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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

Faculdade de Ciências
Departamento de Física
Tema: Leis de Kepler e resolução do TPC 2

Licenciatura em Engenharia Eléctrica (laboral)

Discente: Salomão, Amichel de Jesus


Regente: Luís consolo Chea
Assistente: Belarmino Matsinhe

Leis de Kepler

As leis de Kepler embora tenham sido aplicadas originalmente ao movimento dos planetas em torno
do Sol, as mesmas leis podem ser usadas para estudar o movimento de satélites, naturais ou
artificiais, em volta da Terra ou de qualquer outro corpo cuja massa seja muito maior que a do
satélite.

1ª Lei de Kepler (Lei das orbitas)

"Todos planetas movimentam-se descrevendo orbitas elípticas em que o sol ocupa um dos focos da
elipse".

Figura 1 - https://blog.biologiatotal.com.br/wp-content/uploads/2020/07/primeira-lei-de-Kepler-orbita-768x359.png
2ª Lei de Kepler (Lei das áreas)

"A recta que liga um planeta ao sol vare áreas iguais ao plano da orbita do planeta em intervalos de
dA
tempo iguais, ou seja, a taxa de variação da área a com o tempo é constante".
dt

Figura 2 – (Figura 13-12 - David Halliday ,Robert Resnik e Jearl Walker,fundamentos de física - vol 2 ( gravitação, ondas e
termodinâmica) 10° edição).

Um planeta, de massa m, em órbita elíptica em torno do Sol. O Sol, de massa M, ocupa um foco, F,
da elipse. O outro foco, F′, está localizado no espaço vazio. Os dois focos ficam a uma distância ea
do centro, em que e é a excentricidade e a é o semieixo maior da elipse. A distância do periélio Rp
(ponto mais próximo do Sol) e a distância do afélio Ra (ponto mais afastado do Sol) também são
mostradas na figura.
Qualitativamente, a segunda lei nos diz que o planeta se move mais devagar quando está mais
distante do sol e mais depressa quando está mais próximo ao sol. A segunda lei de Kepler é uma
consequência directa da lei da conservação do momento angular.
Relação da 2ª lei com o momento angular

Figura 3 - (Figura 13-13 (a) - David Halliday ,Robert Resnik e Jearl Walker,fundamentos de física - vol 2 ( gravitação, ondas e
termodinâmica) 10° edição).

No instante Δt, o segmento de reta r que liga o planeta ao Sol se desloca de um ângulo Δθ, varrendo
uma área ΔA (sombreada).
A área da linha sombreada na figura de cima, fig. (a), é praticamente igual a área variada no
intervalo de tempo Δt pelo segmento de recta entre o sol e o planeta, cujo comprimento vale r. A
área ∆ A da linha é aproximadamente igual a área do triangulo de base r ∆ θ e altura r. Como a área
de um triangulo é igual a metade da base vezes a altura.
bh r2 ∆ θ
∆ A ∆= ; b=r ∆θ ; h=r ; ∆ A ∆=
2 2

Essa expressão para ∆ A torna-se mais exacta quando ∆ t (e, portanto, ∆ θ) tende a zero. A taxa de
variação instantânea é.
dA r 2 dθ r 2
= = ω
dt 2 dt 2

Onde: ω é a velocidade angular do segmento de recta que liga o sol ao planeta.

De acordo com a equação (L=rp), o modulo do momento angular, do planeta em relação ao sol é
dado pelo produto de r e p, a componente de p perpendicular a r. Para um planeta de massa m.

Relacionando as equações temos:

dA r 2
= ω;
dt 2

L=mr 2 ω ;

dA r2 ω
Eq.1 dt 2 dA 1 1 dA L
: = 2 ⇒ = ⇒ =
Eq.2 L mr ω dt L 2m dt 2m

dA
A afirmação de Kepler de é constante equivale a dizer que L é constante, ou seja, que o
dt
momento angular é conservado. Então podemos concluir que a segunda lei de Kepler equivale a lei
de conservação do momento angular.

3ª Lei de Kepler (Lei dos períodos)

"O quadrado do período de qualquer planeta é proporcional ao cubo do semieixo maior da órbita"

T 2=k r 3

Em que k tem, aproximadamente, o mesmo valor para todos os planetas e denomina-se constante de
Kepler e r é a distância do planeta ao sol, que pode ser substituído por a que é o semieixo maior da
elipse.

Referências bibliográficas:
David Halliday ,Robert Resnik e Jearl Walker,fundamentos de física - vol 2 ( gravitação, ondas e
termodinâmica) 10° edição.
http://www.ufsm.br
https://blog.biologiatotal.com.br/leis-de-kepler/
Tarefa 1

Resolução
I 0=I 1+ I 2 + I 3 + I 4

1 d 2 1
2
() 2

{
I1 = M ( d ) + M = Md
12 2 3
2 2
I 2=m ( d ) =md

1 3 2 7
12
2
I 3 = M ( d ) + M d = M d2
2( ) 3
2 2
I 4 =m ( 2d ) =4 m d

1 7
⇒ I 0= M d 2+ md 2 + M d 2+ 4 m d 2
3 3
8
⇒ I 0= M d 2 +5 md 2 ; M =1,2 kg ; m=0,85 kg ; d =5,6 ∙10−2 m ;
3
8 2 2
a) I=
3
[ 1,2 ∙ ( 5,6 ∙10−2 ) ] +5 [ 0,85 ∙ ( 5,6 ∙ 10−2 ) ] =233,632∙ 10− 4 kg m 2
1
b) Ecrot = I ω2 ; I =233,632∙ 10−4 kg m2 ; ω=0,30 rad /s ;
2
1
⇒ E crot = ( 233,632∙ 10− 4 ) ( 0,3 )2=0,001035 J
2

Tarefa 2

Resolução
∑ F x =M aCM
{∑ F y=0
|τ|=I C α
R

Mg sin θ−F at =M aCM



{ Mg cos θ−N =0
a
F at R=I C CM

aCM
R

⇒ Mg sinθ−I C 2 = M aCM
R
Mg sin θ 2
⇒ =a CM ; I C = M R2
I 5
M + C2
R
Mg sin θ
⇒ a CM =
2
M R2
5
M+
R2
5
⇒ a CM = g sin θ ; vCM 2=v 0CM 2+ 2a CM L
7

10

⇒ v CM = v 0CM 2+
7
g sin θ L

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