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CAPÍTULO 29: Física Atômica

A Equação de Schrödinger
Modelos Estruturais Primitivos do átomo
O Átomo de Hidrogênio (H)
O Números Quânticos
As funções de onda para o Hidrogênio
Interpretação Física dos Números Quânticos
O Número Quântico Orbital
O Spin do Elétron
O Princípio da Exclusão e a Tabela Periódica
Espectros Atômicos no Visível e de Raios-X

Lista de exercícios sugerida – Capítulo 29:


29.2, 4, 7, 9, 10, 17, 18, 15, 27, 29, 37, 25, 39, 44, 49, 51, 53,
55, 56
Exercício: Calcule a energia de ligação do átomo de hidrogênio (a
energia que liga o elétron ao núcleo) a partir da equação

mZ 2e 4
E = K +V = −
1
(n = 1,2,3...)
(4πε 0 ) 2 2
2h n 2

A energia de ligação é numericamente a energia do menor estado


(n=1). Para o átomo de Hidrogênio (H), Z=1.

mZ 2e 4
E = K +V = −
1
(n = 1,2,3...)
(4πε 0 )2 2h 2 n2
2
 1  9 Nm 2 a ENERGIA depende do
  = (9 × 10 ) 2

 4πε 0 C 2
número quântico
principal “n”
me = 9.11 × 10−31 Kg
(
e = 1.6 × 10−19 C ) constantes

h = 1.05 × 10−34 J ⋅ s
2 4
E = K +V = −
mZ e 1
(n = 1,2,3...)
(4πε 0 )2 2h 2 n2
2
 1  9 Nm 2
  = (9 × 10 2)
2

 4πε 0  C
me = 9.11 × 10−31 Kg
(
e = 1.6 × 10−19 C )
h = 1.05 × 10−34 J ⋅ s

 2  (
 (9 × 109 Nm 2 ) 2  × 9.11 × 10−31 Kg × 1.6 × 10−19 C )
4

E = − C 
(
2 1.05 × 10 −34
J ⋅s )
2

E = −2.17 × 10−18 J ou E (n = 1) = −13.6eV


Exercício: A série de Balmer para o átomo de hidrogênio corresponde às
transições eletrônicas que terminam no estado com número quântico n=2.

(a) Considere o fóton com maior comprimento de onda; determine sua


energia e seu comprimento de onda λ.
(b) Considere a raia espectral de menor comprimento de onda, estime a
energia e o comprimento de onda do fóton.

13.6eV
E=−
n2

∆E c hc
f = e λ= =
h f ∆E
hc
∆E =
λ
Exercício: A série de Balmer para o átomo de hidrogênio corresponde às
transições eletrônicas que terminam no estado com número quântico n=2.

(a) Considere o fóton com maior comprimento de onda; determine sua


energia e seu comprimento de onda λ.

Para o maior comprimento de onda, menor frequência e menor energia, o


átomo decai desde o estado mais próximo, isto é. dois estados
consecutivos (neste caso de n=3 para n=2), de modo que:

13.6eV 13.6eV
∆E = − 2
−− 2
= 1.89eV
3 2
A frequência do fóton emitido é dada por:

f =
∆E
e λ= = =
(
c hc (6.63 × 10−34 J ⋅ s ) × 3 × 108 m / s 

) eV 
−19 
h f ∆E (1.89eV )  1.6 × 10 J 
λ = 656nm
f =
∆E
e λ= = =
( )
c hc (6.63 × 10−34 J ⋅ s ) × 3 × 108 m / s 

eV 
−19 
h f ∆E (1.89eV )  1.6 × 10 J 
λ = 656nm
Exercício: A série de Balmer para o átomo de hidrogênio corresponde às
transições eletrônicas que terminam no estado com número quântico n=2.

(b) Considere a raia espectral de menor comprimento de onda, estime a


energia e o comprimento de onda do fóton.

Analogamente a maior energia se dá para um átomo que decai desde uma


configuração próxima à condição de ionização, isto é, desde n~∞

n=∞→n=2
13.6eV 13.6eV
∆E = − −− ~ 3.4eV
∞ 2 2

λ=
hc
=
( − 34
)(
6.63 × 10 J ⋅ s 3.0 × 10 m / s
= 365nm
8
)
∆E (
(3.4eV ) 1.6 × 10 J / eV
−19
)
O procedimento formal para resolver o problema do átomo de
hidrogênio é substituir U(r)

Ze 2
1 Ze 2
1 ( Z = 1)e 2
U ( r ) = − ke ou U(r) = - =-
r 4πε0 r 4πε0 r

na equação de Schrödinger e encontrar soluções apropriadas para


a equação.

Fizemos isso para a partícula em uma caixa (28.12). Contudo o


problema atual é mais complicado, pois é tridimensional e também
porque “U” não é constante. U depende da coordenada radial “r”
em vez de depender de coordenadas cartesianas (x, y ou z) o que
requer a utilização de coordenadas esféricas.

r  2
h ∂ Ψ ( r )  ke e  r
2 2
− −  Ψ (r ) = EΨ (r
r
)
2m ∂r 2
 2 r 
Desenvolvimento da equação de Schrödinger:

Consideremos um elétron de massa m que se move sob a ação do


potencial Coulombiano (elétrico):

Ze 2
V = V ( x, y , z ) = −
4πε 0 x 2 + y 2 + z 2

r 2 = x2 + y2 + z2

onde x, y e z são coordenadas retangulares do elétron de carga (-e)


em relação ao núcleo fixo na origem.

A raiz quadrada do denominador é simplesmente a distância “r” que


separa o elétron do núcleo.

A carga nuclear é (+Ze) (Z=1 para o átomo de Hidrogênio (H)), Z=2 para
o átomo de Hélio (He), etc
y
senϕ =
OQ
OQ = rsenθ
z
senθ =
OQ y = rsenθsenϕ
r
OQ = rsenθ y cos ϕ =
x
OQ
z
cosθ = OQ = rsenθ
r x
z = r cosθ x = rsenθ cos ϕ

x(r ,θ ,ϕ ) = rsenθ cos ϕ


y (r ,θ ,ϕ ) = rsenθsenϕ
Coordenadas Coordenadas
Retangulares Esféricas

z (r ,θ ) = r cosθ
O primeiro passo consiste em escrever a equação de Schrödinger para esse
sistema tridimensional.

A expressão clássica para a energia total E do sistema é:

1 2
E = K + V = mv + V =
2
p 2
2m
+V ⇒
1 2
2m
( )
p x + p 2y + p z2 + V ( x, y , z ) = E

p x , p y , p z são as componentes do momento linear do elétron. Assim o


primeiro termo à esquerda é a energia cinética e o segundo termo à direita é
a energia potencial

Substituindo as grandezas dinâmicas px , p y , pz e E

pelos operadores diferenciais associados, usando uma extensão


tridimensional, resulta a equação:

h 2  ∂ 2 ∂2 ∂ 2  ∂
−  + 2 + 2  + V ( x , y , z ) = ih
2m  ∂x 2
∂y ∂z  ∂t
ENTENDERAM?
EXERCÍCIO: Mostre que a primeira derivada da função de onda em “x”

Ψ ( x, t ) = cos(kx − ωt ) + isen(kx − ωt )
é igual a

∂Ψ ( x, t )
= ikΨ ( x, t )
∂x
o que permite escrever o momento como :

p[Ψ ( x, t )] = −ih [Ψ ( x, t )]
∂x
ou na forma do operador :
∂ p
p = −ih sendo k =
∂x h
Ψ ( x, t ) = cos(kx − ωt ) + isen(kx − ωt )

∂Ψ ( x, t )
= −ksen(kx − ωt ) + ik cos(kx − ωt )
∂x
∂Ψ ( x, t )
= ik [cos(kx − ωt ) + isen(kx − ωt )]
∂x
∂Ψ ( x, t )
= i Ψ ( x, t )
p
como k = p h ⇒
∂x h
que também pode ser escrito como :
∂ ∂ 2
p[Ψ ( x, t )] = −ih [Ψ ( x, t )] ⇒ p 2 = (− 1)h 2 2
∂x ∂x
Isto indica que há uma associação entre a grandeza dinâmica “p” e o
operador diferencial: ∂ 
− ih 
 ∂x 
Ou seja, o efeito de multiplicar a função Ψ x, t ( ) por “p” é o mesmo
efeito que temos fazendo agir sobre ela o operador diferencial
∂ 
− ih 
 ∂x 
Que é o mesmo que tomar –iћ vezes a derivada parcial da função em relação a
“x”.

Pode-se encontrar uma associação análoga entre a grandeza dinâmica “E”


e o operador diferencial
∂
ih 
 ∂t 

Derivando-se a função da partícula livre abaixo com relação a “t”

Ψ ( x, t ) = cos(kx − ωt ) + isen(kx − ωt )
EXERCÍCIO: Mostre que a primeira derivada da função de onda em “t”

Ψ ( x, t ) = cos(kx − ωt ) + isen(kx − ωt )
é igual a

− iω [cos(kx − ωt ) + isen(kx − ωt )]
e
que também pode ser escrita como :

E [Ψ ( x, t )] = ih [Ψ ( x, t )]
∂t
ou na forma do operador

E = ih sendo ω = 2πf
∂t
Ψ ( x, t ) = cos(kx − ωt ) + isen(kx − ωt )

∂Ψ ( x, t )
= +ωsen(kx − ωt ) − iω cos(kx − ωt ) =
∂x
= −iω [cos(kx − ωt ) + isen(kx − ωt )]
∂Ψ ( x, t )
= −i Ψ ( x, t )
E
como ω = E h ⇒
∂t h
que também pode ser escrito como :

E [Ψ (x, t )] = ih [Ψ ( x, t )]
∂t
Considerando uma dimensão: 2
+ V (x ) = E
p
2m
E substituindo as grandezas dinâmicas “p” e “E” por seus operadores
diferenciais associados. Temos então:
p2
= =E
2
2
1  ∂ 2m

+ V (x) = E ⇒  − ih  + V ( x ) = ih
p
2m 2m  ∂x  ∂t
∂ ∂
     
2
∂  ∂ 2 
( )
como - ih = h
2 2
e   =    =  2  temos :
 ∂x   ∂x  ∂x   ∂x 
h2 ∂2 ∂
- + V ( x ) = ih
2m ∂x 2
∂t

Esta é a equação para operadores. Ela tem significado quando aplicada a

qualquer função de onda Ψ ( x, t ) de tal forma que:


Equação de Schrödinger

h ∂ Ψ ( x, t )
2 2
∂Ψ ( x, t )
- + V ( x , t )Ψ ( x , t ) = i h
2 µ ∂x 2
∂t

mM
µ=
m+M O elétron e o núcleo se movem em torno
me M p ao seu centro de massa comum
µH =
me + M p
Operando com cada termo da função de onda Ψ( x, y, z )
Obtemos a equação de Schrödinger para o sistema tridimensional:

h 2  ∂ 2Ψ ( x, y, z, t ) ∂ 2Ψ ( x, y, z , t ) ∂ 2Ψ ( x, y, z , t ) 
− + + +
2µ   ∂x 2
∂y 2
∂z 2 

∂Ψ ( x, y, z , t )
V ( x, y, z )Ψ ( x, y, z , t ) = ih
∂t
h2 2 ∂Ψ
A qual é convenientemente escrita como: − ∇ Ψ + VΨ = ih
2µ ∂t
Onde,
∂2 ∂2 ∂2
∇2 = + +
∂x 2 ∂y 2 ∂z 2
é o operador Laplaciano em coordenadas retangulares.
o operador Laplaciano em coordenadas retangulares é representado por:

∂2 ∂2 ∂2
∇2 = + +
∂x 2 ∂y 2 ∂z 2
As coordenadas retangulares podem ser escritas em termos de
coordenadas esféricas como:
x(r ,θ ,ϕ ) = rsenθ cos ϕ
y (r ,θ ,ϕ ) = rsenθsenϕ
z (r ,θ ) = r cosθ
De forma que o operador Laplaciano em coordenadas esféricas pode ser
escrito na forma:
2
1 ∂  ∂  1 ∂ 1 ∂  ∂ 
∇2 =  r 2
 + +  sen θ 
r 2 ∂r  ∂r r sen θ ∂ϕ
2 2 2 2 ∂θ 
r senθ ∂θ 

o operador Laplaciano em coordenadas esféricas


(desenvolvido no apêndice I do livro Física Quântica de Eisberg & Resnick).
Separação da Equação de Schrödinger independente do tempo:

Em coordenadas esféricas, o potencial coulombiano pode


ser expresso em função de uma única coordenada “r”.

Ze 2
V = V ( x, y , z ) =
4πε 0 r

A equação de Schrödinger pode também ser escrita na forma:


h2 2
− ∇ Ψ (r ,θ ,ϕ ) + VΨ (r ,θ ,ϕ ) = EΨ (r ,θ ,ϕ )

Onde,
2
1 ∂  ∂  1 ∂ 1 ∂  ∂ 
∇2 =  r 2
 + +  sen θ 
r 2 ∂r  ∂r  r sen θ ∂ϕ
2 2 2
r senθ ∂θ 
2 ∂θ 
Exercício: Substitua o operador Laplaciano

2
1 ∂  ∂  1 ∂ 1 ∂  ∂ 
∇2 =  r 2
 + +  sen θ 
r 2 ∂r  ∂r  r sen θ ∂ϕ
2 2 2
r senθ ∂θ 
2 ∂θ 

na equação de Schrödinger, independente do tempo, escrita em


função de coordenadas esféricas

2
∇ Ψ (r ,θ ,ϕ ) + VΨ (r ,θ ,ϕ ) = EΨ (r ,θ ,ϕ )
h 2


e considere

Ψ (r ,θ ,ϕ ) = R(r )Θ(θ )Φ(ϕ )


2
∇ Ψ (r ,θ ,ϕ ) + V (r )Ψ (r ,θ ,ϕ ) = EΨ (r ,θ ,ϕ )
h 2


2
1 ∂ ∂
 2  1 ∂ 1 ∂  ∂ 
2
∇ =  r  + +  senθ 
r 2 ∂r  ∂r  r 2 sen 2θ ∂ϕ 2 r 2 senθ ∂θ  ∂θ 

h2  1 ∂  2 ∂Ψ  1 ∂Ψ 1 ∂  ∂Ψ 
−  2 r + 2 2 + 2  senθ  + V (r )Ψ = EΨ
2µ  r ∂r  ∂r  r sen θ ∂ϕ 2
r senθ ∂θ  ∂θ 

Ψ (r ,θ ,ϕ ) = R(r )Θ(θ )Φ(ϕ )


Esta mudança de coordenadas permite encontrar soluções para a
equação de Schrödinger independente do tempo da forma:

Ψ (r ,θ ,ϕ ) = R(r )Θ(θ )Φ(ϕ )


de modo que: ctes em " r"
ctes em "ϕ " ctes em "θ "

h 2  1 ∂  2 ∂RΘΦ  ∂ RΘΦ ∂  ∂ RΦΘ 


 + V (r )RΘΦ = ERΘΦ
1 1
−  2  r  + +  senθ
2 µ  r ∂r  ∂r  r sen θ ∂ϕ
2 2 2
r senθ ∂θ 
2
∂θ 

Realizando as derivadas parciais temos:

ctes em " r" ctes em "ϕ " ctes em "θ "


h2  ΘΦ d  2 dR  RΘ d 2 Φ RΦ d  dΘ 
−  2 r + 2 2 +  senθ  + V (r )RΘΦ = ERΘΦ
2µ  r dr  dr  r sen θ dϕ 2
r senθ dθ 
2 dθ 
Realizando as derivadas parciais temos:

h2  ΘΦ d  2 dR  RΘ d 2 Φ RΦ d  dΘ 
−  2 r + 2 2 +  senθ  + V (r )RΘΦ = ERΘΦ
2µ  r dr  dr  r sen θ dϕ 2
r senθ dθ 
2 dθ 

∂R
Nesta equação escrevemos a derivada parcial
dR ∂r
como derivada total
dr
já que ambas são equivalentes, R sendo uma função exclusiva de (r). O
mesmo comentário se aplica às demais derivadas.
h2 ΘΦ d  2 dR  RΘ d 2 Φ RΦ d  dΘ 
−  2 r + 2 2 +  senθ  + V (r )RΘΦ = ERΘΦ
2µ r dr  dr  r sen θ dϕ 2
r senθ dθ 
2 dθ 
Exercício: Na equação acima, multiplique ambos os membros por:

2µr sen θ
2 2

RΘΦh 2
e mostre que, após uma transposição de termos, obteremos:

1 d 2Φ sen2θ d  2 dR senθ d  dΘ  2µ 2 2


=− r −  senθ  − 2 r sen θ[E −V (r )]
Φ dϕ 2
R dr  dr  Θ dθ  dθ  h
Como o membro esquerdo não depende de r ou θ, enquanto que o
membro direito não depende de φ o valor comum de ambos não pode
depender de nenhuma destas variáveis.

O valor comum deverá portanto ser uma constante, que por conveniência
chamaremos de 2
− ml
1 d 2Φ sen 2θ d  2 dR  senθ d  dΘ  2 µ 2 2
=  r  −  sen θ  − 2 r sen θ [E − V (r )]
Φ dϕ 2
R dr  dr  Θ dθ  dθ  h
Escrevendo que cada um dos membros é igual à essa constante temos:

1 d 2Φ
= − ÷ os 2 lados por sen θ 2
2
ml
Φ dϕ 2

1 d  2 dR  d  dΘ  2µ 2 ml2
 − 2 r [E − V (r )] = − 2
1
− r −  senθ
R dr  dr  Θsenθ dθ  dθ  h sen θ

Transpondo termos, podemos escrever a segunda equação como:

1 d  2 dR  2 µ 2 ml2 d  dΘ 
 + 2 r [E − V (r )] =
1
r −  senθ 
R dr  dr  h sen θ Θsenθ dθ 
2 dθ 
1 d  2 dR  2 µ 2 ml2 d  dΘ 
 + 2 r [E − V (r )] =
1
r −  senθ 
R dr  dr  h sen θ Θsenθ dθ 
2 dθ 

Como temos aqui uma equação cujo membro esquerdo não depende da
variável do membro direito e vice-versa, concluímos que ambos os
membros devem ser iguais a uma constante.

É conveniente escrever esta constante como l(l+1). Igualando os dois


membros a l(l+1), obteremos então:

1 d  dΘ  ml2
−  senθ + = l (l + 1) ×Θ
Θsenθ dθ  dθ  sen θ
2

1 d  2 dR  2 µ 2 R
r  + 2 r [E − V (r )] = l (l + 1) × 2
R dr  dr  h r
Vemos que a forma produto utilizada como solução é válida pois funciona.
1 d  2 dR  2 µ 2 ml2 d  dΘ 
 + 2 r [E − V (r )] =
1
r −  senθ 
R dr  dr  h sen θ Θsenθ dθ 
2 dθ 

Como temos aqui uma equação cujo membro esquerdo não depende da
variável do membro direito e vice-versa, concluímos que ambos os
membros devem ser iguais a uma constante.

É conveniente escrever esta constante como l(l+1). Igualando os dois


membros a l(l+1), obteremos então:

1 d  dΘ  ml2 Θ
−  senθ + = l (l + 1)Θ
senθ dθ  dθ  sen 2θ

1 d  2 dR  2µ
 r  + [E − V (r )]R = l (l + 1)
R
r 2 dr  dr  h 2 r2
Vemos que a forma produto utilizada como solução é válida pois funciona.
Exercício: Considere

d 2Φ
= − mlΦ
2
dϕ 2

Mostre que
Φ(ϕ ) = eimlϕ
é solução da equação diferencial
para valores de ml = 0,1,2,3...
tenha em mente que :
ϕ = 0 = 2π é o mesmo ângulo, portanto
Φ(ϕ = 0) = Φ (ϕ = 2π ) ⇒ eiml 0 = eiml 2π
e que : eiax = cos ax + isenax
d 2Φ
Solução: = − mlΦ
2
dϕ 2

Φ(ϕ ) = eimlϕ

= iml eimlϕ

d 2Φ 2 2 imlϕ 2 iml ϕ
= i m l e = − ml e = − mlΦ
2
dϕ 2

ϕ = 0 = 2π é o mesmo ângulo, portanto


Φ(ϕ = 0) = Φ (ϕ = 2π ) ⇒ eiml 0 = eiml 2π
1 = cos ml 2π + isen(ml 2π )

Esta exigência só é satisfeita se ml = 0, 1, 2, 3...


Resolvendo essas equações encontramos que a equação para Φ(ϕ )
só tem soluções aceitáveis para certos valores de ml.

Usando esses valores de ml na equação Θ(θ )

1 d  dΘ  ml Θ
2
−  senθ + = l (l + 1)Θ
senθ dθ  dθ  sen θ 2

ocorre que essa equação também só tem solução para certos valores
de “l”.

l = ml , ml + 1, ml + 2, ml + 3....
Resolvendo essas equações encontramos que a equação para Φ(ϕ )

só tem soluções aceitáveis para certos valores de ml = 0, 1, 2, 3...


Usando esses valores de ml na equação
1 d  dΘ  ml Θ
2
−  senθ + = l (l + 1)Θ
senθ dθ  dθ  sen θ 2

ocorre que essa equação também só tem solução para certos valores de “l”.

l = ml , ml + 1, ml + 2, ml + 3....
Com esses valores de “l” na equação R(r)
1 d  2 dR  2 µ
 + 2 [E − V (r )]R = l (l + 1) 2
R
2 r
r dr  dr  h r
encontra-se que esta equação só tem soluções aceitáveis para certos
valores de energia E; isto é a energia do átomo é quantizada.
µZ e 2 4
En = − (n = l + 1, l + 2, l + 3...)
(4πε 0 )2 2h 2n2
ml = 0, 1, 2, 3...
l = ml , ml + 1, ml + 2, ml + 3...
n = l + 1, l + 2, l + 3...
Essas condições são expressas de forma mais conveniente como :
Número quântico principal
n = 1, 2, 3...
l = 0, 1, 2, ...n − 1
Números quânticos orbitais
ml = −l , − l + 1, ...0, ... + l − 1, l

1. Para cada valor de n, existem n valores possíveis de l


2. Para cada valor de l , existem (2l + 1) valores possíveis de ml

POR ENQUANTO SE TRATA DE UM RESULTADO MATEMÁTICO PARA


AS SOLUÇÕES DA EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER
Exemplo 29.1 O Nível n=2 do Hidrogênio

Para um átomo de hidrogênio, determine o número de estados orbitais


correspondendo ao número quântico principal n=2 e calcule as energias
desses estados.
ml = 0,1,2,3...
l = ml , ml + 1, ml + 2, ml + 3...
n = l + 1, l + 2, l + 3...
Essas condições são expressas de forma mais conveniente como :

n = 1, 2 , 3...  13.606 
l = 0, 1, 2, ...n − 1 En = − 2 
; n = 1,2,3...
ml = −l , − l + 1, ...0, ... + l − 1, l
 n 

1. Para cada valor de n, existem n valores possíveis de l


2. Para cada valor de l , existem (2l + 1) valores possíveis de ml
Exemplo 29.1 O Nível n=2 do Hidrogênio

Para um átomo de hidrogênio, determine o número de estados orbitais


correspondendo ao número quântico principal n=2 e calcule as energias
desses estados.

Solução: quando n=2, l pode ser 0 ou 1. Para l =0, ml só pode ser 0


Para , l=1 ml pode ser -1,0,1. Portanto temos um estado orbital designado
como o estado 2s, associado com os números quânticos n=2 e l =0, ml =0 e
três estados orbitais designados como estados 2p para os quais os números
quânticos são
n=2,l=1, ml =-1;
n=2,l=1, ml =0;
n=2,l=1, ml =1;

Resultando um total de 4 estados orbitais.


Como todos estes estados têm o mesmo número quântico principal, eles
também têm a mesma energia, que pode ser calculada com a equação:
 13.606   13.606 
En = − ; n = 1,2,3... ⇒ E( n = 2) = −  = −3.401eV
 n2   22 
Novamente o Átomo de Hidrogênio
As energias dos estados permitidos para o átomo de hidrogênio são
quantizadas e dadas por:

 ke e 2  1 13.6eV
En = −  =− n = 1,2,3...
 2a0  n 2
n 2
 
Este resultado concorda exatamente com o modelo de Bohr e com as raias
espectrais observadas

As energias permitidas pelo modelo dependem apenas do número quântico “n”


que é chamado de número quântico principal.

A solução da Equação de Schrödinger para um problema tridimensional


também leva a dois números quânticos que aparecem no modelo de Bohr:

número quântico orbital “l”


número quântico magnético orbital “ml”
Os quais estão relacionados com a quantização do momento angular do
átomo.
O número quântico orbital “l” e o número quântico magnético orbital “ml”
estão relacionados com a quantização do momento angular do átomo.

O módulo do momento angular orbital é quantizado.

Como o momento angular é um vetor, sua direção também precisa ser


especificada.

Um elétron em órbita pode ser considerado como uma espira de corrente


efetiva com um momento magnético correspondente.

Esse momento magnético colocado em um campo magnético B interagirá com


o campo
n=1
n=2
n=3
n=4
n=5
n=6
n=7
As letras s,p,d,f,g,h…são usadas para designar as subcamadas para as
quais l=0,1,2,3,4,5…

Por exemplo a subcamada identificada por 3p tem números quânticos:


n=3 e l=1
A subcamada 2s tem números quânticos n=2 e l=0
Seção 29.3
Liste os conjuntos possíveis de números quânticos para elétrons
(a) na subcamada 3d e
(b) na subcamada 3p

As letras s,p,d,f,g,h…são usadas para designar as subcamadas para as


quais l=0,1,2,3,4,5…
Por exemplo a subcamada identificada por 3p tem números quânticos:
n=3 e l=1
A subcamada 3d tem números quânticos n=3 e l=2
ml = 0,1,2,3...
l = ml , ml + 1, ml + 2, ml + 3...
n = l + 1, l + 2, l + 3...
Essas condições são expressas de forma mais conveniente como :

n = 1, 2 , 3...
l = 0, 1, 2, ...n − 1
ml = −l , − l + 1, ...0, ... + l − 1, l
A partir das soluções da equação de Schrödinger encontramos os
seguintes valores permitidos para esses números quânticos.

“n” é um número inteiro que pode variar de 1 até infinito.


Para um valor particular de “n”, “l” pode assumir os seguintes valores:
“l” é um inteiro que pode variar de “0” (zero) até “n-1”
Para um valor particular de “l”,
“ml” é um inteiro que pode variar de –l até +l
Seção 29.3 O número quântico magnético do spin
Liste os conjuntos possíveis de números quânticos para elétrons (a) na
subcamada 3d

n 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3
l 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
ml 2 2 1 1 0 0 -1 -1 -2 -2
ms +1/2 -1/2 +1/2 -1/2 +1/2 -1/2 +1/2 -1/2 +1/2 -1/2

Um total de 10 estados
Seção 29.3 O número quântico magnético do spin

Liste os conjuntos possíveis de números quânticos para elétrons


(b) na subcamada 3p

n 3 3 3 3 3 3
l 1 1 1 1 1 1
ml 1 1 0 0 -1 -1
ms +1/2 -1/2 +1/2 -1/2 +1/2 -1/2

Um total de 6 estados
FIM
INFORMAÇÕES

PROVA: Quarta-Feira 15/10 das 15:40h às 17:40h (120 minutos)

SALAS: C2-07,08,09 e 10
(cada estudante deve fazer a prova na sua turma)

Trazer calculadora
(indispensável)
Proibido empréstimos
durante a Prova
É proibido o uso de celulares durante a prova
(para comunicação ou como calculadora)
REVISÃO ORIENTADA PARA A PROVA P2
PROVA P2 – Capítulos 28 e 29 – Serway/Jewett vol. 4
CAPÍTULO 28: Física Quântica

Radiação de corpo negro e a Teoria de Planck

O Efeito Foto-Elétrico e O Efeito Compton

Uma Partícula em uma Caixa

Normalização de uma Função de Onda

Valores Esperados

A Equação de Schrödinger

Átomo de Hidrogênio – Quantização de Bohr – Transições


eletrônicas
Seção 28.1 A Teoria de Corpo Negro e a
Teoria de Planck

Exercício 2: O raio do nosso sol é de 6.96 × 108 m


E ele emite uma potência total de

3.77 × 10 W 26

(a) Supondo que a superfície do sol emite como um corpo negro, calcule a
temperatura da sua superfície.
(b) Usando o resultado do item (a) encontre λmax para o sol.

W 
PT 
 m2 
 W
 = σT 4 
 m2K 4

⋅ K 4 onde, σ = 5.67 ⋅10-8 W 2 4
 m K
RT = PT =

0
PT ( f )df

é a chamada, constante de Stefan - Boltzmann


E W 
λmáxT = 2.898 ×10 −3 m ⋅ K I =P=  
A ⋅ ∆t  m2 
Seção 28.1 A Teoria de Corpo Negro e a Teoria de Planck
Exercício 2: O raio do nosso sol é de 6.96 × 10 m
8
E ele emite uma potência total de
3.77 × 10 W 26

(a) Supondo que a superfície do sol emite como um corpo negro, calcule a
temperatura da sua superfície.
 W  4 W 4
PT  2 
 = σT  2 4
⋅ K  onde, σ = 5.67 ⋅ 10 -8 W
2 4
 A( m )   m K  m K
é a chamada, constante de Stefan - Boltzmann
1  1 
 P(W )  4
 3.77 × 1026W  4

T =   =
 A(m 2
) × (σ ) 
 


4π (
6 .96 × 108
m ) (
2
× 5 .67 × 10 −8
W m 2
⋅ k 4
)  
 

P(W ) = 3.77 x1026W
ASOL = 4πRSOL
2

T ≈ 5750 K
Seção 28.1 A Teoria de Corpo Negro e a Teoria de Planck
Exercício 2: O raio do nosso sol é de 6.96 × 10 m
8
E ele emite uma potência total de
3.77 × 10 W 26

(b) Usando o resultado do item (a) encontre λmax para o sol.

−3
λmáxT = 2.898 × 10 m ⋅ K
2.898 × 10−3 m ⋅ K 2.898 × 10−3 m ⋅ K
λmáx = =
T 5750 K
λmáx = 5.04 × 103 K = 504nm
MEDIDAS EXPERIMENTAIS

λ ↓⇒ f ↑⇒ T ↑⇒ I ( P) ↑ (intensidade)

deslocamento no pico de intensidade


para comprimentos de onda menores à
medida que a temperatura aumenta

−3
λmáx ⋅ T = 2.898 ×10 m ⋅ K
W  4 W 
PT  2  = σT  2 4 ⋅ K 4 onde,
m  m K 
σ = 5.67 ⋅ 10-8 W 2 4
m K
é a chamada, constante de Stefan - Boltzmann
Intensidade da radiação de corpo negro em função do comprimento
de onda em três temperaturas.
Seção 28.2 O efeito foto-elétrico

Exercício 9: São usadas duas fontes de luz em uma experiência fotoelétrica


para determinar a função trabalho para uma superfície metálica particular.
Quando é usada luz verde de uma lâmpada de mercurio (λ=546.1nm) um
potencial frenador de 0.376 V reduz a foto-corrente a zero.

(a) Com base nesta medida, qual é a função trabalho deste metal?
(b) Qual potencial frenador é medido ao se usar a luz amarela de um tubo de
descarga de Hélio (λ=587.5nm)
Ec = hf − φ
c
eV0 = h −φ
λ
1J → 6.24 × 10 eV 18

1J → 1VC
−19
e = 1.6 × 10 C
Exercício 9: São usadas duas fontes de luz em uma experiência fotoelétrica
para determinar a função trabalho para uma superfície metálica particular.
Quando é usada luz verde de uma lâmpada de mercurio (λ=546.1nm) um
potencial frenador de 0.376 V reduz a foto-corrente a zero.
(a) Com base nesta medida, qual é a função trabalho deste metal?
Ec = hf − φ
c
eV0 = h −φ
λ
c
φ = h − eV0
λ
− 34  3 × 108 m / s 
φ = 6.63 × 10 Js −9 
 − (0.376eV )
 546.1 × 10 m 
φ = 0.0364 × 10−17 J − (0.376eV )
1J → 6.24 × 1018 eV
0.0364 × 10−17 J → 2.27eV
φ = 2.27eV − 0.376eV = 1.9eV
Exercício 9: São usadas duas fontes de luz em uma experiência fotoelétrica
para determinar a função trabalho para uma superfície metálica particular.
Quando é usada luz verde de uma lâmpada de mercurio (λ=546.1nm) um
potencial frenador de 0.376 V reduz a foto-corrente a zero.

(a) Com base nesta medida, qual é a função trabalho deste metal?
Ec = hf − φ
c 1J → 6.24 × 1018 eV
eV0 = h −φ
λ 1J → 1VC
c
φ = h − eV0
λ

− 34  3 × 108
m / s  −19
φ = 6.63 × 10 Js −9 
− ( 0 .376V × 1. 6 × 10 C)
 546.1 × 10 m 
φ = 0.0364 × 10−17 J − (0.602 × 10−19VC ) = 0.0364 × 10−17 J − (0.602 × 10−19 J )
φ = 3.64 × 10−19 J − (0.602 × 10−19 J ) = 3.04 × 10−19 J
1J → 6.24 × 1018 eV
3.04 × 10−19 J → 18.96 × 10−1 eV ≈ 1.9eV
Exercício 9: São usadas duas fontes de luz em uma experiência fotoelétrica
para determinar a função trabalho para uma superfície metálica particular.
Quando é usada luz verde de uma lâmpada de mercurio (λ=546.1nm) um
potencial frenador de 0.376 V reduz a foto-corrente a zero.
(b) Qual potencial frenador é medido ao se usar a luz amarela de um tubo
de descarga de Hélio (λ=587.5nm)
Ec = hf − φ 1J → 6.24 × 1018 eV
1J → 1VC
c 1 c 
eV0 = h − φ ⇒ V0 =  h − φ 
λ e λ 
1  −  3 × 108 m / s  
V0 =  6.63 × 10 Js34  − 1.9eV 
−19 
1.6 × 10 C   −9  
 587.5 × 10 m  
1  −  3 × 108 m / s  −

V0 =  6.63 × 10 Js34  − 3.04 × 10 J 
19
−19 
1.6 × 10 C   −9  
 587.5 × 10 m  
V0 =
1
−19
1.6 × 10 C
(
3 .39 × 10 −19
J − 3 .04 × 10 )
−19
J

V0 = 0.216V
Um potencial frenador de 0.376 V reduz a zero a foto-corrente gerada a partir
da luz verde de uma lâmpada de mercurio (λ=546.1nm)

Um potencial frenador de 0.216V reduz a zero a foto-corrente gerada a partir


da luz amarela de um tubo de descarga de Hélio (λ=587.5nm)

Considerando que as diferentes fontes de luz possuem a mesma intensidade,


qual gráfico melhor representa a solução do problema?

O que você pode dizer sobre o comprimento de onda e a frequência das duas
fontes de luz (de intensidades diferentes) cujas intensidades da foto-corrente
estão representadas como função do potencial frenador no gráfico (a)?
Um potencial frenador de 0.376 V reduz a zero a foto-corrente gerada a partir
da luz verde de uma lâmpada de mercurio (λ=546.1nm)
Um potencial frenador de 0.216V reduz a zero a foto-corrente gerada a partir
da luz amarela de um tubo de descarga de Hélio (λ=587.5nm)

Considerando que as diferentes fontes de luz possuem a mesma intensidade,


qual gráfico melhor representa a solução do problema?
A letra b, pois ao necessitar dois potenciais de frenado diferente, implica
que os comprimentos de onda e frequência das fontes são diferentes.
O que você pode dizer sobre o comprimento de onda e a frequência das duas
fontes de luz (de intensidades diferentes) cujas intensidades da foto-corrente
estão representadas como função do potencial frenador no gráfico (a)?
Seus comprimentos de onda e frequências são iguais
Problema 38: A função de onda de uma partícula confinada a deslocar-se
em uma caixa unidimensional é
 nπx 
ψ (x ) = Asen 
 L 
2
Use a condição de normalização em ψ para calcular o valor de A=
L
Tenha em mente que, como a largura da caixa é L, a função de onda é nula
para x<0 e para x>L, de tal forma que a condição de normalização
+∞


2
ψ dx = 1
−∞

se reduz a Considere :
L
1 − cos 2 x
∫ ∫ sen xdx = ∫
2 2
ψ dx = 1 dx
0
2
Problema 38: A função de onda de uma partícula confinada a deslocar-se
 nπx 
ψ ( x ) = Asen
em uma caixa unidimensional é

 L  2
Use a condição de normalização em ψ para calcular o valor de A =
L
Normalização implica em:

+∞ L 2 2  nπx 
∫ ψ dx
2
= 1 ou ∫ A sen  dx =1
−∞ 0  L 
  2nπx  
 1 − cos 
L 2 2  nπx  L
2   L 
∫ A sen   dx = A ∫ dx = 1
0  L  0 2 
 
 
L
 2nπx   2nπx 
cos  L sen  2
L 1 L
A2 ∫ dx − A2 ∫  L  dx = A2 x
− A2  L  = L =1⇒ A = 2
A
02 2 20 2 nπ 2 L
0
2⋅
L 0
Seção 28.11 Uma Partícula em uma Caixa
Exercício 36: A energia potencial nuclear que liga prótons e nêutrons em um
núcleo é aproximada frequentemente por um poço quadrado.

n=1
−27
Imagine um próton m p = 1.67 × 10 Kg
confinado em um poço de potencial quadrado infinitamente alto com uma
largura de 10.0fm (um diâmetro nuclear típico). −15
1 fm → 10 m
Calcule o comprimento de onda e a energia associada com o fóton emitido
quando o próton desloca-se do estado n=2 para o estado fundamental. Esse
comprimento de onda pertence a qual região do espectro eletromagnético?

1 2 p2 h2
K = mv = =
2 2m 2mλ2
Seção 28.11 Uma Partícula em uma Caixa
Exercício 36: A energia potencial nuclear que liga prótons e nêutrons em um
núcleo é aproximada frequentemente por um poço quadrado. Imagine um
próton confinado em um poço de potencial quadrado infinitamente alto com
uma largura de 10.0fm (um diâmetro nuclear típico).Calcule o comprimento de
onda e a energia associada com o fóton emitido quando o próton desloca-se
do estado n=2 para o estado fundamental.

O próton confinado pode ser descrito de um modo análogo à uma onda


estacionária em uma corda.

No nível 1, a distância entre os nós da onda estacionária é 1 fm que


corresponde a meio comprimento de onda: λ
1 fm = ⇒ λ = 2 ⋅ 1 fm = 2 fm
A energia cinética do próton é dada por: 2
1 2 p
K = mv = =
2
h
=
2
(
6.63 ×10 Js −34
)
2
=
3.29 ×10−13 J
= 2.05MeV
2 2
( )(
2m 2mλ 2 1.67 ×10−27 Kg 2.0 ×10−14 m 2
) −
1.6 ×10 J / eV
19

No primeiro estado excitado, nível 2 (n=2), a distância entre os nós é a metade


da distância do estado 1. O momento é duas maior e a energia 4 vezes.
Seção 28.11 Uma Partícula em uma Caixa
Exercício 36: A energia potencial nuclear que liga prótons e nêutrons em um
núcleo é aproximada, frequentemente, por um poço quadrado. Imagine um
próton confinado em um poço de potencial quadrado infinitamente alto com
uma largura de 10.0fm (um diâmetro nuclear típico). Calcule o comprimento de
onda e a energia associada com o fóton emitido quando o próton desloca-se
do estado n=2 para o estado fundamental.
No primeiro estado excitado, nível 2, a distância entre os nós é a metade da
distância no estado 1. O momento é duas vezes maior e a energia 4 vezes.


1 fm = ⇒ λ = 1 fm
2

1
K = mv2 =
p
=
2
h 2
=
(6.63 ×10 Js)
−34 2
=
13.16 ×10−13 J
= 8.2MeV
2 2m 2mλ2 2(1.67 ×10 Kg )(1.0 ×10
− 27
m)
−14 2 1.6 × 10−19 J / eV
λ
n=1 1 fm = ⇒ λ = 2 ⋅ 1 fm = 2 fm
2

1 2 p2
K = mv = =
h2
=
6.63 ×10−34 Js( =
)
2
3.29 ×10−13 J
= 2.05MeV
2 2
(
2m 2mλ 2 1.67 ×10 Kg 2.0 ×10 m
− 27 −14 2
)( −19
1.6 ×10 J / eV )

n=2 1 fm = ⇒ λ = 1 fm
2

1 2 p
K = mv = =
h 2
=
2
6.63 ×10 Js ( =
−34
)
2
13.16 ×10−13 J
= 8.2MeV
2 2
(
2m 2mλ 2 1.67 ×10−27 Kg 1.0 ×10−14 m 2
)( −
1.6 ×10 J / eV
19
)
∆E = 8.2 MeV − 2.05MeV ≈ 6.15MeV
c
E = hf = h ⇒ λ = =
( )(
hc 6.63 × 10−34 Js 3 × 108 m / s
= 2. 02 × 10
)
−13
m Raio Gama
−19
λ E 6.15MeV × 1.6 × 10 J / eV
UMA PARTÍCULA
EM UMA CAIXA

 2πx 
ψ ( x ) = Asen 
 λ 
 2πL  2πL 2πL 2 L
ψ (L ) = 0 = Asen ⇔ = nπ ⇒ λ = =
 λ  λ πn n
n = 1,2,3...

π  2πx 
     nπx 
ψ ( x ) = Asen
2 x
 = Asen = Asen 
 λ  2L   L 
 n

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