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Capítulo 7 - Interfaces de Entrada e Saída

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l Conceito

m Uma das características básicas necessária de


um computador é a capacidade de trocar dados
com o mundo exterior (dispositivos periféricos).
Para tornar os sinais internos à máquina
compatíveis, elétrica e temporalmente, com os
dos mundo exterior, fazem-se necessários
circuitos especiais denominados interfaces de
entrada e saída.

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l Estratégias de alocação de endereços para E/S

m É possível distinguir duas organizações básicas


do espaço de endereçamento do processador
associado às interfaces de E/S:

• E/S Isolada. O espaço de endereçamento


reservado a E/S é disjunto do da memória. Como
características marcantes desta organização têm-
se Barramentos de Endereços para Memória e
para E/S logicamente distintos; e instruções
específicas para E/S.

• E/S Mapeada em Memória. Memória e E/S


compartilham o mesmo espaço de
endereçamento. Como características marcantes
desta organização têm-se um único (físico e
lógico) Barramento de Endereços; e não há
distinção entre instruções de acesso à memória e
as interfaces de E/S.

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l Modelo lógico das Interfaces de E/S

m Para um programador (e portanto também para


a CPU) uma interface de E/S é vista como um
conjunto de registradores (células de
armazenamento), divididos em 3 classes
distintas:

• Registrador(es) de Controle (utilizados para


escrita). O conteúdo deste(s) registrador(es)
define(m) o modo de operação da interface.

• Registrador(es) de Dados. Este(s)


registrador(es) é(são) utilizado(s) para o
armazenamento temporário de forma a melhor
acomodar o fluxo de dados entre computador e
dispositivo.

• Registrador(es) de estado (utilizados para a


leitura). Este(s) registrador(es) indica(m) o
estado do dispositivo e/ou da interface e pode(m)
ser utilizado(s) para controlar a dinâmica da
transferência.

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l Modelo lógico das Interfaces de E/S

m Registradores internos

m Programa (entrada)

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l Interface Elétrica (há grande diversidade)

m Exemplos Entrada

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l Interface Elétrica

m Exemplos Saída

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l Interface Síncrona (família 6800)

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l Interface Síncrona (família 6800)

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l Interface Síncrona (família 6800)

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l Interface Interface Síncrona e Barramento


Assíncrono do 68000 (família 6800)

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l Interface Interface Síncrona e Barramento


Assíncrono do 68000 (família 6800)

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l Tipos de transferência de E/S

m A transferência de dados pode ser realizada de


três maneiras distintas:

n E/S programada (programmed I/O)

n E/S por interrupção (interrupt-driven I/0)

n DMA (direct memory access).

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l E/S programada (programmed I/O)

m Na E/S programada, o programador define os


instantes das operações de E/S, inserindo em
seu código as instruções que realizam a
operação de E/S.

m A E/S programada admite dois tipos de


transferência:
n Transferência Incondicional: A transferência é
realizada incondicionalmente, ou seja,
independentemente do estado da
interface/periférico.

n Transferência Condicional: a operação de E/S


só é realizada quando e se o dispositivo estiver
pronto para tal. Em geral, em um programa que
implementa uma transferência condicional tem-
se um laço de espera (loop) , onde são efetuados
a leitura e o teste do estado do dispositivo
repetidas vezes até que o mesmo indique que a
operação de E/S pode ser realizada. Essa
transferência, por ser caracterizada pela consulta
ao dispositivo, também é conhecida como
transferência por polling.

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l E/S por interrupção (interrupt-driven I/O)

m Neste tipo de E/S a transferência é acionada por


interrupção, ou seja, o instante da operação de
E/S não é definido por programa, mas ditado
pelo dispositivo externo através de um pedido
de interrupção. Em geral, o pedido de
interrupção está associado à disponibilidade do
dispositivo em realizar a transferência - o
dispositivo/interface solicita uma interrupção
toda vez que está pronto para realizar a
transferência.

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l DMA (direct memory access)

m Nas E/S programadas e por interrupção a CPU


participa ativamente durante a transferência do
dado. A CPU executa uma instrução para a
leitura ou escrita na interface (por exemplo:
MOVE.B INTERFACE,D0).

m A necessidade de busca e execução da instrução


(e algumas vezes a própria velocidade da CPU)
pode limitar a taxa de transferência colocando
entraves na operação do sistema com
dispositivos rápidos de armazenamento
secundários (discos magnéticos).

m Na solução DMA, a CPU delega a dispositivo


controlador de DMA a tarefa da transferência.
Durante o DMA, a CPU fica em estado passivo
(idle), sendo que o controle do barramento é
efetuado por dispositivo Controlador de DMA.

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l DMA - registradores internos


m Tipicamente, um Controlador de DMA possui:

n Registrador de Endereços: registrador que


contém o endereço de memória a ser acessado.
Este registrador é automaticamente
incrementado após cada acesso à memória.
n Registrador de Contagem: indica o tamanho do
bloco de dados a ser tranferido. Este contador é
decrementado automaticamente após cada
acesso à memória. Em geral, um controlador de
DMA gera um pedido de interrupção quando
este contador zera, para indicar o fim da
transferência de um bloco de dados.
n Registrador de Controle: que serve para
controlar a operação: disparar o processo;
indicar se leitura ou escrita, etc.
n Registrador de Estado: indica o estado da
transferência (em andamento, finalizada) e
situações de erro.

Os 3 primeiros registradores são inicializados


pela CPU sob comando de programa do
usuário/programador de sistema.

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l DMA (direct memory access)

m Em geral, uma operação de DMA envolve os


seguintes fase:

n Inicialização: O Canal de DMA é inicializado


pela CPU – a CPU inicializa (escreve) os
registradores de endereços, contagem e controle
do dispositivo Controlador de DMA. Em geral, é
efetuada um transferência de bloco de dados.

n Transferência: Durante a transferência o


dispositivo Controlador de DMA aceita
solicitações de transferência do dispositivo
periférico e gera os sinais necessários
(barramento de endereço e de controle) para o
acesso à memória.

n Finalização: Após a transferência do bloco de


dados definidos pela CPU na fase de
inicialização, o dispositivo controlador de DMA
informa a CPU (em geral, por interrupção) o
final da transferência.

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l DMA - organização hardware

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l DMA - organização hardware

m Um controlador de DMA, em geral, possui:

n Sinais para efetuar acesso de escrita/leitura em


memória: barramento de endereço, R/W*, LDS*
UDS*, DTACK* (receber)

n Sinais para solicitar e adquirir os barramentos:


BR* (Bus Request), BG* (Bus Grant),
BGACK* (Bus Grant Acknowledge).

n Sinal de Interrupção: Para informa à CPU o final


de uma transferência de um bloco.

n Sinais de controle para o controle/comunicação


do o periférico: REQ* (entrada - solicitação do
periférico); ACK* (saída - atendimento da
solicitação).

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l DMA - organização hardware

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l DMA - organização hardware

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l Tipos básicos de interfaces

m Interface paralela: Suporta a comunicação


paralela, ou seja, a transferência simultânea de
vários bits de informação. Necessita de várias
linhas de sinais - uma para cada bit. A
comunicação paralela é indicada para pequenas
distâncias e quando velocidade é importante.
exemplo típico: impressora.

m Interface serial: A comunicação é feita bit-a-


bit. Apenas necessita de 2 condutores (sinal e
terra). Exemplo tipico: mouse, teclado.
n O seguintes modos são possíveis:

o Simplex: a informação e transferida em


apenas uma direção (transmissor →
receptor) .

o Half-duplex: a comunicação é bidirecional


só que em apenas um direção em um dado
instante de tempo.

o Full-duplex: comunicação bidirecional


simultanea.

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l Comunicação paralela com a impressora

m O padrão Centronics de comunicação paralela é


bastante difundido no mercado de
computadores pessoais para a comunicação
destes sistemas com impressoras. Este padrão é
universalmente aceito pelos fabricantes de
impressoras, sendo suportado pela maioria do
fabricantes de computadores pessoais, incluindo
os da linha IBM-PC e Apple.

m Conector Centronics

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l Comunicação paralela com a impressora

m Sinais Centronics

Pino Sinal Direção Descrição


01 /STB Computador -» Impressora Pulso negativo fornecido pelo computador como clock
de transmissão dos dados.
02 DATA 0 Computador -» Impressora Bit 0 do dado a ser impresso.
03 DATA 1 Computador -» Impressora Bit 1 do dado a ser impresso.
04 DATA 2 Computador -» Impressora Bit 2 do dado a ser impresso.
05 DATA 3 Computador -» Impressora Bit 3 do dado a ser impresso.
06 DATA 4 Computador -» Impressora Bit 4 do dado a ser impresso.
07 DATA 5 Computador -» Impressora Bit 5 do dado a ser impresso.
08 DATA 6 Computador -» Impressora Bit 6 do dado a ser impresso.
09 DATA 7 Computador -» Impressora Bit 7 do dado a ser impresso.
10 /ACK Impressora -» Computador Pulso negativo que indica ao computador que a
impressora recebeu o dado.
11 BUSY Impressora -» Computador Em nível alto, indica que a impressora não pode receber
dados.
12 PE Impressora -» Computador Paper Empty. Em nível alto, indica que acabou o papel
da impressora.
13 SELECT Impressora -» Computador En nível alto, indica que a impressora está em modo
remoto. Caso contrário, está em modo local. No modo
remoto a impressora pode receber dados do computador.
14-15 NC - -
16 GND - Terra lógico. Usado como referência.
17 CHASSI - Terra da carcaça.
S
18 NC - -
19-30 GND - Terra de retorno para par trançado.
31 /INIT Computador -» Impressora Pulso negativo que pode ser utilizado para reinicializar a
impressora.
32 /FAULT Impressora -» Computador Em nível baixo, indica falha na impressora.
33-36 NC - -

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l Comunicação paralela com a impressora

m Centronics - comunicação com handshaking

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l Barramento IEEE 488

m Barramento para a conexão de computadores e


instrumentos (de medida) inteligentes.
m Aplicação típica laboratório de instrumentação.

m O Barramento IEEE 488 também a conhecido


por:
n GPIB (General Purpose Interface Bus)
n HPIB (Hewlett Packard Instrument Bus)

m Características básica:
n Taxa de transmissão 1Mbyte/segundo
n Até 20 metros
n Até 15 dispositivos
n Permite broadcasting (comunicação 1 para
vários)
n 24 vias – 16 sinais.

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l Estrutura Barramento IEEE 488

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l Estrutura Barramento IEEE 488

m Talker: dispositivo que transmite a informação.


Em um dado momento apenas um dispositivo
pode ser Talker (transmissor);

m Listener: dispositivo que recebe a informação


transmitida.. Em um dado momento, poder
haver mais do que 1 Listener (receptor);

m Controler: dispositivo que gerencia a operação


do barramenteo e determinar qual dispositivo
que será o Talker (transmissor) e quais serão os
Listener (receptores). Não é necessário que
exista um dispositivo controlador no sistema.
Se existir, apenas um controlador deve estar
ativo em um dado momento.

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l Operação de transferência de dados -


(handshake de 3 fios)

RFD – “ready for data”


DAV – “data available”
DAC – “data accepted”

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l Operação de transferência de dados -


(handshake de 3 fios)

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