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Universidade Federal da Grande Dourados

Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia

Curso de Licenciatura em Química

Kaio Henrique Rodrigues

Calorimetria: Determinação da entalpia de formação de sais sólidos.

1
Dourados-MS, 2022

Calorimetria: Determinação da entalpia de formação de sais sólidos.

Relatório apresentado como


requisito parcial para obtenção
de aprovação na disciplina de
Físico-Química experimental I, no
Curso de licenciatura em
química, na Universidade
Federal da Grande Dourados.
Prof. Dra. Adriana Evaristo de
Carvalho

2
Resumo

Este relatório trata do experimento realizado em laboratório na


aula de Físico-Química Experimental 1. Nesta prática refere-se
sobre a Calorimetria: Determinação da entalpia de formação de
sais sólidos, que determina a quantidade de calor liberada ou
absorvida como uma decorrência de uma transformação Física
ou Química.

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Sumário
INTRODUÇÃO ..............................................................................................5

OBJETIVOS.................................................................................................. 7

Geral: Utilização um calorímetro adaptado .................................................. 7

PARTE EXPERIMENTAL ............................................................................. 8

. Materiais e equipamentos utilizados ........................................................... 8

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL............................................................ 9

RESULTADOS E DISCUSSÃO................................ ...................................11

Determinação do calor de dissolução/ Determinação do calor de


neutralização................................................................................................10

Determinação do calor de dissolução ........................................................ 12

Determinação do calor de neutralização ................................................... 12

Conclusão.................................................................................................14

Referências bibliográficas.........................................................................15

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INTRODUÇÃO

A transferência de calor e a realização de trabalho são dois métodos de


fornecimento ou de retirada de energia de um sistema. Uma vez terminada a
transferência de energia, diz-se que houve mudança na energia interna do
sistema. [1]

Podemos quantificar as afirmações acima sobre transferência de calor e trabalho


realizado em sistemas térmicos combinando-os em uma expressão, a primeira
lei da termodinâmica. Ela nos diz que a energia interna do sistema é relacionada
ao trabalho realizado sobre o ambiente e ao calor transferido ao sistema. [1]

Um processo em que não há troca de energia na forma de calor entre o sistema


e a vizinhança é chamado processo adiabático. Se o sistema se expande
adiabaticamente, realiza trabalho à custa de sua energia interna, e a temperatura
diminui. Se o sistema é comprimido adiabaticamente, o trabalho realizado pelo
agente externo aumenta a energia interna e, com isso, aumenta a temperatura
do sistema. [1]

O calor liberado ou absorvido por um sistema que sofre uma reação química é
determinado em aparelhos chamados calorímetros. Esses aparelhos variam em
detalhes e são adaptados para cada tipo de reação de que se quer medir o calor.
Basicamente, no entanto, um calorímetro é constituído de um recipiente com
paredes adiabáticas, contendo uma massa conhecida de parede água, em que
se introduz um sistema em reação. O recipiente é provido de um agitador e de
um termômetro que mede a variação de temperatura ocorrida durante a
reação.[1]

A determinação do calor liberado ou absorvido numa reação química é efetuada


através da expressão [1]
𝑄 = 𝑚 . 𝑐 . ∆𝑡

O problema da determinação do calor de formação de qualquer composto se


resume no de encontrar alguma reação química envolvendo o composto que
seja adequada a uma medida calorimétrica, para, então, medirmos o calor dessa
reação. Se os calores de formação de todas as outras substâncias envolvidas
na reação forem conhecidas, o problema estará resolvido. Se o calor de
formação de uma das substâncias não for conhecido, então precisaremos
encontrar uma reação calorimétrica para essa substância e assim por diante.
Encontrar uma série de reações, a partir das quais possa ser obtido um valor
exato do calor de formação de um dado composto, pode ser um problema
desafiador. [2]
Uma reação calorimétrica precisa processar-se rapidamente, completando-se no
máximo em alguns minutos, com o menor número possível de reações
secundárias e, de preferência, nenhuma. Poucas reações químicas ocorrem sem
uma reação lateral concomitante, mas o seu efeito pode ser minimizado
controlando-se as condições de reação de tal modo a favorecer a reação
principal o tanto quanto possível. A mistura final precisa ser cuidadosamente
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analisada e o efeito térmico das reações laterais precisa ser subtraído do valor
medido. A calorimetria de precisão exige muito trabalho. [2]

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OBJETIVOS

Geral: Utilização um calorímetro adaptado

Específicos

• Determinação de capacidade calorífica do calorímetro


• Determinação do calor de neutralização
• Determinação do calor de dissolução

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PARTE EXPERIMENTAL

. Materiais e equipamentos utilizados


• 2 Frascos de Dewar- calorímetros
• 2 agitadores magnéticos
• 1 cronômetro
• 1 balança analítica
• 2 termômetros com resolução de 0,1 °C
• 1 termômetro comum (com resolução de 1°C)
• 2 barras magnéticas para agitação
• 2 proveta de 100 mL
• 1 proveta de 200 mL
• 1 béquer de 200 mL
• 2 balão volumétricos de 100 mL
• Ácido clorídrico (HCl)
• Hidróxido de sódio (NaOH)
• Clorato de sódio (NaClO3)

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PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Determinação da capacidade calorífica do calorímetro

Utilizamos o frasco de Dewar e uma barra magnética para o agitamento, em


seguida foram adicionadas 100 mL de água com a sua temperatura ambiente
e com o auxílio de uma rolha foi tampado a boca do frasco de Dewar e foi
colocado um termômetro digital para a aferição da temperatura. Após isso o
calorímetro foi posto em cima da chapa de aquecimento e a temperatura foi
aferida e anotada a cada 15 segundos, até o momento que se atingiu uma
estabilidade.

Foi usado outro béquer para aquecer 100 mL de água, com o auxílio de uma
chapa de aquecimento até a temperatura alcançar 60 graus Celsius,
utilizando um termômetro para fazem a aferição da temperatura. Após o
aquecimento da água, ela foi passada para outro calorímetro, realizando e foi
o mesmo processo do início do experimento.

Adicionamos a água quente no calorímetro que já possuía em seu interior


água em temperatura ambiente, sendo esse calorímetro em questão o
primeiro, e continuamos a anotar a sua temperatura a cada 15 segundos até
instabilizar.

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Determinação do calor de dissolução

Foi pesado 17, 5 g de sal NaClO3 e adicionado no calorímetro 1 pelo técnico


do laboratório, em seguida foi colocado cima de uma chapa de aquecimento
e aferindo a temperatura e anotando a com intervalos de 15 segundos até
ser atingido a sua estabilidade.

Foram adicionadas 200 mL de água destilada com a sua temperatura


ambiente com o sal no calorímetro 1, posto na chapa de aquecimento e
aferindo a temperatura e anotando a cada 15 segundos até ser atingido a sua
estabilidade.

Determinação do calor de neutralização

No calorímetro 1, utilizando a barra de agitação, transferir a ele uma solução


de NaOH 1,5 mol que já estava preparada no laboratório e tampar o fraco
com o auxílio de uma rolha com um termômetro acoplado a ela, colocando o
mesmo em cima de uma chapa de aquecimento e aferindo a temperatura e
anotando a com intervalos de 15 segundos até ser atingido a sua
estabilidade.

Com o calorímetro 2, com o auxílio da barra de agitação, adicionar uma


solução de HCl 1,5 mol e tampa-lo com o auxílio de uma rolha e o termômetro
colocando o mesmo em cima de uma chapa de aquecimento e aferindo a
temperatura e anotando a com intervalos de 15 segundos até ser atingido a
sua estabilidade.

Em seguida transferiu-se a solução acida de HCl já preparada no calorímetro


que quantia a solução de NaOH, colocando o mesmo em cima de uma chapa
de aquecimento e aferindo a temperatura e anotando a com intervalos de 15
segundos até ser atingido a sua estabilidade

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

Determinação da capacidade calorífica do calorímetro

Na primeira etapa, foi determinada a capacidade calorífica de um calorímetro


devidamente fechado, com um termômetro aferimos a temperatura. Com a
utilização da água, que posteriormente já é conhecida a sua capacidade
calorífica que é a seguinte 4,184 J g-1 K-1, no calorímetro foi adicionado 100 mL
de água que assim conseguimos a massa m 1 na temperatura T1 que é a
correspondente o interior do calorímetro, após a adição de100 mL de água
aquecida obtemos a T2 e a m2, tendo por conhecimento a densidade que a água
possui de 1g.mL-1, portanto os volumes da água equivale o peso, o T f é a
temperatura equivalente quando o sistema entra em equilíbrio, e podemos
definida pela relação:

Ccal (TF – T1) = - m1. c água. (TF – T1)- m2. c água. (TF – T2)

As temperaturas obtidas da água no experimento, sendo de 26,5º C podemos


denominar como a temperatura inicial TI. Logo para chegarmos a T2 foi
necessário o aquecimento até a 66,5º C, após colocar no calorímetro sua
temperatura foi 43.8 º C após a estabilidade. Com a adição do m2 calorímetro
ocorreu a uma nova variação de temperatura até ser atingida um valor estável
conseguindo assim o TF.

Equilíbrio foi obtido em 43.8 ºC no tempo de 45 segundos, sendo assim a


temperatura TF. Com isso é possível definir a calorífica do calorímetro.

Ccal (TF – T1) = - m1.c água. (TF – T1) - m2.c água. (TF – T2)

Ccal (316,95 K – 299,65 K) = - 100 g . 4,184 J g-1 K-1 . (316,95 K – 299,65 K) –


100 g. 4,184 J g-1 K-1. (316,95 K – 339,65 K)

Ccal = 0,130598 KJ. K-1

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Determinação do calor de dissolução

Para saber a quantidade de calor que foi absorvida ou liberado nas reações de
dissolução, temos que saber a capacidade do interna do calorímetro. Portanto
já descobrimos a capacidade calorífica que é de 130,598 J. K.

Foi utilizado 17,66 gramas de NaClO3, sendo o mesmo posto no interior do


calorímetro e após a adição foi realizada a aferição da temperatura T mx, logo
adicionamos a água e verificamos a temperatura mais uma vez, a Tágua, e com
mais uma aferição conseguimos a Tf, sem variação em sua temperatura.

Em seguida calculou o calor de dissolução do NaClO3, os cálculos foram


realizados com os dados coletados:

ΔdissHm = -Ccal. (TF – Tmx) – mágua .cágua. (TF – Tágua) – mmx.cmx. (TF – Tmx) / n

Os seguintes valores das temperaturas obtidas foram:

TF: 26 ºC

Tágua: 26,7 ºC.

Tmx: 25,8 ºC.

4,184 J g-1 K-1

n: 0,16 mol

100 mL foi o volume utilizado então podemos dizer que corresponde a 100
gramas.

cNaCl: 0,853 J g-1 K-1

. Determinação do calor de neutralização

Na neutralização sabemos que ocorre a formação de água e sal, sabemos que


a reação acontece em um sistema de 1:1 no qual 1 mol de hidróxido de sódio é
equivalente a 1 mol de ácido clorídrico. Sabemos que os reagentes possuem 1,5
mol.L-1 de concentração.

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A temperatura inicial, TMOH é de 44,3 ºC, THX é de 30,1 ºC que é equivalente a
temperatura inicial do ácido, Ccal é o valor calorífica do calorímetro de 130,598
J. K-1, julgando que a capacidade calorífica e a densidade das soluções de
ácidos e bases são a mesma da água pura de 4,184 J g-1 K-1e 1 g. mL-1, e foram
usados 100 mL, da base que é descrita por mMOH e o mesmo é equivalente para
o ácido mHX, então a massa será respectivamente de 100 gramas.

O equivalente térmico foi obtido com a temperatura de 38,8 ºC, denominando-o


como TF. Assim conseguimos calcular o calor dispersado no processo.

ΔneutrHm = -Ccal. (TF – TMOH) – mHX .cHX. (TF – THX) – mMOH.cMOH. (TF – TMOH) / nMOH

ΔneutrHm = - (130,598). (311,95-317,4) – 100. 4,184. (311,95-303,25) - 100. 4,184.


(311,95-317,4) / 0,15

ΔneutrHm - 4320,6 KJ. mol-1

obtivemos o seguinte valor -4320,6 KJ. mol-1, que corresponde ao valor da


entalpia da reação de neutralização.

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CONCLUSÃO

O problema da determinação do calor de formação de qualquer composto se


resume no de encontrar alguma reação química envolvendo o composto que
seja adequada a uma medida calorimétrica, para, então, medirmos o calor dessa
reação. Se os calores de formação de todas as outras substâncias envolvidas
na reação forem conhecidas, o problema estará resolvido. Se o calor de
formação de uma das substâncias não for conhecido, então precisaremos
encontrar uma reação calorimétrica para essa substância e assim por diante. [2]

Na reação de neutralização é equivalente a uma reação exotérmica através dos


cálculos com o valor obtido de - 4320,6 KJ. mol-1

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REFERENCIA BIBLIOGRÁFICAS

1 – Química Físico-química / Rui Carlos Barros da Silva / Fortaleza_Ed UECE


2019/Capítulo 4 – Termoquímica pág. 53

2- CASTELLAN, G Fundamentos de Físico Química / cap 7 A Energia e o


Primeiro Princípio da Termodinâmica – Termoquímica pág. 106

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