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CAMPINA GRANDE/PB
2022
Sumário
Páginas
1 Introdução 3
2 Materiais e procedimentos 4
2.1 Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.2 Procedimentos e análises . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.2.1 Experimento I - Medindo tempos de reação . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.2.2 Experimento II - Medindo o valor do tempo das oscilações de um pêndulo 7
3 Conclusões 10
1 Introdução
Este trabalho tem como objetivo mostrar estatisticamente e através de experimentos,
como podemos coletar dados que indiquem o tempo de reação de uma pessoa diante de uma
situação. Além disso, também será apresentado um estudo sobre o período de oscilação de um
pêndulo, valendo-se para tal de recursos estatísticos envolvendo cálculo de valores médios e
também de desvios padrão.
Para esse estudo, utilizaremos instrumentos simples e que podem, inclusive, ser encontra-
dos em casa. Para o primeiro experimento, será necessário apenas uma régua e uma pessoa para
ajudar a realizar o experimento. Já para o segundo experimento, é necessário um objeto pequeno
e esférico, mas suficientemente pesado, como uma bolinha de gude, por exemplo; além disso,
também será necessária uma linha resistente de comprimento bem definido e um suporte para
suspender a bolinha. Também precisaremos de algum instrumento para o tratamento estatístico
dos dados, como um computador, mas também pode ser uma folha e uma caneta. Para ambos os
experimentos são necessários conhecimentos prévios básicos de Matemática e Física, mas nada
além do que é ensinado no ensino médio.
3
2 Materiais e procedimentos
2.1 Materiais
Os experimentos que aqui serão apresentados são muito simples. Para o primeiro, que
irá estudar o tempo de reação de uma pessoa, utilizaremos basicamente uma régua milimetrada.
Esta, de preferência deve ter 50 cm, mas na maioria dos casos é possível que o experimento seja
realizado com uma régua de no mínimo 40 cm.
Além das bolinhas, também precisaremos de uma linha resistente que terá uma de suas
extremidades presa a um suporte, que pode ser madeira, e a outra extremidade deve estar presa
na bolinha, de modo que esta fique suspensa. A distância entre as extremidades da linha deve ser
de 70 cm. É importante que a bolinha possa se deslocar em um plano paralelo ao suporte, sem
encostar nele. O esquema do pêndulo pode ser observado na Figura 3.
4
Figura 3: Esquema do pêndulo
Fonte: Criado pelo próprio autor
5
mínima. Esse valor da distância será registrado analisando em que marcação (em cm) os dedos
do segundo participante ficaram, depois que ele segurou a régua em queda. Esse dado deve
ser registrado e o experimento deve ser realizado 10 vezes com um participante. Em seguida o
mesmo experimento deve ser realizado com o outro, registando sempre as leituras.
Para calcularmos o tempo de queda da régua, utilizamos a conhecida equação do Movi-
mento Uniformemente Variado:
at 2
S = So + vot + (1)
2
Sabendo que So = vo = 0, a = 9, 81 m/s² e isolando t, obtemos:
s
2S
t= (2)
9, 81
Com a Equação 2, podemos estimar o tempo de queda da régua.
A partir da realização desse experimento em sala de aula, coletamos os dados da Tabela 1:
Para calcular o valor médio V̄ do tempo de reação (que é exatamente o tempo de queda
da régua) do participante I, basta aplicar a Equação 3:
1 N
V̄ = ∑ Vi (3)
N i=1
1
V̄ = (0, 232 + 0, 197 + 0, 207 + 0, 143 + 0, 232 + 0, 096 + 0, 199 + 0, 146 + 0, 214 + 0, 143)
10
V̄ = 0, 1809 segundos
6
Aplicando a Equação 3, obtemos:
1
V̄ = (0, 286 + 0, 202 + 0, 216 + 0, 243 + 0, 212 + 0, 186 + 0, 221 + 0, 275 + 0, 202 + 0, 207)
10
V̄ = 0, 225
Este experimento pode ser feito individualmente. Para a realização dele, utilizaremos
um pêndulo como o esquematizado na Figura 3. O objetivo será medir o tempo gasto para que
o pêndulo realize 10 oscilações. Deve-se realizar essa obervação 10 vezes seguidas, anotando
sempre o tempo gasto para realizar cada conjunto de 10 oscilações.
Para uma maior precisão do experimento, certifique-se de colocar a bolinha em movi-
mento soltando-a de uma altura razoável, de modo que ela se desloque em um plano paralelo
ao seu suporte e não colida com ele. Lembre-se de que o tempo gasto para cada oscilação é o
mesmo, ainda que haja perda de energia cinética no sistema. Então não é necessário ficar parando
a bolinha para repetir o experimento várias vezes consecutivas. Basta adotar uma referência para
a observação e iniciar a contagem. Isso diminui o erro nas medidas.
Realizamos esse mesmo experimento duas vezes com o mesmo pêndulo, como foi
proposto aqui, e coletamos os dados da Tabela 3:
1
V̄ = (17, 03 + 15, 53 + 16, 71 + 16, 90 + 16, 65 + 16, 46 + 16, 40 + 16, 65 + 16, 56 + 16, 57)
10
7
1. (17, 03 − 16, 546)2 = 0, 234256
Fazendo o somatório ∑N 2
i=1 (Vi − V̄ ) , obtemos o resultado 1, 46984.
1p
σvm = 1, 46984
10
σvm = 0, 121237
Vv = V̄ ± σvm (5)
obtemos:
Vv = 16, 55 ± 0, 12 segundos
8
Partindo da Equação 3 para o valor médio do tempo de reação, obtemos:
1
V̄ = (17, 05 + 16, 92 + 17, 00 + 17, 20 + 16, 95 + 16, 92 + 16, 94 + 17, 14 + 16, 92 + 15, 53)
10
Fazendo o somatório ∑N 2
i=1 (Vi − V̄ ) , obtemos o resultado 2, 04381.
então:
1p
σvm = 2, 04381
10
σvm = 0, 142962
Vv = 16, 86 ± 0, 14 segundos
9
3 Conclusões
A partir dos experimentos realizados, podemos realizar algumas observações importantes
sobre as medidas de tempo e como foi realizado seu tratamento estatístico.
Para o Experimento I, que mediu o tempo médio de reação dos participantes, vemos
como foi precisa a informação do tempo médio sendo este dado em segundos. Se fossemos
utilizar unidades temporais maiores, como horas, dias, meses ou anos, iriamos gerar valores
muito pequenos e de difícil tratamento estatístico. Quanto maior fossem essas escalas, menor
seriam os números coletados e mais difícil seria a interpretação do tempo exato de que estávamos
falando. Por outro lado, se adotássemos unidades de tempo muito pequenas, também teríamos
problemas na visualização dos dados, já que esses valores seriam muito altos. Por esse motivo
precisamos encontrar a escala adequada para que os resultados de determinado experimento
sejam claros e satisfatórios.
No Experimento II, que mediu o tempo para a ocorrência de 10 oscilações do pêndulo,
vimos como é importante expressar o valor verdadeiro de forma explícita, apresentando um
intervalo onde a medida exata deve estar, em vez de fornecer unicamente o valor médio. Princi-
palmente quando se trata de um movimento bem definido, como o do pêndulo, que realiza a sua
oscilação dentro de um tempo definido. Porém, se quiséssemos tentar registrar o tempo x de uma
única medida com um cronômetro, poderíamos fazer:
∆x
x = x̄ ± (6)
2
onde x̄ é o valor da leitura feita e ∆x é a menor subdivisão avaliada da escala do cronô-
metro.
Mas, se tivermos um conjunto de leituras, como foi no caso do nosso segundo experi-
mento, podemos estimar que o valor verdadeiro Vv está em um intervalo dado pela Equação 5:
Vv = V̄ ± σvm
10
Bibliografia
CRUZ, C.; FRAGNITO, H.; COSTA, I.; MELLO, B. Guia para Física Experimental Caderno
de Laboratório. [S.l.]: sn, 1997.
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