
quantidades significativas de calor sem que sua temperatura se altere consideravelmente.
Isso poderia resultar em variações indesejadas na temperatura do sistema, comprometendo
a precisão e a confiabilidade dos resultados experimentais.

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Calcule o calor específico dos cubos metálicos.


● Utilizando a Tabela 8.1, tente identificar a composição das peças metálicas utilizadas
no experimento.
m_solido1 = 18,93g
m_agua = 80g
T_inicial_água = 81°
T_final água1 = 46°
m_agua_ambiente = 125g
ΔT1 = T_final1 - T_inicial_agua = 35°
Q_agua1 = m_agua * c_agua * ΔT1 = 80g * 4,186 J/g·°C * 35° = 11720 J
Q_perdido1 = m_agua_ambiente * c_agua * ΔT1 = 125g * 4,186 J/g·°C * 35° =
18314J
Q_solido1 = Q_agua1 - Q_perdido1 = 6593,75 J
c_solido1 = Q_solido1 / (m_solido1 * ΔT1) = 6593,75 J / (18,13g * 35°) = 10,39 J/g·°C

m_solido2 = 58,13g
m_agua = 80g
T_inicial_água = 81°
T_final água2 = 48°
m_agua_ambiente = 125g
ΔT2 = T_final2 - T_inicial_agua = 37°
Q_agua2 = m_agua * c_agua * ΔT2 = 80g * 4,186 J/g·°C * 37° = 12390 J
Q_perdido2 = m_agua_ambiente * c_agua * ΔT2 = 125g * 4,186 J/g·°C * 37° =
19360J
Q_solido2 = Q_agua2 - Q_perdido2 = 6970,25 J
c_solido2 = Q_solido2 / (m_solido2 * ΔT2) = 6970,25 J / (58,13g * 37°) = 3,24 J/g·°C

● Foi possível determinar a composição dos cubos metálicos?

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Não foi possível determinar a composição dos cubos pois os resultados obtidos, não
se encaixam na tabela fornecida.
● Você acha que esse experimento seria uma boa técnica para determinar o calor
específico de qualquer material? Explique.
A utilização de um calorímetro, pode ser uma boa técnica para determinar o calor
específico de certos materiais. No entanto, é importante ressaltar que a adequação desse
experimento para determinar o calor específico de um material específico depende de
algumas considerações.
O calor específico é uma propriedade intrínseca de um material e representa a
quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de uma unidade de massa desse
material em uma unidade de temperatura. Para determinar o calor específico de um
material utilizando um calorímetro, é necessário que o material em estudo seja introduzido
no calorímetro e que ocorra uma troca de calor entre o material e o calorímetro.
No entanto, existem alguns fatores a serem considerados para garantir a precisão e a
validade dos resultados. É importante que o material seja homogêneo e esteja na forma
adequada para ser colocado no calorímetro. Além disso, é necessário garantir que não
ocorram perdas significativas de calor para o ambiente durante o experimento, o que pode
afetar os resultados.
Portanto, embora o experimento com um calorímetro possa ser uma boa técnica
para determinar o calor específico de certos materiais, é necessário considerar as limitações
e condições específicas do experimento. Em alguns casos, outras técnicas ou métodos mais
específicos podem ser mais adequados para determinar o calor específico de determinados
materiais.

Conclusão
A prática de calorimetria proporcionou uma compreensão mais aprofundada sobre
as transferências de calor e as propriedades térmicas de diferentes substâncias. Através da

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análise dos resultados experimentais, pudemos obter informações relevantes sobre a


capacidade calorífica de um calorímetro e o calor específico de diferentes materiais.
No experimento de determinação da capacidade calorífica do calorímetro, foi
possível observar a troca de calor entre a água aquecida e o calorímetro, alcançando o
equilíbrio térmico. A diferença de temperatura entre os dois sistemas permitiu calcular a
quantidade de calor absorvida pelo calorímetro. A partir disso, foi possível determinar sua
capacidade calorífica, que é uma propriedade característica do dispositivo.
Durante o experimento, é importante considerar as fontes de erro, como perdas de
calor para o ambiente, imprecisões nas medições e a influência de outros fatores externos.
Esses erros podem afetar os resultados e devem ser levados em consideração na análise dos
dados. A prática de calorimetria demonstrou a importância de realizar medições precisas e
cuidadosas, bem como de seguir os procedimentos corretos para obter resultados
confiáveis. Além disso, a comparação dos valores experimentais com os dados teóricos
permite avaliar a precisão dos resultados e a eficácia do método utilizado.
Em conclusão, a prática de calorimetria é fundamental para compreender os
princípios de transferência de calor e as propriedades térmicas das substâncias. Permite-nos
determinar a capacidade calorífica de um calorímetro e o calor específico de diferentes
materiais, o que é crucial para diversas aplicações científicas e tecnológicas. Através dessa
prática, adquirimos conhecimentos experimentais sólidos e desenvolvemos habilidades
importantes no campo da termologia.

Referências Bibliográficas
● Halliday, D., Resnick, R., & Walker, J. (2013). Fundamentos de Física - Volume 2:
Gravitação, Ondas e Termodinâmica. LTC Editora.
● Sears, F. W., Zemansky, M. W., Young, H. D., & Freedman, R. A. (2016). Física 2:
Termodinâmica e Ondas. Pearson Brasil.

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