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Método Auger-Hole (Método de Hooghoudt)

Princípio
Um buraco é feito a uma certa profundidade abaixo do lençol freático. O lençol freático no
buraco é baixado com um balde e então a taxa de aumento do lençol freático é medida. A partir
disso e da geometria do furo do trado, pode-se calcular o valor da condutividade hidráulica.
Uso
O procedimento comum pode ser usado nas pesquisas de campo para o projeto do sistema de
drenagem de tubos subterrâneos.
Desvantagens:
Este método não é adequado para solos fortemente estratificados ou para solos com distribuição
irregular de espaço poroso.
Teoria
A mudança do fluxo de água dQ (M-3.T-1) durante a subida do nível da água em uma mudança
de tempo dt (T) pode ser expressa pela fórmula morrer
dy
dQ=πr2 1
dt
onde:
 y (M) é o eixo y vertical (positivo na direção ascendente), o nível referencial é a parte
inferior do furo
 r (M) é o raio do furo.
A área de infiltração S (M2), pelas laterais do furo e pelo fundo do furo pode ser formado como:
S=2π.r.n+¿ πr2
Onde:
 n (M) é um nível inicial de água em um furo, quando a subida é finalizada.
Com o uso da Lei de Darcy e a equação de continuidade, a variação do fluxo de água dQ (M 3.T-1)
durante a elevação do nível da água em um furo também pode ser formado como:
dQ=S.k.I 2
Onde;
 I (-) representa o gradiente hidráulico;
 I = y / Ld;
 Ld(M) é o suposto comprimento do fluxo.
Neste caso é para determinação de Ld(M) usou a aproximação empírica de Hooghoudt (Luthin
1957), que foi verificada nos tanques arenosos. Por SB Hooghoudt pode ser usada a
aproximação:
Ld(m) = (rn)/0,19
O valor de 0,19 é uma constante e é expresso em metros. Isso significa que o raio r (m) de um
furo e o parâmetro n (m) devem ser expressos também em metros.
De acordo com Hooghoudt é válido:
I (-) = y/Ld= y.0,19 / rn
Com o uso da equação (1) e (2) e com o uso da aproximação de Hooghoudt pode ser definida a
2 dy y .0,19
equação π r =( 2 π . r . n+ π r 2 ) K 3
dt r .d
Após as correções obtemos
y2 t2
2d 0,19
∫ y dy=K (
−1
r
+1) ∫ dt 4
r .d t1
y1

Por integração e com certas correções, obtemos a equação final para o cálculo direto da
condutividade hidráulica

( )( ) .( t 2−t1 1 ) ln ⁡( yy 21 ) 5
−1
r.n 2n
K= +1
0,19 r

Onde:
 y1(M), y2(M) são os níveis de água medidos em um furo nos tempos t correspondentes t1
(T), t2(T).

Método de Furo Trado Invertido


Princípio
Um buraco é aberto a uma certa profundidade bem acima do lençol freático. A água flui para o
poço seco e, em seguida, a taxa de rebaixamento do lençol freático é medida. A partir desta taxa
de decréscimo e da geometria do furo, é calculado o valor da condutividade hidráulica.
Uso
Procedimento comum em levantamentos de campo para projeto de drenagem superficial ou
subterrânea, se o lençol freático não estiver presente.
Desvantagens
Como método de furo de broca.
Teoria:
A água flui para o poço seco e a taxa de rebaixamento do nível do lençol freático é medida. Em
um ambiente poroso de solo totalmente saturado, supõe-se que a inclinação hidráulica I (-) esteja
convergindo para 1,0 (Ritzema 2006), então pela Lei de Darcy a condutividade hidráulica K é
aproximadamente v.
A mudança do fluxo de água dQ em um furo durante o rebaixamento do nível da água em uma
mudança de tempo dt pode ser expresso pela fórmula:
dy
dQ =π r 2 6
dt
Onde:
 y é o eixo y vertical, o nível referencial é o fundo do furo; e
 r é o raio do furo.
A área de infiltração S, através dos lados do furo e através do fundo do furo pode ser formado
como S=2π.r.n+¿ πr2 7
Com uso da Lei de Darcy e equação de continuidade e com aproximação I = 1 (respectivamente
K = v) a variação do fluxo de água dQ durante a diminuição do nível de água em um furo
também pode ser formado como:
dQ =−S . K 8
Positivo na direção ascendente, por isso a parte direita da equação tem marca negativa. As partes
direitas das equações (6) e (8) devem ser idênticas, então obtemos:
dy
=( 2 π . r . n+ π r ) K 9
2 2
−π r
dt
Agora usamos a substituição Y = y + (r/2) e dY = dy e a equação (9) pode ser reescrita r dY com
−r dY
( =Y . K) e após as correções obtemos:
2 dt
y2 t2
−r
∫ Y −1 dY =K ∫ dt 10
2 y1 t1

y2 y2
Com o uso da fórmula −∫ Y dY =+ ∫ Y −1 dY , por integração, após substituição inversa Y = y +
−1

y1 y1
(r/2) e com algumas correções obtemos a equação final para o cálculo direto da condutividade
hidráulica K.
r
y 1+
r 2
K= . ( t 2−t 1 )−1 ( ln ) 11
2 r
y 2+
2
Onde:
 y1, y2 são os níveis de água medidos em um furo nos tempos t correspondentes t1, t2.

Método do buraco do trado invertido modificado (método de Porchet)


Teoria:
Suposições básicas de entrada (aproximações):
Podemos supor um ponto logo acima da frente molhada a uma distância (L) abaixo do fundo da
vala na área onde a água se infiltra. A carga matricial do solo (vala) neste ponto tem um valor hm
muito pequeno. A cabeça no fundo da vala é igual a L+ h, onde h é a altura do nível da água na
vala.
A diferença de carga entre o ponto na profundidade L e um ponto no fundo da vala é igual a L+ h
+ /hm/ e o gradiente hidráulico médio (gradiente hidráulico) entre os dois pontos pode ser escrito
como I (-) = (L+ h + /hm/) /L.
Se L é grande o suficiente (compare h) gradiente hidráulico I aproxima a unidade (I = 1). Da Lei
de Darcy (v = IK) calcula-se que a velocidade média do fluxo v no solo úmido abaixo da vala se
aproxima da condutividade hidráulica K (v = K), assumindo que o solo úmido está praticamente
saturado.
Temos uma vala de infiltração de forma retangular com largura (a) e comprimento (b). Q da
infiltração total da vala = área x velocidade = S x v1. Se a velocidade v1 do nível da água na vala
dy dy
será v 1= então Q (infiltração total da vala)¿( a . b) .
dt dt
Ao mesmo tempo é válido, que:
 Infiltração total da vala = infiltração do fundo + infiltração das paredes laterais. ~
Para a velocidade v de infiltrar a água da vala para o solo com a Lei de Darcy será v = K, porque
obtemos:
 Infiltração no fundo + infiltração nas paredes laterais ¿−(a .b+ 2(a+b) y )K
Por causa de Q (infiltração total da vala) = infiltração do fundo + infiltração das paredes
laterais, / (com marca negativa – porque o eixo y é positivo na direção ascendente, mas a direção
do fluxo de água é descendente (negativa)/ obtemos a equação diferencial inicial:
dy
( a . b) =(a. b+ 2(a+b) y ) K 12
dt
A equação (12) pode ser formada em:
−ab
2 ( a+b )
dy=
ab
[
2 ( a+b )
+ y Kdt 13
]
ab
Após a substituição + y=Y e dy=dY Nós temos
2(a+b)
−ab −1
Y dY =Kdt 14
2 ( a+b )
Então pode ser escrito
ym tm
−ab

2 ( a+b ) yj
Y dY =K ∫ dt 15
−1

tj

b a
ab
Com uso de −∫ dY =+∫ dY . Após integração e substituição inversa Y = y+ obtemos a
a b
2(a+b)
equação final

[ ]
ab
yj+
ab 2 ( a+ b )
ln =K ( tm−tj ) 16
2 ( a+b ) ab
ym+
2 ( a+b )

Da medição do terreno são conhecidos os dados correspondentes yj, tj e ym, tm. Também os
parâmetros da vala de infiltração a, b são conhecidos. O tipo de equação (16) também pode ser
utilizado para aproximação do esvaziamento da vala de infiltração

.3.1.f. Trincheira de infiltração de pequena escala


Aproximação da condutividade hidráulica por dados medidos:
Exemplo prático de teste experimental de terreno para usar a equação (17):
¿ y 0+B
y= ¿ −B
K .t
exp
B
Onde:
 Y0, é a cabeceira da vala de água cheia (vala);
 B = [ab /2(a+b)], representa uma geometria da vala (balanço);
 y*, é um vetor de diminuição da água da vala (vala);
 t*, vetor de tempo T, correspondente a y*;
 k, condutividade hidráulica do solo (vala).
Aplicação de Trincheiras de Infiltração
Sistema de trincheiras de infiltração, projetado e realizado na área do jardim da encosta ao lado
da mundialmente famosa igreja Prague Holy Baby (ver Foto 25) serve como dispositivo para
escoamento e proteção contra alagamento do prédio da escola primária, situado abaixo da
encosta (ver Foto 26)
Os sistemas de valas de infiltração, que são parte inseparável dos dispositivos de infiltração,
servem como estruturas de proteção contra o impacto negativo da dinâmica climática, como pode
ser o alagamento do escoamento.
A Encosta de Pedro (Petřín) (o nome da localidade de interesse) é muito aquosa e vulnerável a
deslizamentos de terra, portanto, as trincheiras de infiltração são preenchidas por paredes de
suporte contra deslizamentos de terra.
O detalhe da trincheira de infiltração com paredes de suporte é visto nas fotos 27, 28 e 29. A
visão geral do sistema de trincheiras de infiltração é exibida na foto 30.
O sistema de trincheiras de infiltração na área do jardim inclinado perto da Igreja Holy Baby de
Praga está localizado bem no meio da parte histórica de Praga (ver fotos 31, 32).
Os dispositivos de infiltração (ver Foto 33, 34), além da proteção contra o encharcamento,
podem aumentar a infiltração no armazenamento de água subterrânea e, dessa forma, salvar o
regime hídrico e os recursos hídricos. Paradoxalmente neste caso, onde a Ladeira de Pedro
(Petřín) é uma área muito aquosa, a água das trincheiras de infiltração deve ser evacuada por
outro caminho. Para aplicar dispositivos de infiltração, os Padrões Tchecos exigem ambiente de
solo (terra) ao redor da estrutura de infiltração K > 10-5 m/s para ser válido.
O processo simplificado de fluxo de água de escoamento com infiltração na vala (que é expresso
pelo coeficiente de condutividade hidráulica) é descrito pela equação de equilíbrio – na forma de
intensidade e na forma de capacidade. Processo simulado de escoamento de água de escoamento
com infiltração para a vala – processo de infiltração é expresso pela condutividade hidráulica do
cascalho.
Equação básica de equilíbrio - forma de intensidade
Lh .ri . o . l+s .ri . l=k . s .1 L18
h . ri . o=s .(k−ri)19
Equação básica de equilíbrio - forma de capacidade
Lh . Hr . o .l+ s . Hr . l=P . s . Y .120
Lh . Hr . o=s .( P . Y −HR )21
A parte direita da equação (20) (P . s . Y .1) ( m3) representa a capacidade da vala de infiltração à
unidade de comprimento do ponto de vista da quantidade de água por gravidade na vala (à
unidade de comprimento da vala).
Onde:
 Lh, projeção horizontal da encosta (m);
 ri, intensidade da chuva forte (m/s);
 o, coeficiente de escoamento;
 l, unidade de comprimento (m);
 s, largura da vala de infiltração (m);
 K, condutividade hidráulica saturada do cascalho (cascalho-areia) na vala de infiltração
(m/s);
 Hr, cabeça (altura) da chuva forte (m), Hr=r . tr , onde tr (s) é o tempo de duração da
chuva;
 P, espaço poroso drenável (porosidade efetiva de drenagem) do cascalho (cascalhosareia)
na vala de infiltração;
 Y, profundidade da vala de infiltração de cascalho (cascalho-areia) (M), pode ser idêntica
à carga real (total) da vala de infiltração.
Coeficiente de escoamento o (-) = quantidade de água escoada / quantidade de chuva
Para aumentar o volume disponível do sistema de trincheira de infiltração podem ser
recomendados os seguintes pontos:
 Diminuir o espaçamento da vala L (m);
 Aumente os parâmetros do sistema de trincheira de infiltração;
 Aumento do espaço poroso drenável de material de cascalho-areia ou fazer substituição
adequada de material poroso preenchido.
A condutividade hidráulica K (ms-1) do material cascalho-areia na trincheira pode ser, por
exemplo, aproximadamente K = 5,10-3m/s, da equação (19) é válido ri = 1.25.10-3m/s.
Intensidade da chuva, exceto para o sistema de trincheiras de infiltração, ri = 1,25,10-3m/s é
grande o suficiente. Então o sistema de trincheira de infiltração é confiável com conexão à
capacidade de infiltração.
Os processos de infiltração na vala devem simular a infiltração nas valas. Swales - são
depressões relvadas que conduzem as águas superficiais por terra desde a superfície drenada para
um sistema de armazenamento ou descarga, normalmente utilizando o espaço verde de uma
margem de estrada.

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