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Disciplina: Ciências dos Materiais I

Curso: Engenharia Química

Grupo:

Nome RA
Jonathan Eurípedes de Oliveira 111294
Leonardo Santos da Luz 111236

AULA PRÁTICA: Propriedades térmicas: dilatação térmica em sólidos regulares


1. Objetivo:
O objetivo principal desta prática é estudar o coeficiente de dilatação linear de uma haste
metálica. Além disso, pode-se determinar, a partir da comparação de valores tabelados, o
material do qual a haste é composta.

2. Fundamento:
Quando se fornece calor a um corpo sólido, a energia interna aumenta e, consequentemente,
a energia cinética molecular média, fazendo com que a separação média entre as moléculas
que compõem o sólido aumente. Esse aumento na separação molecular pode ser observado,
macroscopicamente, por meio do aumento das dimensões do corpo (comprimento, área ou
volume). Nesta prática, estudaremos a expansão em uma das direções de um corpo sólido
regular, ou seja, a expansão térmica linear.
De acordo com Tipler e Mosca (2012), a dilatação linear (∆L) é descrita por uma equação que
relaciona o tamanho inicial do corpo (L 0) à variação da temperatura do corpo (∆T) e a um
coeficiente de dilatação térmica médio (α), o qual é característico de cada material. Assim:

Portanto, α é encarado como fator de deformação do corpo por unidade de temperatura,


sendo assim, sua unidade é o C-1 ou, no SI, K-1. A Tabela 1 apresenta uma lista de materiais e
seus respetivos coeficientes de dilatação médios. A dilatação dos corpos pode ser separada
em três tipos: linear, superficial e volumétrica, porém, para corpos isotrópicos, o coeficiente
de dilatação linear médio é o mesmo em todas as direções.

Tabela 1 – Coeficiente de dilatação linear médio de alguns materiais.

3. Materiais e Métodos

Os materiais utilizados são:

 Dilatômetro – base metálica, relógio comparador, recipiente para água e conexões.

• Hastes metálicas de diferentes materiais.

• Termômetro digital.

• Fonte de calor.

• Termômetro analógico.
Figura 1 – Esquema de montagem do dilatômetro

 Monte o equipamento, como mostrado na Figura 1.


 Entenda todos os componentes da montagem apresentada.
 Fixe a haste (corpo-de-prova) com o parafuso fixador (lado direito).
 Fixe o encosto no corpo-de-prova usando o parafuso de fixação (lado esquerdo).
Cuide para que o encosto não toque na base metálica de sustentação do sistema.
 Conecte a mangueira de saída de vapor.
 Faça uma leve compressão na ponta do relógio comparador.
 Calibre o instrumento de medida (relógio comparador), zerando-o.
 Determine o comprimento inicial (L0) do corpo de prova. Esse comprimento é
determinado medindo-se a distância entre o ponto em que o corpo está preso
(fixo) até a sua extremidade livre – ponto que toca o relógio comparador. Esse é
o trecho do corpo de prova que terá influência sobre o medidor (500, 400, 350 e
300 mm).
 Determine a temperatura inicial do corpo de prova T 0 - temperatura ambiente.
Anote o resultado na Tabela 2.
 Usando a luva térmica, conecte a mangueira de saída de vapor na extremidade
direita do corpo-de-prova e aguarde até o sistema atingir o equilíbrio térmico, o
qual ocorrerá quando a temperatura estacionar. Isso deve ocorrer quando sair
vapor no tubo de saída do corpo de prova.
 Com o termômetro digital, meça a temperatura na saída do vapor (T 1), que é a
temperatura final do corpo-de-prova. Anote o resultado na Tabela 2. Aconselha-
se muita atenção, pois o sistema todo estará numa temperatura alta.
 Meça, diretamente no relógio comparador, a variação no comprimento da haste,
∆L. Anote o resultado na Tabela 2. Usando a luva térmica, remova a haste e a
esfrie, de preferência em água corrente.
 Mude a posição de fixação da haste.
 Repita os passos anteriores por mais três vezes, variando o comprimento da
haste, alterando o parafuso de fixação posicionado no lado direito da base
metálica.
 Troque o material e repita o processo para as outras duas hastes disponíveis.
Sugestão: para otimizar o seu trabalho, substitua as hastes antes de soltar o
parafuso de fixação. Anote os resultados nas Tabelas 3 e 4.
4. Análise experimental e resultado
Logo, com base no comprimento inicial (Lo), na variação de temperatura do sistema (ΔT) e na
variação do comprimento mediante aquecimento (ΔL), foi possível encontrar quatro medidas de
coeficiente de dilatação linear para cada haste metálica (α). Analisando-se o coeficiente de dilatação linear
médio (αm) das hastes metálicas, é possível concluir, via comparação com a Tabela 1, que o material 1 é o
latão, o material 2 corresponde a uma liga de cobre e o material 3 trata-se de uma liga de aço.
Dentre as possíveis fontes de erro na determinação do coeficiente de dilatação linear (α) das
hastes metálicas e das respectivas médias do coeficiente de dilatação linear (αm), pode-se citar a perda de
calor para o ambiente, o qual, por esse fator, não foi transmitido integralmente as hastes metálicas,
resultando em uma menor dilatação linear. A isso, soma-se possíveis erros de montagem dos
equipamentos e alinhamento das hastes, desvios de medida do relógio comparador, que refletiram medidas
precipitadas de ΔL, e do termômetro analógico, resultando em erros no cálculo do ΔT.

Com base nas informações obtidas experimentalmente, pode-se gerar o gráfico de variação do
comprimento (ΔL) pelo comprimento inicial (Lo) para as hastes metálicas estudadas e, dessa forma,
determinar o coeficiente de ditalação linear (α) de cada material, o qual será numericamente igual ao valor
da tangente da reta do gráfico dividido pela variação de temperatura (ΔT). Dessa forma, tem-se:

α.ΔT=0,0014
α.(97-24)=1,4.10^3
α=1,4.10^-3/73
α=19,1.10^-6
α.ΔT=0,0013
α.(97-24)=1,3.10^-
3
α=1,3.10^-3/73
α=17,8.10^-6

α.ΔT=0,001
α.(97-24)=1.10^-3
α=1.10^-3/73
α=13,7.10^-6
5. Conclusões

Com base nos valores obtidos nos gráficos, ainda é possível concluir que o material 1 é o latão, o
material 2 corresponde a uma liga de cobre e o material 3 trata-se de uma liga de aço.
Ademais, pode-se comparar os coeficientes de dilatação linear (α) dos materiais obtidos
experimental (αExp) e graficamente (αGrá):

αExp αGrá
Material 1 17,4.10^-6 19,1.10^-6
Material 2 14,75.10^-6 17,8.10^-6
Material 3 11,6.10^-6 13,7.10^-6
A partir desses valores, conclui-se que houveram discrepâncias entre os coeficientes de dilatação
linear obtidos para os materias utilizando métodos distintos. Isso se deve, certamente, devido a
imprecissões dos materiais utilizados e erros cometidos na determinação experimental dos coeficientes de
dilatação, bem como a perda de energia (calor) para o meio e a alta variação dos resultados obtidos no
experimento, fator que influenciou na média dos coeficientes encontrados. Nesse sentido, o método
gráfico possibilitou encontrar o coeficiente de dilatação linear por meio da inclinação da reta gerada pelos
valores de Lo e ΔL, fornecendo valores mais confiáveis de coeficiente de dilatação, mas que também
continham erros, dada a equação gerada para cada gráfico que continha um fator de erro, sinalizado pelo
termo negativo da equação.
Em suma, o experimento foi realizado com êxito, permitindo determinar os coeficiente de
dilatação linear de cada material mediante resultados obitidos pelos métodos experimental e gráfico e
utilizando a equação da dilatação linear. Apesar da discrepância dos resultados, concluiu-se que material 1
é o latão, o material 2 corresponde a uma liga de cobre e o material 3 trata-se de uma liga de aço.

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