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Universidade de Brasília

Instituto Central de Ciências


Instituto de Física
Física 2 Experimental

LARA LUCIANA FERREIRA DA SILVA - 221021572


LORENA PASTANA CABRAL MEDEIROS - 221006585
RICARDO ACCORSI CASONATTO - 200060121

EXPERIMENTO 1: COEFICIENTE DE DILATAÇÃO LINEAR

Brasília

5 de setembro de 2023
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO TEÓRICA.................................................................................................... 2
OBJETIVO............................................................................................................................... 2
MATERIAL UTILIZADO...................................................................................................... 2
PROCEDIMENTOS................................................................................................................ 3
CONDIÇÕES INICIAIS DO EXPERIMENTO................................................................... 3
RESULTADO E ANÁLISE DE DADOS................................................................................4
I. ALUMÍNIO........................................................................................................................... 4
II. AÇO...................................................................................................................................... 4
III. LATÃO............................................................................................................................... 5
CONCLUSÃO.......................................................................................................................... 7
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO.....................................................................................7
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INTRODUÇÃO TEÓRICA
Um sólido pode ser descrito como um conjunto de átomos interligados por forças
interatômicas, sendo as suas propriedades elásticas e térmicas frequentemente descritas por
um simples sistema massa-mola. Nesse sentido, os átomos propriamente ditos exercem o
papel das massas, enquanto as suas respectivas forças de coesão entre si são descritas por
molas.

Numa dada temperatura, cada átomo se encontra em constante movimento, oscilando em


torno da sua posição de equilíbrio. Consequentemente, o perfil de sua energia apresenta um
comportamento cíclico, alternando entre energia cinética e energia potencial elástica.
Naturalmente, aumentos de temperatura resultam no aumento da energia cinética.

Considerando a utilização de um modelo não parabólico para melhor explicar a dilatação


linear, diferentemente do utilizado em um sistema de molas ideal, tem-se que para pequenos
aumentos de temperatura ∆T = T - T0, o ponto médio de oscilação cresce uma pequena
fração do comprimento original, conforme o expresso:

De forma complementar, a constante de proporcionalidade α é dada a partir da razão entre o


aumento fracional da distância interatômica ∆x / x0 e o respectivo aumento de temperatura
∆T, podendo ser algebricamente representada da seguinte forma:

OBJETIVO
O presente experimento objetiva a mensuração empírica do coeficiente de dilatação térmica
linear (α) de 3 (três) materiais distintos: o latão, o aço e o alumínio.

MATERIAL UTILIZADO
Para a realização do experimento, foram utilizados os seguintes materiais, conforme o
orientado:

● 03 dilatômetros lineares com tubos de latão, de aço e de alumínio;


● 01 circulador de água com aquecedor e controle de temperatura;
● 01 termômetro;
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● 01 trena.

PROCEDIMENTOS
Inicialmente, mediu-se o comprimento e a temperatura inicial do tubo. Em seguida,
ajustou-se o botão de controle de temperatura para o -20°C, e ligou-se o circulador. Dando
prosseguimento, a partir da temperatura ambiente, elevou-se a temperatura do controlador
para 35°C, visando a observação das variações de temperatura no termômetro, assim como a
respectiva alteração no relógio comparador. Os dados coletados foram registrados em uma
planilha, sendo esse processo repetido a partir de aumentos consecutivos de 5ºC, até o
alcance da temperatura final de 70ºC.

Com os dados em mãos, traçou-se um gráfico de regressão linear por meio da ferramenta
SciDavis e, posteriormente, calculou-se o coeficiente de dilatação linear do material
fornecido. Os dados dos metais restantes foram adquiridos a partir dos demais grupos, de
forma a possibilitar o esboço de um gráfico final contendo o comportamento dos 3 (três)
materiais e, por conseguinte, de seus coeficientes de dilatação linear empiricamente
mensurados. Ao final do experimento, constatou-se que o material utilizado pelo grupo era o
alumínio.

CONDIÇÕES INICIAIS DO EXPERIMENTO


Após as devidas mensurações, a Tabela 1 identifica a condição inicial à qual o experimento
foi submetido. Os erros absolutos computados fazem alusão aos erros instrumentais das
ferramentas utilizadas.

Tabela 1 - Valores Iniciais de L0 e T0

Fonte: própria.

Os demais grupos apresentaram valores iniciais minimamente diferentes, os quais estão


expressos na Tabela 2.

Tabela 2 - Valores Iniciais dos Demais Grupos

Fonte: fornecido pelos demais grupos da disciplina.


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Além disso, como forma de orientação prévia, foram fornecidos os coeficientes de dilatação
térmica linear esperados de cada material, os quais podem ser observados na Tabela 3.

Tabela 3 - Coeficientes de Dilatação Linear Esperados de Cada Material

Fonte: fornecidos em sala de aula pela professora da disciplina.

RESULTADO E ANÁLISE DE DADOS


A seguir, apresenta-se a coleta de dados realizada em sala, onde se pode observar a variação
no comprimento do tubo (ΔL) à medida que foi aplicado um aumento de temperatura (ΔT) na
água em circulação.

I. ALUMÍNIO

Tabela 4 - Dados Experimentais do Alumínio

Fonte: própria.

II. AÇO
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Tabela 5 - Dados Experimentais do Aço

Fonte: fornecido pelos demais grupos da disciplina.

III. LATÃO

Tabela 6 - Dados Experimentais do Latão

Fonte: fornecido pelos demais grupos da disciplina.

Feita a compilação dos dados acima, foi construído o Gráfico 1, o qual apresenta a relação
entre a temperatura (eixo X) e a dilatação linear (eixo Y) dos 3 (três) materiais.
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Gráfico 1 - Variação da Dilatação (ΔL) pela Variação da Temperatura (ΔT)

Fonte: própria, por meio da ferramenta gráfica SciDavis.

Aplicando uma regressão linear nos dados, utilizou-se o coeficiente angular das retas
fornecido pelo próprio SciDavis para o cálculo do coeficiente de dilatação linear de cada
material. A Figura 1 representa o resultado gerado pelo software em relação aos dados do
grupo.

Figura 1 - Coeficientes da Equação de Reta da Regressão Linear do Alumínio

Fonte: própria, por meio da ferramenta gráfica SciDavis.

A expressão algébrica utilizada para o cálculo do coeficiente de dilatação linear encontra-se


abaixo, sendo A o coeficiente angular da reta e L0 o comprimento inicial do tubo:

α = A / L0
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Feitos os devidos cálculos, encontrou-se o coeficiente de dilatação linear do alumínio


equivalente a 2,25x10^-5 1/ºC ± 2x10^-7 1/ºC, o do aço igual a 1,32x10^-5 1/ºC ± 2x10^-7
1/ºC, e o do latão é igual a 1,74x10^-5 1/ºC ± 5x10^-7 1/ºC, sendo estes erros calculados por
meio da seguinte equação:

CONCLUSÃO
Considerando os valores dos coeficientes lineares fornecidos previamente em sala, observa-se
que os resultados empíricos foram consideravelmente satisfatórios para os materiais
analisados, tendo em vista o alto grau de aproximação em relação aos valores iniciais
apresentados. De fato, foi possível identificar assertivamente o material de acordo com o seu
coeficiente de dilatação linear específico.

Além disso, percebe-se que o aumento da energia cinética, promovido pelo aumento da
temperatura, aumentou a oscilação dos átomos do material em torno de seu ponto médio, de
forma a gerar alterações nas dimensões físicas do corpo, com perceptível dilatação. A
variação do comprimento do tubo (ΔL) se mostrou diretamente proporcional ao aumento de
temperatura (ΔT), sendo o comportamento da curva bem semelhante a uma equação de reta
simples: Y = Ax + B, conforme o identificado pelo Gráfico 1. Observa-se que quanto maior o
coeficiente angular da reta, maior o coeficiente de dilatação térmica linear do material.

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

COEFICIENTE DE DILATAÇÃO LINEAR. Universidade de Brasília (UnB), Brasília, p. 1-5, 24 abr. 2015.
Disponível em:<https://aprender3.unb.br/mod/resource/view.php?id=1057383>. Acesso em: 30 ago. 2023.

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