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USTM Turmas: 2LALCA2 e 2L4LCA3/2020/S2 IO – Problemas de PL: SIMPLEX

4. RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE PL PELO MÉTODO DO SIMPLEX

Dispondo-se duma Solução Básica Admissível (SBA) inicial (X0 ), o algoritmo, através de
sucessivas operações de condensação, permite prosseguir um percurso orientado através
de um subconjunto de soluções básicas admissíveis e do qual se possui a garantia de con-
vergir para a solução óptima. Ou seja,
 O método simplex começa com a solução básica admissível X0 e vai, sucessiva-
mente, localizando outras soluções básicas (sempre admissíveis) correspondentes
a melhores valores de função objectivo, até que seja encontrada uma solução óp-
tima.
 O método simplex pode recorrer a vários algoritmos – primal, dual e primal-dual.
Comecemos pelo algoritmo primal do simplex.

4.1. Algoritmo (Primal) do SIMPLEX – Forma GERAL (PADRÃO)


EXEMPLO 1: Tomemos o exercício 7 da AP 01, como exemplo

𝒙𝟏 = número de secretárias do novo modelo a produzir


𝒙𝟐 = número de estantes do novo modelo a produzir

𝑀𝑎𝑥 𝑧 = 6𝑥1 + 3𝑥2 (103 u. m. )


2𝑥1 + 4𝑥2 ≤ 720
4𝑥 + 4𝑥2 ≤ 880
𝑠. 𝑎 { 1
𝑥1 ≤ 160
𝑥1 , 𝑥2 ≥ 0
→ pelo método gráfico ou geométrico

x2 𝑥1 = 0 𝑥1 = 0
Ponto 𝐀 {𝑥2 = 0, Ponto 𝐁 {𝑥2 = 180
𝑧=0 𝑧 = 540
220

180 B
𝑥1 = 80 𝑥1 = 160
C Ponto 𝐂 {𝑥2 = 140, Ponto 𝐄 { 𝑥2 = 0
𝑧 = 900 𝑧 = 960

ESA D 𝑥1 = 160
𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑫 { 𝑥2 = 60 ó𝑝𝑡𝑖𝑚𝑜
A E 𝑧 = 1.140
0 160 220 360 x1

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Como chegar à solução óptima pelo algoritmo (primal) do simplex (padrão)?

EXEMPLO 1: Simplex (Modelo Geral ou Padrão)

1º) Verificar se o problema pode ser resolvido usando o Simplex padrão.

𝑀𝑎𝑥 𝑧 = 6𝑥1 + 3𝑥2 (103 u. m. )

2𝑥1 + 4𝑥2 ≤ 720


4𝑥 + 4𝑥2 ≤ 880
𝑠. 𝑎 { 1
𝑥1 ≤ 160
𝑥1 , 𝑥2 ≥0

 FO → Maximização? Sim.
 RT → Tipo ≤? Sim.
 RNN → Tipo ≥? Sim.

2º) Tornar nula a função objectivo z

𝑧 − 6𝑥1 − 3𝑥2 = 0

3º) Colocar variáveis de folga (ou variáveis auxiliares) nas RT, transformando-as em
igualdades.

 2𝑥1 + 4𝑥2 ≤ 720 ⟺ 2𝑥1 + 4𝑥2 + 𝒙𝑭𝟏 = 720 e 𝒙𝑭𝟏 ≥ 0

Resulta então que


𝒙𝑭𝟏 = 720 − 2𝑥1 − 4𝑥2

 4𝑥1 + 4𝑥2 ≤ 880 ⟺ 4𝑥1 + 4𝑥2 + 𝒙𝑭𝟐 = 880 𝑒 𝒙𝑭𝟐 ≥ 0

Resulta então que


𝒙𝑭𝟐 = 880 − 4𝑥1 − 4𝑥2

 𝑥1 ≤ 160 ⟺ 𝑥1 + 𝒙𝑭𝟑 = 160 𝑒 𝒙𝑭𝟑 ≥ 0

Resulta então que


𝒙𝑭𝟑 = 160 − 𝑥1

Nota: ao se transformar as desigualdades das restrições técnicas em igualdades, introdu-


zindo novas variáveis (de folga ou auxiliares), soma-se a variável de folga se a restrição
for do tipo (≤) , mas subtrai-se a variável de folga se a restrição for do tipo (≥).

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4º) Montar a tabela simplex

ENTRA

𝑍 𝑥1 𝑥2 𝑥𝐹1 𝑥𝐹2 𝑥𝐹3 Termos independentes (b)


1 −𝟔 −3 0 0 0 0
0 2 4 1 0 0 720
0 4 4 0 1 0 880
0 𝟏 0 0 0 1 160 SAI

OBJECTIVO FINAL: tornar máximo o valor de Z. Dever-se-á transformar todos os valo-


res dos coeficientes das variáveis em Z (de 𝑥1 à 𝑥𝐹3 ) em positivos.

Passo 1: Identificar a variável que ENTRA: 𝑥1 que está na coluna sombreada, amarelada
(COLUNA DE TRABALHO).

 Critério para identificar a variável que ENTRA é o maior valor absoluto (“valor
mais negativo”) situado na linha da FO. Neste caso é −6.

Passo 2: Identificar a Variável (Linha) que SAI, chamada LINHA PIVÔ. Como?
 Critério: dividindo os termos independentes (b) das restrições técnicas pelos coefi-
cientes da coluna de trabalho e ESCOLHER O MENOR QUOCIENTE POSITIVO.
720 ÷ 2 = 360
880 ÷ 4 = 220
160 ÷ 1 = 160: 4ª Linha é a LINHA PIVÔ.

Passo 3: Identificar o ELEMENTO PIVÔ. Como?


 Critério: é o elemento que está no CRUZAMENTO entre a coluna que entra (coluna
de trabalho) e a linha que sai (linha pivô). Neste caso é 1.

Passo 4: Calcular a “NOVA LINHA PIVÔ” (NLP). Como?

Tomando a linha que sai (linha pivô já identificada), a 4ª Linha.

0 1 0 0 0 1 160

Dividir todos os elementos da linha pelo elemento pivô, 1.


÷ (𝟏):
0 1 0 0 0 1 160 NLP

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Passo 5: Calcular as NOVAS LINHAS (1ª, 2ª e 3ª) ASSIM:

1ª LINHA (NOVA)
NLP: 0 1 0 0 0 1 160
Tomar o simétrico (oposto) da variável que ENTRA (oposto de −6 é 6) e multiplicar pela linha pivô.

∙ (𝟔): 0 6 0 0 0 6 960
+ 1ª linha 1 −6 −3 0 0 0 0
𝟏 𝟎 −𝟑 𝟎 𝟎 𝟔 𝟗𝟔𝟎 NOVA 1ª LINHA

2ª LINHA (NOVA)
NLP: 0 1 0 0 0 1 160
Tomar o simétrico (oposto) da variável que ENTRA (oposto de 2 é −2) e multiplicar pela linha pivô.

∙ (−𝟐): 0 −2 0 0 0 −2 −360
+ 2ª linha 0 2 4 1 0 0 720
𝟎 𝟎 𝟒 𝟏 𝟎 −𝟐 𝟒𝟎𝟎 NOVA 2ª LINHA

3ª LINHA (NOVA)
NLP: 0 1 0 0 0 1 160
Tomar o simétrico (oposto) da variável que ENTRA (oposto de 4 é −4) e multiplicar pela linha pivô.

∙ (−𝟒): 0 −4 0 0 0 −4 −640
+ 3ª linha 0 4 4 0 1 0 880
𝟎 𝟎 𝟒 𝟎 𝟏 −𝟒 𝟐𝟒𝟎 NOVA 3ª LINHA

Passo 6: Compor NOVA TABELA SIMPLEX

𝒁 𝒙𝟏 𝒙𝟐 𝒙𝑭𝟏 𝒙𝑭𝟐 𝒙𝑭𝟑 Termos independentes (b)

𝟏 𝟎 −𝟑 𝟎 𝟎 𝟔 𝟗𝟔𝟎
𝟎 𝟎 𝟒 𝟏 𝟎 −𝟐 𝟒𝟎𝟎
𝟎 𝟎 𝟒 𝟎 𝟏 −𝟒 𝟐𝟒𝟎
𝟎 𝟏 𝟎 𝟎 𝟎 𝟏 𝟏𝟔𝟎

SOLUÇÃO

Como ler?
 VARIÁVEIS BÁSICAS (VB): são as que estão a cor vermelha (colunas sombrea-
das). Onde existem “um (1)” e “3 zeros (0, 0, 0)”, não interessando a ordem ou a

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disposição. Neste caso as VB são: 𝒙𝟏 , 𝒙𝑭𝟏 , 𝒙𝑭𝟐 . Os valores das VB são as que es-
tão na coluna dos termos independentes na linha que possui “1”, como indica a
Quadro 1.

 VARIÁVEIS NÃO BÁSICAS (VNB): são as que não se configuram como as anteriores
(VB). Neste caso são: 𝒙𝟐 , 𝒙𝑭𝟑 . E são nulas, como se mostra na Quadro 1.

 O valor de Z está no cruzamento entre primeira linha (linha da FO) e a última coluna,
a dos termos independentes (Tabela 1).

Quadro 1 – solução 1

VB VNB VALOR DE Z
𝑥1 = 160 𝑥2 = 0
𝑥𝐹1 = 400 𝑥𝐹3 = 0 𝑍 = 960
𝑥𝐹2 = 240

(Pelo método gráfico corresponde ao ponto E).

Mas será que esta solução é OPTIMA?

NÃO, NÃO É ÓPTIMA. Pois, na FO apareceu pelo menos um número negativo (−𝟑).

VAMOS RECALCULAR

Passo 7: RECALCULAR, seguindo os PASSOS 1 - 6

Tomemos a última Tabela do Simplex que está no passo 7

ENTRA
𝑍 𝑥1 𝑥2 𝑥𝐹1 𝑥𝐹2 𝑥𝐹3 Termos independentes (b)
1 0 −3 0 0 6 960
0 0 4 1 0 −2 400
0 0 4 0 1 −4 240 SAI
0 1 0 0 0 1 160

 O nº “mais negativo” na linha da FO é -3 (coluna de trabalho). Logo 𝑥2 ENTRA;


 A 3ª Linha SAI, pois:

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400 ÷ 4 = 100
240 ÷ 4 = 60: 4ª Linha é a LINHA PIVÔ.
160 ÷ 0 = ∞
 Elemento PIVÔ é 4, que está no cruzamento entre a coluna de trabalho e a linha
pivô.

Calcular a “NOVA LINHA PIVÔ” (NLP). Como?

Tomando a linha que saí (linha pivô já identificada), a 3ª Linha.

0 0 4 0 1 −4 240

Dividir todos os elementos da linha pelo elemento pivô, 4.


÷ (𝟒):
0 0 1 0 1⁄ −1 60 NLP
4

1ª LINHA (NOVA)
NLP: 0 0 1 0 1⁄ −1 60
4
Tomar o simétrico (oposto) da variável que ENTRA (oposto de −3 é 3) e multiplicar pela linha pivô.

∙ (𝟑): 0 0 3 0 3⁄ −3 180
4
+ 1ª linha 1 0 −3 0 0 6 960
𝟏 𝟎 𝟎 𝟎 𝟑⁄ 𝟑 𝟏𝟏𝟒𝟎 NOVA 1ª LINHA
𝟒

2ª LINHA (NOVA)
NLP: 0 0 1 1⁄ −1 0 60
4
Tomar o simétrico (oposto) da variável que ENTRA (oposto de 4 é −4) e multiplicar pela
linha pivô.
∙ (−𝟒): 0 0 −4 0 −1 4 −240
+ 2ª linha 0 0 4 1 0 −2 400
𝟎 𝟎 𝟎 𝟏 -1 −𝟐 𝟏𝟔𝟎 NOVA 2ª LINHA

Compor NOVA TABELA SIMPLEX

𝑍 𝒙𝟏 𝒙𝟐 𝒙𝑭𝟏 𝑥𝐹2 𝑥𝐹3 Termos independentes (b)

1 𝟎 𝟎 𝟎 3⁄ 3 𝟏𝟏𝟒𝟎
4
0 𝟎 𝟎 𝟏 −1 2 𝟏𝟔𝟎
0 𝟎 𝟏 𝟎 1⁄ −1 𝟔𝟎
4
0 𝟏 𝟎 𝟎 0 1 𝟏𝟔𝟎

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SOLUÇÃO

Quadro 2 – solução 2

VB VNB VALOR DE Z
𝑥1 = 160 𝑥𝐹2 = 0
𝑥2 = 60 𝑥𝐹3 = 0 𝑍 = 1140
𝑥𝐹1 = 160

(Pelo método gráfico corresponde ao ponto D).

Mas será que esta solução é OPTIMA?

SIM, É ÓPTIMA. Pois, na FO já não aparece nenhum valor negativo.

EXEMPLO 2
PO - 3 - 1 - Simplex - exemplo 1 - YouTube
Professor Matusalem » Aula 32 – resolução pelo Simplex – exemplo 1

EXEMPLO 3
PO - 3 - 1 - Simplex - exemplo 2 - YouTube
Professor Matusalem » Aula 33 – resolução pelo Simplex – exemplo 2

4.2. Algoritmo (Primal) do SIMPLEX – M GRANDE


EXEMPLO 1: M - Grande

𝑀𝑎𝑥 𝑧 = 𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3

2𝑥1 + 𝑥2 − 𝑥3 ≤ 10
𝑥1 + 𝑥2 + 2𝑥3 ≥ 20
2𝑥1 + 𝑥2 + 3𝑥3 = 60
𝑠. 𝑎
𝑥1 ≥ 0
𝑥2 ≥ 0
{ 𝑥3 ≥ 0

ASSISTA!
Professor Matusalem » Aula 46 – resolução pelo Simplex – modelo geral – exemplo 1
ou
PO - 3 - 2 - Simplex - modelo geral - exemplo 1 - YouTube

Este exemplo não pode ser resolvido pelo simplex normal, pois, apesar da FO ser de maxi-
mização e as restrições lógicas serem do tipo ≥, as restrições 2 e 3 não são do tipo ≤. A
restrição 2 é do tipo ≥ e a 3 =. Vamos resolver o exercício pelo método M – Grande. Como?

 Adicionar 2 variáveis: uma (𝒂𝟐 ) na 2ª restrição e outra (𝒂𝟑 ) na 3ª restrição.


 As variáveis 𝑎2 e 𝑎3 entram na FO acompanhadas pelo coeficiente M (grande).

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O modelo fica:

𝑀𝑎𝑥 𝑧 = 𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 − 𝑴𝟐 𝒂𝟐 − 𝑴𝟑 𝒂𝟑
Igualando a zero, temos:
𝑧 − 𝑥1 − 𝑥2 − 𝑥3 + 𝑴𝟐 𝒂𝟐 + 𝑴𝟑 𝒂𝟑 = 0

2𝑥1 + 𝑥2 − 𝑥3 + 𝒙𝑭𝟏 = 10
{𝑥1 + 𝑥2 + 2𝑥3 − 𝒙𝑭𝟐 + 𝒂𝟐 = 20
2𝑥1 + 𝑥2 + 3𝑥3 + 𝒂𝟑 = 60

Dispondo na TABELA, temos:

𝑍 𝑥1 𝑥2 𝑥3 𝑥𝐹1 𝑥𝐹2 𝑎2 𝑎3 b
1 −1 −1 −1 0 0 𝑀2 𝑀3 0
0 2 𝟏 −1 1 0 0 0 10
0 1 1 2 0 −1 1 0 20
0 2 1 3 0 0 0 1 60

 O OBJECTIVO, numa primeira fase, não é ter o lucro máximo, mas sim ELIMINAR
as COLUNAS AUXILIARES ou seja tornar NULAS as VARIÁVEIS AUXILIARES
(𝒂𝟐 = 0 e 𝒂𝟑 = 0).

Seguindo PASSOS do Simplex, temos SUCESSIVAMENTE:

1º) Qual variável que ENTRA tendo em conta que há EMPATE nas variáveis 𝑥1 , 𝑥2 e 𝑥3 (to-
dos com coeficiente −1)?
 É INDIFERENTE. Mas é sempre bom escolher a coluna de trabalho que facilita os
cálculos. Neste caso parece a coluna com a variável 𝑥2 .

2º) Linha que SAI?


10 ÷ 1 = 10 → 𝐒𝐀𝐈
20 ÷ 1 = 20
60 ÷ 1 = 60
3º) ELEMENTO PIVÔ?
 É 1, que está no cruzamento entre a coluna de trabalho (variável que entra) e a li-
nha pivô, a que sai.

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4º) Determinação da NOVA LINHA PIVÔ (NLP)

0 2 𝟏 −1 1 0 0 0 10
÷ (𝟏): 0 2 𝟏 −1 1 0 0 0 10 NLP

5º): Calcular as NOVAS LINHAS (1ª, 3ª e 4ª) como segue:

1ª NOVA LINHA
NLP: 0 2 𝟏 −1 1 0 0 0 10

∗ (𝟏): 0 2 𝟏 −1 1 0 0 0 10

+ 1ª linha 1 −1 −1 −1 0 0 𝑀2 𝑀3 0

NL1 𝟏 𝟏 𝟎 −𝟐 𝟏 𝟎 𝑴𝟐 𝑴𝟑 𝟏𝟎

3ª NOVA LINHA
NLP: 0 2 𝟏 −1 1 0 0 0 10

∗ (−𝟏): 0 −2 −𝟏 1 −1 0 0 0 −10

+ 3ª linha 0 1 1 2 0 −1 1 0 20

NL𝟑 𝟎 −𝟏 𝟎 𝟑 −𝟏 −𝟏 𝟏 𝟎 𝟏𝟎

4ª NOVA LINHA
NLP: 0 2 𝟏 −1 1 0 0 0 10
∗ (−𝟏): 0 −2 −𝟏 1 −1 0 0 0 −10
+ 4ª linha 0 2 1 3 0 0 0 1 60
NL𝟒 𝟎 𝟎 𝟎 𝟒 −𝟏 𝟎 𝟎 𝟏 𝟓𝟎

6º): Compor NOVA TABELA

𝒁 𝒙𝟏 𝒙𝟐 𝒙𝟑 𝒙𝑭𝟏 𝒙𝑭𝟐 𝒂𝟐 𝒂𝟑 b

𝟏 𝟏 𝟎 −𝟐 𝟏 𝟎 𝑴𝟐 𝑴𝟑 𝟏𝟎

𝟎 𝟐 𝟏 −𝟏 𝟏 𝟎 𝟎 𝟎 𝟏𝟎

𝟎 −𝟏 𝟎 𝟑 −𝟏 −𝟏 𝟏 𝟎 𝟏𝟎

𝟎 𝟎 𝟎 𝟒 −𝟏 𝟎 𝟎 𝟏 𝟓𝟎

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SOLUÇÃO

Quadro 3 – solução 1

VB VNB VALOR DE Z
𝑥1 = 0
𝑥2 = 10
𝑥3 = 0
𝑎2 = 10 𝑍 = 10
𝑥𝐹1 = 0
𝑎3 = 50
𝑥𝐹2 = 0

Como as variáveis 𝑎2 e 𝑎3 ainda não foram “zeradas”, continuemos , repetindo os PAS-


SOS 1-6:

1º) Entra a variável 𝑥3 .


2º) Sai a linha 3.
3º) Elemento Pivô 3
4º) Determinação da NOVA LINHA PIVÔ (NLP)

0 −1 0 3 −1 −1 1 0 10
÷ (𝟑): 0 −0,33 𝟎 1 −0,33 −0,33 0,33 0 3,33 NLP

5º): Calcular as NOVAS LINHAS (1ª, 2ª e 4ª) como segue:

1ª NOVA LINHA
NLP: 0 −0,33 𝟎 1 −0,33 −0,33 0,33 0 3,33
∗ (𝟐): 0 −0,67 𝟎 2 −0,67 −0,67 0,67 0 6,67
+ 1ª linha 1 1 0 −2 1 0 𝑀2 𝑀3 10

NL1 𝟏 𝟎, 𝟑𝟑 𝟎 𝟎 𝟎, 𝟑𝟑 −𝟎, 𝟔𝟕 𝑴𝟐 𝑴𝟑 𝟏𝟔, 𝟔𝟕

2ª NOVA LINHA
NLP: 0 −0,33 0 1 −0,33 −0,33 0,33 0 3,33

∗ (𝟏): 0 −0,33 0 1 −0,33 −0,33 0,33 0 3,33

+ 2ª linha 0 2 1 −1 1 0 0 0 10

NL𝟐 𝟎 𝟏, 𝟔𝟕 𝟏 𝟎 𝟎, 𝟔𝟕 −𝟎, 𝟑𝟑 𝟎, 𝟑𝟑 𝟎 𝟏𝟑, 𝟑𝟑

4ª NOVA LINHA
NLP: 0 −0,33 0 1 −0,33 −0,33 0,33 0 3,33
∗ (−𝟒): 0 1,33 0 −4 1,33 1,33 −1,33 0 −13,33
+ 4ª linha 0 0 0 4 −1 0 0 1 50
NL𝟒 𝟎 𝟏, 𝟑𝟑 𝟎 𝟎 𝟎, 𝟑𝟑 𝟏, 𝟑𝟑 −𝟏, 𝟑𝟑 𝟏 𝟑𝟔, 𝟔𝟕

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6º): Compor NOVA TABELA

𝒁 𝒙𝟏 𝒙𝟐 𝒙𝟑 𝒙𝑭𝟏 𝒙𝑭𝟐 𝒂𝟐 𝒂𝟑 b
𝟏 𝟎, 𝟑𝟑 𝟎 𝟎 𝟎, 𝟑𝟑 −𝟎, 𝟔𝟕 𝑴𝟐 𝑴𝟑 𝟏𝟔, 𝟔𝟕
𝟎 𝟏, 𝟔𝟕 𝟏 𝟎 𝟎, 𝟔𝟕 −𝟎, 𝟑𝟑 𝟎, 𝟑𝟑 𝟎 𝟏𝟑, 𝟑𝟑
𝟎 −𝟎, 𝟑𝟑 𝟎 𝟏 −𝟎, 𝟑𝟑 −𝟎, 𝟑𝟑 𝟎, 𝟑𝟑 𝟎 𝟑, 𝟑𝟑
𝟎 𝟏, 𝟑𝟑 𝟎 𝟎 𝟎, 𝟑𝟑 𝟏, 𝟑𝟑 −𝟏, 𝟑𝟑 𝟏 𝟑𝟔, 𝟔𝟕

SOLUÇÃO

Quadro 4 – solução 2

VB VNB VALOR DE Z
𝑥1 = 0
𝑥2 = 13,33
𝑥𝐹1 = 0
𝑥3 = 3,33 𝑍 = 16,67
𝑥𝐹2 = 0
𝑎3 = 50
𝑎2 = 0

 𝑎3 ainda não foi “zerada”, continuemos , repetindo os PASSOS 1-6:

1º) Entra a variável 𝑥3 .


2º) Sai a linha 4.
3º) Elemento Pivô 1,33
4º) Determinação da NOVA LINHA PIVÔ (NLP)

0 1,33 0 0 0,33 1,33 −1,33 1 36,67


÷ (𝟏, 𝟑𝟑): 0 1 0 0 0,25 1 −1 0,75 27,5 NLP

5º): Calcular as NOVAS LINHAS (1ª, 2ª e 3ª) ASSIM:

1ª NOVA LINHA
NLP: 0 1 0 0 0,25 1 −1 0,75 27,5
∗ (𝟎, 𝟔𝟕): 0 0,67 𝟎 0 0,17 0,67 −0,67 0,5 18,33
+ 1ª linha 1 0,33 0 0 0,33 −0,67 𝑀2 𝑀3 16,67
NL1 𝟏 𝟏 𝟎 𝟎 𝟎, 𝟓 𝟎 𝑴𝟐 𝑴𝟑 𝟑𝟓

2ª NOVA LINHA
NLP: 0 1 0 0 0,25 1 −1 0,75 27,5

∗ (𝟎, 𝟑𝟑): 0 0,33 0 0 0,08 0,33 −0,33 0,25 9,17

+ 2ª linha 0 1,67 1 0 0,67 −0,33 0,33 0 13,33

NL𝟐 𝟎 𝟐 𝟏 𝟎 𝟎, 𝟕𝟓 𝟎 𝟎 𝟎, 𝟐𝟓 𝟐𝟐, 𝟓

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3ª NOVA LINHA
NLP: 0 1 0 0 0,25 1 −1 0,75 27,5
∗ (𝟎, 𝟑𝟑): 0 1,33 0 0 0,08 0,33 −0,33 0,25 9,17
+3ª linha 0 −0,33 0 1 −0,33 −0,33 0,33 0 3,33
NL𝟑 𝟎 𝟏 𝟎 𝟏 −𝟎, 𝟐𝟓 𝟎 𝟎 𝟎, 𝟐𝟓 𝟏𝟐, 𝟓

6º): Compor NOVA TABELA

𝒁 𝒙𝟏 𝒙𝟐 𝒙𝟑 𝒙𝑭𝟏 𝒙𝑭𝟐 𝒂𝟐 𝒂𝟑 b

𝟏 𝟏 𝟎 𝟎 𝟎, 𝟓 𝟎 𝑴𝟐 𝑴𝟑 𝟑𝟓

𝟎 𝟐 𝟏 𝟎 𝟎, 𝟕𝟓 𝟎 𝟎 𝟎, 𝟐𝟓 𝟐𝟐, 𝟓

𝟎 𝟏 𝟎 𝟏 −𝟎, 𝟐𝟓 𝟎 𝟎 𝟎, 𝟐𝟓 𝟏𝟐, 𝟓

𝟎 𝟏 𝟎 𝟎 𝟎, 𝟐𝟓 𝟏 −𝟏 𝟎, 𝟕𝟓 𝟐𝟕, 𝟓

SOLUÇÃO

Quadro 5 – solução 3

VB VNB VALOR DE Z
𝑥1 = 0
𝑥2 = 22,5
𝑥𝐹1 = 0
𝑥3 = 12,5 𝑍 = 16,67
𝑎2 = 0
𝑥𝐹2 = 27,5
𝑎3 = 0

Como as variáveis 𝑎2 e 𝑎3 “zeraram”, vamos resolver o simplex sem as colunas das variá-
veis artificiais 𝑎2 e 𝑎3 , seguindo os PASSOS 1-6.

TABELA SIMPLEX
𝒁 𝒙𝟏 𝒙𝟐 𝒙𝟑 𝒙𝑭𝟏 𝒙𝑭𝟐 b
𝟏 𝟏 𝟎 𝟎 𝟎, 𝟓 𝟎 𝟑𝟓
𝟎 𝟐 𝟏 𝟎 𝟎, 𝟕𝟓 𝟎 𝟐𝟐, 𝟓
𝟎 𝟏 𝟎 𝟏 −𝟎, 𝟐𝟓 𝟎 𝟏𝟐, 𝟓
𝟎 𝟏 𝟎 𝟎 𝟎, 𝟐𝟓 𝟏 𝟐𝟕, 𝟓

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SOLUÇÃO

Quadro 6 – solução 4

VB VNB VALOR DE Z
𝑥1 = 0
𝑥2 = 22,5
𝑥𝐹1 = 0
𝑥3 = 12,5 𝑍 = 35
𝑎2 = 0
𝑥𝐹2 = 27,5
𝑎3 = 0

Solução ÓPTIMA, pois já não existem valores negativos na linha Z. Não há necessidade
de continuar a resolver. Continuaríamos se houvesse valores negativos na 1ª linha.

EXEMPLO 2: M – Grande

𝑀𝑖𝑛 𝑧 = 2𝑥1 + 4𝑥2 + 5𝑥3

𝑥1 + 2𝑥2 + 10𝑥3 ≤ 600


𝑥1 − 𝑥2 + 𝑥3 ≥ 50
2𝑥1 − 𝑥3 ≤ 100
𝑠. 𝑎
𝑥1 ≥ 0
𝑥2 ≥ 0
{ 𝑥3 ≥ 0

ASSISTA!
https://www.youtube.com/watch?v=iZz7fxYTu40&list=PLVWA23fHCKz-XEuEVhTTzc15GiT2-
KLTX&index=86
ou
Professor Matusalem » Aula 86 – simplex – retorno ao modelo básico – exercício 4

 Sempre que a FO for de minimização, deve-se multiplicar por (−1). Como que
um processo de torná-la de maximização.

(−1) 𝑧 = 2𝑥1 + 4𝑥2 + 5𝑥3 ↔ −𝒛 = −𝟐𝒙𝟏 − 𝟒𝒙𝟐 − 𝟓𝒙𝟑

“Zerando”, temos:

−𝒛+𝟐𝒙𝟏 + 𝟒𝒙𝟐 + 𝟓𝒙𝟑 = 𝟎

 Ajustando (transformar em igualdade) as restrições técnicas:

𝑥1 + 2𝑥2 + 10𝑥3 + 𝑥𝐹1 = 600


𝑥1 − 𝑥2 + 𝑥3 − 𝑥𝐹2 + 𝑎2 = 50
2𝑥1 − 𝑥3 + 𝑥𝐹3 = 100
−𝒛+𝟐𝒙𝟏 + 𝟒𝒙𝟐 + 𝟓𝒙𝟑 + 𝑴𝟐 𝒂𝟐 = 𝟎

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TABELA
𝒁 𝒙𝟏 𝒙𝟐 𝒙𝟑 𝒙𝑭𝟏 𝒙𝑭𝟐 𝒙𝑭𝟑 𝒂𝟐 b
−1 2 4 𝟓 0 0 0 𝑀2 0
0 1 2 𝟏𝟎 1 0 0 0 600
𝟎 𝟏 −𝟏 𝟏 𝟎 −𝟏 𝟎 𝟏 𝟓𝟎
0 2 0 −𝟏 0 0 1 0 100

 Primeiro OBJECTIVO: “Zerar” 𝒂𝟐

1º) Entra a variável 𝑥3 .


 Sendo problema de minimização o CRITÉRIO DE ENTRADA é O MAIOR VALO
POSITIVO. Entra 𝒙𝟑 (5).
2º) Sai a linha 3.
600 ÷ 10 = 60
𝟓𝟎 ÷ 𝟏 = 𝟓𝟎 𝑺𝑨𝑰
3º) Elemento Pivô 1
4º) Determinação da NOVA LINHA PIVÔ (NLP)

0 1 −1 1 0 −1 0 1 50
÷ (𝟏): 0 1 −1 1 0 −1 0 1 50 NLP

5º): Calcular as NOVAS LINHAS (1ª, 2ª e 4ª) ASSIM:

1ª NOVA LINHA
NLP: 0 1 −1 1 0 −1 0 1 50
∗ (−𝟓): 0 −5 𝟓 −5 0 5 0 −5 −250
+ 1ª linha −1 2 4 5 0 0 0 𝑀2 0
NL1 −𝟏 −𝟑 𝟗 𝟎 𝟎 𝟓 𝟎 𝑴𝟑 −𝟐𝟓𝟎

2ª NOVA LINHA
NLP: 0 1 −1 1 0 −1 0 1 50
∗ (−𝟏𝟎): 0 −10 10 −10 0 10 0 −10 −500
+ 2ª linha 0 1 2 𝟏𝟎 1 0 0 0 600
NL𝟐 𝟎 −𝟗 𝟏𝟐 𝟎 𝟏 𝟏𝟎 𝟎 −𝟏𝟎 𝟏𝟎𝟎

4ª NOVA LINHA
NLP: 0 1 −1 1 0 −1 0 1 50
∗ (𝟏): 0 1 −1 1 0 −1 0 1 50
+4ª linha 0 2 0 −1 0 0 1 0 100
NL𝟒 𝟎 𝟑 −𝟏 𝟎 𝟎 −𝟏 𝟏 𝟏 𝟏𝟓𝟎

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6º): Compor NOVA TABELA

𝒁 𝒙𝟏 𝒙𝟐 𝒙𝟑 𝒙𝑭𝟏 𝒙𝑭𝟐 𝒙𝑭𝟑 𝒂𝟐 b


−𝟏 −𝟑 𝟗 𝟎 𝟎 𝟓 𝟎 𝑴𝟑 −𝟐𝟓𝟎
𝟎 −𝟗 𝟏𝟐 𝟎 𝟏 𝟏𝟎 𝟎 −𝟏𝟎 𝟏𝟎𝟎
0 1 −1 1 0 −1 0 1 50
𝟎 𝟑 −𝟏 𝟎 𝟎 −𝟏 𝟏 𝟏 𝟏𝟓𝟎

SOLUÇÃO

Quadro 5 – solução 1

VB VNB VALOR DE Z
𝑥1 = 0
𝑥3 = 50
𝑥2 = 0 −𝑍 = −250 (−1)
𝑥𝐹1 = 100
𝑥𝐹2 = 0 𝑍 = 250
𝑥𝐹3 = 150
𝑎2 = 0

𝒂𝟐 “zerada”. Agora podemos partir para o SIMPLEX sem a penúltima coluna.

7º): TABELA SIMPLEX

𝒁 𝒙𝟏 𝒙𝟐 𝒙𝟑 𝒙𝑭𝟏 𝒙𝑭𝟐 𝒙𝑭𝟑 b


−1 −3 9 0 0 5 0 −250
0 −9 12 0 1 10 0 100
0 𝟏 −1 1 0 −1 0 50
0 3 −1 0 0 −1 1 150

REPETIR OS PASSOS 1 – 6.

1º) Entra a variável 𝑥1 (com coeficiente “mais negativo”).


2º) Empate entre L3 e L4 na saída: Sai a L3.
50 ÷ 1 = 50
150 ÷ 3 = 50

3º) Elemento Pivô 1


4º) Determinação da NOVA LINHA PIVÔ (NLP)

0 1 −1 1 0 −1 0 50
÷ (𝟏): 0 1 −1 1 0 −1 0 50 NLP

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5º): Calcular as NOVAS LINHAS (1ª, 2ª e 4ª) assim:

1ª NOVA LINHA
NLP: 0 1 −1 1 0 −1 0 50
∗ (𝟑): 0 3 −3 3 0 −3 0 150
+ 1ª linha −1 −3 9 0 0 5 0 −250
NL1 −𝟏 𝟎 𝟔 𝟑 𝟎 𝟐 𝟎 −𝟏𝟎𝟎

2ª NOVA LINHA
NLP: 0 1 −1 1 0 −1 0 50
∗ (𝟗): 0 9 −9 9 0 −9 0 450
+ 2ª linha 0 −9 12 0 1 10 0 100
NL𝟐 𝟎 𝟎 𝟑 𝟗 𝟏 𝟏 𝟎 𝟓𝟓𝟎

4ª NOVA LINHA

NLP: 0 1 −1 1 0 −1 0 50

∗ (−𝟑): 0 −3 3 −3 0 3 0 −150

+4ª linha 0 3 −1 0 0 −1 1 150

NL𝟒 𝟎 𝟎 𝟐 −𝟑 𝟎 𝟐 𝟏 𝟎

6º): Compor NOVA TABELA SIMPLEX

𝒁 𝒙𝟏 𝒙𝟐 𝒙𝟑 𝒙𝑭𝟏 𝒙𝑭𝟐 𝒙𝑭𝟑 b


−1 0 6 3 0 2 0 −100
0 0 3 9 1 1 0 550
0 1 −1 1 0 −1 0 50
0 0 2 −3 0 2 1 0

SOLUÇÃO

Quadro 6 – solução 2

VB VNB VALOR DE Z
𝑥2 = 0
𝑥1 = 50
𝑥3 = 0 −𝑍 = −100 (−1)
𝑥𝐹1 = 550
𝑥𝐹2 = 0 𝑍 = 100
𝑥𝐹3 = 0
𝑥𝐹2 = 0

Solução ÓPTIMA.

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4.3. Algoritmo (Primal) do SIMPLEX – FO AUXILIAR (ARTIFICIAL)


Resolva pelo Simplex, usando o método da Função Objectivo Auxiliar para obter a Solu-
ção Básica Inicial (SBI).

𝑀𝑖𝑛 𝑧 = 3𝑥1 + 2𝑥2

2𝑥1 + 𝑥2 ≥ 10
𝑥 + 5𝑥2 ≥ 15
𝑠. 𝑎 { 1
𝑥1 ≥ 0
𝑥2 ≥ 0

ASSISTA!

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Este exemplo não pode ser resolvido pelo simplex normal, pois, tanto a FO como as restri-
ções de técnicas não satisfazem os critérios de maximização (FO) e restrições do tipo de ≤
(RT). Vamos usar o método da Função Objectivo Auxiliar, procedendo sucessivamente:

 Multiplicar a FO por −1, resultando em:


−𝑧 = −3𝑥1 − 2𝑥2

 Igualar a zero a FO resultante:


−𝑧 + 3𝑥1 + 2𝑥2 = 0

 Transformar as restrições técnicas em igualdades:


2𝑥1 + 𝑥2 − 𝑥𝐹1 + 𝒂𝟏 = 10
𝑥1 + 5𝑥2 − 𝑥𝐹2 + 𝒂𝟐 = 15

 Introduzir a função auxiliar (artificial) 𝑊, que fica:


𝑾 = 𝒂𝟏 + 𝒂𝟐
→ Ela é sempre Função Minimização

 Isolar 𝒂𝟏 e 𝒂𝟐 nas primeiras duas restrições:


𝒂𝟏 = −2𝑥1 − 𝑥2 + 𝑥𝐹1 + 10
𝒂𝟐 = −𝑥1 − 5𝑥2 + 𝑥𝐹2 + 15

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 Fazer 𝒂𝟏 + 𝒂𝟐:
𝒂𝟏 + 𝒂𝟐 = −3𝑥1 − 6𝑥2 + 𝑥𝐹1 + 𝑥𝐹2 + 25 = 𝑊

 Multiplicar 𝑊 por −1:


−𝑊 = 3𝑥1 + 6𝑥2 − 𝑥𝐹1 − 𝑥𝐹2 − 25

 Passar as variáveis para o 1º membro:


−𝑊 − 3𝑥1 − 6𝑥2 + 𝑥𝐹1 + 𝑥𝐹2 = −25

 Resumir:
−𝑧 + 3𝑥1 + 2𝑥2 = 0
2𝑥1 + 𝑥2 − 𝑥𝐹1 + 𝒂𝟏 = 10
𝑥1 + 5𝑥2 − 𝑥𝐹2 + 𝒂𝟐 = 15
−𝑊 − 3𝑥1 − 6𝑥2 + 𝑥𝐹1 + 𝑥𝐹2 = −25

 Com base no resumo compor a TABELA:

𝒁 𝒙𝟏 𝒙𝟐 𝒙𝑭𝟏 𝒙𝑭𝟐 𝒂𝟏 𝒂𝟐 b
−1 3 2 0 0 0 0 0
0 2 1 −1 0 1 0 10
0 1 𝟓 0 −1 0 1 15
−1 −3 −6 1 1 0 0 −25
𝑊

OBJECTIVO: Trabalhar com a função 𝑊, para tornar nulos as variáveis 𝑎1 , 𝑎2 e a fun-


ção 𝑊.

1º) Entra a variável 𝑥2 (com coeficiente “mais negativo”).


2º) Sai a L3.
10 ÷ 1 = 10
15 ÷ 5 = 3

3º) Elemento Pivô 5


4º) Determinação da NOVA LINHA PIVÔ (NLP)

0 1 𝟓 0 −1 0 1 15
÷ (𝟓): 0 0,2 1 0 −0,2 0 0,2 3 NLP

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5º): Calcular as NOVAS LINHAS (1ª, 2ª e 4ª) assim:

1ª NOVA LINHA
NLP: 0 0,2 1 0 −0,2 0 0,2 3
∗ (−𝟐): 0 −0,4 −2 0 0,4 0 −0,4 −6
+ 1ª linha −1 3 2 0 0 0 0 0
NL1 −𝟏 𝟐, 𝟔 𝟎 𝟎 𝟎, 𝟒 𝟎 −𝟎, 𝟒 −𝟔

2ª NOVA LINHA
NLP: 0 0,2 1 0 −0,2 0 0,2 3
∗ (−𝟏): 0 −0,2 −1 0 0,2 0 −0,2 −3
+ 2ª linha 0 2 1 −1 0 1 0 10
NL𝟐 𝟎 𝟏, 𝟖 𝟎 −𝟏 𝟎, 𝟐 𝟏 −𝟎, 𝟐 𝟕

4ª NOVA LINHA
NLP: 0 0,2 1 0 −0,2 0 0,2 3
∗ (𝟔): 0 1,2 6 0 −1,2 0 1,2 18
+4ª linha −1 −3 −6 1 1 0 0 −25
NL𝟒 −𝟏 −𝟏, 𝟖 𝟎 𝟏 −𝟎, 𝟐 𝟎 𝟏, 𝟐 −𝟕

6º): Compor NOVA TABELA

𝒁 𝒙𝟏 𝒙𝟐 𝒙𝑭𝟏 𝒙𝑭𝟐 𝒂𝟏 𝒂𝟐 b
−𝟏 𝟐, 𝟔 𝟎 𝟎 𝟎, 𝟒 𝟎 −𝟎, 𝟒 −𝟔
𝟎 𝟏, 𝟖 𝟎 −𝟏 𝟎, 𝟐 𝟏 −𝟎, 𝟐 𝟕
𝟎 𝟎, 𝟐 𝟏 𝟎 −𝟎, 𝟐 𝟎 𝟎, 𝟐 𝟑
−𝟏 −𝟏, 𝟖 𝟎 𝟏 −𝟎, 𝟐 𝟎 𝟏, 𝟐 −𝟕
𝑊

SOLUÇÃO

Quadro 7 – solução 1
VB VNB VALOR DE W
𝑥1 = 0
𝑥2 = 3 𝑥𝐹1 = 0 −𝑊 = −7 (−1)
𝑎1 = 7 𝑥𝐹2 = 0 𝑊=7
𝑎2 = 0

𝑎2 = 0, mas como 𝑎1 ≠ 0 e 𝑊 ≠ 0 vamos prosseguir até que se tornem nulos, RE-


PETIDO OS PASSOS DE 1 – 6.
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1º) Entra a variável 𝑥1 (com coeficiente “mais negativo”).


2º) Sai a L2.
7 ÷ 1,8 = 3,89
3 ÷ 0,2 = 15
3º) Elemento Pivô 1,8
4º) Determinação da NOVA LINHA PIVÔ (NLP)

0 1,8 0 −1 0,2 1 −0,2 7


÷ (𝟏, 𝟖): 0 1 0 −0,56 0,11 0,56 −0,11 3,89 NLP

5º): Calcular as NOVAS LINHAS (1ª, 3ª e 4ª) assim:

1ª NOVA LINHA
NLP: 0 1 0 −0,56 0,11 0,56 −0,11 3,89

∗ (−𝟐, 𝟔): 0 −2,6 0 1,46 −0,29 −1,46 0,29 −10,11

+ 1ª linha −1 2,6 0 0 0,4 0 −0,4 −6

NL1 −𝟏 𝟎 𝟎 𝟏, 𝟒𝟔 𝟎, 𝟏𝟏 −𝟏, 𝟒𝟔 −𝟎, 𝟏𝟏 −𝟏𝟔, 𝟏𝟏

3ª NOVA LINHA
NLP: 0 1 0 −0,56 0,11 0,56 −0,11 3,89
∗ (−𝟎, 𝟐): 0 −0,2 0 0,11 −0,02 −0,11 0,02 −0,78
+ 3ª linha 0 0,2 1 0 −0,2 0 0,2 3
NL𝟑 𝟎 𝟎 𝟏 𝟎, 𝟏𝟏 −𝟎, 𝟐𝟐 −𝟎, 𝟏𝟏 𝟎, 𝟐𝟐 𝟐, 𝟐𝟐

4ª NOVA LINHA
NLP: 0 1 0 −0,56 0,11 0,56 −0,11 3,89
∗ (𝟏, 𝟖): 0 1,8 0 −1,01 0,2 1,01 −0,2 7
+4ª linha −1 −1,8 0 1 −0,2 0 1,2 −7
NL𝟒 −𝟏 𝟎 𝟎 −𝟎, 𝟎𝟏 𝟎 𝟏, 𝟎𝟏 𝟏 𝟎

6º): Compor NOVA TABELA

𝒁 𝒙𝟏 𝒙𝟐 𝒙𝑭𝟏 𝒙𝑭𝟐 𝒂𝟏 𝒂𝟐 b

−𝟏 𝟎 𝟎 𝟏, 𝟒𝟔 𝟎, 𝟏𝟏 −𝟏, 𝟒𝟔 −𝟎, 𝟏𝟏 −𝟏𝟔, 𝟏𝟏


𝟎 𝟏 𝟎 −𝟎, 𝟓𝟔 𝟎, 𝟏𝟏 𝟎, 𝟓𝟔 −𝟎, 𝟏𝟏 𝟑, 𝟖𝟗
𝟎 𝟎 𝟏 𝟎, 𝟏𝟏 −𝟎, 𝟐𝟐 −𝟎, 𝟏𝟏 𝟎, 𝟐𝟐 𝟐, 𝟐𝟐
−𝟏 𝟎 𝟎 −𝟎, 𝟎𝟏 𝟎 𝟏, 𝟎𝟏 𝟏 𝟎
𝑊

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SOLUÇÃO

Quadro 8 – solução 2

VB VNB VALOR DE W
𝑥𝐹1 = 0
𝑥1 = 7 𝑥𝐹2 = 0 −𝑊 = 0
𝑥1 = 3,89 𝑎1 = 0 𝑊=0
𝑎2 = 0

𝑎2 = 0, 𝑎1 = 0 e 𝑊 = 0. Cumprido o 1º objectivo, partimos para o Simplex SEM as


linhas 𝑎1 , 𝑎2 e a linha 𝑊.

7º): TABELA SIMPLEX


𝒁 𝒙𝟏 𝒙𝟐 𝒙𝑭𝟏 𝒙𝑭𝟐 b
−𝟏 𝟎 𝟎 𝟏, 𝟒𝟔 𝟎, 𝟏𝟏 −𝟏𝟔, 𝟏𝟏
𝟎 𝟏 𝟎 −𝟎, 𝟓𝟔 𝟎, 𝟏𝟏 𝟑, 𝟖𝟗
𝟎 𝟎 𝟏 𝟎, 𝟏𝟏 −𝟎, 𝟐𝟐 𝟐, 𝟐𝟐

SOLUÇÃO

Quadro 9 – solução 3

VB VNB VALOR DE W
𝑥1 = 7 𝑥𝐹1 = 0 −𝑍 = −16,11
𝑥1 = 3,89 𝑥𝐹2 = 0 𝑍 = 16,11

Solução ÓPTIMA.

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4.4. ANÁLISE (INTERPRETAÇÃO) ECONÓMICA DO SIMPLEX


Acesse e assista, primeiro!
Professor Matusalem » Aula 81 – simplex – análise econômica – exemplo 1
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A análise económica baseia-se nos coeficientes das variáveis, na função objectivo final.
Antes de irmos a um exemplo concreto, precisamos lembrar o seguinte:
1. O quadro final de um modelo de PL apresenta VBs e VNBs.
2. A FO está escrita em termos das VNBs.
3. O valor das VBs estão na coluna b (termos independentes) e o das VNBs é zero.
4. O coeficiente das VNBs na FO mede a tendência do objectivo com aquela variável.
É um valor marginal (adicional), indica a variação proporcional no objectivo para pe-
quenos aumentos ou diminuição na variável. Para simplificar o raciocínio, vamos su-
por sempre aumentos ou diminuições unitárias na variável.
Posteriormente, em análise de sensibilidade, verificaremos até quantas unidades po-
demos aumentar ou diminuir da variável, sem alterar a informação contida em seu
coeficiente.
Esses coeficientes são chamados preços de oportunidades (preços relativos) ao pro-
grama desenvolvido.
5. O quadro final (tabela final), a solução é óptima.
a) Um aumento em uma unidade na VNB prejudica o objectivo (lucros diminuem, os
custos aumentam,…).
b) Uma diminuição em 1 unidade na VNB beneficia o objectivo (lucros aumentam,
custos diminuem,…)
6. Alterações no lucro podem significar significar alterações em duas outras variáveis:
receita e custo.

Exemplo:

No programa de produção para o próximo período, a empresa Alfa, Ltda, escolheu três pro-
dutos P1, P2 e P3. O quadro abaixo mostra os montantes solicitados por unidade na produção.

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Lucro uni- Horas de trabalho Horas de uso Demanda má-


Produto
tário (Funcionários) de Máquinas xima
P1 2.100 6 12 800
P2 1.200 4 6 600
P3 600 6 2 600
Disponibilidade 4.800 7.200

Os preços de venda foram fixados por decisão política e as demandas foram estimadas
tendo em vista esses preços. A firma pode obter um suprimento de 4.800 horas de trabalho
durante o período de processamento e pressupõe-se usar três máquinas que podem prover
7.200 horas de trabalho. Estabelecer um programa óptimo de produção para o período.

RESOLUÇÃO
 Variáveis de decisão:
𝑥1 quantidade de P1 a produzir.
𝑥2 quantidade de P2 a produzir.
𝑥3 quantidade de P3 a produzir.
𝑥1 ≥ 0, 𝑥2 ≥ 0, 𝑥3 ≥ 0

 Restrições técnicas
6𝑥1 + 4𝑥2 + 6𝑥3 ≤ 4.800
12𝑥1 + 6𝑥2 + 2𝑥3 ≤ 7.200
𝑥1 ≤ 800
𝑥2 ≤ 600
𝑥3 ≤ 600

 Objectivo:
𝑀𝑎𝑥𝑖𝑚𝑖𝑧𝑎𝑟 𝑜 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 = 2100𝑥1 + 1200𝑥2 + 600𝑥3

 Sistema de equações correspondentes:


𝑀𝑎𝑥. 𝑍 = 2100𝑥1 + 1200𝑥2 + 600𝑥3
6𝑥1 + 4𝑥2 + 6𝑥3 + 𝑥𝐹1 = 4800
12𝑥1 + 6𝑥2 + 2𝑥3 + 𝑥𝐹2 = 7200
𝑥1 + 𝑥𝐹3 = 800
𝑥2 + 𝑥𝐹4 = 600
𝑥3 + 𝑥𝐹5 = 600

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 Variáveis de folga:
𝑥𝐹1 → sobra de recurso horas de trabalho.
𝑥𝐹2 → sobra de recurso horas de máquina.
𝑥𝐹3 → sobra de recurso mercado de P1 .
𝑥𝐹4 → sobra de recurso mercado de P2 .
𝑥𝐹5 → sobra de recurso mercado de P3 .

 Quadro final pelo método Simplex é o seguinte:


𝑍 𝑥1 𝑥2 𝑥3 𝑥𝐹1 𝑥𝐹2 𝑥𝐹3 𝑥𝐹4 𝑥𝐹5 b
𝟏 𝟎 𝟎 𝟎 𝟓𝟎 𝟏𝟓𝟎 𝟎 𝟏𝟎𝟎 𝟎 𝟏𝟑. 𝟎𝟖𝟎. 𝟎𝟎𝟎
0 0 0 1 0,2 −0,1 0 −0,2 0 120
0 1 0 0 −0,03 0,1 0 −0,47 0 280
0 0 0 0 0,03 −0,1 1 0,47 0 520
0 0 1 0 0,2 0,1 0 0,2 0 600
0 0 0 0 0,2 0,1 0 0,2 1 480

Solução

VB VNB VALOR DE Z
𝑥1 = 280
𝑥2 = 600 𝑥𝐹1 = 0
𝑍 = 13.080.000
𝑥3 = 120 𝑥𝐹2 = 0
𝑥𝐹3 = 520 𝑥𝐹4 = 0
𝑥𝐹5 = 480

Interpretando (analisando) economicamente a solução, temos:

a) No período produzir:
 280 unidades de P1
 600 unidades de P2
 120 unidades de P3

b) Recursos disponíveis após o programa:


 (800 − 280) = 520 unidades do mercado P1
 (600 − 100) = 480 unidades do mercado P3

c) O preço de oportunidade do recurso “horas de trabalho” (coeficiente de 𝒙𝑭𝟏 no


quadro = 50) indica que:
 Se conseguirmos mais uma (1) hora de trabalho (o que equivale a fazer 𝒙𝑭𝟏 =
−𝟏: diminuição das horas ociosas) aos custos correntes, poderemos aumentar o

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nosso lucro em 50 u.m., isto é, poderemos obter nova solução óptima com o lucro
de 13.080.050. ou seja:

𝑍 = 0𝑥1 + 0𝑥2 + 0𝑥3 + 50𝑥𝐹1 + 150𝑥𝐹2 + 0𝑥𝐹3 + 100𝑥𝐹4 + 0𝑥𝐹5 = 13.080.000 ↔


↔ 𝒁 = 𝟓𝟎𝒙𝑭𝟏 + 𝟏𝟓𝟎𝒙𝑭𝟐 + 𝟏𝟎𝟎𝒙𝑭𝟒 = 𝟏𝟑. 𝟎𝟖𝟎. 𝟎𝟎𝟎

 Coeteris paribus ( 𝒙𝑭𝟐 = 𝟎, 𝒙𝑭𝟒 = 𝟎 e os custos constantes):

𝑍 = 50(−1) + 0 + 0 = 13.080.000 ↔ 𝑍 = 13.080.000 + 50 ↔ 𝒁 = 𝟏𝟑. 𝟎𝟖𝟎. 𝟎𝟓𝟎 u. m.

 Mas se o aumento de hora de trabalho (diminuição de uma hora ociosa) acarre-


tar um pagamento de adicional extra, o valor 50 u.m. indica o limite máximo
desse adicional no custo.
Vamos supor, por exemplo, que um acréscimo em uma hora de trabalho custe 20 u.m.
em custo adicional, o lucro adicional será 30 u.m. (50 − 20). O lucro global passará a
ser 𝟏𝟑. 𝟎𝟖𝟎. 𝟎𝟑𝟎 u. m.

 Se houver falta de uma (1) hora de trabalho (o que equivale a fazer 𝒙𝑭𝟏 = 𝟏:
aumento das horas ociosas), o lucro irá diminui em 50 u.m., caso não haja alte-
ração nos custos. Se essa falta for, por exemplo, pela ausência de um funcionário
que não terá hora descontada, acrescentar esse valor ao prejuízo causado pela
ausência do funcionário.

𝑍 = 50(1) + 0 + 0 = 13.080.000 ↔ 𝑍 = 13.080.000 − 50 ↔ 𝒁 = 𝟏𝟑. 𝟎𝟕𝟗. 𝟗𝟓𝟎 u. m.

d) O preço de oportunidade do recurso “hora de máquina” (coeficiente de 𝒙𝑭𝟐 no


quadro = 150) indica que:
 Uma (1) hora a menos de máquina, (o que equivale a fazer 𝒙𝑭𝟐 = 𝟏: aumento de
horas máquinas ociosas em uma unidade), acarreta uma diminuição no lucro de
150 u.m. A nova solução óptima teria lucro de 13.079.850 u. m. desde que não
haja alteração nos custos correntes.

 Coeteris paribus ( 𝒙𝑭𝟏 = 𝟎, 𝒙𝑭𝟒 = 𝟎 e os custos constantes):

𝑍 = 0 + 150 ∗ (1) + 0 = 13.080.000 ↔ 𝑍 = 13.080.000 − 150 ↔ 𝒁 = 𝟏𝟑. 𝟎𝟕𝟗. 𝟖𝟓𝟎 u. m.

 Contratar mais de uma (1) hora de máquina, (o que equivale a fazer 𝒙𝑭𝟐 = −𝟏:
diminuição de horas máquinas ociosas em uma unidade), significa um acréscimo
de 150 u. m. no lucro (a nova solução óptima seria 13.080.150 u.m. Mas se esse

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contrato implicar um custo adicional, 50 u. m., por exemplo, ele deve ser deduzido
(ficando 150 − 50 = 100). O lucro passará a ser de 13.080.100 u. m.
No caso de aluguer de hora de máquina de terceiros para o programa, o preço de
oportunidade de 150 u. m. indica o máximo que podemos pagar pelo aluguer além
do nosso custo corrente. Por exemplo, se o nosso custo corrente for 500 u.m.,
alugar uma hora de máquina por menos de 650 (500 + 150) aumenta o nosso
lucro. Esse aumento corresponde à diferença entre 650 e o valor de aluguer.

 Em termos de manutenção e substituição de máquinas, o preço de oportunidade


oferece informação para o cálculo do prejuízo devido a quebra e manutenção de
uma máquina operando no programa. Se há uma probabilidade de 80% de que
uma máquina necessite de uma hora para conserto durante o programa, então,
há uma expectativa de 120 (150 ∗ 0,8) de prejuízo com esse evento (quebra de
máquina) no programa, além dos custos pela manutenção.

e) O preço de oportunidade do recurso “mercado de 𝐏𝟏 ” (coeficiente de 𝒙𝑭𝟏 no qua-


dro = 0) indica que esse recurso não é escasso. O mesmo ocorre com o preço de
oportunidade do recurso “mercado de P3 ”. Por outras palavras, existe muita procura
pelos produtos P1 e P3. Isto poderá levar a empresa a tomar uma das seguintes deci-
sões, para aumentar o seu lucro:
 Diminuir investimentos nos dois bens com consequente diminuição do mercado,
não afectando as vendas da empresa e, causando um aumento no lucro.
 Aumentar o preço de venda de P1e P3. Isto diminui o mercado correspondente sem
afectar as vendas, desde que o mercado não diminua aquém da produção.

f) O preço de oportunidade de uma unidade do “recurso de 𝐏𝟐 ” (coeficiente de 𝒙𝑭𝟒


no quadro = 100) indica que:
 O aumento de uma (1) unidade nesse mercado, (o que equivale a fazer 𝒙𝑭𝟒 =
−𝟏: diminuição de número de clientes ociosas em uma unidade), aos custos cor-
rentes, incrementa o lucro em 100 u.m., isto a nova solução óptima teria lucro de
13.080.100 u. m.

 Coeteris paribus ( 𝒙𝑭𝟏 = 𝟎, 𝒙𝑭𝟐 = 𝟎 e os custos constantes):

𝑍 = 0 + 0 + 100 ∗ (−1) = 13.080.000 ↔ 𝑍 = 13.080.000 + 100 ↔ 𝒁 = 𝟏𝟑. 𝟎𝟖𝟎. 𝟏𝟎𝟎 u. m.

MSc. Faquira António Resolução de PPL pelo Método Simplex e Análise Económica 26/27
USTM Turmas: 2LALCA2 e 2L4LCA3/2020/S2 IO – Problemas de PL: SIMPLEX

 Da mesma forma, o cancelamento de uma unidade na compra de um cliente


implica (o que equivale a fazer 𝒙𝑭𝟒 = 𝟏: aumento de número de clientes ociosas
em uma unidade), um prejuízo de 100 u. m., além do custo normal da unidade
desse recurso.
 Se o departamento de marketing da empresa estimar em 80 o investimento adici-
onal para aumentar em uma unidade o mercado do produto P2, esse investimento
traria à empresa um retorno líquido de 20 u. m. (100 − 80), passando o lucro para
13.080.020 u. m.

RESOLVA A AULA PRÁTICA 03 (AP 03)

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