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Universidade Federal de Campina Grande

Centro de Ciências de Tecnologia - CCT

Unidade Acadêmica de Física - UAF

Disciplina: Física Experimental I

PÊNDULO SIMPLES

Aluna: Maria Teresa do Amaral Pinheiro Severo Gomes.

Professor: Alexandre José de Almeida Gama.

Turma: 8

Campina Grande - PB

Maio - 2022
Pêndulo Simples 2

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS 3

LISTA DE TABELAS 4

INTRODUÇÃO 5

MATERIAIS UTILIZADOS 6

PROCEDIMENTOS E ANÁLISES 7

CONCLUSÃO 12

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 13
Pêndulo Simples 3

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Pêndulo simples

…………………………………………………………………………5

Figura 2: Parâmetros do gráfico

…………………………………………………………………..8

Figura 3: Gráfico Pêndulo Simples

………………………………………………………………..8

Figura 4: Diagrama de corpo

livre.………………………………………………………………...9
Pêndulo Simples 4

LISTA DE TABELAS

Tabela 1……………………..……………………………………………………………………..7
Pêndulo Simples 5

INTRODUÇÃO

O pêndulo simples é um sistema mecânico que consiste em uma massa puntiforme (figura

1), ou seja, um corpo com dimensões insignificantes, presa a um fio de massa desprezível e

inextensível de comprimento “L”, capaz de oscilar em torno de uma posição fixa.

Figura 1 - Pêndulo simples

Este relatório tem como objetivo investigar, experimentalmente, o comportamento do

período de um pêndulo simples em função do seu comprimento. Como também fazer um estudo

teórico que leve à previsão deste comportamento e, através da comparação dos resultados teórico

e experimental, determinar a aceleração da gravidade no local do experimento.

Para realizar o experimento foi necessário o uso de uma esfera com gancho, uma escala

milimetrada, cronômetro, suporte fixo e um cordão. Após fazer a montagem do pêndulo, que será

descrito mais a frente, foi possível recolher os dados e consequentemente, realizar o experimento.
Pêndulo Simples 6

MATERIAIS UTILIZADOS

Foram utilizados, no experimento, os seguintes materiais:

● esfera com gancho;


● escala milimetrada;
● cronômetro;
● suporte fixo;
● cordão.
Pêndulo Simples 7

PROCEDIMENTOS E ANÁLISES

Inicialmente foi montado o pêndulo amarrando um cordão de aproximadamente 1,20m no

gancho da esfera e após isso foi pendurado no suporte fixo, de forma que o comprimento L do

pêndulo (do suporte fixo até o centro da esfera) tenha 80 cm. Para isso, foi utilizado a escala

milimetrada. Em seguida a esfera foi levemente impulsionada e começou a oscilar.

Com um cronômetro foi medido o tempo de 10 oscilações e depois foi dividido essa

medida por 10, obtendo o período do pêndulo. O pêndulo foi encurtado em 15cm e foi repetido

os procedimentos citados anteriormente e os resultados obtidos estão descritos na tabela I a

seguir.

Tabela I

1 2 3 4 5

L (cm) 80,0 65,0 50,0 35,0 20,0

T (s) 1,795 1,625 1,419 1,188 0,891


Pêndulo Simples 8

Com os dados da tabela I foi traçado o gráfico usando o software LAB FIT, sendo os

valores de L o eixo Y e T o eixo X, os parâmetros estão descritos na imagem a seguir.

Figura 2 - Parâmetros do gráfico

Figura 3 - Gráfico Pêndulo Simples


Pêndulo Simples 9

A análise teórica do movimento do pêndulo foi feita a partir do diagrama de corpo livre

para a esfera em uma posição inferior a 15°, a partir da posição de equilíbrio, como é mostrado

na figura 6. Na representação, o deslocamento linear da esfera partindo da posição de equilíbrio

(PE) é x e o comprimento do pêndulo é dado por L. Assim, tem-se que:

Figura 4 - Diagrama de corpo livre

Na direção x, a segunda Lei de Newton é dada por 𝐹𝑅𝑥 = 𝑚𝑎𝑥 , que resulta em:

2 2
𝑑𝑥 𝑑θ
− 𝑚𝑔 𝑠𝑒𝑛θ = 𝑚 2 ou − 𝑔 𝑠𝑒𝑛θ = 𝐿 2
𝑑𝑡 𝑑𝑡

Então, a última equação pode ser escrita como:


2
𝑑θ 𝑔
2 + 𝐿
𝑠𝑒𝑛θ = 0
𝑑𝑡

para pequenos deslocamentos angulares (θ𝑚𝑎𝑥 ≪ 15°), 𝑠𝑒𝑛θ ∼ θ quando este ângulo é dado

em radianos. Assim, a equação diferencial anterior pode ser descrita como:


2
𝑑θ 𝑔
2 + 𝐿
θ=0 (I)
𝑑𝑡
Pêndulo Simples 10

Cuja solução é dada por:

θ = θ0𝑐𝑜𝑠(ω𝑡 + ϕ) (II)

onde θ0 é o deslocamento angular máximo (θ𝑚𝑎𝑥) com relação à posição de equilíbrio (PE), ω é

a frequência angular do movimento periódico e ϕ é o ângulo de fase, que define a posição da

esfera no instante inicial do movimento.

𝑑θ
Derivando (II) em relação ao tempo, tem-se: 𝑑𝑡
= − θ0ω 𝑠𝑒𝑛(ω𝑡 + ϕ)

Derivando a última expressão novamente em relação ao tempo, obtém-se:


2
𝑑θ 2
2 =− θ0ω 𝑐𝑜𝑠(ω𝑡 + ϕ) (III)
𝑑𝑡

Substituindo os resultados (II) e (III) na equação (I):

2
− θ0ω 𝑐𝑜𝑠(ω𝑡 + ϕ) +
𝑔
𝐿
θ0𝑐𝑜𝑠(ω𝑡 + ϕ) = 0 ou ( 𝑔
𝐿
2
)
− ω θ0𝑐𝑜𝑠(ω𝑡 + ϕ) = 0 (IV)

Observando a equação (IV), nota-se que o seu primeiro membro só é zero em qualquer instante

se:

𝑔 2
𝐿
−ω = 0

o que implica em:

2 𝑔
ω = 𝐿
(V)

Por outro lado, a frequência angular ω das oscilações é dada por:


ω= 𝑇
Pêndulo Simples 11

Assim, substituindo a expressão anterior para a frequência angular ω na equação (V),

uma expressão teórica para o comprimento L do pêndulo em função do período T de suas

oscilações pode ser obtida:

𝑔 2
𝐿= 2 𝑇 → Expressão teórica (V)

Analisando os parâmetros, o valor de B da equação teórica (igual a 2) está dentro do

intervalo de incerteza do valor obtido experimentalmente (1,990 ± 0,016). Além disso, o erro

percentual do valor médio de B do experimento é de apenas 0,5% comparado ao teórico.

Comparando a expressão experimental para L com a expressão teórica, observa-se que:

𝑔
2 =𝐴

Com essa última equação, foi calculada a aceleração da gravidade.

2
𝑔 = (0, 2489 ± 0, 0020)4π

2
𝑔 = (9, 83 ± 0, 08) 𝑚/𝑠
Pêndulo Simples 12

CONCLUSÃO

Levando em conta os erros sistemáticos e considerando um erro percentual de 0,5% como

não sendo muito grande, pode-se confiar nos dados experimentais, assim como no valor

encontrado para a aceleração da gravidade.

Diferenças no tempo de parar o cronômetro, como também as diferentes forças aplicadas

no pêndulo para fazê-lo oscilar e arredondamentos, são alguns exemplos de erros sistemáticos.

Durante a coleta de dados, foi estabelecido os comprimentos do pêndulo e posteriormente

medido o período de oscilação para cada um dos comprimentos. Assim, percebe-se que a

variável independente é o comprimento e a dependente é o período.

Para medir o comprimento de um cordão usando um cronômetro seria necessário calcular

T e caso a aceleração da gravidade g seja conhecida, o comprimento L pode ser calculado usando

a equação (V) em que a variável L depende do período T e da gravidade g.

Com isso, o objetivo do experimento foi concluído com êxito, visto que foi determinado o

comportamento do pêndulo em função do seu comprimento e aceleração da gravidade no local

do experimento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Silva, Wilton P. e Silva, Cleide M. D. P. S. TRATAMENTO DE DADOS EXPERIMENTAIS 2a

Ed. (Revisada e Ampliada), UFPB Editora Universitária (1998)

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