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Lab-3 - Modelo de resolução para o lab 3

Termodinamica II Experimental (Universidade Federal de Itajubá)

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Baixado por Bartolomé Sívori (bartolomesivori@gmail.com)
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ


Instituto de Engenharia Mecânica

Ensaio nº 03: MEDIDA EXPERIMENTAL DO


PODER CALORÍFICO

Disciplina: Termodinâmica II EME606 – Laboratório


Curso: Engenharia Mecânica
Aluno: Davi Ramos Ribeiro Luz
Matricula: 2017020880
Professor: Lucilene de Oliveira Rodrigues
Turma: T05
Data e Hora do ensaio: 14/05/2019 ás 13:30.

Itajubá (2019.1/2019)

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1. INTRODUÇÃO
A calorimetria estuda, essencialmente, o fenômeno de transferência de
energia, na forma de calor, de um corpo a outro, de todas as maneiras
possíveis. Ocupa-se, ainda, do efeito que essa transferência provoca no estado
de um corpo: sua fusão, seu endurecimento, sua evaporação e outros
fenômenos decorrentes da perda ou aquisição de calor, também identificado
como energia térmica. Essa energia está associada à vibração, mais ou menos
intensa, das partículas que constituem o corpo, sejam moléculas, átomos ou
elétrons. A calorimetria é a base para o estudo da termodinâmica, que estuda
as relações entre energia térmica e energia mecânica, como também a
transferência de calor, uma das operações mais comuns na indústria química.
O calor (Q) é a forma de transferir energia térmica entre dois corpos que
se vale da diferença de temperaturas existente entre eles. Não é correto
afirmar que um corpo tem mais calor que outro; o calor é uma forma de
transferir energia de um sistema para outro, sem transporte de massa, e que
não corresponde à execução de um trabalho mecânico.
Todo corpo tem uma certa quantidade de energia interna que está
relacionada ao movimento aleatório de seus átomos ou moléculas e às forças
interativas entre essas partículas. A quantidade de energia transferida
enquanto houver diferença de temperatura é a quantidade Q de calor trocado,
se o sistema se encontrar isolado de outras formas de transferência de energia.
O calor de combustão é a variação de entalpia (quantidade de calor
liberada) pela queima de um mol de substância. A cada uma das reações
elementares de combustão completa está associada uma quantidade de calor
liberada característica, denominada calor de reação. Em geral costuma-se
determinar, experimentalmente, a quantidade de calor liberada por uma
amostra, mediante a realização de ensaio em laboratório, sob condições
padronizadas. No terceiro ensaio da disciplina Termodinâmica II, será
determinado o poder calorífico superior de alguns combustíveis, através de um
calorímetro C-2000.

2. OBJETIVOS

Determinação experimental do Poder Calorífico Superior dos


combustíveis sólidos ou líquidos.

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3. REFERENCIAL TEÓRICO

O Poder Calorífico de combustíveis é definido como a quantidade de


energia interna contida no combustível, sendo que quanto mais alto for o
poder calorífico, maior será a energia contida.
Um combustível é constituído, sobretudo de hidrogênio e carbono,
tendo o hidrogênio o poder calorífico de 28700Kcal/kg enquanto que o
carbono é de 8140Kcal/kg, por isso, quanto mais rico em hidrogênio for o
combustível maior será o seu poder calorífico. (GAVRILESCU)

• Poder Calorífico Superior (PCS):

É obtido experimentalmente, para o qual toda a água que aparece nos


produtos da combustão esteja no estado líquido.

• Poder Calorífico Inferior (PCI);

É do valor prático, para o qual toda a água que aparece nos produtos da
combustão se acha em forma de vapor.

Obs: PCI é sempre inferior a PCS. PCS ou PCI tem unidades kJ/kg, kcal/kg,
kcal/Nm3 e kJ/Nm3 .

• Poder Calorífico à pressão constante:

O calor liberado na combustão que se processa a pressão constante.

• Poder calorífico a volume constante

O calor liberado quando a combustão se processa dentro de recipiente de


volume constante.

A equação para o cálculo do poder calorífico superior de um combustível


utilizada como base no experimento é a seguinte :

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Onde:
PCS= Poder calorífico superior [J/g];
C = Capacidade de calor do calorímetro [J/K];
∆T = Elevação da temperatura do sistema calorimétrico durante o experimento
do processo de combustão [K];
QZ = Energia Externa da ignição elétrica, queima do fio de algodão [J];
m = Massa da amostra de combustível [g].

4. MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 Materiais
(a) Calorímetro
(b) bomba calorimétrica de aço inox,
(c) Amostra do combustível a ser analisado,
(d) Cadinho limpo para amostra,
(e) Fio de algodão ou parafina,
(f) Balança de precisão,
(g) Cilindro de oxigênio.

4.2 Procedimento de testes


1 - Ligar o calorímetro em 220V;
a) Ligar primeiro o nobreak;
b) Ligar a célula de medição;
c) Ligar o sistema de refrigeração;
d) Ligar o Computador em 110V;
e) Espera em torno de 180 segundos para dar inicio aos testes.
2 - Tarar a balança com o cadinho, depois colocar o combustível no cadinho.
3 - Pesar o combustível. O valor da massa devera estar entre 0,4 e 0,7g.
4 - O fio de algodão ou parafina tem que estar em contato com o combustível a
ser analisado.
5 - Se o nível de água esta baixo do mínimo, colocar água destilada no sistema
de refrigeração, com o aditivo de limpeza, fechando em seguida.
6 - Abrir o cilindro e deixar o oxigênio puro numa pressão de 30 bares.
7 - A Figura 1 mostra o calorímetro IKA-Works C2000.

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Figura 1 - Calorímetro C-2000.

4.3 Montagem experimental


A bomba é constituída por um vaso de pressão, de aço inoxidável, de
250 ml de volume. Coloca-se uma amostra de fluido (sólido ou líquido) em um
cadinho de metal, cerâmico ou quartzo, que fica suspenso dentro da bomba.
Um mecanismo de ignição elétrica é preparado para operar a queima de
uma resistência (fio de algodão ou parafina) que provoca a combustão do
combustível.
A bomba é colocada dentro do vaso calorimétrico, que fica protegido em
um recipiente isolado. A substância que se deseja determinar o poder calorífico
é completamente queimada em um vaso hermeticamente fechado. Esse vaso é
envolvido por água cujo aumento de temperatura, provocado pela combustão
da substância, serve para determinar o calor liberado durante o processo. A
temperatura da água é medida por um termopar.
Para melhorar a precisão da leitura, este aparelho é provido de um
girador (sting) que executa um movimento sobre o termopar, evitando erros na
medida. As variáveis do processo são mostradas em tempo real, através de um
“display” que permite acompanhar o ensaio.

4.4 Esquema do calorímetro


A figura 2 mostra esquematicamente o sistema calorimétrico.

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Figura 2 – Sistema Interno do Calorímetro

5. RESULTADOS E PESQUISAS

5.1 Resultado
Os combustíveis ensaiados no calorímetro C-2000 foram, Diesel S10 e
Bagaço, atingiram os seguintes valores de PCS:
Diesel S10: PCS= 41,987 MJ/kg
Bagaço: PCS= 17,854 MJ/kg.

5.2 Pesquisa de valores de poder calorífico

Em (LIMA, 2008) pode-se encontrar tabelados alguns valores de PCS


para combustíveis, tanto sólidos quanto líquidos. Há autores que encontram
valores divergentes, no entanto sempre próximos

Combustíveis líquidos:

• Gasolina: PCS= 47 MJ/kg


• Diesel: PCS= 46 MJ/kg
• Etanol: PCS= 30 MJ/kg
• Petróleo Cru: PCS= 46 MJ/kg
• Hidrogênio Liquido: PCS= 142 MJ/kg

Combustiveis Sólidos:
• Carvão: PCS= 23 MJ/kg

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• Carvão Betuminoso: PCS= 26 MJ/kg


• Bagaço de Cana: PCS= 15 MJ/kg
• Lenha: PCS= 20 MJ/kg
• Palha de Milho: PCS= 16 MJ/kg

5.3 Norma para levantamento do poder calorífico

O levantamento de poder calorífico atualmente segue a norma ABNT


NBR11956 de 06/1990, atualizada e confirmada em 12/2018.

5.4 Tipos de calorímetros e aplicações

Para combustíveis sólidos ou líquidos utiliza-se o calorímetro de


Berthelot-Maher, também chamado de Bomba Calorimétrica. Já para
combustíveis gasosos é usado o Calorímetro de Junkers.

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6. CONCLUSÃO

No terceiro ensaio da disciplina experimental de Termodinâmica II, foram


apontados valores para o Poder Calorífico Superior dos combustíveis, Diesel
S10, e bagaço, através de ensaio em um calorímetro para combustíveis sólidos
e líquidos (C-2000).

Para obter-se o poder calorífico é preciso respeitar normas, no caso a


norma a ser seguida é a ABNT NBR 11956, que estabelece os padrões de
medição e equipamentos para obter valores adequados.

Os valores de PCS obtidos para Diesel S10 e de bagaço foram


respectivamente 41,987 MJ/kg e 17,854 MJ/kg. Comparando esses valores aos
valores pesquisados para combustíveis similares pode-se dizer que o ensaio
teve sucesso, já que não encontrou-se grande discrepância. Pode-se ainda
dizer que em geral os combustíveis líquidos possuem maior poder calorífico
que os sólidos, isso se deve ao maior índice de hidrogênio nos combustíveis
líquidos, já que o hidrogênio é o elemento com maior poder calorífico, enquanto
os sólidos são mais ricos em carbono, que possui PC consideravelmente
inferior ao hidrogênio.

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REFERENCIAS

GAVRILESCU, D. Energy from biomass in pulp and paper mills.


Environmental Engineering and Management Journal, v. 7, n. 5, p. 537-546.
2008.

LIMA, Antonio. Geração Térmica: Poder Calorífico. Disponível em:


<http://antoniolima.web.br.com/arquivos/podercalorifico.htm>. Acesso em: 25
de maio de 2019.

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