AC25 Apostila1 Aluno RegimeEstacionário 2015

UTFPR – Campus Pato Branco 1
Análise de Circuitos Elétricos 2

APOSTILA 1
Objetivos:
• Estabelecer uma correspondência entre funções senoidais e fasores.
• Conhecer a defasagem entre a tensão e a corrente nos circuitos resistivo,
indutivo puro e capacitivo puro.
• Tratar elementos passivos de forma geral na resolução de circuitos em
corrente alternada (AC). Calcular a impedância e admitância.
• Desenhar diagramas fasoriais.
• Aplicar as técnicas de análise de circuitos no domínio da frequência.
• Utilizar o programa PSPICE na análise do regime estacionário em CA.
Análise de Circuitos Elétricos 2 Apostila: Análise do Regime Estacionário AC Professora: Ana Cristina Alves Silveira Lima
EMENTA: FUNÇÃO SENOIDAL

Características das senoides:
Considerando a onda senoidal x(t) = XM sen ωt
onde:
XM é a amplitude, é o valor máximo ou é o valor de pico
ω é a frequência angular (radianos/segundos)
ωt é o argumento da função seno
A figura (a) mostra a forma de onda da equação em função do argumento

(ωt). A função se repete a cada 2π radianos.
A figura (b) mostra o gráfico da função senoidal em função do tempo (t). A
função completa um período a cada T segundos.
(a) (b)
Uma vez que ωt= 2π e t= T, tem-se:
Exercícios:
Determine a frequência angular (ω) para as seguintes frequências:
a) 50 Hz
b) 60 Hz
Ângulo de fase (atraso e avanço)

Considere a seguinte expressão geral para uma função senoidal:
x(t) = XM sen (ωt + θ)
onde:
(ωt + θ) é o argumento da função seno
θ é o ângulo de fase
Um gráfico desta função é mostrado na figura.
Diz-se que:
x(t) = XM sen (ωt + 30°) está adiantada +30° de x(t) = XM sen ωt
Exemplo: Obtenha as expressões para x1(t) e x2(t)
x2(t)=........................... está ............................................... de x1(t)= ....................
Observação:
O ângulo de fase é normalmente é expresso em graus. (A rigor, uma vez
que ωt está em radianos, o ângulo de fase também deveria estar. Porém é
comum e conveniente expressar a fase em graus e não em radianos).
Exemplo: x(t) = XM sen (ωt + π/3) = XM sen (ωt + 60o)
Exercício:
Escreva as equações das formas de onda abaixo:
a) i(t)= Imax sen wt a) i(t)= Imax sen wt

b) v(t)= b) v(t)=
a) a(t)=
b) b(t)=
c) c(t)=
Convertendo seno em cosseno:

O assunto anterior foi centrado na função seno, poderia se utilizar igualmente a
função cosseno (as duas formas de onda diferem apenas por um ângulo de fase).
cos ωt = sen (ωt + 90°) ou
sen ωt = cos (ωt – 90°)
OBS.: Em nosso estudo os fasores serão definidos a partir da função cosseno.
Exercícios:
1) Converta para cosseno as funções:
a) v(t)= 120 sen (314t + π/4)
v(t)= 120 sen(314t + 45°) = 120 cos(314t + 45° – 90°) = 120 cos (314t – 45°)
b) v(t)= 170 sen(314t + (2/3)π)
Método 1: Análise através da Função de excitação senoidal

Exemplo 8.3 (livro Irwin 9ª ed.) Determinar a expressão i(t):
Uma vez que a função de forçamento na entrada é v(t)= VM cos ωt, admite-se
que a componente da resposta forçada da corrente i(t) seja da forma
i(t) = IM cos (ωt +θ).
v(t)= VM cos ωt e i(t)= IM cos (ωt+θ)
da trigonometria:
A cos (ωt+θ) = A cosθ . cosωt – A senθ . sen ωt = A1 . cos ωt + A2 . sen ωt
substituindo i(t) na equação diferencial precedente tem-se:
L . d(A1. cos ωt + A2 . sen ωt)/dt + R . (A1 . cos ωt + A2 . sen ωt)= VM . cos ωt
A solução completa encontra-se no livro texto (Irwin). Este exemplo ilustra que é
muito complicado trabalhar com equações senoidais.
A expressão final para i(t) é:
Método 2: Análise através da Função de excitação complexa

É preciso estabelecer entre as funções senoidais e os números complexos uma

correspondência. Utilizaremos a equação de Euler para os objetivos deste
desenvolvimento:
Ao invés de aplicar a função de excitação real v(t)= VM cos ωt e calcular a

resposta i(t) = IM cos (ωt + θ), pode-se aplicar a função de excitação complexa
v(t)= VM e jωt e calcular a resposta i(t)= IM e j(ωt+ θ), cuja parte real (cos ωt) é a resposta
desejada. A vantagem deste procedimento é a redução das equações integro-
diferenciais que descrevem a resposta em regime permanente senoidal de um circuito
em simples equações algébricas.
Mais uma vez determina-se a corrente do circuito RL do exemplo 8.3, aplicando-
se a tensão expressa por VM e jωt.
Obtém-se expressão idêntica àquela obtida no exemplo anterior através da
solução diferencial.
então: v(t)= VM e jωt e i(t)= IM e j(ωt+θ)
L d( IM e j(ωt+ θ) ) / dt + R (IM e j(ωt+ θ)) = VM e jωt

jωL IM e jθ e jωt + R IM e jθ e jωt = VM e jωt
jωL IM e jθ + R IM e jθ = VM
IM e jθ ( R + jωL) = VM
IM e jθ = VM / ( R + jωL)
Convertendo-se o lado direito da expressão para a forma exponencial tem-se:
IM e jθ = VM ∠ – tg-1(ωL/R)
√( R2 + ω2L2)
FASOR
A tensão v(t) pode ser escrita na forma exponencial como:
ou na forma polar como:
Observação:
Considerando que a parte real da função de excitação complexa refere-se à
resposta desejada e que todos os termos da equação contêm ejωt, pode-se omitir a
notação Re(.) e ejωt , e trabalhar apenas com o número complexo Vm∠θ. Esta
representação complexa (forma polar) é chamada de fasor.
Domínio do tempo (t) → Domínio da frequência (jω)
Método 3: Análise através de Fasores

Utilizar o conceito de fasores na determinação da expressão para a corrente do
circuito.
ω ω
v(t)= VM ej( t+θ) = VM ejθ ej t = V ejωt V = VM ejθ
ω ω
i(t)= IM ej( t+θ) = IM ejθ ej t = I ejωt I = IM ejθ
L d (I ejωt) / dt + R (I ejωt) = V ejωt

jωL I . ejωt + R I . ejωt = V . ejωt
jωL I + R I = V
I (R + jωL) = V
I = V / (R + jωL) = IM ∠θ = VM ∠– tg-1(ωL/R)
√( R2 + ω2L2)
ANEXO 1
As senoides são facilmente expressas em termos de fasores, que são mais
convenientes de serem trabalhados que as funções seno e cosseno. Fasor é um
número complexo que representa a amplitude e a fase da função seno ou cosseno.
Um fasor é um segmento linear orientado girando no sentido anti-horário a uma
velocidade angular constante ω em um plano, cuja projeção no eixo vertical/horizontal
representa os valores instantâneos do sinal senoidal/cossenoidal. O comprimento do
fasor é a amplitude sinal. (mas adiante, o comprimento do fasor será o valor rms do
sinal senoidal).
ANEXO 2
Revisão de Números Complexos
RELAÇÕES ENTRE OS FASORES DOS ELEMENTOS DE UM CIRCUITO
RESISTOR
v(t)= VM cos(ωt+θV)= VM ej(ωt+θv)
i(t)= IM cos(ωt+θi)= IM ej(ωt+θi)
v(t)= R . i(t)
Exemplo 8.6 (Irwin 9ª ed.) Se a tensão v(t)= 24 cos(377t +75°) é aplicada a um

resistor de 6Ω, determine a corrente resultante i(t).
v(t)= 24 sen(377t+165°) = 24 cos(377t+75°) V=
R= 6Ω R=
i(t)= ? I= ? e i(t)= ?
INDUTOR
v(t)= L di(t)/dt
Exemplo 8.7 (Irwin 9ª ed.) Uma tensão v(t)= 12 cos (377t+20°) é aplicada a um
indutor de 20mH, determine a corrente resultante i(t).
v(t)= 12 sen(377t+110°) = 12 cos(377t+20°) V=
L= 20mH L=
i(t)= ? I= ? e i(t)= ?
CAPACITOR
i(t)= C dv(t)/dt
Exemplo 8.8 (Irwin 9ª ed.) Uma tensão v(t)= 100 cos(314t+15°) é aplicada a um
capacitor de 100µF, determine a corrente i(t).
v(t)= 100 sen(314t+105°) = 100 cos(314t+15°) V=
C= 100µF C=
i(t)= ? I= ? e i(t)= ?
Exercícios:
E8.5 (Irwin 9ª ed.) A corrente em um resistor de 4Ω é 12∠60°A. Encontre a tensão
no resistor em função do tempo se a frequência da corrente é 4kHz.
E8.6 (Irwin 9ª ed.) A corrente em um indutor de 0,05H é I= 4∠-30°A. Se a frequência

é 60 Hz, determine a tensão no indutor.
E8.7 (Irwin 9ª ed.) A corrente em um capacitor de 150µF é 3,6∠-145°A. Se a

frequência da corrente é 60 Hz, determine a tensão no capacitor.
IMPEDÂNCIA E ADMITÂNCIA
A impedância Z é definida como:
a relação entre o fasor da tensão V e o fasor da corrente I.
• .
• .
TRIÂNGULO DE IMPEDÂNCIA
Exemplo:
1) 4+j3=
2) 5∠ 53,13° =
IMPEDÂNCIA EQUIVALENTE
SÉRIE:
Ex: Z1= 5∠53,13° e Z2= 5∠36,87° Zsérie= ?
PARALELO:
Ex: Z1= 3+j4 e Z2= 5∠36,87° Zparalelo= ?
IMPEDÂNCIA DOS ELEMENTOS INDIVIDUAIS
Exemplo 8.9 (livro Irwin 9ª ed.)

a) Determine a impedância equivalente da rede se a frequência do sinal de
entrada é 60 Hz. Calcule a corrente i(t) considerando que a fonte de tensão
v(t)= 50 cos(ωt+30º) V.
b) Calcule a impedância equivalente e a corrente i(t) considerando que a
frequência é 400 Hz.
E8.8 (livro Irwin 9ª ed.) Determine a corrente i(t) da rede mostrada:
A admitância Y é definida como:

a relação entre o fasor da corrente I e o fasor da tensão V, é o inverso da impedância.
1 1
=
Z R + jX
ADMITÂNCIA EQUIVALENTE
SÉRIE:
PARALELO:
ADMITÂNCIA DOS ELEMENTOS INDIVIDUAIS

Calcule a admitância equivalente e a corrente I considerando que Vs= 60∠45º.
E8.9 (livro Irwin 9ªed.)

Determine a corrente I da rede mostrada:

Calcular a impedância equivalente Zeq entre os terminais A e B:
E8.10 (livro Irwin 9ª ed.)

Calcule a impedância ZT da rede mostrada:
DIAGRAMAS FASORIAIS
O diagrama de fasores ilustra a relação de fase entre tensões e correntes de
um circuito em uma representação gráfica.

Determinar o diagrama de fasores para o circuito em série mostrado: Vs= 12√2 ∠30º.
Ze=
I=
VR=
VL =
VC=
E8.11 (livro Irwin 9ª ed.)

Desenhe um diagrama de fasores ilustrando todas as correntes e tensões:
ANÁLISE NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA (jω)

As técnicas que são aplicadas na solução de circuitos DC resistivos são
também válidas para a análise de circuitos AC, a única diferença é que na análise do
regime estacionário dos circuitos AC as equações algébricas dos fasores possuem
números complexos.
Para circuitos relativamente simples (aqueles com uma única fonte):
• Lei de Ohm (V= Z I)
• Regras de combinações para Z e Y
• Leis de Kirchhoff (LCK e LTK)
• Divisor de corrente e divisor de tensão
Para circuitos mais complexos (múltiplas fontes):

• Análise nodal
• Análise de laços
• Princípio da superposição
• Transformação de fonte
• Teorema de Thevenin e Teorema de Norton
E8.12 (livro Irwin 9ªed.)

Na rede mostrada na figura, sabe-se que a tensão VS pode ser representada pelo
fasor 8∠45°V. Calcule VF.

Determinar a corrente Io da rede utilizando os procedimentos da análise nodal,
da análise dos laços, do princípio da superposição, da transformação de fonte e do
teorema de Thevenin.
ANÁLISE NODAL
I 0 = 2.92∠ − 30.96°

ANÁLISE DE LAÇOS
ATENÇÃO, esta apostila foi elaborada com base no livro do IRWIN e com alguns exercícios de
outros livros da bibliografia da disciplina. Não existe a intenção de substituir o livro e sim facilitar o
contato inicial com os conteúdos abordados fazendo uma interface mais amigável em sala de
aula. Cada autor tem um estilo característico de abordar os conteúdos e cabe ao aluno se adaptar
e tirar proveito para melhor assimilar os conhecimentos. Exercícios adicionais das 3 primeiras
bibliografias abaixo são sugeridos.
Bibliografia:
1. IRWIN, J. David. Análise básica de circuitos para engenharia. 7. ed. Rio de Janeiro,
RJ: Livros Técnicos e Científicos, 2003. 558p. : ISBN 9788521613749
2. ALEXANDER, Charles K.; SADIKU, Matthew N.O. Fundamentos de circuitos
elétricos. Porto alegre: Bookman, 2003. 857 p. ISBN 9788536302492
3. BOYLESTAD, Robert L. Introdução à análise de circuitos. 10. ed. São Paulo:
Prentice Hall, c2004. xv, 828 p. : ISBN 8587918184
4. JOHNSON, David E.; HILBURN, John L.; JOHNSON, Johnny R. Fundamentos de
análise de circuitos elétricos. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1994. 539 p. ISBN
8521612389
5. HAYT JUNIOR, William Hart; KEMMERLY, Jack E. Análise de circuitos em
engenharia. São Paulo: McGraw-Hill, c1973. 619 p. ISBN 8577260216

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Análise de Circuitos Elétricos 2

EMENTA: FUNÇÃO SENOIDAL

A figura (a) mostra a forma de onda da equação em função do argumento

Ângulo de fase (atraso e avanço)

Um gráfico desta função é mostrado na figura.

Exemplo: Obtenha as expressões para x1(t) e x2(t)

x2(t)=........................... está ............................................... de x1(t)= ....................

a) i(t)= Imax sen wt a) i(t)= Imax sen wt

Convertendo seno em cosseno:

OBS.: Em nosso estudo os fasores serão definidos a partir da função cosseno.

b) v(t)= 170 sen(314t + (2/3)π)

Método 1: Análise através da Função de excitação senoidal

v(t)= VM cos ωt e i(t)= IM cos (ωt+θ)

substituindo i(t) na equação diferencial precedente tem-se:

L . d(A1. cos ωt + A2 . sen ωt)/dt + R . (A1 . cos ωt + A2 . sen ωt)= VM . cos ωt

A expressão final para i(t) é:

Método 2: Análise através da Função de excitação complexa

É preciso estabelecer entre as funções senoidais e os números complexos uma

Ao invés de aplicar a função de excitação real v(t)= VM cos ωt e calcular a

então: v(t)= VM e jωt e i(t)= IM e j(ωt+θ)

L d( IM e j(ωt+ θ) ) / dt + R (IM e j(ωt+ θ)) = VM e jωt

Convertendo-se o lado direito da expressão para a forma exponencial tem-se:

A expressão final para i(t) é:

A tensão v(t) pode ser escrita na forma exponencial como:

ou na forma polar como:

Domínio do tempo (t) → Domínio da frequência (jω)

Método 3: Análise através de Fasores

Utilizar o conceito de fasores na determinação da expressão para a corrente do

L d (I ejωt) / dt + R (I ejωt) = V ejωt

A expressão final para i(t) é:

Revisão de Números Complexos

RELAÇÕES ENTRE OS FASORES DOS ELEMENTOS DE UM CIRCUITO

Exemplo 8.6 (Irwin 9ª ed.) Se a tensão v(t)= 24 cos(377t +75°) é aplicada a um

E8.6 (Irwin 9ª ed.) A corrente em um indutor de 0,05H é I= 4∠-30°A. Se a frequência

E8.7 (Irwin 9ª ed.) A corrente em um capacitor de 150µF é 3,6∠-145°A. Se a

Ex: Z1= 5∠53,13° e Z2= 5∠36,87° Zsérie= ?

Ex: Z1= 3+j4 e Z2= 5∠36,87° Zparalelo= ?

IMPEDÂNCIA DOS ELEMENTOS INDIVIDUAIS

Exemplo 8.9 (livro Irwin 9ª ed.)

E8.8 (livro Irwin 9ª ed.) Determine a corrente i(t) da rede mostrada:

A admitância Y é definida como:

ADMITÂNCIA DOS ELEMENTOS INDIVIDUAIS

Exemplo 8.10 (livro Irwin 9ª ed.)

E8.9 (livro Irwin 9ªed.)

Exemplo 8.11 (livro Irwin 9ª ed.)

E8.10 (livro Irwin 9ª ed.)

Exemplo 8.13 (livro Irwin 9ª ed.)

E8.11 (livro Irwin 9ª ed.)

ANÁLISE NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA (jω)

Para circuitos mais complexos (múltiplas fontes):

Exemplo 8.14 (livro Irwin 9ª ed.)

E8.12 (livro Irwin 9ªed.)

Exemplo 8.15 (livro Irwin 9ª ed.)

Exemplo 8.15 (livro Irwin 9ª ed.)

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