USTM IO – Problemas de PL: RESOLUÇÃO GRÁFICA

2. PROBLEMAS DE PROGRAMAÇÃO LINEAR (PL)

2.2. Resolução pelo Método Gráfico ou Geométrico

AULA - VIDEOS

VÍDEO 1: http://www.professormatusalem.com/video-aulas/ensino-superior/aula-13-resolucao-grafica-
de-problemas-de-programacao-linear-exemplo-1/
OU
VÍDEO 1: https://www.youtube.com/watch?v=B518pKT7xks&list=PLVWA23fHCKz-
XEuEVhTTzc15GiT2-KLTX&index=13

VÍDEO 2: http://www.professormatusalem.com/video-aulas/ensino-superior/aula-14-resolucao-grafica-
de-problemas-de-programacao-linear-exemplo-2/
OU
VÍDEO 2: https://www.youtube.com/watch?v=4hZKBvMTOLI&list=PLVWA23fHCKz-
XEuEVhTTzc15GiT2-KLTX&index=14

VÍDEO 3: http://www.professormatusalem.com/video-aulas/ensino-superior/aula-15-resolucao-grafica-
de-problemas-de-programacao-linear-exemplo-3/
OU
VÍDEO 3: https://www.youtube.com/watch?v=sQdRu4eu910&list=PLVWA23fHCKz-
XEuEVhTTzc15GiT2-KLTX&index=15

VÍDEO 4: http://www.professormatusalem.com/video-aulas/ensino-superior/aula-16-resolucao-grafica-
de-problemas-de-programacao-linear-exemplo-4/
OU
VÍDEO 4: https://www.youtube.com/watch?v=iMx98PHMypQ&list=PLVWA23fHCKz-
XEuEVhTTzc15GiT2-KLTX&index=16

VÍDEO 5: http://www.professormatusalem.com/video-aulas/ensino-superior/aula-17-resolucao-grafica-
de-problemas-de-programacao-linear-exemplo-5/
OU
VÍDEO 5: https://www.youtube.com/watch?v=ercZmhjWNw4&list=PLVWA23fHCKz-
XEuEVhTTzc15GiT2-KLTX&index=17

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TEXTO DE APOIO - RETOMANDO O EXEMPLO 1

𝒙𝟏 = número de unidades de A a produzir

𝐕𝐚𝐫𝐢á𝐯𝐞𝐢𝐬 𝐝𝐞 𝐃𝐞𝐜𝐢𝐬ã𝐨 = {
𝒙𝟐 = número de unidades de B a produzir

Que níveis de 𝒙𝟏 𝐞 𝒙𝟐 devem ser produzidos por forma que a receita seja máxima?

Resposta matemática: resolução do modelo de PL

𝑀𝑎𝑥 𝑧 = 6𝑥1 + 8𝑥2

s. a:
30𝑥1 + 20𝑥2 ≤ 300
{ 5𝑥1 + 10𝑥2 ≤ 110
𝑥1 , 𝑥2 ≥ 0

→ pelo método gráfico ou geométrico

A. TRAÇADO DE RECTAS E IDENTIFICAÇÃO DO ESPAÇO DE SOLUÇÕES ADMISSÍVEIS

1º Passo: Construir um sistema de eixos cartesianos

 𝒙𝟏 → no eixo das abcissas e 𝒙𝟐 → no eixo das ordenadas

2º Passo: identificar os valores de 𝑥1 e 𝑥2 que satisfazem todas as restrições

 Condições de não negatividade (restrições lógicas)
 𝑥1 ≥ 0 e 𝑥2 ≥ 0 → os pontos (𝑥1 , 𝑥2 ) estão situados no 1º Quadrante

 Restrições técnicas
 Madeira: 30𝑥1 + 20𝑥2 ≤ 300:
 Traçar a recta 30𝑥1 + 20𝑥2 = 300
Para 𝑥2 = 0 intersecta o eixo das abcissas em 𝑥1 = 10 unidades 𝐒(𝟎, 𝟏𝟎)
Para 𝑥1 = 0 intersecta o eixo das ordenadas em 𝑥2 = 15 unidades 𝐓(𝟏𝟓, 𝟎)
 Traçada a recta, tomemos qualquer ponto abaixo da mesma, o ponto 𝑬(𝟏, 𝟏), por
exemplo, e substituamos na condição 30𝑥1 + 20𝑥2 ≤ 300, teremos:

30 ∙ 1 + 20 ∙ 1 ≤ 300 ↔ 50 ≤ 300: 𝐕𝐄𝐑𝐃𝐀𝐃𝐄

→ Solução situada abaixo ou sobre a recta 30𝑥1 + 20𝑥2 = 300. Traçamos o

que não faz parte dos pontos admissíveis (acima da recta).

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 Horas de trabalho:5𝑥1 + 10𝑥2 ≤ 110

 Traçar a recta 5𝑥1 + 10𝑥2 = 110
Para 𝑥2 = 0 → 𝑥1 = 22
Para 𝑥1 = 0 → 𝑥2 = 11
 Traçada a recta, tomemos qualquer ponto abaixo da mesma, o ponto 𝑬(𝟏, 𝟏), por
exemplo, e substituamos na condição 5𝑥1 + 10𝑥2 ≤ 110, teremos:

5 ∙ 1 + 10 ∙ 1 ≤ 110 ↔ 15 ≤ 110: 𝐕𝐄𝐑𝐃𝐀𝐃𝐄

→ Solução situada abaixo ou sobre a recta 5𝑥1 + 10𝑥2 = 110. Traçamos o que
não faz parte dos pontos admissíveis (acima da recta).

O resultado final encontra-se na Figura 1, onde a região não tracejada indica pontos que satisfazem
todas as restrições (conjunto de admissibilidade).

x2 𝑥1 ≥ 0
30𝑥1 + 20𝑥2 = 300 5𝑥1 + 10𝑥2 = 110

15

11 B
10 D
9

5 Espaço
de 𝑥2 ≥ 0
Soluções Admissíveis

A C
0 4 5 10 15 20 22 x1

Figura 1 – Determinação do Espaço de Soluções Amissíveis

Assim, qualquer dos pontos pertencentes ao espaço não tracejado na Figura 1, incluindo os pontos sobre
as rectas, satisfaz quer as restrições técnicas quer as lógicas, sendo agora necessário identificar em qual
deles a função objectiva atinge o valor máximo.

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B. DETERMINAÇÃO DO PONTO ÓPTIMO

O valor óptimo encontra-se, neste caso, num dos 4 vértices da região das soluções admissíveis. Para a
sua determinação existem três métodos:

1.º) POR TENTATIVA

Para o ponto A Para o ponto B Para o ponto C

𝑧 = 6𝑥1 + 8𝑥2 𝑧 = 6𝑥1 + 8𝑥2 𝑧 = 6𝑥1 + 8𝑥2
𝑥1 = 0 𝑥1 = 0 𝑥1 = 10
𝑥2 = 0 𝑥2 = 11 𝑥2 = 0
𝑧=0 𝑧 = 88 𝑧 = 60
Para o ponto D
𝑧 = 6𝑥1 + 8𝑥2
30𝑥1 + 20𝑥2 = 300 30𝑥1 + 20𝑥2 = 300
{ ⟹{
(−2) 5𝑥1 + 10𝑥2 = 110 −10𝑥1 − 20𝑥2 = −220

20𝑥1 + 0 = 80
𝒙𝟏 = 𝟒
𝒙𝟐 = 𝟗
Assim,

𝑧 = 6(4) + 8(9)=96,00MT
→ é o ponto óptimo

2.º) REGRA DO MMC (MENOR MÚLTIPLO COMUM) DOS COEFICIENTES DAS

VARIÁVEIS DE DECISÃO DA FUNÇÃO OBJECTIVA, 𝒛 = 𝟔𝒙𝟏 + 𝟖𝒙𝟐 , (6, 8)

6 8 Dividindo por 2
3 4 4 dividido por 2
3 2 2 dividido por 2
3 1 3 dividido por 3
1 1 m.m.c. será 2𝑥2𝑥2𝑥3 = 24

Podemos traçar a recta da isolucro fazendo 𝑧 = 24.

𝑧 = 24: 6𝑥1 + 8𝑥2 = 24

Bastará encontrar dois pontos por onde passa a isolucro:
 S: se 𝑥1 = 0, 𝑥2 = 3 → 𝐒(0, 3)
 T: se 𝑥2 = 0, 𝑥1 = 4 → 𝐓(4, 0)

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x2
16
15
14
13
12
B
11

10
D
9
8
7

6
5
ESA
4
3

2
1
A C x1
-1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23
-1 z=0 z=24 z=48 z=72 z=96
Figura 2 – Determinação do Ponto Óptimo pelo MMC

Pelos múltiplos do lucro, teremos sucessivamente:

𝑧 = 48 (24𝑥2): 6𝑥1 + 8𝑥2 = 48

 𝐒𝟏 : se 𝑥1 = 0, 𝑥2 = 6 → 𝐒𝟏 (0, 6)
 𝐓𝟏 : se 𝑥2 = 0, 𝑥1 = 8 → 𝐓𝟏 (8, 0)

𝑧 = 72 (24𝑥3): 6𝑥1 + 8𝑥2 = 72

 𝐒𝟐 : se 𝑥1 = 0, 𝑥2 = 9 → 𝐒𝟐 (0, 9)
 𝐓𝟐 : se 𝑥2 = 0, 𝑥1 = 12 → 𝐓𝟐 (12, 0)

𝑧 = 96 (24𝑥4): 6𝑥1 + 8𝑥2 = 96

 𝐒𝟑 : se 𝑥1 = 0, 𝑥2 = 12 → 𝐒𝟐 (0, 12)
 𝐓𝟑 : se 𝑥2 = 0, 𝑥1 = 16 → 𝐓𝟐 (16, 0)

Na Figura 2 foi também traçada a recta de nível zero pois passa na origem (6𝑥1 + 8𝑥2 = 0) e é paralela
às rectas anteriormente definidas (famílias de rectas de nível do plano).
Da análise da mesma Figura 2, verifica-se que o valor da função é tanto maior quanto mais nos
afastamos da origem pelo que a última das rectas de nível que se pode traçar contendo um ponto de

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espaço de solução admissível é a correspondente ao máximo da função. Aquele ponto denomina-se

Ponto Óptimo ou Solução Óptima.
A Figura 2 mostra ainda que o ponto de intercepção das rectas 30𝑥1 + 20𝑥2 = 300 e 5𝑥1 + 10𝑥2 =
110 é o Ponto óptimo com coordenadas 𝑥1 = 4 e 𝑥2 = 9, sendo o máximo da função igual 6(4) +
8(9) = 96. Ou seja: o último ponto a ser alcançado é o D, que representa o lucro máximo, 96,
quando 𝑥1 = 4 e 𝑥2 = 9.

NOTAS:
 Como é óbvio, se o objectivo é Minimizar a Função Objectivo, o sentido em que a função
decresce é o oposto ao indicado isolucro (z) e o ponto óptimo será o mais próximo da origem
ou o primeiro no sentido oposto ao decréscimo da função minimização.
 Notar que se a esta última recta (𝑧 = 96) pertencer a mais do que um ponto daquele espaço,
haverá várias soluções óptimas alternativas, dizendo-se que a solução óptima é Indeterminada
ou Múltipla.

3.º) REGRA DO GRADIENTE

Pelas derivadas parciais de 𝑧 = 6𝑥1 + 8𝑥2 obtém-se as taxas de variação da função em ordem à
variação marginal de cada uma das variáveis.

𝛿𝑧 𝛿𝑧
=6 e =8 , significando:
𝛿𝑥1 𝛿𝑥2

 Se 𝑥1 tem um acréscimo de "𝑘1 ", mantendo −

se 𝑥2 constante, a função 𝑎𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎 6 vezes "𝑘1 " meticais.

 Se 𝑥2 tem um acréscimo de "𝑘2 ", mantendo −

se 𝑥1 constante, a função 𝑎𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎 8 vezes "𝑘2 " meticais.

O conjunto das derivadas parciais da função z constitui o GRADIENTE da função (vector).

𝛿𝑧
𝛿𝑥1 6
∇𝑧 = =[ ] (vector da função = gradiente)
𝛿𝑧 8
[𝛿𝑥2 ]

Ele:
 é perpendicular às rectas de nível da função (isolucro) e indica a direcção e sentido em
que a função aumenta rapidamente.
 assim, pode-se utilizar para identificar o ponto óptimo no espaço da solução
admissível.

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No exemplo em ilustração, no sistema de eixos grafica-se o Gradiente da função objectivo (𝑧) e traçam-
se sucessivas rectas (𝑧 = 0, 𝑧 = 60, 𝑧 = 88 e 𝑧 = 96) de nível enquanto as mesmas contiverem, pelo
menos, um ponto do conjunto de soluções admissíveis.
A última recta (𝑧 = 96) que se pode graficar indica o ponto ou pontos em que a função z atinge o seu
máximo.
x2

Ponto Óptimo (4, 9) =

15 =último ponto a s er alcançado pelo nível de is olucro

11 B
10
9 D Gradiente
8
Is olucro (perpendicular ao gradiente)
Espaço
5
de
soluções admissíveis

A C
0 4 5 10 15 20 22 x1
z=60 z=88 z=96
z=0 𝟔

Figura 3 – Determinação do Ponto Óptimo pelo Gradiente

NOTA: Como é óbvio, se o objectivo é Minimizar a Função Objectivo, o sentido em que a função
decresce é o oposto ao indicado pelo gradiente e o ponto óptimo será o mais próximo da origem ou
o primeiro no sentido oposto ao decréscimo da função minimização.

Bibliografia
Alves, A. C. B.; & Menezes, M. A. F. (2010). Introdução à Pesquisa Operacional. PUC – GOIÁS.
Martins, F. A. S. (2011). Introdução à Pesquisa Operacional. Uresp, Cultura Académica.
Ramalhete, M.; Guerreiro, J.; & Magalhães, A. (1984). Programação Linear, vol. I, McGraw-Hill.
Santos, M. P. dos. (SD). Programação Linear. Departamento de Matemática Aplicada – instituto de
Matemática e Estatística do Estado do Rio de Janeiro.
Silva, M. Da. (2006). Investigação Operacional. MS – edição de 2006.
http://www.professormatusalem.com/video-aulas/ensino-superior/pesquisa-operacional/

Resolva AP 02

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