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Neste capítulo será realizada uma revisão sobre propagação de ondas eletromagnéticas
em meios isotrópicos ilimitados (sem condições de contorno). Será estabelecida uma equação
de onda que descreve o comportamento dessas ondas no espaço livre, a qual é denominada de
equação de onda de Helmholtz. Uma solução na forma de onda plana será proposta através do
método de separação de variáveis. Uma interpretação cuidadosa desta solução será
apresentada, e, conceitos como fase instantânea, comprimento de onda, impedância intrínseca,
velocidades de fase e de grupo serão introduzidos.
33
de corrente magnética [V/m2] e ρ ( r , t ) é a densidade de carga elétrica [C/m3], sendo r o
vetor posição. A representação através de letras minúsculas denota grandezas instantâneas. A
equação (2.1a) corresponde à Lei de Ampére, (2.1b) à Lei de Faraday, (2.1c) à Lei de Gauss
elétrica e (2.1d) à Lei de Gauss magnética.
A seguir, é estabelecida a notação fasorial. Para isto, considere-se um campo
→ →
arbitrário u (r , t ) , ou, simplesmente u (t ) , tal que:
→ →
u (t ) = U 0 cos(ωt + φ ) ( 2.2)
no qual U 0 é o vetor amplitude, ω a frequência angular e φ a fase. Então, usando-se o
Definindo-se
→ →
U = U 0 e jφ ( 2.4)
a) Re { U + W } = Re { U } + Re { W } ( 2.6a)
b) Re { a U } = a Re { U }, a real ( 2.6b)
c) Re { U e jωt } = Re { W e jωt } ⇔ U = W ( 2.6c)
∂U
d)
∂
∂x
{ }
Re U = Re ( 2.6d)
∂x
_________________________________________________
*Obs: Este corresponde ao fasor estático, tal como usado na teoria de Circuitos Elétricos. Em
→ →
certas partes do curso será usada a notação de fasor girante: U = U 0 e jφ e iϖt .
34
e) Caso particular − derivada no tempo:
→
∂u ∂ → ∂ → → ∂ →
= ReU e j ω t = Re ( U e j ω t ) = ReU (e j ω t ) = ReU ( jω e j ω t ) =
∂t ∂t ∂t ∂t
→
∂(Ue jωt )
= Re jω (U e j ω t ) (2.6c) = jω (Ue jωt ) ( 2.7)
∂t
f) Propriedades do operador ∇
∇ × Re{U e jωt } = Re{(∇ × U ) e jωt } (2.8a)
∇ Re{U e jωt } = Re{(∇ U ) e jωt } (2.8b)
35
2.1.5 Equações de Maxwell na forma fasorial
→ →
Da lei de Ohm [1]: J = σ E (sendo σ a condutividade do meio material, medida em S,
siemens), a qual é uma terceira relação constitutiva relacionada às perdas ôhmicas no meio,
pode-se reescrever (2.12b) da seguinte forma:
→ →
∇ × H = (σ + jωε ) E ( 2.12e)
Uma vez obtidos os resultados em (2.12 a-e), inicia-se agora ao estudo da propagação
de ondas eletromagnéticas em um meio material com as seguintes características:
→ → → →
Linear D = ε E , B = μ H
homogêneo ∇ε = ∇μ = 0
ε , μ escalares
Meio isotrópico
com perdas σ ≠0
ilimitado (sem condições de contorno )
sem fontes de correntes externas
sendo E = E ( x, y, z ) e H = H ( x, y, z ) , em coordenadas retangulares.
Aplicando-se o rotacional a ambos os lados de (2.12a), para um meio de propagação
sem correntes magnéticas ( M = 0 ), obtém-se:
→ →
∇ × ∇ × E = − jω μ ∇ × H (2.13)
36
Recorrendo-se à conhecida identidade matemática: ∇ × ∇ × U = ∇(∇ U ) − ∇ 2U , ao lado
esquerdo de (2.13), e utilizando-se ( 2.12b), verifica-se que:
→
→ →
∇ ∇ E − ∇ 2 E = − jω μ (σ + jωε ) E (2.14)
→
∇ ε E = ρ (2.15)
→ →
ε ∇ E + E ∇ε = ρ (2.16)
→ ρ
∇E = (2.17)
ε
ρ → →
∇ − ∇ 2 E = − jωμ (σ + jωε ) E (2.18)
ε
→ →
∇ 2 E − jωμ (σ + jωε ) E = 0 ( 2.19)
→ →
∇ × ∇ × H = (σ + jωε )∇ × E (2.20)
37
→ → →
e, portanto, ∇(∇ H ) − ∇ 2 H = − jωμ (σ + jωε ) H . Devido à (2.12d), tem-se que ∇ H = 0 ,
e assim, obtém-se uma equação de onda similar a (2.19):
→ →
∇ 2 H − jωμ (σ + jωε ) H = 0 ( 2.21)
→ →
∇ 2 E + ω 2 με E = 0 (2.22a)
→ →
∇ 2 H + ω 2 με H = 0 (2.22b)
→ →
∇ 2 E + K2 E = 0 (2.23a)
→ →
∇ 2 H + K2 H = 0 (2.23b)
sendo
K2 = ω 2 με (2.24)
Como (2.23a) e (2.23b) possuem a mesma forma geral (diz-se que são simétricas),
costuma-se resolver somente a primeira delas, uma vez que as soluções de ambas são
similares. Isto não significa que tais soluções sejam iguais, em vista que E é medido em V/m,
e H , em A/m. No entanto, possuem a mesma forma geral. Assim, uma vez obtido E na
equação de onda (2.23a), pode-se obter H simplesmente aplicando-se (2.12a), por exemplo,
sem a necessidade de resolver outra equação de onda, (2.23b).
Uma inspeção preliminar de (2.23) não permite concluir como a onda eletromagnética
se comporta no espaço (meio material). Deste modo, torna-se necessário um estudo mais
detalhado objetivando-se deduzir as soluções gerais para esta equação de onda. Convém
lembrar que o laplaciano de um vetor contém dentro de si três laplacianos escalares:
38
→ ∧ ∧ ∧
∇ 2 E ≡ ∇2 Ex x + ∇2 E y y + ∇ 2 Ez z (2.25 a)
onde,
∂2 ∂2 ∂2
∇2 = + + (2.25 b)
∂x 2 ∂y 2 ∂z 2
∧
Dessa forma, considerando-se apenas as componentes na direção x , obtém-se de
(2.23a):
∂ 2 Ex ∂ 2 Ex ∂ 2 Ex
∇ Ex + K Ex = 0
2 2
2
+ 2
+ 2
+ K 2 Ex = 0 ( 2.26)
∂x ∂y ∂z
a qual admite solução por separação de variáveis, ou seja, na forma do produto
E x = f ( x ) g ( y ) h( z ) (2.27)
1 ∂ 2 f ( x) 1 ∂ 2 g ( y) 1 ∂ 2 h( z )
+ + = − K 2 = cte. (2.29)
f ( x) ∂x 2 g ( y ) ∂y 2 h( z ) ∂z 2
1 ∂2 f ∂2 f
= − K 2
x + K x2 f = 0 (2.30 a)
f ∂x 2 ∂x 2
1 ∂2g ∂2g
2
= − K y2 2
+ K y2 g = 0 (2.30b)
g ∂y ∂y
1 ∂ 2h ∂2h
= − K z2 2
+ K z2 h = 0 (2.30c)
h ∂z 2
∂z
39
onde
K 2 = K x2 + K y2 + K z2 (2.31)
f(x) → e jK x x (2.32a)
jK y y
g(y) → e (2.32b)
h(z) → e jK z z (2.32c)
(
− j K x x+ K y y+ K z z )
E x = fgh = A e ( 2.33 a)
(
− j K x x+ K y y+ K z z )
Ey = B e ( 2.33b)
(
− j K x x+ K y y+ K z z )
Ez = C e ( 2.33c)
→ ∧ ∧ ∧
K = K x x + K y y+ K z z (2.34)
cujo módulo é K, dado por (2.24), e é denominado de constante de fase ou número de onda.
Ainda, definindo-se o vetor constante (independentes de x, y e z),
→ ∧ ∧ ∧
E0 = A x+ B y +C z ( 2.35)
o vetor amplitude (V/m), finalmente chega-se à solução geral da equação de onda (2.23 a):
→ → → →
E= E0 e − j K r ( 2.36)
40
onde,
→ ∧ ∧ ∧
r = x x+ y y + z z ( 2.37)
→
→ → → →
→ → →
e = Re E e j ω t = Re E0 e j ( ω t − K r ) e = E0 cos (ω t − K r ) (2.38)
→ →
Deve ser ressaltado que E = E( x , y , z ) é simultaneamente vetor e fasor no domínio da
→ →
frequência, enquanto que e = e ( x , y , z ,t ) é um vetor no domínio do tempo.
Com a solução geral da equação de onda obtida na seção anterior, parte-se agora para
interpretar suas propriedades de propagação no espaço. Define-se a fase total instantânea
(rad) como sendo:
→ →
φi = φ i ( x , y , z ) = ω t − K r ( 2.39)
∇φ i = ∇ ω t − K r = − ∇( K r ) = − ∇ (x K x + y K y + z K z ) (2.40)
→ → → →
Contudo, sabe-se do cálculo diferencial que o gradiente de um produto de funções vale:
∇( f g ) ≡ f ∇g + g ∇f (2.41)
e, como
∇K x = ∇K y = ∇K z = 0 (2.41 a )
∧ ∧ ∧
e ∇x, y , z = x, y , z (2.41 b)
41
∧ ∧ ∧
∇φ i = − K x x + K y y + K z z (2.42)
a qual revela que,
→
K = − ∇φ i ( 2.43)
Como o gradiente de uma função escalar representa um vetor normal à superfície no qual a
→
função é constante, conclui-se que K é normal à superfície de fase instantânea constante (ou
equifásica) [2]. Esta superfície é denominada de frente de onda, e constitui uma superfície
cujos pontos apresentam a mesma fase φi (x, y, z) = constante em cada instante de tempo t. Na
Fig. 3.1 ilustra-se esquematicamente tal frente de onda.
Figura 2.2- Frente de onda plana num dado instante de tempo - Superfície equifásica.
42
Portanto, a solução da equação de onda implica em uma frente de onda plana que se
→
desloca na direção do vetor K .
Como (2.19) e (2.21) são similares, a solução para H deve ser similar a de E , e
assim, escrevendo-se
→ → → →
E = E0 e − j K r ( 2.44 a)
→ → → →
H = H 0 e− j Kr ( 2.44 b)
para E 0 dado em V/m, e H 0 , em A/m. Substituindo (2.44 a) na equação ( 2.12a ), deduz-se
que
→
→ → →
→
∇ × E = ∇ × E 0 e − j K r = − jω μ H (2.45)
→ → →
∇ × f A ≡ ∇f × A + f ∇× A (2.46)
→→ → → → → → → → →
∇ × e − j K r E 0 = ∇ e − j K r × E 0 + e − j K r ∇ × E 0 = − jω μ H ( 2.47)
→
Para onda plana uniforme, E 0 é constante com relação à (x, y, z) e, portanto,
→
∇ × E 0 = 0. (2.48)
→ →
− j [ xK x + yK y + zK z ] ∧ ∧ ∧
→ → → → →
∇ e − j K r = ∇e = − j K x x + K y y + K z z e − j K r = − j K e − j K r (2.49)
→ → → → →
− j K e − j K r × E0 = − j ω μ H (2.50)
ou então,
43
→
→ → →
→
K × E 0 e − j K r = ωμ H (2.51)
→ → →
ωμ H = + K × E ( 2.52)
→ → →
a qual revela que H é normal ao plano estabelecido por K e E .
De forma similar, a partir de (2.12b) e (2.44b), mostra-se que:
→
→ → →
→
∇×H = ∇ × H 0 e − j K r = + jωε E
e assim
→ → →
ωε E = − K × H ( 2.53)
→ → →
indicando que E é normal ao plano H e K .
→ →
A conclusão a que se chega é que os campos E e H são perpendiculares entre si e à
→
direção de propagação K , conforme ilustrado na Fig. 2.3.
→ → →
Figura 2.3- Disposição do vetor H com relação ao plano formado por K × E .
Este tipo de onda é conhecida como TEM (transversal electromagnetic mode), ou,
onda eletromagneticamente transversal. Podem-se observar mais detalhes a respeito da
propagação dessas ondas através da Fig. 2.4 [2], para K paralelo a ẑ , e, H (ou B ) paralelo a
ŷ . Na figura percebe-se uma frente de onda plana, infinita e uniforme, no sentido matemático
(abstrato) estrito. Não se deve confundir o perfil senoidal, para o campo de e (ou de h ),
como sendo a onda propriamente dita; este tipo de diagrama especifica tão somente a maneira
44
que a magnitude e direção do vetor variam ao longo do espaço. A onda em si corresponde ao
plano infinito transladando-se no espaço, de acordo com (2.38), para K r = K z .
Figura 2.4- Representação esquemática de uma onda eletromagnética plana e uniforme que
se propaga ao longo do eixo z.
→ → →
dφi d r d K →
= − K + r (2.54)
dr dr dr
Como dK / dr = 0 (pois K independe de r) obtém-se, de (2.54):
Δφ i ≅ K Δr (2.55)
→
→K
Na direção de propagação, tem-se que Δ r = Δr . Quando a diferença de fase é
K
igual a Δφ = 2π rad, a distância ao longo da direção de propagação é denominada de
comprimento de onda ( Δr = λ ). Com isso, (2.55) conduz a
45
→
→ K
K λ = 2π (2.56)
K
ou
2π
λ = (2.57)
K
(a)
(b)
Figura 2.5 – Esboços de campo elétrico. a) Fluxo. b) Frentes de onda plana.
46
2.3.2 Impedância Intrínseca (η) no meio dielétrico sem perdas
∧ → →
K × E = ωεH K ( K × E ) = ωμ H (2.58)
∧ →
onde K = K / K é o versor (vetor unitário) na direção de propagação. A partir daí obtém-se
ωμ Δ ωμ
Kˆ × E = H = ηH η= (2.59)
K K
A grandeza η tem dimensões de Ω (basta verificar: Kˆ × E = η H ), e depende apenas das
propriedades do meio numa dada frequência. Ela é denominada de impedância intrínseca
deste meio. Como K = ω με , então, (2.59) conduz a
μ
η= (2.60)
ε
μ0
η= = 120π ≅ 377 Ω (2.61)
ε0
Observando-se (2.59) conclui-se que, dado um campo E , pode-se calcular H a partir
do valor de η do meio.
Além disso, a partir de (2.59), tem-se também que Kˆ × E = E = η H , e assim
E E
η= = (2.62)
H H
A impedância intrínseca do meio expressa a relação entre as magnitudes de E e H , e
assim, um valor puramente real não está relacionada à dissipação de potência (como no caso
de uma resistência elétrica ou ôhmica, na teoria de Circuitos Elétricos), uma vez que o meio
não tem perdas. Na realidade, se houvessem perdas no meio, os valores de η seriam
complexos [1].
47
2.3.3 Velocidade de Fase ( vp )
Tomando-se por referência uma frente de onda qualquer, à medida que o tempo cresce,
a projeção rγ , conforme representado na Fig. 2.2, tem de crescer, para se obter uma superfície
→ →
φ i = ω t − K r = cte. ω t − K rγ = cte. (2.63)
→
A frente de onda se desloca na direção de K com velocidade igual à taxa de variação de rγ
drγ drγ ω
ω−K =0 vp = = (2.64)
dt dt K
48
No vácuo tem-se que: K = ω μ0ε 0 , e portanto:
ω ω 1
vp = = vp = =c (2.65)
K ω μ 0ε 0 μ0ε 0
1
Substituindo-se os valores de μ0 e ε0 se obtém c = = 3 × 10 8 m/s, a
−7
1
4π × 10 × 10 −9
36π
velocidade da luz no vácuo.
Retornando a (2.57) e usando-se (2.64) obtém-se
2π 2π f ω vp vp
λ= = = = λ = (2.66)
K K f K f f f
c
λ = (2.67)
f
49
Figura 2.7 – Velocidade de grupo (envoltória) versus velocidade de fase (de pico).
propagação de ondas TEM, mas não em casos de guias de ondas como a fibra óptica.
50
J
S AV W /m 2
s m2 m
ve = , = = (2.69)
W AV J / m3 J s
2
m
→ → * 1 1 E2
S AV
1 * 1
{
= Re E × H = Re E H = Re{E
2
E*
η
}=
2 η
} (2.70)
2 2
na qual foram usados E ⊥ H , o que conduz a E × H * = E H * sen(90 0 ) = E H * , e também,
E
H= , (2.71)
η
51
No caso de meio dielétrico, sem perdas e isotrópico, a equação (2.69), em conjunto
com (2.70) a (2.72), conduzem a:
1 E2
2 η 1 E2 1 E2 4η 2
ve = = =
1 2 1 E
2
2 η η 2 εE 2 + μE 2 2η (η 2 ε + μ ) E 2
εE + μ
4 4 η 4η 2
μ μ
2 2
2η ε = ε = 1
ve = = = vp (2.73)
μ +η ε
2
μ 2μ με
μ + .ε
ε
Ou seja, no caso de onda TEM propagando-se em meio isotrópico, as três velocidades (de
fase, de grupo e da energia) são iguais entre si.
Nesta situação, a projeção do vetor campo elétrico sobre o plano normal à direção de
propagação descreve uma elipse, conforme mostra a Fig. 2.8. Para analisar este caso,
decompõe-se a onda resultante em termos de duas ondas planas uniformes de mesma
frequência, porém, com fases, amplitudes e direções dos campos diferentes, mas não
arbitrárias. Para um campo elétrico se propagando na direção +z, tem-se:
→
∧ ∧
E = E x x + E y e jφ y e − j K . z (2.74)
52
Figura 2.8- Polarização Elíptica da Onda Eletromagnética.
Conforme discutido na seção 2.1.1, a forma instantânea do campo elétrico pode ser
obtida a partir da fasorial através de
{ }
→
e = Re{ E e jω t } = Re [ E x xˆ + E y e jφ yˆ ]e − j Kz e j ω t (2.75)
e x = E x cos(ωt ) (2.76 a)
e y = E y cos(ωt + φ ) (2.76 b)
ex
= cos ωt (2.77)
Ex
2
e
senωt = ± 1 − x (2.78)
Ex
53
ey
= cos(ωt ) cos φ − sen (ωt ) senφ (2.79)
Ey
ex ey
− = cos ωt − cos ωt cos φ + senωt senφ
Ex Ey
e x
2
ex
= (1 − cos φ ) + ± 1 − senφ (2.80)
Ex E x
e y e x
2
ex
cos φ − = ± 1 − senφ (2.81)
E E
Ex y x
2 2
e e ee
x + y − 2 x y cos φ = sen 2φ (2.82)
E
Ex y Ex E y
onde e’x e e’y são as coordenadas do vetor e no sistema (x’,y’).
54
Figura 2.9- Projeções do vetor campo elétrico de acordo com a elipse centrada na origem.
2 E x E y cos φ
tg 2θ = (2.84)
E x2 − E y2
E x = E y = E0 , φ = ±π 2 (2.85)
Desta forma, tem-se e ± j φ = e ± j π 2 = ± j , e, (2.74) conduz a E = [ E x xˆ + E y e ± jφ yˆ ]e − jKz =
E0 sen(ω t ) . Assim:
55
→ ∧ ∧
E = E0 ( x ± j y ) e − j K . z
2 2 (2.86)
2
ex + e y = Eo
e = Re{E 0 ( xˆ ± jyˆ ) e − jKz e jωt } = E 0 cos(ωt − Kz ) xˆ E 0 sen (ωt − Kz ) yˆ (2.87)
ey E 0 sen (ωt − Kz )
tgθ = = = tg (ωt − Kz ) (2.88)
ex E 0 cos(ωt − Kz )
→
Extraindo-se o argumento de (2.88), determina-se o ângulo que o vetor e faz com o
eixo x. Observe-se que, no plano z = 0, tem-se que θ = ω .t
Os sinais (±) em (2.88) indicam que existem duas possibilidades de rotação do vetor
campo elétrico, nos sentidos horário ou anti-horário. Segundo a convenção do IEEE (Institute
of Electric and Electronic Engineering), o sentido de rotação deve ser estabelecido por um
observador que percebe a onda afastando-se de si. A rotação horária é denominada de
polarização circular a direita, e, uma rotação anti-horária e denominada de polarização
circular a esquerda.
56
_____________________________________________________________
Exemplo 2.1. Considere-se a seguinte onda polarizada circularmente
→ ∧ ∧
e = E 0 cos(ωt − Kz ) x − E 0 sen (ωt − Kz ) y
→ ∧
ωt = 0 e = E 0 x
π → →
ωt = e = E0 (− y )
2
Assim, a onda é circularmente polarizada à esquerda.
_____________________________________________________________
→ ∧ ∧
e = E 0 cos(ωt ) x E 0 sen (ωt ) y (2.89)
onde o sinal (−) está associado à polarização à esquerda e (+) com polarização à direita.
57
2 2 2
ex e y ee e e
+ ± 2 x y = 0 x ± y = 0
E
Ex E y Ex E y x Ey
Ey
ey = ± ex (2.91)
Ex
[1] Collin, R.E., Foundations for Microwave Engineering, 2nd. Edition, McGraw-Hill, 1992,
924p.
[2] Johnk, C.T.A., Engineering Electromagnetic Fields and Waves, 2nd. Edition, John Wiley
& Sons, 1988, 637p.
[3] Krauss. J.D. & Fleisch, D. A., Electromagnetics with Applications, 5th. edition,
McGraw-Hill, 1999.
[4] Einarsson, G., Principles of Lightwave Communications, John Wiley & Sons, 1996.
[5] Yariv, A. & Yeh, P., Optical Waves in Crystals, New York, John Wiley & Sons, 1984.
58