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Dinâmica de Sistemas Flutuantes Oceânicos 1

Prof. Antonio Carlos Fernandes


Lista de Exercícios Número 6
Aluno: Gabriel Campos Baroni
Questão 1) A FUNÇÃO COSSENO (ou SENO)

a) Esquematizar usando EXCEL figuras da função:

𝒚(𝒕) = 𝑨 𝒄𝒐𝒔 (𝝎𝒕 + 𝝋)


Mostrando a dependência das CINCO VARIÁVEIS: y, t, A, 𝝎 e 𝝋

• A, amplitude (m)
180
• 𝝎, frequência circular (rd/s; radianos por segundo). Note que = 57,3 graus /
𝝅
radiano.
• f, frequência (Hertz, Hz = 𝒔−𝟏 )
• T, período (s)
• 𝝋 , fase (radianos), (pode ser expressa em graus, mas no cosseno entra em
radianos) (fase pode se adiantada ou atrasada)
• 𝝎 t, vale o mesmo que a fase, precisa ser em radianos
A seguir são apresentados os gráficos para visualização da dependência das variáveis
da FUNÇÃO COSSENO (ou SENO). Na Figura 1 são modificados os valores de
Amplitude; Na Figura 2 são modificados os valores de frequência circular 𝜔 ; Na
Figura 3, são modificados os valores de fase 𝜑.

Figura 1 Variação de A (Amplitude) de 1 até 4 [m]. Definindo w = π rad./s, φ = 0 rad. e t


de 0 a 6 s. Eixo das ordenadas relativo a y(t) e eixo das abscissas relativo a t(s).
Figura 2 Variação de w (frequência circular) de π/2 até 2π [rad./s]. Definindo A = 4 m,
φ = 0 rad. e t de 0 a 6 s. Eixo das ordenadas relativo a y(t) e eixo das abscissas relativo
a t(s).

Figura 3 Variação de φ (fase) de 0 até 3π/4 [rad.]. Definindo A = 4 m, w = π rad./s e t de


0 a 6 s. Eixo das ordenadas relativo a y(t) e eixo das abscissas relativo a t(s).
b) Prove que:

𝝎 = 𝟐𝝅 𝒇

𝝎𝑻 = 𝟐𝝅

𝒇𝑻 = 𝟏

Sendo 𝑦(𝑡) = 𝐴 𝑐𝑜𝑠 (𝜔𝑡 + 𝜑), pode-se substituir cada uma das relações
acima e criar um gráfico para comprovar as igualdades mencionadas na questão.
Obtendo a representação da curva da função 𝑦(𝑡) de maneira idêntica de acordo
com as 3 equações obtidas abaixo, assim:

𝑦(𝑡) = 𝐴 𝑐𝑜𝑠 (2𝜋 𝑓𝑡 + 𝜑) (1)

𝑦(𝑡) = 𝐴 𝑐𝑜𝑠(𝜔t + 𝜑) (2)

2𝜋
𝑦(𝑡) = 𝐴 𝑐𝑜𝑠 ( 𝑇 𝑡 + 𝜑) (3)

Figura 4 Gráfico das equações obtidas a partir das relações expostas no enunciado da
questão. Sendo A (Amplitude) = 4 [m], w = π rad./s, φ = 0 rad. e t de 0 a 6 s. Eixo das
ordenadas relativo a y(t) e eixo das abscissas relativo a t(s).
c) Provar:

Se 𝒚(𝒕) = 𝑨 𝒄𝒐𝒔 (𝝎𝒕 + 𝝋), então a única diferença entre seno e cosseno é
𝝅
o ângulo de fase 2 (90 graus) 𝝋, fase(radianos).

𝜋
𝑦(𝑡) = 𝐴 sen (𝜔t + 2 ) – Função SENO

𝑦(𝑡) = 𝐴 𝑐𝑜𝑠(𝜔t + 0) – Função COSSENO

Figura 5 Gráfico das funções seno e cosseno, confirmando a igualdade quando as


𝜋
funções estão em defasagem 2 (90 graus) 𝜑 . Sendo A (Amplitude) = 4 [m], w = π
rad./s, φ = 0 rad. e t de 0 a 6 s. Eixo das ordenadas relativo a y(t) e eixo das abscissas
relativo a t(s).
d) Mostrar casos de fase atrasada (Phase Lag) e fase adiantada (Phase Lead).

Figura 6 Gráfico com caso de fase atrasada e adiantada em relação ao caso em que a
fase 𝜑 = π/2. As diferenças são de - π/4 e + π/4. Eixo das ordenadas relativo a y(t) e
eixo das abscissas relativo a t(s).

Questão 2) Esquematizar usando EXCEL figuras da função:

y(t) = A 𝒆−ζ 𝝎n 𝒕 , Mostrando a dependência das CINCO VARIÁVEIS: y, t, A, ζ, 𝝎n .

Figura 7 Variação de A(Amplitude) de 1 até 5 m. Definindo ζ = 0.5 e 𝝎n = π rad./s. Eixo


das ordenadas relativo a y(t) e eixo das abscissas relativo a t(s).
Figura 8 Variação de ζ de 0 até 2 π. Definindo A = 4 m 𝑒 𝜔𝑛 = π rad./s. Eixo das
ordenadas relativo a y(t) e eixo das abscissas relativo a t(s).

Figura 9 Variação de 𝜔𝑛 de 0 até 2 π. Definindo A = 4 m e ζ = 0.5. Eixo das ordenadas


relativo a y(t) e eixo das abscissas relativo a t(s).
3. Equação Diferencial Ordinária de Segunda Ordem com Coeficientes Constantes.
Resolver (desenhar figura com a solução) com as correspondentes condições iniciais
(CI).

a) 𝒚̈ + 𝟒𝒚 = 𝟎 𝑪𝑰 𝒚(𝟎) = 𝟎, 𝒚̇(𝟎) = 𝟏

Equação Característica: r 2 + 4 = 0, raízes dadas por 𝜆1 = -2i e 𝜆2 = +2i

Solução Geral da EDO: y(t) = C1 cos(2t) + C2 sen(2t)


Solução Particular da EDO: Se 𝑦(0) = 0, 𝑦̇(0) = 1. Utilizando cada CI, tem-se o
sistema de equações:
𝑦(0) = C1 = 0
𝑦̇(0) = -2C1sen(2.0) + 2cos(2.0)C2 = 1
Assim, C1 = 0 e C2 = 1/2 e a Solução Geral da EDO será: 𝑦(𝑡) = 1/2sen(2t)

Figura 10 Gráfico da solução da EDO Homogênea do problema. Eixo das ordenadas


relativo a y(t) e eixo das abscissas relativo a t(s).

b) 𝒚 − 𝒚̈ = 𝟎 𝑪𝑰 𝒚(𝟎) = 𝟏, 𝒚̇(𝟎) = −𝟓

Equação Característica: 1 - r 2 = 0, raízes dadas por 𝜆1 = -1 e 𝜆2 = +1

Solução Geral da EDO: y(t) = C1 e-t + C2 et


Solução Particular da EDO: Se 𝑦(0) = 1, 𝑦̇(0) = -5. Utilizando cada CI, tem-se o
sistema de equações:
𝑦(0) = C1 + C2 = 1
𝑦̇(0) = -C1 + C2 = -5
Assim, C1 = 3 e C2 = -2 e a Solução Geral da EDO será: 𝑦(𝑡) = 3e-t - 2et

Figura 11 Gráfico da solução da EDO Homogênea do problema. Eixo das ordenadas


relativo a y(t) e eixo das abscissas relativo a t(s).

c) 𝒚̈ + 𝟎. 𝟐𝒚̇ + 𝟒. 𝟎𝟏𝒚 = 𝟎 𝑪𝑰 𝒚(𝟎) = 𝟎, 𝒚̇(𝟎) = 𝟐

Equação Característica: r 2 + 0.2r + 4.01 = 0, raízes dadas por 𝜆1 = - 0.1 +


2i e 𝜆2 = - 0.1 - 2i .

Solução Geral da EDO: y(t) = e-0.1 t (C1 cos(2t) + C2 sen(2t))


Solução Particular da EDO: Se 𝑦(0) = 0, 𝑦̇(0) = 2. Utilizando cada CI, tem-se o
sistema de equações:
𝑦(0) = C1 = 0
𝑦̇(0) = -0.1e-0.1 t C2 sen(2t) + 2e-0.1 t cos(2t) = 2
𝑦̇(0) = -0.1e-0.1* 0 C2 sen(2*0) + 2e-0.1*0 cos(2*0) = 2
C2 = 1
Assim, C1 = 0 e C2 = 1 e a Solução Geral da EDO será: 𝑦(𝑡) = e-0.1 t sen(2t)
Figura 12 Gráfico da solução da EDO Homogênea do problema. Eixo das ordenadas
relativo a y(t) e eixo das abscissas relativo a t(s).

d) 𝒚̈ − 𝟒𝒚̇ + 𝟒𝒚 = 𝟎 𝑪𝑰 𝒚(𝟎) = 𝟎, 𝒚̇(𝟎) = 𝟏

Equação Característica: r 2 - 4r + 4 = 0, raízes dadas por 𝜆1 = 𝜆2 = 2

Solução Geral da EDO: y(t) = C1 e2t + C2 te2t


Solução Particular da EDO: Se 𝑦(0) = 0, 𝑦̇(0) = 1. Utilizando cada CI, tem-se o
sistema de equações:
𝑦(0) = C1 = 0
𝑦̇(0) = 2C1 + C2 e2.0 + 2C2 . 0. e2.0 = 1
Assim, C1 = 0 e C2 = 2 e a Solução Geral da EDO será: 𝑦(𝑡) = 1te2t
Figura 13 Gráfico da solução da EDO Homogênea do problema. Eixo das ordenadas
relativo a y(t) e eixo das abscissas relativo a t(s).

4. Uma mola é deformada por tração em 175 mm por um bloco de 8 kg. Se o bloco é
deslocado em 100 mm para baixo relativamente à sua posição de equilíbrio e a ele for
imposta uma velocidade par abaixo de 1,50 m/s, determine a equação diferencial que
descreve seu movimento. Admita o deslocamento positivo para baixo. Determine,
também, a posição do bloco quando t = 0,22 s.

∑ Fy = 0, no Equilíbrio. Assim ∶ 𝑘∆y = 𝑚𝑔

Substituindo:
𝑘 0.175 = 8 (9.81)
𝑘 = 448.45 𝑁. 𝑚
Na segunda situação:
- 448.45 y = 𝑚ÿ
8ÿ + 448.45y = 0 ; CI y(0) = 0.100 , ẏ (0) = 1.50m/s
Equação Característica ∶ 8r 2 + 448.45 = 0
I) ∆ = -14350.4

√-14350.4
II) Cálculo das raízes: ±
16
III) Raízes Complexas: 𝜆1 = + i 7.49 e 𝜆2 = - i 7.49
IV) Solução Geral da EDO: y(t) = C1 cos7.49t + C2 sen7.49t
V) Utilizando as condições iniciais ∶ y(0) = 0.100 , ẏ (0) = 1.50
𝑉𝐼) 𝑆𝑢𝑏𝑠𝑡𝑖𝑡𝑢𝑖𝑛𝑑𝑜 𝑎𝑠 𝐶𝑜𝑛𝑑𝑖çõ𝑒𝑠 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑖𝑠 𝑛𝑎 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 d𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑔𝑒𝑟𝑎𝑙 da EDO, 𝑜𝑏𝑡é𝑚-se:
C1 = 0.100 e C2 = 0,200
VII) y(t) = 0.100 cos7.49t + 0.200 sen7.49t
Para determinar a posição do bloco quando t = 0.22 s, utiliza-se a solução geral da EDO
com as CI, equação VIII. Assim:
VIII) y(0.22) = 0.100 cos(7.49*0.22) + 0.200 sen(7.49*0.22) = 0.192 m

5. Uma plataforma de massa desconhecida é suportada por quatro molas, cada uma
com rigidez k. Com a plataforma vazia, o período da vibração vertical é medido e vale
2,35 s, enquanto se um bloco de 3 kg é colocado sobre a plataforma este período passa
a ser de 5,23 s. Determine a massa do bloco a ser colocado sobre a plataforma (vazia)
que causará uma vibração vertical com período de 5,62 s. Qual a rigidez k de cada uma
das molas?

K eq 2𝝅 2𝝅
1º Caso ∶ 𝝎n = √ = =
m T1 2,35

K eq 2𝝅 2𝝅
2º Caso ∶ 𝝎n = √ = =
(m + 3) T2 5,23

A partir do sistema de equações obtido com cada um dos casos apresentados pelo
enunciado, é possível encontrar os valores de 𝑚 𝑒 𝐾𝑒𝑞 , sendo iguais a 0.756 Kg e 5.41
N/m, respectivamente.

K eq 2𝝅 2𝝅
3º Caso ∶ 𝝎n = √ = = = 1.12
(m + M) T3 5,62

K eq
= 1.122
(m + M)
K eq 5.41
M = 2
-m= - 0.756 = 3.56 Kg
1.12 1.122

Rigidez de cada mola (K) = K eq /4 = 5.41/4 = 1.35 N/m


6. Derive a equação do movimento do sistema mostrado na figura abaixo, com a
utilização dos seguintes métodos:

a) Segunda lei de Newton:


F(t) = mẍ = - k1 x - k 2 x
mẍ + k1 x + k 2 x = 0

b) Princípio de D’Alembert:
“Força de Inércia e Estado de Equilíbrio Artificial, em Equilíbrio Dinâmico.”

F(t) - mẍ = 0
- k1 x - k 2 x - mẍ = 0
mẍ + k1 x + k 2 x = 0

c) Princípio do trabalho virtual:


“Se um sistema que está em equilíbrio sob a ação de um conjunto de forças for
submetido a um deslocamento virtual, então o trabalho virtual total realizado
pelas forças será zero (deslocamento virtual é infinitesimal e instantâneo.”

𝛿𝑥 = Deslocamento Virtual
𝛿𝑊𝑠 = - ( 𝑘1 + 𝑘2 )x 𝛿𝑥 = 𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 𝑉𝑖𝑟𝑡𝑢𝑎𝑙 𝑑𝑎𝑠 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑠 𝑑𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎
𝛿𝑊𝑠 = - (mẍ ) 𝛿𝑥 = 𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 𝑉𝑖𝑟𝑡𝑢𝑎𝑙 𝑑𝑎 inércia do sistema
- (mẍ ) 𝛿𝑥 - ( 𝑘1 + 𝑘2 )x 𝛿𝑥 = 0 = Trabalho virtual total igual a zero
- k1 x - k 2 x - mẍ = 0
d) Princípio da conservação de energia:
Ec + Ep =
mẋ 2 k1 x 2 k 2 x 2
+ + = 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒(𝐶𝑜𝑛𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎çã𝑜𝑑𝑒𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎)
2 2 2
d
(T + U) = 0 ; mẍ + k1 x + k 2 x = 0
dt

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