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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE FÍSICA
LABORATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL PARA ENGENHARIA
SEMESTRE 2020.2

PRÁTICA 09 – DILATAÇÃO TÉRMICA (VIRTUAL)

ALUNO: MATHEUS DE SOUZA MONTEIRO


MATRÍCULA: 493763
CURSO: ENGEHARIA ELÉTRICA
TURMA: TURMA 08
PROFESSOR: MARCIO BASTOS
DATA E HORA DA REALIZAÇÃO DA PRÁTICA: 21/01/2021 ÀS 16:00 h
OBJETIVOS

- Estudar a dilatação térmica em função da temperatura.


- Determinar o coeficiente de dilatação linear de sólidos.
- Verificar o comportamento de uma lâmina bimetálica.

MATERIAL

- Filme sobre o comportamento de uma lâmina bimetálica ao ser aquecida:


https://www.youtube.com/watch?v=5FeNbSG9sDE
- Animação para exercitar a leitura de um relógio comparador:
https://www.stefanelli.eng.br/relogio-comparador-virtual-simulador-milimetro/
- Link para a simulação para a realização dessa prática:
https://www.geogebra.org/m/qbcjk4at

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INTRODUÇÃO

A dilatação térmica, é quando um corpo sofre uma variação de temperatura, com isso
ocorre uma agitação nas moléculas aumentando as distâncias entre elas, que alteram as
dimensões desse corpo, podendo aumentar e até em alguns casos diminuir o volume,
acontecendo nos estados sólidos, líquidos e gasosos, quando existe essa variação de
temperatura. De acordo com os sites, toda matéria [1] e Brasil Escola [2], existem 3 tipos de
dilatação térmica, quais são dilatação linear, dilatação superficial e dilatação volumétrica.
A dilatação linear, consiste em uma variação em uma única dimensão, ou seja, em
um único sentido, como em fios de energia, trilhos de trem e entre outros. Abaixo segue as
fórmulas correspondentes para cada tipo de dilatação térmica.
∆L = L0*α*∆T (dilatação linear)
∆L e ∆T (m ou cm) = respectivamente, variação do comprimento e da temperatura;
L0 (m ou cm) = comprimento inicial do corpo;
α = coeficiente linear de dilatação;
A dilatação superficial, consiste na variação que ocorre em corpos planos, ou seja,
em áreas superficiais como placas de metais e entre outros.
∆S = S0*β*∆T (dilatação superficial)
∆S (m² ou cm²) e ∆T = respectivamente, variação da área superficial e da temperatura;
S0 (m² ou cm²) = área da superficial inicial do corpo;
β = coeficiente de dilatação superficial, β = 2*α;
A dilatação volumétrica, consiste na variação que ocorre nos volumes de corpos,
como em blocos metálicos e entre outros.
∆V = V0*γ*∆T (dilatação volumétrica)
∆V e ∆T (m³ ou cm³) = respectivamente, variação volumétrica e da temperatura;
V0 (m³ ou cm³) = volume inicial do corpo.
γ = coeficiente de dilatação volumétrica, γ = 3*α;

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A dilatação estudada pela prática é a dilatação linear, pois é a presente no simulador e
para uso de cálculos apenas será utilizado a fórmula da mesma. De fato, com os sites, só física
[4] e portal São Francisco [5], percebemos que existem inúmeros exemplos de dilatação
linear, como trilhos de trem, fios de energia. Entretanto, a maior utilização para a dilatação
linear é na confecção de lâminas bimetálicas, que consiste na junção de duas placas metálicas
com coeficientes de dilatação linear diferentes, muito usadas em componentes eletrônicos e
elétrico, como muito conhecido o disjuntor bimetálico que utiliza desse princípio para
interromper a passagem da corrente no circuito elétrico, pois quando tem um excesso de
corrente em um circuito a temperatura aumenta dilatando os metais e impedindo a passagem
da corrente.
Figura 1: Disjuntor bimetálico por dentro.

Fonte: https://www.priorizesst.com.br/2019/06/como-funciona-um-disjuntor-conheca-um.html.

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PROCEDIMENTO

O experimento da prática, se baseia na dilatação térmica simulada no link abaixo:


https://www.geogebra.org/m/qbcjk4at
O simulador consiste em medir a variação linear de vários tubos ocos de metais
diferentes a partir de um relógio comparador que mede essa variação. Para a dilatação linear
acontecer é preciso como explicado acima, uma variação de temperatura, no simulador para
conseguirmos essas variações temos um banho térmico que indica a temperatura do tubo e
pode aumenta a temperatura de 25 °C até 150 °C.

PROCEDIMENTO 1: Determinação do coeficiente de dilatação linear dos tubos ocos.


Por inicio para cada tubo usado é preciso medir seu L0, que consiste em medir do
ponto de fixação até a extremidade que o tubo toca no relógio comparador, que é o mesmo
para cada tubo, que corresponde a 60 cm. E para preencher as tabelas abaixo marquei o valor
do relógio comparador para cada temperatura diferente nos 3 diferentes tubos, aço, latão e
chumbo.
Tabela 1: Resultado experimental para o tubo oco de aço.
T (°C) 25,0 50,0 75,0 100,0 125,0 150,0
∆L (mm) 0,00 0,175 0,350 0,525 0,700 0,875
∆T (°C) 0,00 25,0 50,0 75,0 100,0 125,0
Fonte: Elaborado pelo autor.
Tabela 2: Resultado experimental para o tubo oco de latão.
T (°C) 25,0 50,0 75,0 100,0 125,0 150,0
∆L (mm) 0,00 0,290 0,580 0,870 1,113 1,452
∆T (°C) 0,00 25,0 50,0 75,0 100,0 125,0
Fonte: Elaborado pelo autor.
Tabela 3: Resultado experimental para o tubo oco de chumbo.
T (°C) 25,0 50,0 75,0 100,0 125,0 150,0
∆L (mm) 0,00 0,422 0,844 1,269 1,689 2,110
∆T (°C) 0,00 25,0 50,0 75,0 100,0 125,0
Fonte: Elaborado pelo autor.

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PROCEDIMENTO 2: Comportamento de uma lâmina bimetálica com a variação da
temperatura.
Na segunda parte do procedimento é contextualizado sobre lâminas bimetálicas como
supracitado na introdução, essa parte consiste em assistir ao filme disponibilizado e explicar,
descrever o que está acontecendo nesse vídeo. Abaixo explico a minha interpretação do vídeo
disponibilizado.
O vídeo se resume ao um experimento, como o funcionamento de um termostato ou
um regulador de temperatura, presente em ar-condicionado de painéis elétricos, geladeiras e
entre outros. Pois aquele experimento funciona assim, é um circuito fechado com uma bateria
alimentando um cooler, mas a chapa bimetálica funciona como uma chave e o cooler só vai
ligar quando essa chapa variar a temperatura, dilatando e conduzindo energia, o cooler por sua
vez ventila a chapa que quando fria novamente para de conduzir. Análogo a isso, podemos
comparar um ar-condicionado industrial de painel que nele existem 2 coolers, 1 que fica
sempre ligado e o outro só liga quando a temperatura passa de 40 °C, após a temperatura
baixar novamente o segundo cooler se desliga.

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QUESTIONÁRIO

01- Trace em um mesmo gráfico a dilatação térmica (ΔL) em função da variação da


temperatura (ΔT) para os resultados encontrados para o Aço e para o Chumbo.
Gráfico 1: Gráfico da dilatação térmica em função da variação da temperatura, para aço e
chumbo.

Fonte: Elaborado pelo autor.

02- O que representa o coeficiente angular do gráfico da questão anterior? Justifique.


Percebemos que o gráfico é representando por (ΔL/ ΔT) e como citado acima o L0 é uma
constante para todos os tubos, logo o coeficiente angular da reta é determinado por α, ou seja,
coeficiente linear de dilatação.

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03- Calcule (mostrar os cálculos) o coeficiente de dilatação linear de cada material
estudado nesta prática e compare com os valores respectivos da literatura (citar a fonte).
Indique o erro percentual em cada caso.
ΔL = dilatação linear ∆L = L0*α*∆T
α = ∆L/(L0*∆T) cm = mm/10
Aço => α = 8,75 * 10^-2 cm/ (60,0 cm * 125,0 °C) => 11,7 * 10^-6 °C^-1
Latão => α = 14,52 * 10^-2 cm/ (60,0 cm * 125,0 °C) => 19,4 * 10^-6 °C^-1
Chumbo => α = 21,10 * 10^-2 cm/ (60,0 cm * 125,0 °C) => 28,1 * 10^-6 °C^-1
De acordo com o site Newton C. Braga [6], os valores exatos dos coeficientes lineares de
dilatação térmica são:
Aço => α = 12,0 * 10^-6 °C^-1
Latão => α = 18,9 * 10^-6 °C^-1
Chumbo => α = 28,3 * 10^-6 °C^-1
Aplicando a fórmula Eper = (|Vm - Ve|/Ve) * 100
Aço => Eper = (|11,7 – 12,0|/12,0) * 100 => 2,5%
Latão => Eper = (|19,4 – 18,9|/18,9) * 100 => 2,6%
Chumbo => Eper = (|28,1 – 28,3|/28,3) * 100 => 0,71%

04- Na figura abaixo vemos uma junta de dilatação em uma ponte. Justifique a
necessidade de juntas de dilatação em pontes e outras estruturas em função dos
resultados da prática realizada.
Como visto no procedimento e na introdução, com variação de temperatura uma das
dimensões de um corpo linear aumenta, logo, percebemos que se não existissem juntas de
dilatação esses corpos tenderiam a rachar, romper ou sofrer algum tipo de deformação, pois já
que seu comprimento aumentaria e sem essas juntas não teria para onde esses corpos
crescerem.
05- Uma lâmina bimetálica consiste de duas tiras metálicas rebitadas. A tira superior é
de aço e a tira inferior é de latão. O que aconteceria com a lâmina bimetálica em um dia
muito frio? Justifique.
De acordo com os dados da 3° para coeficiente linear de dilatação desses metais, percebemos
que o latão tem um coeficiente maior que o do aço, logo, o latão irá contrair mais que o aço e
para as lâminas permanecerem juntas, elas iriam curvar para o lado com maior coeficiente
linear.

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06- Explique o que ocorre ao período de um relógio de pêndulo com o aumento da
temperatura. Com o aumento da temperatura, o relógio de pêndulo passa a adiantar,
atrasar ou permanece marcando as horas corretamente?
Com o aumento da temperatura, aumenta também o seu comprimento, logo, no verão ou com
o aumento da temperatura o relógio de pêndulo atrasa, já no inverno ou em temperaturas mais
baixas o comprimento diminui e o relógio começa a adiantar as horas. Pois quanto maior o
comprimento do pêndulo, menor será o seu número de oscilações por minuto e vice-versa.
Entretanto, atrás do relógio tem um parafuso, para no verão você diminuir o comprimento do
pêndulo e no inverno aumentar, para assim as horas ficarem corretas.
07- Uma pequena esfera de alumínio pode atravessar um anel de aço. Entretanto,
aquecendo a esfera, ela não conseguirá mais atravessar o anel. (a) O que aconteceria se
aquecêssemos o anel e não a esfera? (b) O que aconteceria se aquecêssemos igualmente o
anel e a esfera?
(a) A esfera passaria tranquilo dentro do anel de aço, já que dilatado ele aumentaria seu
tamanho e a esfera continuaria do mesmo tamanho de quando ela já passava.
(b) A esfera não passaria mais pelo anel, pois como o coeficiente de dilatação térmica do
alumínio é maior que o do aço, a esfera de alumínio cresceria bem mais proporcionalmente
que o anel, logo, não passando mais pelo anel de aço.

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CONCLUSÃO

Em virtude dos fatos mencionados, percebemos que com essa prática sobre dilatação
térmica adquirimos inúmeros conhecimentos, como observado os 3 tipos diferentes de
dilatação, linear, superficial e volumétrica. E para cada uma dessas dilatações existem
ocasiões delas que ocorrem no nosso cotidiano. Desse modo, com esse conteúdo podemos
entender o funcionamento de juntas de dilatação, o funcionamento de lâminas bimetálicas,
que tem como utilização em componentes elétricos e eletrônicos, como exemplo disjuntores e
chaves eletrônicas.
Outro aspecto a ser abordado, é o foco do procedimento em dilatação linear muito
importante, pois descobrimos como calcular o coeficiente linear de dilatação, como fazer a
comparação de metais, aprender a fazer medições em relógios comparadores, também
percebemos o projeto da segunda parte do procedimento, que na qual podemos observar a
utilização de lâminas bimetálicas como um termostato para esfriar o ambiente ou um
máquina, como em ar-condicionado, computadores, motores elétricos, painéis elétricos e entre
outros. Por fim, observa-se que o conteúdo estudado é de suma importância para o decorrer da
disciplina, como também em disciplinas de física e usos e curiosidades do cotidiano.

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REFERÊNCIAS

• https://www.todamateria.com.br/dilatacao-termica/.
• https://brasilescola.uol.com.br/fisica/dilatacao-termica-calorimetria.htm.
• Manual da prática 09: DILATAÇÃO TÉRMICA(VIRTUAL).
• https://www.sofisica.com.br/conteudos/Termologia/Dilatacao/linear.php
• https://www.portalsaofrancisco.com.br/fisica/lamina-bimetalica
• https://www.newtoncbraga.com.br/index.php/almanaque/374-coeficientes-de-
expansao-linear-de-solidos.html

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