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FACULDADE DE TECNOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO

VICTOR BRUNO MENDELSOHN


MATHEUS HENRIQUE

RELATÓRIO FISICA II – Laboratório:


1. ª Experiência: Pêndulo Sólido

Prof.: Douglas Casagrande


Resumo

Um Pêndulo Físico é um pêndulo formado por um objeto sólido pendurado por


um ponto de apoio em seu corpo. Ele também é conhecido po Pêndulo
Composto ou Pêndulo sólido. Assim como o pêndulo simples que é formado por
uma pequena massa presa a um fio.

1. Introdução:

O pêndulo físico é um sistema oscilante, se o ponto de apoio for diferente do


Centro de Massa do objeto, este poderá oscilar livremente em torno do eixo
que passar pelo ponto de apoio. O tempo de ida e volta do objeto é o tempo
de uma oscilação que também é conhecido por período.
A expressão para o período de pêndulo físico é dada por:

𝐼
𝑇 = 2𝜋√
𝑀𝑔𝑑

O período depende da distância (d) entre o ponto de apoio e o Centro de


Massa. Com isso, se d=0o ponto de apoio será o próprio Centro de Massa e
pela fórmula do período T, teremos uma divisão por zero fazendo com que o
período tenda a um valor de tempo muito grande. Como o período é o tempo
necessário para que o movimento se repita, na prática um objeto pendurado
pelo Centro de Massa (CM) não repetirá seu movimento, ou seja, não haverá
oscilações em torno deste ponto. O CM é, portanto, um ponto de equilíbrio.
Pela fórmula do período T, observamos também que este depende da
gravidade local.

𝑔=9,78(𝑚/𝑠2), da massa do objeto (M) e do Momento de Inércia(I).

2. Materiais utilizados:
Foram utilizados os seguintes materiais:

Coleta de dados:

-Cronometro
-Trena
-Balança
Item 6 do relatório:

- Barbante
- Peso de 500g

3. Procedimento:

Nessa experiência foi medido 2 vezes o tempo de 10 oscilações de uma placa,


em torno de diferentes eixos.

• Inicialmente foi medido o tempo de 10 oscilações para obtenção do


período com a placa oscilando em torno de um de seus vértices.
• Posteriormente, foi medido o tempo de 10 oscilações e foi obtido o
período com a placa oscilando em torno de diferentes pontos ao longo
do maior eixo de simetria.

4. Dados coletados:
Tabela 1: Tempo de 10 oscilações da barra e período de oscilações

𝑡1 (𝑠) 𝑡2 (𝑠) 𝑡3 (𝑠)

𝑡10𝑜𝑠𝑐𝑖𝑙𝑎çõ𝑒𝑠 10,27 10,25 10,35

Período T(s) 1,027 1,025 1,035

Período médio e desvio padrão: 𝑇𝑚𝑒𝑑 = ( 1,029 ± 0,005 )  𝑆


Tabela 2: Tempo de 10 oscilações para diferentes pontos ao longo do maior eixo de
simetria.

Pontos P1 P2 P3 P4 P5

𝑙(𝑚) 0,00 0,045 0,09 0,135 0,18

8,88 9,50 11,45 12,78 13,35


𝑡10𝑜𝑠𝑐(𝑠)
8,91 9,48 11,08 12,83 13,42

Período 0,8895 0,949 1,1265 1,2805 2,65


𝑇𝑚𝑒𝑑 (𝑠)

Massa da Placa: Massa da placa medido na balança e anote.

𝑚 = ( 0,549 ± 0,001 )  𝑘𝑔

Dimensões da placa: Lado menor (a) e lado maior (b)

𝑎 = ( 0,246 ± 0,005 )𝑚

𝑏 = ( 0,379 ± 0,005 )𝑚

5. Cálculo do Momento de Inércia I e do desvio percentual:

• Cálculo do momento de inércia Experimental Iexp da placa utilizando o


período médio Tmed com apoio na extremidade obtido com os dados da
tabela 1.
Determinado o valor da distância:
D= 0,2259 M
Sabendo que:

𝐼
𝑇 = 2𝜋√𝑀𝑔𝑑

Podemos assumir que Iexp:


𝑇𝑚𝑒𝑑 2 . 𝑀𝑔𝑑
𝐼𝑒𝑥𝑝 =
4𝜋

Substituindo com os valores coletados obtivemos:


G=(9,78+- 0.01)
1,0292 . 1,212
𝐼𝑒𝑥𝑝 =
4𝜋
Portanto Iexp:

𝐼𝑒𝑥𝑝 = 0,102 𝑘𝑔. 𝑚


• Após descoberto o valor experimental seguimos para calcular o valor
teórico.

1
𝐼𝑡𝑒𝑜 = 𝑀 . (𝑎2 + 𝑏 2 ) 𝑘𝑔. 𝑀
3

Substituindo na fórmula do I teórico:

1
𝐼𝑡𝑒𝑜 = 0,549. (0,2462 + 0,3792 )
3
Temos:

𝐼𝑡𝑒𝑜 = 0,087 𝑘𝑔. 𝑀

• Calculando o desvio percentual entre o resultado para Iexp obtido e o resultado


teórico:
|𝐼𝑇𝑒𝑜 − 𝐼𝐸𝑥𝑝|
𝑑% = ∗ 100%
𝐼𝑇𝑒𝑜

Substituindo os valores nas fórmulas temos:

|0,087 − 0,102|
𝑑% = ∗ 100% = 17,24%
0,087

• Com os dados da Tabela 2 foi feito um gráfico do período em função do ponto


de apoio da placa, Tmed(s) x l(m)

Usando o gráfico podemos afirmar que o Comprimento Efetivo é de:

𝐿𝑔𝑟𝑎𝑓 = 0,225 𝑚

O comprimento Efetivo e um pêndulo e um pêndulo simples com este comprimento


oscilará com o mesmo período da placa pendurada pelo primeiro ponto (ponto A) em
ℓ=0 sobre o lado menor 𝑎. Os dois pêndulos oscilarão em sincronismo e são conhecidos
como pêndulos síncronos.

A fórmula para o período do Pêndulo Simples é:

𝐿
𝑇 = 2𝜋√
𝑔

Podemos igualar os dois períodos e encontrar o Comprimento Efetivo Lef.

𝐿 𝐼𝑝1
2𝜋√ = 2𝜋√
𝑔 𝑀𝑔𝑑

Obtemos:
𝐼𝑝1
𝐿𝑒𝑓 =
𝑀𝑑

Calculando o valor de Lef, usando o valor de Ip1 calculado para o eixo de rotação no
ponto P1 que fica no meio do lado menor da placa. A distância d é metade do lado
maior (b/2) que é a distância do meio da borda menor a até o CM da placa, ou seja:
D= b/2
Para o eixo no CM Icm será:
1
𝐼𝑐𝑚 = 𝑀 (𝑎2 + 𝑏 2 )
12
Aplicando o Teorema dos eixos paralelos teremos:

𝑏
𝐼𝑝1 = 𝐼𝑐𝑚 + 𝑀. ( )²
2

Logo:

1 1
𝐼𝑝1 = 𝑀𝑎2 + 𝑀𝑏²
12 3
Calculando os valores temos:

𝐼𝑝1 = 0,029 𝑘𝑔. 𝑚

𝐿𝑒𝑓 = 0,252 𝑘𝑔. 𝑚

Calculando o desvio padrão

|0,029 − 0,252|
𝑑% = ∗ 100% = 88,49%
0,252

6. Confecção do Gráfico T(s) X L(m):

Tmed X l(M)
3

2,5

1,5

0,5

0
0 0,05 0,1 0,15 0,2

7. Medida do Pêndulo Simples Sincronizado com o Pêndulo Físico:


Tempo de 10 oscilações pêndulo simples com comprimento de Lgraf:
t(s): 9,17 s

Período do Pêndulo Simples


T(s): 0,917 s

Cálculo do desvio percentual entre o período do pêndulo simples T(s) apresentado


acima e o Pêndulo composto de P1:

|0,917 − 0,855|
𝑑% = ∗ 100% = 7,25%
0,855

Conclusão:

Quando os pêndulos são síncronos o erro é o menor que pode ser


encontrado, a partir de gráficos o erro percentual aumenta muito
assim tornando inadmissível o uso desse dado.

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