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Departamento de Ciências Naturais

Física Experimental II

PÊNDULO FÍSICO

Luiz Charles Oliveira da Silva

Mateus de Paula dos Santos Silva

Istefânia Aparecida Bedesque

Curso de Física

Prof. Edson Wander Dias

Semana de 04/04 a 18/04

2022

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1. INTRODUÇÃO TEÓRICA

O pêndulo físico consiste simplesmente de um corpo rígido suspenso por um ponto que não
esteja localizado sobre seu centro de massa, de modo que, quando submetido a pequenos
deslocamentos angulares em relação à direção vertical, realiza um movimento oscilatório sob a
ação da força gravitacional. Um caso particular do pêndulo físico é o pêndulo simples, onde uma
massa pontual é conectada a uma haste de peso desprezível, suspensa por uma de suas
extremidades. Esses sistemas físicos exibem uma propriedade muito importante: seu movimento é
periódico e se considerarmos pequenas amplitudes de deslocamento, seu período depende
apenas da distância do ponto de suspensão a seu centro de massa, da aceleração da gravidade no
local e da distribuição de sua massa em torno de seu centro de massa.

Com o pêndulo físico calculamos medidas precisas da aceleração da gravidade. A relação


do período do pêndulo pode ser usada também para determinar o momento de inércia de qualquer
formato.

Logo, o pêndulo físico é diferente do pêndulo simples, pois o período da oscilação de um


pêndulo físico depende da massa, já o pêndulo simples não precisa de massa

2. OBJETIVOS

O objetivo desse experimento é avaliar e comparar grandezas da análise mecânica de um


pêndulo físico. Para isso, serão analisados o período, o ângulo de lançamento, o comprimento da
régua e a relação com o Movimento Harmônico Simples. Com dados obtidos de acordo com
critérios analisados é possível determinar a aceleração da gravidade que o objeto está sujeito e
também comparar os valores de tempo encontrados em relação a massa do objeto.

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3. MATERIAIS UTILIZADOS

- Uma barra de metal com 1 metro e meio de altura;

- Uma haste de metal para suporte;

- Paquímetro (erro de ± 0,05mm);

- Trena (erro de ± 0,6 mm);

- Cronômetro (erro de ± 0,01 s);

- Transferidor;

4. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

Para iniciar o procedimento é necessário fixar a haste de metal na barra vertical e analisar
se o objeto está com alguma inclinação, caso esteja corrija para que fique o mais firme possível
para que não ocorra erros nas medidas. Prenda a régua nesta haste e defina um comprimento de
sua preferência. Para a primeira medição utilizamos 37.7 cm da régua e a partir desse valor
diminuímos o comprimento da régua para as demais medidas. Em seguida, segure a régua até um
determinado ângulo e deixe oscilar, lembrando que o objeto precisa voltar a sua posição inicial, e o
ângulo tem que ser menor ou igual a 10º, pois a relação para calcular a gravidade mudará e
precisarão de ajustes. Ao completar 5 oscilações, travamos o cronômetro e o período foi anotado
em uma tabela. Realizamos 4 variações de comprimento e 5 medições de período para cada
variação, no total foram 20 medidas.

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5. RESULTADOS

Com todos os dados coletados e organizados, somos capazes de calcular as médias dos
períodos, o erro aleatório e os valores médios dos períodos ao quadrado.

ERRO ALEATÓRIO DOS PERÍODOS

L1(m) T1(s) L2(m) T2(s) L3(m) T3(s) L4(m) T4(s)


0,377 8,59 0,345 8,09 0,294 7,90 0,253 7,62
0,377 8,53 0,345 8,12 0,294 7,75 0,253 7,63
0.377 8,56 0,345 8.00 0,294 7,88 0,253 7,72
0,377 8,57 0,345 8,22 0,294 7,94 0,253 7,75
0,377 8,59 0,345 8,03 0,294 7,91 0,253 7,78

Figura 1 – Medições feitas durante o experimento.

De acordo com SI e com as medidas acima as incertezas de L é ± 0,005 m e t é ± 0,05 s

VALORES MÉDIOS DOS PERÍODOS

T1(s) T2(s) T3(s) T4(s)


8,5 8,1 7,9 7,7

Figura 2 – Valores médios dos períodos do pêndulo físico.

ERRO ALEATÓRIO DOS PERÍODOS

T1(s) T2(s) T3(s) T4(s)


0,01 0,03 0,03 0,03

Figura 3 - Erro aleatório dos períodos.

VALORES MÉDIOS DOS PERÍODOS AO QUADRADO

T1²(s) T2²(s) T3²(s) T4²(s)


73,41 65,48 62,03 59,29

Figura 4 – Valores médios dos períodos T ao quadrado.

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Para encontrar cada resultado encontrados acima, utilizamos as seguintes formulas


abaixo:

Equação para calcular o valor médio:

(Equação 1)

Nesta etapa, primeiramente, precisamos calcular o desvio padrão. Faz-se necessário


para quantificar o grau de dispersão das medidas em relação ao valor médio. Que se dá através da
seguinte relação:

(Equação 2)

Em seguida, descobrimos o desvio padrão da média ou erro aleatório. Tal medida se


torna mais exata quanto maior for o número de medidas envolvidas. A formula pode ser escrita da
seguinte forma:

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(Equação 3)

Momento de inércia de um pêndulo físico

Figura 5 – Representação de um pêndulo físico.

Onde “cm” é o centro de massa, D é a distância da origem ao centro de massa, m é a


massa da barra, e g a gravidade, ɸ é o ângulo de lançamento (amplitude de oscilação).

Para pequenas oscilações um pêndulo físico realiza um movimento periódico. A


expressão abaixo mostra o período de oscilação que está relacionado com o movimento de inércia
do corpo em relação ao eixo de rotação, à massa total e a distância entre o ponto de suspensão e
o centro de massa pode ser calculado pela seguinte equação:

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T =2 π ( mgD
√I
) (Equação 4)

T: período de oscilação (tempo de uma oscilação);

I: momento de inércia em relação ao eixo de rotação;

M: massa da barra;

g: gravidade;

D: distância do centro de massa até o eixo de rotação.

A relação do período do pêndulo pode ser usada também para determinar o momento
de inércia de qualquer formato

O momento de inércia em torno de um eixo passando por P, paralelo ao eixo que passa
pelo centro de massa e é perpendicular à peça retangular, é dado pelo teorema do eixo paralelo,
que segue a equação abaixo:

I =Icm+ Mh ² (Equação 5)

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I = Momento de inércia até o eixo de rotação

Icm = Momento de inércia em torno do centro de massa

M= Massa do objeto usado

X= distância do centro de massa até o eixo de rotação

A fórmula do momento de inércia para uma haste de uma certa largura H é dado pela
seguinte fórmula:

Icm= ( 121 ) m(L + H + E ²)


2 2
(Equação 6)

Substituindo e simplificando as equações 4 e 5 obtém-se:

2 π ( √ Icm+ m D2 )
T= (Equação 7)
mgD

Utilizando a sexta equação e substituindo os valores, temos:

T =2 π √ L2 + H 2 + E 2 + D (Equação
12 gD g
8)

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Simplificando e elevando os lados ao quadrado para eliminar a raiz obtemos:

( )
2 2 2 2
2 4π L +H +E
T = +D (Equação 8.1)
g 12 D

De acordo com os resultados obtidos através do experimento, substituindo na formula


acima conseguimos obter o resultado do período, o valor encontrado para todas as alturas foi de
1,46s.

Abaixo, foi montado o gráfico do experimento de um pêndulo físico.

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Período (s)

0
0 10 20 30 40 50 60
Distância do Centro de Massa (cm)

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6. CONCLUSÃO

Após todos os dados coletados no experimento, podemos concluir que o período de


oscilação de um pêndulo não depende do material de que ele é feito, do peso que é colocado a
oscilar em sua extremidade e nem do deslocamento dele com relação à posição em que ele fica
estático, em equilíbrio, que é a posição vertical. Mas sim a aceleração da gravidade isso foi
verificado por conta das medidas do período de oscilação para vários comprimentos e usando
pêndulos com diferentes pesos e materiais.

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