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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I

AULA 10
MARA RÉGIA FALCÃO VIANA ALVES
VIDRO
 Substância inorgânica, homogênea e amorfa, obtida
através do resfriamento de uma massa em fusão.
 Formado por Silicatos não cristalinos - 70% de SiO2 +
cal (CaO) e soda (Na2O) entre outros óxidos.
 Suas principais qualidades são a transparência óptica e a
dureza.
 Inerte, é um material que não interage com nenhuma
outra substância química.
 Inteiro, dura 1 milhão de anos.
 100% reciclável.
HISTÓRICO
Descoberta:
 Há 7 mil anos mercadores fenícios
descobriram o vidro ao fazerem
uma fogueira na areia da praia.
 Fogo + areia + nitrato de sódio

Técnica de fabricação:
 100 a.C. - técnica de soprar o vidro.
 Século VI – primeiro vidro colorido Fenícios e o vidro
da arquitetura na Catedral de Santa
Sofia (Constantinopla).
 Sec. XIII – romanos dominaram a técnica da vidraçaria -
Veneza e Murano - mestres vidraceiros – mosaicos.
HISTÓRICO
Industrialização:
 Séc XVIII - Companhia de
Saint-Gobain foi criada pelo rei
francês Luís XIV para que
fossem feitos os espelhos do
Galeria dos Espelhos - Versalhes
Palácio de Versalhes na França.

Industrialização moderna:
 1952, Inglaterra: a Pilkington desenvolveu o processo
para produção do vidro Float, ou cristal (revolução
industrial e mecanização dos processos).
HISTÓRICO NO BRASIL
 1624 e 1635 - Invasões holandesas em Olinda
e Recife (PE) - Maurício de Nassau montou
a primeira oficina de vidro.
 1810-1825 - Família Real Portuguesa (1808) autorizou
Francisco Ignácio da Siqueira Nobre a instalar a Real
Fábrica de Vidros da Bahia, em Salvador, Bahia.
 1839 - Fábrica Nacional de Vidros São Roque (RJ).
 1878 – 1940 - Fábrica de Vidros e Cristais do Brasil (RJ).
 1902 - Fábrica Fratelli Vita (BA).
 1982 - Fábrica Cebrace (SP) (indústria moderna).
Linha do
tempo na
evolução do
vidro
(ABIVIDRO,
2016)
COMPONENTES DO VIDRO
 Sílica - SiO2 (óxido de silício) - constituinte primordial.
 Enrijece por resfriamento sem cristalizar através de um
aumento contínuo de viscosidade (líquido, viscoso e
frágil (quebradiço).

Areia
COMPONENTES DO VIDRO
 Carbonato de sódio (Na2CO3) ou Óxido de sódio (Na2O):
Utilizado para remover toda e qualquer bolha de ar durante o
processo de fabricação do vidro, além de contribuir para uma
boa dureza e rigidez. Facilita também a fusão da sílica;
 Alumina ou óxido de alumínio(Al2O3): Está na
composição do vidro para conferir maior resistência a
choques mecânicos;
 Óxido de magnésio (MgO): Proporciona a capacidade de
suportar mudanças bruscas na temperatura.
 Sucata de vidro, limpa e selecionada, é usada para auxiliar a
fusão.
 Corantes (selênio (Se), óxido de ferro e cobalto) para
produção de vidros coloridos.
COMPONENTES DO VIDRO
COMPONENTE FUNÇÃO OBSERVAÇÕES
Sílica SiO2 Vitrificante Introduzida sob a forma de areia
Alumina (Al2O3 ) Aumenta a resistência mecânica
Sódio (Na2SO4) Fundente Aumenta a resistência mecânica
Soda ou potassa
Barrilha
Óxido de cálcio Estabilizante Proporciona estabilidade ao vidro contra
(CaO) ataques de agentes atmosféricos
Óxidos metálicos Alteram as Em determinados tipos de vidro podem
propriedades determinar a coloração
Magnésio (MgO) Garante resistência ao vidro para suportar
mudanças bruscas de temperatura e aumenta
a resistência mecânica.
Sucata de vidro Baixa a temperatura de fusão (1450 a 1550°C)
Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
COMPONENTES DO VIDRO

Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia


CICLO DO VIDRO
Ecológico:
 100% Reciclável.
 Retornável.
 Reutilizável.

 Inerte.
 Dura 1 milhão de
anos (inteiro).

www.cebrace.com.br
CONCEITOS DE VIDRO
 Vidro comum ou recozido: Possui ondulações que podem
produzir distorções de imagens. Ordinários ou alcalinos.

 Vidro float: Não produz distorções de imagens devido ao


paralelismo das suas faces, oriunda do seu processo de fabricação.

 Vidro cristal: Apresenta características notáveis de brilho e


transparência, sem distorção de imagens, obtido pela inclusão de
chumbo na composição.
 O chumbo aumenta a refração (desvio na direção da luz), a transparência e

reduz a dureza, permitindo melhor polimento. A adição de bórax (Na2B4O7 )


resulta num vidro de alta resistência ao calor.
FABRICAÇÃO DE VIDRO
 Misturar os componentes

 Levar os componentes à fusão (1500°C)

 Moldagem

 Resfriamento

 Beneficiamento

 Recozimento (alívio das tensões)

https://www.youtube.com/watch?v=CCuR_KWjgUk
VIDRO FLOAT
 “Vidro de silicato sodo cálcico, plano, transparente,
incolor ou colorido em sua massa, de faces paralelas e
planas, que se obtém por fundição contínua e
solidificação no interior de um banho de metal
fundido” (ABNT NBR NM 294).

 O vidro float comum (vidro recozido) é aquele que


ainda não recebeu qualquer tipo de beneficiamento.

 Recozimento é o processo de resfriamento controlado


para evitar a tensão residual no vidro e é uma operação
inerente ao processo de fabricação do vidro float.
VIDRO FLOAT
 O vidro float comum pode ser cortado,
usinado, perfurado, curvado, afiado e polido.

 A partir das chapas de vidro float é possível fazer uma série


de processamentos, que geram diferentes tipos de vidro,
tais como: curvo, laminado, temperado, insulado, acidado,
jateado, pintado, serigrafado, antibactéria, autolimpante,
fotovoltaico.

 Em edificações, o vidro float comum pode ser utilizado


onde não há o risco de impacto humano, como por
exemplo,em janelas de correr, como vidro inteiramente
encaxilhado acima de 1,10m do piso.
FABRICAÇÃO DE VIDRO FLOAT
a) O padrão internacional de fabricação do vidro float (flotado)
foi desenvolvido pela Pilkington em 1952;
b) As matérias-primas são misturadas com precisão e fundidas no
forno;
c) O vidro fundido a aproximadamente 1600°C é derramado em
um tanque de estanho liquefeito, quimicamente controlado;
d) O material flutua sobre uma piscina de estanho a 650°C,
espalhando-se uniformemente e formando a lâmina de vidro;
e) A espessura é controlada pela velocidade da chapa de vidro que
se solidifica à medida que continua avançando;
FABRICAÇÃO DE VIDRO FLOAT
f) A lâmina de vidro float é recozida num forno que
resfria a chapa de forma controlada (resfriamento
controlado);
g) O processo termina com o vidro apresentando
superfícies polidas e paralelas;
h) Inspeção/Qualidade;
i) Corte;
j) Empilhamento;
k) Expedição.
https://www.youtube.com/watch?v=FBGDuYQccRY
FABRICAÇÃO DE VIDRO FLOAT

https://www.youtube.com/watch?v=FBGDuYQccRY
CARACTERÍSTICAS DOS VIDROS
O vidro tem incontáveis aplicações nas mais variadas
indústrias, dada suas características :
 inalterabilidade
 dureza
 resistência mecânica
 propriedades térmicas
 propriedades ópticas e
 propriedades acústicas
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS
 Do ponto de vista físico, o vidro pode ser definido
como um líquido sub-resfriado, rígido, sem um ponto
de fusão definido e com uma viscosidade elevada.
CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS
 Do ponto de vista químico, o
vidro é a mistura de óxidos
inorgânicos não voláteis
resultantes da decomposição e da
fusão, principalmente, de
compostos alcalinos, alcalino
terrosos e de areia, formando um
produto final com estrutura
atômica desorganizada.
CONSTRUÇÃO CIVIL
 Consome 70% do vidro produzido no Brasil
(ABIVIDRO, 2016);

Vidros mais usados:


 Lisos, diversas espessuras (2, 3, 4, 5, 6, 8 e 10 mm)
 Impressos ou fantasia (canelado, pontilhado, etc)
 Temperados

Utilização:
 Fechamento (transparência proporciona luz e sol
no interior das habitações e locais de trabalho e
visão para o exterior)
 Divisões internas (Box , divisórias, etc)
 Decoração (fachadas, coberturas, detalhes,etc)
TIPOS DE VIDROS
 Vidro impresso
 Refletivo
 Temperado *
 Laminado *
 Aramado *
 Insulado, Duplo ou Termo-acústico *
 Vidro duplo com cristal liquido
 Espelho

* Vidros de segurança
VIDRO IMPRESSO
 Vidro impresso é o nome dado às chapas
de vidro que levam um desenho impresso
em sua superfície quando ainda quentes,
podendo ser translúcido, incolor ou colorido.
 Tem ampla utilização em eletrodomésticos, móveis,
utensílios, decoração e na arquitetura de interiores.
 Aplicações em janelas e fachadas, conferindo
privacidade, devido à superfície translúcida, sem
bloquear o aproveitamento de luz natural.
 Pode ser curvado, pintado, serigrafado, temperado,
laminado e insulado.
VIDRO REFLETIVO
 Os vidros refletivos, também chamados de vidros
metalizados, de controle solar, são vidros que recebem
um tratamento, onde recebem óxidos metálicos, com a
finalidade de refletir os raios solares, reduzindo a
entrada de calor, proporcionando ambientes mais
confortáveis e economia de energia com aparelhos de
ar condicionado.
 Uso controverso em função
dos impactos ambientais.
VIDRO REFLETIVO
 A principal aplicação dos vidros de
controle solar ocorre em janelas,
fachadas e coberturas envidraçadas,
permitindo maior área de abertura,
com menor ganho de calor comparado
ao vidro float incolor ou colorido.

 ABNT NBR 16023 (Vidros revestidos


para controle solar –
Requisitos,classificação e métodos de
ensaio) trata das características e
métodos de ensaio para garantia da
qualidade dos vidros de controle solar.
VIDRO TEMPERADO
 Vidros temperados são vidros que são submetidos a
um processo de aquecimento e resfriamento rápido
tornando-o bem mais resistente à quebra por impacto.
 Apresenta uma resistência cerca de 5 vezes maior que
o vidro comum.

https://www.youtube.com/watch?v=s0Gc541EDDs
VIDRO TEMPERADO
 A fabricação do vidro temperado consiste em um processo
de aquecimento gradativo a uma temperatura próxima do
ponto de amolecimento do vidro (700ºC); depois, ocorre
um resfriamento rápido através de jatos de ar.

 Já que o vidro é um mau condutor de calor, esse


resfriamento provoca apenas o endurecimento da parte
externa do vidro, enquanto, no seu interior, as moléculas
ainda estão moles.
VIDRO TEMPERADO
 O aquecimento seguido de um resfriamento rápido
provoca, no vidro, tensões internas (tração no interior
mole e compressão na superfície endurecida),
conferindo ao vidro uma resistência mecânica até
cinco vezes maior que a do vidro comum.

 Porém, não podem sofrer mais operações de corte,


lixamento, usinagem ou outros.
VIDRO LAMINADO
 O vidro laminado é um vidro constituído por duas ou
mais chapas de vidro intercaladas por um plástico
chamado Polivinil Butiral (PVB).
 A principal característica desse vidro é que em caso de
quebra, os cacos ficam presos ao PVB, reduzindo o risco
de ferimento às pessoas e também o atravessamento de
objetos.

Pára-brisas dianteiros de automóveis


VIDRO ARAMADO
 O vidro aramado possui uma tela metálica incorporada
ao seu interior. Essa tela é inserida à massa vítrea ainda
derretida, conferindo maior resistência à chapa de vidro.
 É considerado um vidro de segurança e antifogo.
 Quando quebrado, os cacos de vidro permanecem
presos à tela metálica, evitando possíveis ferimentos e
mantendo o local de instalação fechado.
 Aplicações em portas de acesso,janelas de escadas
enclausuradas, divisórias, portas de móveis, guarda-
corpos, coberturas e janelas projetantes para o exterior,
como basculantes e maxim-ar.
VIDRO ARAMADO
 A ABNT NBR NM 295 trata dos
requisitos mínimos de qualidade
do vidro aramado e define dois tipos:
 Aramado translúcido: vidro plano, translúcido,
incolor ou colorido. Apresenta sobre uma ou ambas as
faces um desenho impresso.
 Aramado transparente: vidro plano, transparente,
incolor. Ambas as faces são paralelas entre si, e polidas
mecanicamente.
 O vidro aramado proporciona privacidade e estética ao
projeto, ampliando o conceito de iluminação com
segurança e requinte.
VIDRO INSULADO
 Vidro insulado, duplo ou termo-acústico.
 Composto por duas ou mais chapas de vidro
unidas hermeticamente em suas bordas, que
forma uma câmara de ar entre elas e cria um
conjunto unitário, a unidade insulada.
 As lâminas de vidro são separadas por um gás
inerte (ar desidratado, argônio, criptônio ou
xenônio).
 O isolamento térmico se dá, pois a câmara de
ar serve como isolante para a passagem de
Efeito anti-embaçamento. calor do vidro externo para o interior do
ambiente.
 O isolamento acústico, pode ser melhorado
utilizando um dos vidros laminados ou vidros
de diferentes massas.
Janelas inteligentes “smart windows”
 É um vidro laminado, composto por duas chapas de vidro, incolor ou
colorido, entre os quais é colocado um filme de cristais líquidos em um
campo elétrico.
 Quando este campo é ativado, os cristais líquidos se alinham, tornando o
vidro transparente. Quando o campo magnético é desativado, o vidro
passa a ser translúcido, podendo ser repetida a operação quantas vezes for
desejado.
VIDRO ESPELHO
 O vidro float recebe camadas metálicas (de
prata, alumínio ou de cromo) sobre uma de
suas superfícies. Em seguida, o produto
recebe camadas de tinta que têm a função de
protegê-lo.
 É a prata que promove o reflexo das imagens,
visível por meio do vidro transparente e
protegida pela tinta.
 Quando olhamos para o vidro, a camada de
prata metálica reflete a nossa imagem.
VIDRO ESPELHO
 Aplicação em lojas, academias,
hotéis e elevadores, na decoração
de ambientes.

 ABNT NBR 14696 estabelece os


requisitos gerais e métodos de
ensaio para garantir a durabilidade
e a qualidade dos espelhos de prata
manufaturados.
VIDROS DE SEGURANÇA
 Aprovado por testes de impacto e que não devem
quebrar ou devem quebrar com segurança.
 Laminado, temperado e aramado.
 O vidro float quebra em fragmentos maiores, que se
desprendem da peça original.
 O vidro temperado fragmenta-se em pequenos
pedaços, que também se soltam da chapa de vidro
original.
 O vidro aramado mantém parte dos fragmentos preso
à tela metálica.
 O vidro laminado permanece com praticamente todos
os fragmentos presos à camada intermediária.
COMPORTAMENTO DOS VIDROS NA QUEBRA
Padrões de
quebra de
vidros
(ABIVIDRO,
2016 apud
AGC, 2015
VIDROS DE SEGURANÇA
 Devem ser utilizados em áreas de risco, quando existe o
perigo de ferimentos causados por queda ou por quebra do
vidro.
 Usados em peitoris, portas, divisórias, clarabóias, guarda-
corpos e janelas projetantes para o exterior do edifício.
 Também pode ser utilizado com a finalidade de proteger a
propriedade e contra ações de roubo e vandalismo. Para
estes fins, são normalmente empregados em residências,
escritórios, vitrines de estabelecimentos comerciais.
 Nestes casos, os vidros devem permanecer no fechamento,
mesmo quando quebrados, impedindo que o indivíduo
tenha acesso ao ambiente interno.
NORMAS SOBRE VIDROS
Classificação - ABNT NM 293/2004
NORMA ABNT NBR 7199:2016
 Norma ABNT NBR 7199:2016 - Vidros na construção
civil — Projeto, execução e aplicações.

 Balaustradas, parapeitos e sacadas:

Recomendado pela norma:


1. Vidro Laminado
2. Vidro Aramado
3. Vidro revestido com película de segurança
NORMA ABNT NBR 7199:2016
 Em fachadas, a partir do 1º pavimento, vidros
abaixo da cota de 1,10 m

Recomendado pela norma:


1. Vidro Laminado
2. Vidro Aramado
3. Vidro revestido com película de segurança
NORMA ABNT NBR 7199:2016
 Clarabóias ou telhados para iluminação
 Vidraças não verticais sobre passagem

Recomendado pela norma:


1. Vidro Laminado
2. Vidro Aramado
3. Vidro revestido com película de segurança
NORMA ABNT NBR 7199:2016
 Vitrinas, portas ou divisórias e
 Vidros instalados abaixo de 1,10 m

Recomendado pela norma:


1. Vidro Laminado
2. Vidro Temperado
3. Vidro Aramado
4. Vidro revestido com película de segurança
NORMA ABNT NBR 7199:2016
 Vidros próximos a áreas escorregadias
1. Vidro comum *
2. Vidro Temperado
3. Vidro Laminado
4. Vidro Aramado
5. Vidro revestido com película de segurança

* Encaixilhado e com altura máxima 25 cm


NORMA ABNT NBR 7199:2016
 Guarda corpos em vidro
 O vidro será Laminado

 Resistência requerida:
100 kgf/m para uso privativo
167 kgf/m para uso coletivo

https://www.youtube.com/watch?v=sc7ZFlhMZUQ
PROPRIEDADES DOS VIDROS
1- Densidade
A densidade do vidro é de 2,5 Kg/m2/mm para os vidros
planos. A massa volumétrica, expressa no sistema de
unidades oficial é de 2500 kg/m3 . Portanto 1m² de vidro
com 4 mm de espessura tem uma massa de 10 kg.

2- Resistência à compressão
A resistência do vidro à compressão é muito elevada:
1000 N/mm2 ou 1000 MPa. Isto significa que, para
quebrar um cubo de vidro com 1 cm de aresta, a carga
necessária seria de 10 toneladas.
PROPRIEDADES DOS VIDROS
3- Resistência à tração
É inversamente proporcional ao diâmetro da peça. As fibras
resistem até 20 t/cm2 , sendo o mínimo em peças maciças de
0,4 t/cm2 .

4- Comportamento térmico
A dilatação linear é expressa por um coeficiente que mede o
alongamento em unidades de comprimento para uma
variação de 1°C. Este coeficiente é geralmente dado para um
intervalo de temperaturas de 20 a 300 °C. O coeficiente de
dilatação linear do vidro é de 9.10-6/°C.
Exemplo: Um vidro com 2 metros de comprimento (expressos em mm)
ao aquecer 30°C apresenta um alongamento de: 2000 x 9.10-6 x 30 =
0,54 mm Uma elevação de temperatura de 100 °C resulta numa
dilatação de cerca de 1 mm para um vidro com um metro.
PROPRIEDADES DOS VIDROS
5- Tensões de origem térmica
Devido à baixa condutividade térmica, o aquecimento ou o
arrefecimento parcial de um vidro origina tensões no seu
interior que podem provocar ruptura térmica nas bordas.
A ruptura térmica ocorre nas bordas de um vidro submetido a
forte exposição solar, seu caixilho aquece mais lentamente que
a superfície do vidro. O tratamento de têmpera permite ao
vidro suportar diferenças de temperatura entre 150 a 200°C.

6- Dureza superficial
O vidro possui grande dureza superficial. Só é riscado pelo
diamante.
PROPRIEDADES DOS VIDROS
7- Isolamento acústico
Apresenta bom isolamento acústico, mas grandes placas
podem entrar em ressonância acústica.

8- O vidro é atacado pelo ácido fluorídrico.

9- O vidro é mau condutor de eletricidade.

10- Em geral o vidro possui grande resistência mecânica,


que depende do tratamento térmico sofrido.

11- Resistência à abrasão é 16 vezes mais resistente que o


granito.
PROPRIEDADES DOS VIDROS
 Mecânicas: boa resistência à impactos, dependendo da
espessura.

 Dureza: Na escala Mohs é 6.

 Acústicas: boa atenuação, dependendo da espessura e


do tipo.

 Térmicas: não é bom condutor e possui boa resistência


à choques térmicos dependendo da espessura e do tipo.
DEFEITOS DOS VIDROS
 Ondulação: falta de uniformidade na espessura.
Produz distorções na imagem.

 Bolha: presença de vazios no interior da placa,


contendo gases.

 Garoa: agrupamento de bolhas.

 Fenda: Defeito sensível ao tato, como uma bolha


aberta, que não atravessa a placa.
DEFEITOS DOS VIDROS
 Filete ou estria: linha transparente com aparência de
fio de vidro incorporado à placa.

 Corda: filete muito acentuado.

 Irisação: defeitos de superfície que decompõem a luz


solar nas cores básicas.

 Empenamento: a placa apresenta concavidade.

 Greta: pequena fissura que atravessa aplaca.


DEFEITOS DOS VIDROS
 Risco: marca produzida por objetos estranhos.

 Infundido: material opaco, infundido, menor que 1 mm


(como se fosse um grão de areia).

 Pedra: um grão infundido maior que 1 mm.

 Nó: grão transparente incorporado à placa, com aspecto de


gota de vidro.

 Marca do rolo: amassamento da superfície provocada


pelos rolos de estiramento antes do vidro endurecer.
DEFEITOS DOS VIDROS
 Vidros de qualidade A: não apresentam defeitos de
qualidade.

 Vidros de qualidade B: usados em envidraçamentos


comuns.

 Vidros qualidade C: qualidade inferior e dificilmente


são comercializados e entram novamente no processo
de produção como sucata.
CURIOSIDADE
 Por que refrigerantes em garrafas de vidro são mais
saborosos do que aqueles em garrafas de plástico?
 Além de serem inertes, os recipientes de vidro não permitem
a passagem de nenhum componente gasoso, já que as
moléculas que formam o vidro estão bem agregadas e
organizadas.
 As embalagens plástica, com o tempo, perdem o gás, pois
este consegue atravessar a camada plástica.
 O produto presente na garrafa de vidro terá um sabor melhor
e mais realçado em virtude da maior presença de gás.
maraalves@fanese.edu.br

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