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Oceanografia Dinâmica
Joana Brandão 107423, Salvador Graça 108592, Quento Nancassa 95030
12/10/2023
Resumo
Esta experiência consistiu em lançar uma bola sobre uma mesa rotatória, inicialmente
parada e de seguida em rotação, atentando á sua trajetória do ponto de vista do
lançador e de um telemóvel que roda juntamente com a própria mesa.
A mesa está ligada a um motor ao qual podíamos ajustar a velocidade e também
dispunha de marcações que entre si tinham 10cm de distância para podermos realizar
cálculos á escala.
Começámos por estudar a trajetória da bola ao tentar prever esta com a mesa parada e
em rotação, de seguida fizemos uma estimativa dos valores de velocidade e do raio
mas percebemos rapidamente que nos faltava conhecimento para poder efetuar esses
cálculos, ainda não compreendíamos totalmente as forças que ali atuavam.
Só após termos aprendido nas aulas sobre a força de Coriolis é fomos capazes de
calcular os valores corretos e compreender melhor as forças que atuam sobre nós uma
vez que, assim como a bola, nós também estamos sujeitos a uma "mesa giratória
gigante" chamada Terra.
Este relatório documenta a nossa tentativa de calcular a velocidade e o raio da
trajetória da bola, comparando esses cálculos com os valores que aprendemos a
determinar utilizando o conceito da força de Coriolis.
Objetivos:
Para f=0,2
2. Tentativa de cálculo do valor do Raio e da Velocidade:
Para descobrir um valor aproximado do raio decidimos assumir que o arco pertence a uma
circunferência e a partir dai tentar perceber onde se encontra o centro, para isso fizemos um
desenho á escala e obtivemos o valor de 52cm.
Agora é bastante simples calcular uma estimativa do valor da velocidade, basta considerar a
trajetória do ponto de vista do observador (nós) para podermos aplicar a fórmula do
movimento retilíneo (v= s/t). Sendo que s é o comprimento do arco e t o tempo que a bola
demora a percorrer esse arco.
Raio= 69,6 cm
Cálculo da Velocidade:
2𝜋 2𝜋
Ω= ⇔ Ω= ⇔ Ω = 1,25663
𝑡 5
𝑣
𝑠= ⇔ 𝑣 = 76 ∗ 2 ∗ 1,25663 ⇔ 𝑣 = 1,91 𝑚/𝑠
2Ω
Cálculo do Raio:
𝑣2
𝐴𝑐 = 2Ω𝑣 e 𝐴𝑐 = 𝑅
2𝜋 2𝜋
Ω= ⇔ Ω= ⇔ Ω = 1,25663
𝑡 5
𝑣 1,052
2Ω𝑣 = 𝑅
⇔ 2 ∗ 1,25663 ∗ 1,05 = 𝑅
⇔ R = 0,4178 m
Cálculo da Velocidade:
2𝜋 2𝜋
Ω= ⇔ Ω= ⇔ Ω = 0,628
𝑡 10
𝑣
𝑠= ⇔ 𝑣 = 60 ∗ 2 ∗ 0,628 ⇔ 𝑣 = 0,754 𝑚/𝑠
2Ω
Cálculo do Raio:
𝑣2 1,52
2Ω𝑣 = 𝑅
⇔ 2 ∗ 0,628 ∗ 1,05 = 𝑅
⇔ R = 1,701 m
4. Comparação entre os resultados
Quando comparamos os resultados teóricos com os valores experimentais,
observamos uma grande diferença, o que era previsível, dada a natureza das
estimativas teóricas em relação aos valores reais. Além disso, durante a análise do
vídeo, pudemos antecipar que, com o aumento da frequência, a trajetória
demonstraria uma diminuição no seu raio, o que não foi comprovado pelas nossas
previsões iniciais.
Após conduzirmos cálculos baseados nas forças de Coriolis tornou-se claro que o raio
da trajetória diminui à medida que a frequência aumenta (Para f=0,10, R = 1,701 e para
f=0,20, R = 0,4178). Isso demonstra que a rotação de um sistema exerce uma influência
na trajetória de objetos em movimento que atravessam esse sistema comprovando
mais uma vez que os nossos cálculos iniciais não estavam de todo corretos.
Apesar da imprecisão inicial dos nossos resultados, termos analisado a perspetiva de
um observador que se move junto com o referencial e a aquisição de conhecimento em
relação à força de Coriolis permitiu-nos uma compreensão mais profunda dos seus
efeitos, capacitando-nos a efetuar medições mais precisas.