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Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Instituto de Física
Departamento de Física Teórica

Relatório de Experimento
Queda Livre

Maria Eduarda Barreto Rocha (202310390011)


Rafael Gonçalves Amaral (202120480311)
Engenharia Química

Professor: Bruno Mintz

16 de Abril de 2024
Rio de Janeiro
1. Introdução

A queda vertical de um objeto perto da superfície da Terra, desprezando atrito e


empuxo, pode ser descrita pela equação horária:

𝑦(𝑡) = 𝑦₀ + 𝑣₀𝑡 + ½𝑎𝑡²

onde x0 é a posição inicial (em t = 0 ) do objeto em relação ao nível de referência


x0 é a velocidade nesse mesmo instante de tempo e a é a aceleração do objeto. No
caso do movimento de queda livre, se escolhermos a orientação do eixo y tal que
ele aponte para o centro da Terra e, considerando que o objeto é largado do
repouso (v0 = 0) e que percorrerá uma distância h, podemos reescrever as
2
𝑔𝑡 2
equações 𝑣 = 𝑔𝑡 ℎ = 2
ou até 𝑣 = 2𝑔ℎ quando não é possível determinar o

tempo.

2. Objetivo

O objetivo deste experimento é estudar o movimento de queda livre, medindo o


tempo de queda de um objeto a partir de uma determinada altura fixa por meio de
um cronômetro manual e determinar o valor da gravidade local.

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3. Parte Experimental

3.1 Materiais
➝ Cronômetro do celular (precisão de 0,01s);
➝ Pedaço pequeno de giz (Objeto pequeno de escolha);
➝ Régua / Trena;
➝ Caderno ou objeto para anotações.

3.2 Procedimentos
➝ Com a ajuda de uma régua ou trena, ajuste a queda para uma altura de
80cm (h=80cm);
➝ Em dada altura solte o pedaço pequeno de giz e, com o auxílio de um
cronômetro, meça o tempo simultaneamente e pare assim que o giz tocar o
ponto de referência;
➝ Repita esse procedimento cerca de cem vezes (N=100);
➝ Anote os dados obtidos, construa uma tabela de acordo com suas
respectivas ocorrências e crie um histograma incluindo a média do tempo
obtida a partir dos tempos anotados.

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4. Resultados e Conclusões

Figura 1: Dados obtidos do experimento.

A média experimental dos tempos obtidos foi de 0,481s. Com esse valor é possível
calcular a aceleração da gravidade:

ℎ= ( ) 𝑔𝑡²
2

0,481𝑡²
0, 80 = 2

g≃6,92m/s2

Tendo em vista o valor real de g de 9,81m/s2, o erro estimado aproximado foi de:
E = 9,81-6,92= 2,89m/s2

Em relação ao tempo medido e o valor verdadeiro da aceleração da gravidade, é


possível calcular o erro em relação ao tempo medido:

ℎ= ( ) 𝑔𝑡²
2

9,81𝑡²
0, 80 = 2

𝑡𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 = 0,404s

E= 0,481-0,404 = 0,77s

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Além da média do tempo experimental, também foi possível calcular o desvio
Σ(𝑥𝑖−𝑥)
padrão das amostras obtidas, dado por 𝑆 = 𝑁
= 0,053s.
𝑆 0,05
Dado as incertezas, temos a experimental σ𝑒 = = 10
= 0, 005𝑠 e a sistemática
𝑁
𝐿𝑟 0,0053
(contando com o tempo de reação humana de 0,05s) σ𝑠 = 2
= 2
= 0, 0025𝑠.
Com isso, podemos calcular a incerteza total do experimento
σ = σ𝑒 + σ𝑠 = 0, 0053 + 0, 0025 = 0, 008𝑠.

Com a média dos tempos obtidos e a incerteza total calculada, podemos, então,
obter o valor do tempo experimental, dado por:
𝑡𝑒𝑥𝑝 = (𝑡 ± σ)

𝑡𝑒𝑥𝑝 = 0, 481 ± 0, 008 𝑠

Por fim, realizando o teste de compatibilidade dado por:


||𝑡 |
| 𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜−𝑥||
𝑟= 2σ

Temos
|0,404−0,481|
2*0,008
≃5

Através dos critérios de compatibilidade, identificamos que o valor seja maior que 2,
logo, concluímos que o experimento seja incompatível (r > 2; r = 5).

Figura 2. Histograma feito com dados obtidos do experimento.

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5. Referências

● Estimativas e Erros em Experimentos de Física - Física Geral - Departamento


de Física Teórica, UERJ;
● ROTEIRO DO EXPERIMENTO 1: Medida do tempo de queda de uma esfera
- Vilela A., Mintz B., Skea J., Palhares L., Begalli M., de Fátima M.;
● https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2926270/mod_resource/content/0/Tra
tamento%20de%20dados.pdf#:~:text=Incerteza%20sistemática%20residual%
3A%20erros%20sistemáticos,chamada%20de%20incerteza%20sistemática%
20residual - Tratamento de dados e representação das incertezas em
resultados experimentais - USP, Universidade de São Paulo.

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