Universidade do Estado de Mato Grosso

Faculdade de Ciências Exatas e Tecnológicas – Sinop

3ª Avaliação de Física Geral III - E. Elétrica Nota:

Professor: Silvio C. G. Granja, 07 de julho de 2022

Nome: Matrícula:

• Obs.1: As respostas devem ser colocadas a tinta.

• Obs.2: As páginas da prova devem conter o nome do estudante escrito a tinta.

Questão 1. A Figura a mostra um elemento de nético produzido pelo fio inteiro em um ponto si-
comprimento ds = 2,00 µm em um fio retilíneo tuado a 3,50 cm de distância do fio?
muito longo percorrido por uma corrente. A cor-
rente no elemento cria um campo magnético ele-
mentar dB⃗ no espaço em volta. A Figura b mos-
tra o módulo dB do campo para pontos situados
a 2,50 cm de distância do elemento em função do
ângulo θ entre o fio e uma reta que liga o ele-
mento ao ponto. A escala vertical é definida por
dBs = 50,0 pT. Qual é o módulo do campo mag-

Solução
Se o elemento de comprimeto ds = 2,00 µm gera um campo dB = dBS = 50,0 pT em θ = π/2rad m
uma posição a r = 2,50 cm dele, então

2
µ0 i ds sin (π/2) dB r2 50 × 10−12 × 2,5 × 10−2
dB = =⇒ i = µ = = 156,25 × 10−3 A,
4π r2 0
4π ds 10−7 × 2,0 × 10−6

assim a corrente é i = 156,25 mA. O módulo do campo magnético produzido pelo fio inteiro em um
ponto situado a d = 3,50 cm de distância do fio pode ser calculado considerando um fio infinito, que
tem campo
µ0 i 156,250 × 10−3
B= = 2 × 10−7 = 892,8571 × 10−9 T,
2π d 3,50 × 10−2
ou seja, o módulo do campo é 893 nT.

Questão 2. A Figura mostra duas curvas fecha-

das envolvendo duas espiras que conduzem corren-
tes i1 = 15,0
fl A e i2 = 13,0 A. Determine o valor
da integral B ⃗ · d⃗s

(a) para a curva 1 e

(b) para a curva 2.

Solução
A integral pode ser avaliada por meio da lei de Ampère
ffi
⃗ · d⃗s = µ0 ienv
B

(a) para a curva 1, ienv = i2 − i1 = −2,00 A e a integral vale

ffi
⃗ · d⃗s = −2,51 × 10−6 T · m,
B

1 de 3
Universidade do Estado de Mato Grosso
Faculdade de Ciências Exatas e Tecnológicas – Sinop

(b) para a curva 2, ienv = −2i1 − i2 = −43,0 A

ffi
⃗ · d⃗s = −54,0 × 10−6 T · m.
B

Questão 3. A Figura, uma bobina de 220 es-

piras, com 2,80 cm de raio e uma resistência de
15,3 Ω, é coaxial com um solenoide de 320 espi-
ras/cm e 3,30 cm de diâmetro. A corrente no sole-
noide diminui de 11,5 A para zero em um intervalo
de tempo ∆t = 25,0 ms. Qual é a corrente indu-
zida na bobina no intervalo ∆t?

Solução
A corrente induzida na bobina é iind = E /R em que R = 15,3 Ω, e E é a força eletromotriz induzida
na bobina. Considerando que apenas há campo gerado na área transversal comum interna ao solenoide
e à bobina, que é a aŕea transversal do solenoide, e que a taxa de variação da corrente no solenoide é
di/dt = −11,5 A/25,0 ms e que n = N/l = 320 espiras/cm, a fem induzida é
´   
d ⃗ · dA
B ⃗ d ⃗ ·A
B ⃗ sol
dϕ Abob d (BAsol )
E = −N B = −N = −N = −N
dt
 dt dt dt
2

d (µ0 ni) πrsol 2 di
= −N = −µ0 N nπrsol = 3,4806 V
dt dt
e a corrente induzida será iind = 227 mA.

Questão 4. Um enrolamento com autoindutância de 7,50 MH transporta, em um determinado ins-

tante, uma corrente de 15,0 A que está variando a uma taxa de −6,50 A/s.

(a) Calcule o fluxo magnético através do enrolamento neste instante.

(b) Calcule a força eletromotriz induzida no enrolamento neste instante.

Solução (a) A definição de indutância é é N ϕB = Li. Assim, o fluxo total será

N ϕB = 7,50 × 106 H × 15,0 A = 113 × 106 Wb,

deve-se notar que o fluxo é variável pois a corrente está variando no tempo, e esse fluxo é uma
função do tempo.
(b) A fem autoinduzida é dada por
di
E = −L = −7,50 × 106 H × −6,50 A/s = 48,8 × 106 V.
dt

Questão 5. Um circuito RLC em série está conectado a um gerador de corrente alternada. A resis-
tência do circuito vale R = 9,50 Ω, a capacitância C = 380 µF e a indutância L = 570 mH. O gerador
aplica uma ddp que pode ser expressa como E (t) = 25,0 cos (30,0t) dada em volts. (a) Qual é a impe-
dância do circuito com este sinal aplicado? (b) Qual a função corrente na forma i(t) = I cos(ωt − ϕ)?
(c) Quais as ddps em cada dispositivo do circuito RLC nos instantes t = 0 e t = 10,0 s?

Solução
Como consideração inicial, deve-se notar que a excitação externa tem o formato E (t) = Em cos (ωd t) e
assim, Em = 25,0 V e ωd = 30,0 rad/s.

2 de 3
Universidade do Estado de Mato Grosso
Faculdade de Ciências Exatas e Tecnológicas – Sinop

(a) A impedância de um circuito RLC série é

q
Z = R2 + (XL − XC )2

com a resistência sendo R = 9,50 Ω e as reatâncias XL = ωd L e XC = 1/ (ωd C) em que a

frequência angular ωd deve ser o valor da fonte de excitação externa. Sendo, então, as reatâncias
avaliadas em
XL = 17,1000 Ω e XC = 87,7193 Ω
e então a impedância sendo
Z = 71,3 Ω.

(b) A amplitude de corrente é

Em Em = 25,0 V
I= = = 350,8505 × 10−3 A
Z 71,3 Ω
e a constante de fase é
 
XL − XC
ϕ = arctan = −1,4371 rad = −82,3383◦ ,
R

ou seja, a função corrente, dada em ampères pode ser expressa de forma adequada como

i (t) = 351 × 10−3 cos (30,0t + 1,44) .

(c) A ddp no resistor, no capacitor e no indutor são, respectivamente

vR (t) = Ri (t) = RI cos (ωd t − ϕ)

ˆ
1 1 t
i t′ dt′ = XC I sin (ωd t − ϕ)


vC (t) = q (t) =
C C 0
di d
vL (t) = L = L {I cos (ωd t − ϕ)} = −XL I sin (ωd t − ϕ)
dt dt
As ddps no resitor, no capacitor e no indutor no intante t = 0 são

vR (0) = +RI cos (−ϕ) = 444 mV;

vC (0) = +XC I sin (−ϕ) = 30,5 V;
vL (0) = −XL I sin (−ϕ) = −5,95 V.

E as ddps no resitor, no capacitor e no indutor no intante t = 10 s são

vR (10) = +RI cos (ωd 10 − ϕ) = −5,95 V;

vC (10) = +XC I sin (ωd 10 − ϕ) = −4,78 V;
vL (10) = −XL I sin (ωd 10 − ϕ) = 931 mV.

• g = 9,81 m/s2 ; • mp = 1,672 621 × 10−27 kg m−2

• e = 1,602 176 6 × 10−19 C; • 1/(4πϵ0 ) = 8,987 55 × 109 N · m2 · C−2 • µ0 = 4π × 10−7 kg · m/A2 · s2
• me = 9,109 383 × 10−31 kg • ϵ0 = 8,854 187 × 10−12 C2 · N−1 · • 1 eV = 1,602 176 6 × 10−19 J

3 de 3