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OPERADOR DE PROCESSAMENTO DE

GÁS NATURAL
(CTEM 07 – Certificado Vocacional 4)

Material Didático da Unidade de Competência 2

Analisar a medição de temperatura usando


dispositivos de detecção de calor industrial.

Setembro 2018

Este Material Didático foi desenvolvido pelo SAIT (Southern Alberta Institute of Technology) no âmbito do Treinamento de
Competências para o Emprego em Moçambique (CTEM-07), implementado por Colégios e Institutos Canadá-Cican, em
parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnica Profissional de Moçambique e Instituto
Industrial e Comercial de Pemba.
2. Analisar a medição de temperatura usando
dispositivos de detecção de calor industrial.
Introdução
É muito importante entender a diferença entre calor e temperatura. A temperatura pode ser definida como
a intensidade do calor, ou grau de calor sensível, em um corpo. O calor é a quantidade de energia que um
corpo possui e depende da sua temperatura, massa e composição.

O calor flui de um ponto de temperatura mais alta para um ponto mais baixo. Se uma extremidade de uma
haste de metal sólida for aquecida, o calor fluirá gradualmente para a extremidade do resfriador e aumentará
a temperatura. A taxa de fluxo de calor a partir da extremidade quente dependerá da diferença de
temperatura entre as duas extremidades ou o gradiente de temperatura. Ao mesmo tempo, um pouco de
calor é irradiado da haste para a área circundante. Este princípio pode ser aplicado a vários sensores de
temperatura, como os termômetros.

Nota: Nos materiais didáticos das unidades de competência 1 a 4, são discutidos dispositivos de medição
de pressão e temperatura, alguns dos quais são construídos com significativas preocupações ambientais e
de segurança. Alguns dispositivos de medição de temperatura e pressão contêm substâncias químicas
nocivas que são inseguras à vida e ao meio ambiente. Além disso, alguns dispositivos de medição de
temperatura também são feitos de vidro e, portanto, representam um risco significativo à saude se
acidentalmente quebrados. Cuidado extremo e atenção devem ser exercitados quando tais dispositivos
estiverem sendo usados.

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2.1 ELEMENTO DE COMPETÊNCIA: Descrever a relação entre as
duas escalas de medição de temperatura.

Critério de Desempenho
a) Explicar métodos e escalas de medição de temperatura.
b) Explicar conversões de escala de temperature, limitações e aplicações.

Evidências Requeridas
Evidência escrita / oral
Evidência oral ou escrita onde o estudante deverá demonstrar o entendimento do conceito de cálculos de
escala de temperatura.
Demonstração
Será exigido do(a) aluno (a) a demonstração da leitura precisa de ambas as escalas de temperatura.

Material de Aprendizagem
PRECISÃO DE MEDIÇÃO DE TEMPERATURA

Embora a temperatura seja uma das medidas mais comuns realizadas em processos industriais, pode ser
difícil se medir com precisão. Algumas causas de erro na medida são:

• A temperatura do fluido em diferentes partes de um recipiente de processo pode variar.

• Podem existir gradientes de temperatura entre diferentes pontos, e o dispositivo de medição pode
não detectar a temperatura real.

• Pode haver um gradiente de temperatura entre as duas extremidades de um sensor, como um


termômetro, que afetará a temperatura indicada.

• O calor será irradiado do dispositivo de medição para os arredores se a temperatura medida for
maior.

• O dispositivo de medição não detectará mudanças imediatas na temperatura do fluido medido. É


necessário algum tempo para que o calor seja conduzido ao elemento sensível. Isso resulta em um
intervalo de tempo, durante o qual a temperatura do fluido muda.

A escolha cuidadosa dos dispositivos sensores de temperatura e dos métodos de instalação ajudará a reduzir
os erros nas medições.

Escalas de temperatura

A escala Celsius usa 0°C como a temperatura a que a água e o gelo podem existir em equilíbrio quando a
pressão é 101.325 kPa absoluta, ou a temperatura atmosférica padrão. O ponto de ebulição, no qual vapor
e água estão em equilíbrio, é de 100°C com a mesma pressão.

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A escala de temperatura absoluta é a escala Kelvin. Zero Kelvin é o ponto em que todo o movimento
molecular cessa em qualquer substância.

0 K = -273°C
0°C = 273 K (o ponto de congelamento da água à pressão atmosférica padrão) 100°C = 373 K (O ponto de
ebulição da água à pressão atmosférica padrão) or K = °C + 273
O Sistema Imperial usa as escalas Fahrenheit e Rankine para medição de temperatura. O ponto de
congelamento da água à pressão atmosférica padrão é de 32°F e o ponto de ebulição é igual a 212°F.

A escala absoluta é chamada Rankine (R).

°R = °F + 460

Portanto, o ponto de congelamento da água em Rankine é 32 + 460 = 492°R e o ponto de ebulição da água
em Rankine é 212 + 460 = 672°R

A Figura 1 mostra a relação entre as escalas Rankine, Fahrenheit, Celsius e Kelvin.

Ponto de Ebulição (Água)

Ponto de Congelamento (Água)

Zero Absoluto

Figura 1 Escalas de Temperatura


©
SAIT

Para converter de uma escala de temperatura para outra, as seguintes equações são usadas:

F = 9/5 C + 32 onde F = Graus Fahrenheit C = 5/9 (F - 32); C = Graus Celsius

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Exemplo 1:

Converta o seguinte para graus Celsius e Kelvin: 212°F e 82°F.

Converta o seguinte para os graus Fahrenheit e Rankine: 72°C, 100°C, e - 40°C.

Solução:

a) Para converter os graus 212 ° F para Celsius e Kelvin, deixe F = 212 C = 5/9 (F - 32)

= 5/9 (212 - 32)

= 5/9 x 180

= 100°C (Ans.) K = C + 273

= 100 + 273

= 373 K (Resp.)

Para converter 82 ° F em graus Celsius e Kelvin, deixe F = 82 C = 5/9 (82 - 32)

= 5/9 (50)

C = 27.7°C (Resp.) K = C + 273

= 27.7 + 273

= 300.7 K (Resp.)

b) Para converter 72 ° C para graus Fahrenheit e Rankine, deixe C = 72 F = 9/5 C + 32

= 9/5 x 72 + 32

= 161.6°F (Resp.) R = F + 460


= 161.6 + 460

= 621.6° R (Resp.)

Para converter 100°C para graus Fahrenheit e Rankine, deixe C = 100 F = 9/5 x 100 + 32
= 212°F (Resp.) R = F + 460

= 212 + 460

= 672° R (Resp.)

Para converter -40°C para graus Fahrenheit e Rankine, deixe C = -40 F = 9/5 (-40) + 32

= -72 + 32

= -40°F (Resp.) R = F + 460

= -40 + 460
= 420°R (Resp.)

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2.2 ELEMENTO DE COMPETÊNCIA: Descrever a operação e
aplicação de termômetros de haste de vidro.

Critério de Desempenho
a) Descrever a construção e o funcionamento, do líquido no de termômetros de haste de vidro.
b) Explicar as limitações, aplicações e cpacidade de detecção de calor do termômetro de haste de vidro.

Evidências Requeridas
Evidência escrita / oral
Realizar testes escritos ou orais do aluno sobre a operação de termômetros de haste de vidro.
Demonstração:
Será exigido do(a) aluno(a) a explicação sobre a leitura, operações e limitações do líquido em
termômetros de vidro.

Material de Aprendizagem
TERMÔMETRO DE HASTE DE VIDRO

O termômetro consiste em um tubo de vidro de parede grossa com um orifício pequeno e uniforme,
chamado de capilar, que está conectado a um bulbo de vidro. Um fluido, como mercúrio ou álcool, enche
o bulbo e se estende no capilar. O espaço acima da coluna de fluido é evacuado e selado. Este espaço
também pode conter um gás inerte, como o nitrogênio, para aumentar o alcance da temperatura.

O princípio da operação envolve a expansão e contração de uma coluna de líquido devido a mudanças de
temperatura. Sempre que se aplica mais calor ao bulbo, o líquido se expande a um ritmo mais rápido do que
o tubo de vidro que o contém, de modo que o líquido é forçado a subir no tubo. Uma escala de referência
de números, indicando a temperatura, é gravada no exterior do tubo de vidro ou presa ao lado dela. A Figura
2 ilustra dois tipos de termômetros. O termómetro não deve ser exposto a temperaturas superiores ao
intervalo indicado porque o líquido pode expandir e quebrar o bulbo. Se um termómetro com mercúrio
estiver quebrado, não deve ser varrido para o lixo. O pessoal de saúde e segurança ocupacional deve estar
envolvido na limpeza. Os invólucros de metal, mostrados na Figura 2 (b), protegem o termómetro de serem
quebrados. O tubo também pode ser dobrado em um ângulo para atender aos requisitos de instalação.

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Câmara de
Expansão

Tubo

Haste
Graduações

Coluna Líquida

Bulbo

Figura 2
Termômetros de Haste de Vidro
©
SAIT

Termopoços
Para proteger os termômetros das altas pressões externas, a corrosão, a erosão e a possibilidade de danos,
vasos de termômetro ou termopoços, mostrados na Figura 3 (a), são instalados em recipientes e tubulações
de pressão. A instalação do termopoço é ilustrada na Figura 3 (b). Em tais instalações, o petróleo é
derramado no termopoço”. A lâmpada do termômetro é inserida no petróleo para aumentar a sensibilidade
do termômetro à mudança de temperatura. Este petróleo aumenta a eficiência da transferência de calor e
resulta em uma resposta mais rápida a uma mudança de temperatura. A ponta do termômetro também deve
ser aterrada ou deve tocar a parte inferior do termopoço para aumentar a resposta.

Os termômetros de vidro, com um enchimento de mercúrio, podem ser utilizados em uma faixa de
temperatura de - 40°C (104°F) a 400°C (750°F). Se o volume acima do líquido for pressurizado com
nitrogênio, o limite de temperatura superior pode ser aumentado para aproximadamente 550°C. Outros
fluidos terão diferentes intervalos.

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Vedação Termômetro

Tubo
Proteção

Thermowells
Termopoço Petróleo

Termopoço

Figura 3
“Termopoços”
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2.3 ELEMENTO DE COMPETÊNCIA: Descrever a operação e
aplicação de termômetros bimetálicos.

Critério de Desempenho
a) Explicar a operação e construção, limitações e capacidade de detecção de calor de termômetros
bimetálicos.
b) Ilustrar as limitações e aplicações dos termômetros bimetálicos.

Evidências Requeridas
Evidência escrita / oral
Evidência oral ou escrita do conhecimento do (a) aluno(a) quanto a operação de termômetros bimetálicos.
Demonstração:
O(a) aluno(a) deve completer com sucesso o autoteste em termômetros bimetálicos no final da unidade de
competência.

Material de Aprendizagem
TERMÔMETROS BIMETÁLICOS

A operação de um termômetro bimetálico depende do princípio de que os metais dissimilares se expandem


a diferentes taxas quando aquecidos. É constituída por duas tiras finas de metais diferentes fundidos face a
face (Figura 4). Quando o calor é aplicado, os dois metais se expandem a diferentes taxas, fazendo com
que a montagem se dobre. A camada superior, feita de uma liga invar, tem um baixo coeficiente de expansão
linear. A camada inferior, composta de bronze, tem um alto coeficiente de expansão linear. Quando a
extremidade livre é aquecida, o latão se expandirá a uma velocidade mais rápida, de modo que a tira desviará
para cima.
Direção de flexão
com aumento de
temperatura.

Invar (Coeficiente
Baixo)

Latão (Coeficiente
Alto)

Figura 4
Tira Bimetálica
©
SAIT
O movimento desta tira bimetálica é bastante pequeno. Para amplificar o movimento, a tira bimetálica pode
ser enrolada em uma espiral ou helicoidal (Figura 5). A deflexão angular do ponteiro variará diretamente
com a mudança de temperatura e o comprimento da tira em espiral.

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Ponteiro

Helicoidal
Espiral

Figura 5
Tiras Bimetálicas de Espiral e Helicoidal.
©
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A Figura 6 mostra um termômetro industrial que usa um elemento helicoidal bimetálico cujo movimento é
transmitido para um ponteiro por um eixo. O elemento sensível, que pode variar em comprimento para se
adequar a uma aplicação específica, é inserido em uma caixa protetora ou bulbo.

Principais tipos de
elementos utilizados em
termômetros bimetálicos:

Mancal Ponteiro

Guias Eixo

Helicoidal
Helicoidal Múltipla
Simples (c) Elemento Helicoidal
Espiral
Bimetálico

Vista seccional do termômetro


industrial usando elemento
bimetálico de tipo helicoidal.

Figura 6
Termômetro Bimetálico Industrial
©
SAIT

Os termômetros bimetálicos podem ser usados para medir temperaturas entre as faixas de -50 ° C (-58 ° F)
a + 550 ° C (1022 ° F). No entanto, o alcance operacional real seria menor dependendo do metal usado. A

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deflexão da tira bimetálica é quase linear apenas dentro de uma variação de temperatura limitada, portanto
sua operação deve estar dentro desses limites.

O termômetro bimetálico oferece várias vantagens sobre o termômetro do tronco de vidro:


Ser exposto a temperaturas além do alcance, sem danos.
Construção robusta.
Resistir a vibrações consideráveis.
Ser facilmente lido com um bom grau de precisão.
A velocidade de resposta às mudanças de temperatura é comparável ao termômetro de haste de
vidro.

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2.4 ELEMENTO DE COMPETÊNCIA: Descrever a operação,
aplicações e classificações de elementos térmicos preenchidos.

Critério de Desempenho
a) Explique os diferentes componentes e o mecanismo de medição de calor utilizado por uma unidade de
elemento térmico.
b) Delineie a construção, sensibilidade e diferenças fundamentais entre a unidade e outros dispositivos
industriais de medição de temperatura.

Evidências Requeridas
Evidência escrita / oral
O(a) aluno(a) deve ser capaz de identificar e demonstrar uma competência da montagem de uma unidade
térmico preenchido.
Demonstração:
O(a) aluno(a) deve demonstrar o procedimento preciso de medição de temperatura usado por elementos
térmicos preenchidos.

Material de Aprendizagem
ELEMENTOS TÉRMICOS COMPLETOS

Um sistema térmico consiste no seguinte:


Bulbo sensível à temperatura imerso no fluido medido.

Tubo capilar longo ou fino.

Dispositivo de detecção de pressão composto por um tubo Bourdon, fole ou diafragma.

Algum tipo de dispositivo de indicação ou transmissão.

Sistema completamente preenchido com um fluido (líquido ou gás).

Quando a temperatura medida aumenta, o fluido (Figura 7) se expande e aumenta a pressão dentro do bulbo,
do tubo Bourdon e do tubo capilar. Se o sistema estiver cheio com um gás (Figura 8), a pressão do gás
aumentará com um aumento na temperatura medida. O elemento de detecção de pressão responde ao
aumento da pressão movendo o ponteiro até a escala de temperatura. Uma diminuição da temperatura
provoca uma reação oposta.

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Tubo Bourdon

Ponteiro

Escala

Preenchimento de Fluido Bulbo


Tubo Capilar

Figura 7
Elementos Térmicos Preenchido
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SAIT

Linha Fria Líquido Linha Quente

Bulbo mais quente que Bulbo mais frio que linha. A linha e a
a linha. Linha, mola e mola cheias de vapor; bulbo contém todo
parte do bulbo cheio de o líquido, mas ainda tem espaço de vapor.
líquido.
Líquido Líquido

Figura 8
Sistema de Vapor
©
SAIT

A tubulação capilar pode ter uma largura de até 75 m (246 pés) para que a indicação de temperatura possa
ser levada a um painel de controle a partir de uma área remota. O bulbo, capilar e o dispositivo de atuação
são feitos de aço ou liga de aço para suportarem maior pressão e maiores temperaturas. Dependendo da
classe utilizada, os sistemas de enchimento térmico podem ser usados para temperaturas entre -200°C (-
328°F) e 600°C (1112°F).

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Compensação de Temperatura Ambiente
A mudança de temperatura da atmosfera em torno do indicador e o capilar podem afetar a leitura do
indicador quando o sistema está totalmente cheio de líquido ou gás. Se a temperatura ambiente for menor,
a pressão no capilar e na caixa será reduzida causando uma menor indicação de temperatura. Os seguintes
métodos são usados para reduzir o erro de indicação devido a mudanças de temperatura ambiente:
Compensação de Caixa
Compensação de Caixa e Capilar (Compensação completa)

Compensação de Caixa
Uma tira bimetálica no tubo de Bourdon (Figura 9) atua na direção oposta no ponteiro causado por uma
mudança na temperatura ambiente. Se a temperatura ambiente ao redor da caixa diminuir, a tira bimetálica
se dobrará na direção oposta ao movimento do elemento sensor de pressão para manter o ponteiro quase na
mesma posição para uma temperatura medida específica.

A compensação de caixa é adequada, então a caixa está diretamente conectada ao bulbo, ou o capilar é
bastante curto.

Capilar
Bulbo
Suporte de Montagem
Tira Bimetálica
Elemento Bimetálico

Link Direto para


Tubo Bourdon Caneta ou Ponteiro
Bulbo
Espiral

Figura 9
Compensação de Caixa
©
SAIT

Compensação de Caixa e Capilar (Compensação completa)


Se o bulbo for pequeno ou a faixa de temperatura for pequena e o capilar for longo, é necessária uma
compensação do tubo de Bourdon e do capilar. Existem dois métodos de compensação completa:

1. Pode usar-se um tubo Bourdon espiral compensatório e um capilar compensador. O capilar de compensação
é colocado ao lado do capilar de medição do ponto de medição para um tubo Bourdon espiral compensador.

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As duas espirais são colocadas uma sobre a outra e conectadas mecanicamente para que os efeitos das
mudanças de temperatura ambiente se cancelem. A Figura 10 (a) mostra a conexão real enquanto a Figura
10 (b) ilustra o princípio.

Ambos os capilares devem ser preenchidos com o mesmo tipo de fluido para reduzir o erro. Se a temperatura
que circunda o capilar e a caixa diminuísse, a espiral de medição moveria a balança do ponteiro. O capilar
e a espiral de compensação responderiam para girar o tubo de medição na direção oposta para manter o
ponteiro em um local na escala determinado pela temperatura.

Braço
Tubos Espirais Indicador
Bourdon

Compensador
Capilar Medição
Capilar

Medição
Espiral Compensação
Pivô Espiral

Sistema de Compensação

Medição Bulbo
Capilar

Figura 10
Compensação Completa
©
SAIT
2. Uma haste, feita de metal Invar que possui um coeficiente de expansão muito pequeno, pode ser
inserida dentro do capilar para reduzir a quantidade de líquido dentro. Um aumento da temperatura ambiente
em torno do capilar fará com que o aumento do volume do capilar seja quase igual à expansão do mercúrio.
A compensação de caixa é realizada por meio de uma tira bimetálica na espiral, como mostrado na Figura
9.

Classificações de elementos térmicos completos

Os elementos térmicos preenchidos são classificados de acordo com o seguinte:

• Os sistemas de Classe 1 são completamente preenchidos com líquidos que não sejam mercúrio.

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• Os sistemas Classe 2 são parcialmente preenchidos com líquido, conforme mostrado na Figura 8
(b). O restante do sistema contém vapor. Como a temperatura aumenta, mais líquido é vaporizado
e a pressão no sistema aumenta. Com uma diminuição da temperatura, parte do vapor retorna ao
estado líquido, causando uma diminuição da pressão. Este tipo de elemento pode ser distinguido
dos outros por uma escala de temperatura não linear.
• Os sistemas Classe 3 são completamente preenchidos com um gás inerte, como o nitrogênio.
• Os sistemas de classe 4 são preenchidos com mercúrio e raramente utilizados. Este tipo é
compensado pelas mudanças de temperatura ambiente.
• Os sistemas de Classe 5 são uma divisão especial da Classe 1 porque estão completamente
preenchidos com mercúrio. Este tipo não é compensado pelas mudanças de temperatura ambiente.

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2.5 ELEMENTO DE COMPETÊNCIA: Descrever a operação e
aplicação de termopares.

Critério de Desempenho
a) Explicar o conceito básico de química eletromecânica.
b) Demonstrar o mecanismo de operação de um termopar, seus tipos, aplicações, construção e função
quando incluídos no controle de um processo industrial.

Evidências Requeridas
Evidência escrita / oral
Evidência escrita ou oral da compreensão dos alunos sobre os tipo, aplicações e teoria dos termopares.
Demonstração
Competência na medição de calor do termopar através da conclusão do auto-teste em termopares
associado à unidade de competência.

Material de Aprendizagem
TERMOPARES

Um dos tipos mais amplamente utilizados de dispositivos elétricos de detecção de temperatura é o termopar.
Consiste em dois fios feitos de metais diferentes. Uma extremidade de cada fio é unida e a outra extremidade
está conectada a um medidor ou circuito elétrico (Figura 11). Se a extremidade juntada, chamada de junção
de medição, for aquecida, é gerada uma tensão mensurável. A extremidade livre, referida como a junção de
referência, pode ser conectada a um milivoltímetro, que é calibrado para ler em graus Celsius ou Fahrenheit.

Milivoltímetro

Junção a Quente

Fios Diferentes

Figura 11
Circuito Elementar de Termopar
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As tabelas de relacionamento de temperatura / milivolt são fornecidas para a calibração e para encontrar a
temperatura quando o milivolt é conhecido.

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A junção de medição de um termopar é colocada no ponto de medição de temperatura enquanto o
milivoltímetro com a junção de referência pode estar a alguma distância.

A tensão gerada por um termopar é quase diretamente proporcional ao diferencial de temperatura entre as
junções de medição e de referência.

Várias combinações de metais podem ser usadas dependendo da faixa de temperatura a ser medida. Tipos
de termopares e suas faixas de temperatura são mostrados na Tabela 1.

Tabela 1 – Faixas de Escalas de Termopar

Tipo Termopar Material de Construção Escala de Temperatura °C


J Ferro - Constantan 0 a 775
K Cromel - Alumel 300 a 1300
S &R Platina / Ródio - Platina -500 a 1500
T Cobre - Constantan -175 a 400

Quando um termopar é usado para medir a temperatura em um tubo ou trocador de calor, é utilizado um
termopoço como o que foi explicado anteriormente. O arranjo é mostrado na Figura 12.

Figura 12
Termopar e Poço Protegido
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2.6 ELEMENTO DE COMPETÊNCIA: Descrever a operação e
aplicação de termômetros de resistência.

Critério de Desempenho
a) Apresentar a relação entre eletricidade e temperatura nos metais.
b) Explicar o conceito básico de termômetro de resistência e termistores e suas aplicações especiais no
controle de processos industriais.

Evidências Requeridas
Evidência escrita / oral
O(a) aluno(a) deve, oralmente ou por escrito, completar o auto teste em termômetros de resistência
associado à unidade de competência.
Demonstração:
A competência do(a) aluno(a) com medição de calor do termómetro de resistência é requerida através da
demonstração física de diferentes termômetros de resistência.

Material de Aprendizagem
TERMÔMETROS DE RESISTÊNCIA

Um termômetro de resistência opera com o princípio de que a resistência de um metal como prata, cobre,
níquel ou platina aumenta em proporção direta ao aumento da temperatura. Consiste em uma resistência à
ferida do fio, chamada de detector de temperatura de resistência (RTD), que faz parte de uma ponte de
Wheatstone (Figura 13).

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Galvanômetro

Bateria

Figura 13
Ponte de Wheatstone
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O bulbo mostrado na Figura 14 é colocado no ponto de medição de forma semelhante à de um termopar e


a mudança de temperatura fará com que a ponte se torne desequilibrada. O desequilíbrio de tensão através
da ponte pode ser usado para indicar, gravar e controlar. Os termômetros de resistência são mais sensíveis
do que os termopares em pequenos intervalos de temperatura.

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Bainha de
Inconel

Insolador de
Porcelana

Fios de
Platina

Pó de
Alumina

Figura 14
Termorresistência
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Termístores
Os termístores são materiais sensíveis à temperatura que diminuem a resistência com um aumento de
temperatura. Eles são fabricados pela compressão de óxidos puros de cobalto, cobre, ferro, manganês,
titânio e níquel nas formas desejadas e conectando-os em um circuito ponte de Wheatstone para medição
de temperatura. Variando o tipo de óxido utilizado pode controlar a relação temperatura-resistência. Eles
podem ser fabricados na forma de pequenas contas, discos, varas e anilhas que normalmente são revestidas
de vidro.

Os termístores também podem ser fechados em plástico, cimentados e soldados em parafusos ou fechados
em tubos de vidro. As montagens servem para suportar o termistor e proteger os fios contra danos. Possuem
características negativas de resistência à temperatura, cujo valor típico é de -4% por °C a 20°C. Isso faz
com que os termístores sejam adequados para medidas de extensão estreita. A Figura 15 ilustra uma série
de configurações de termistor.

Sonda

Envelope de vidro
Gota Barra Arruela
Disco

Figure 15 Elementos do Termístor


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Os tipos disco são mais baratos do que os tipos gotas, maiores e capazes de lidar com um energia superior,
mas são mais lentos em resposta. Os valores de resistência dos discos estão no intervalo de 5 a 10 000 ohms.

As arruelas são feitas como discos, exceto que um furo é formado no centro da unidade para que elas
possam ser montadas em um parafuso. Uma série de arruelas podem ser usadas com terminais entre elas e
conectadas, em série ou em paralelo.

As barras são produzidas pela extrusão. Sondas fixadas às extremidades da barra. Os valores de resistência
podem ser feitos de 1000 a 150 000 ohms.

Os termístores também podem exibir características positivas de resistência à temperatura. Esses tipos são
apenas um pouco não-lineares. Eles são construídos a partir de cristais de germânio puro ou de silício. A
resposta com o elemento descoberto imerso no fluido do processo, da qual a temperatura deve ser medida,
é extremamente rápida.

Para atingir 63% da temperatura final, quando ocorre uma alteração na temperatura, pode exigir apenas 15
milissegundos e atingir 90% da temperatura final, 40 milisegundos.

Eles são usados para intervalos de temperatura de -195°C (-319°F) a 350°C (662°F), mas um menor alcance
de -45°C (-49°F) a 175°C (347°F) é recomendado. Eles são amplamente utilizados para limitadores de
corrente para proteger os motores de superaquecimento e aplicação onde são necessárias medições precisas
em temperaturas relativas elevadas.

O termístor, devido à sua grande mudança de resistência por grau de mudança de temperatura, indicará
prontamente uma mudança de temperatura de 0,0005°C. A alta resistência ao termistor torna-o adequado
para medições de temperatura remota, uma vez que a resistência de longas sondas é insignificante em
comparação com a do termistor.

Um único termistor é inadequado para amplos períodos de temperatura porque a sua resistência varia de
valores, que são tão elevados que são inconvenientes para medições de valores que são muito baixos por
conveniência. Vários termístores devem ser usados para cobrir uma ampla variação de temperatura.

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2.7 ELEMENTO DE COMPETÊNCIA: Descrever a operação e
aplicação do pirômetro de radiação.

Critério de Desempenho
a) Explicar o mecanismo de operação e a construção do pirómetro de radiação.
b) Explicar as aplicações especiais e as limitações do pirómetro de radiação.

Evidências Requeridas
Evidência Escrita / Oral
O aluno deve completar o auto-teste em pirômetros de radiação associado à unidade de competência.
Demonstração:
O (a) aluno(a) deve demonstrar competência na aquisição de leituras precisas de temperatura e operar um
pirômetro de radiação.

Material de Aprendizagem
PIRÔMETRO DE RADIAÇÃO

Os pirômetros de radiação são dispositivos sensores de temperatura que não requerem contato físico com o
objeto ou substância da qual a temperatura deve ser medida.
Estes dispositivos de temperatura possuem o maior intervalo de medição em relação a qualquer outro
elemento de detecção de temperatura, pois variam de 50°C (122°F) até 6.000°C (10.800°F).

Este instrumento opera com o princípio de que a intensidade da radiação de calor da superfície de um corpo
aumenta proporcionalmente à quarta potência da temperatura absoluta de um corpo. A energia de um objeto
quente é focada em uma termopila (uma série de termopares conectados em série) por uma lente pirômetro.
A tensão gerada pela termopila opera um voltímetro cuja escala é calibrada em graus Celsius ou Fahrenheit.
Pode ser usado para registrar e controlar temperaturas iguais aos termopares.

A Figura 16 mostra um esboço simplificado do princípio da radiação.

Invólucro

Sistema de
Objeto Leitura
Quente
Amplificação

Janela ou Lente de Filtro se Termopile


Abertura Coletor ou usado
Óptica de
Espelho
Figura 16
Princípios de Pirômetro de Radiação
©
SAIT

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Os pirômetros de radiação são usados onde:

A temperatura medida está acima da faixa de termopares.

A atmosfera do forno é prejudicial aos termopares.

É impossível entrar em contato com o material cuja temperatura é medida.

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