Você está na página 1de 8

Ministério da Educação

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ


Campus Londrina

NOME DO CURSO QUE OFERTA A DISCIPLINA

DISCIPLINA: FÍSICA 2 – FI62A – TURMA- EM32

EXPERIMENTO:

Movimento Harmônico Simples

DISCENTES
Beatriz Feitosa
Jonathan Allef
Lukas Tatsuya Nakayama
Matheus da Silva Rodrigues

DOCENTE
Prof. Dr. Fernando da Silva
Alves

Londrina, 24 de maio de 2019.


Movimento Harmônico Simples

1 – Introdução
O Movimento Harmônico Simples é um movimento oscilatório que se repete em
intervalos de tempo iguais, ou seja, é um movimento periódico. Como as equações do
movimento periódico são expressas a partir das funções seno e cosseno, ele também é
chamado movimento harmônico, onde a aceleração e a força resultante são
proporcionais e opostas ao deslocamento.

2 – Materiais
• Chumbada com gancho;
• Conjunto de massas aferidas;
• Cronômetro digital;
• Haste metálica de 50 cm;
• Metros de fio de algodão;
• Mola helicoidal;
• Mufa com haste metálica para acoplamento;
• Régua;
• Suporte universal;
• Trena.

3 – Procedimento experimental
Para o experimento 1 deve-se posicionar o suporte universal com a mufa com
haste metálica sobre a bancada e montar nela um pêndulo utilizando a chumbada com
gancho e o fio de algodão. Medir a distância entre o fio preso pela haste e o plano da
bancada. Através da fórmula x = L.senθ, calcular a amplitude x do pêndulo no plano da
bancada para o comprimento do fio L considerando um ângulo de 3°. Com o auxílio de
uma régua, marcar essa amplitude e deslocar o pêndulo de seu ponto de equilíbrio até essa
medida x. Utilizando o cronômetro digital, cronometrar o tempo de duração de uma série
de 30 oscilações, para obter a duração do período para um único ciclo e associar um erro
de 0,5 segundos. Obter os dados desse experimento para o fio com comprimento de 140
cm, 120 cm, 100 cm, 80 cm e 60 cm, bem como realizar a duplicata do experimento para
cada comprimento de fio, associar uma incerteza ao comprimento do fio considerando a
incerteza na medição e a extensão da trena. Anotar todos os valores obtidos bem como as
incertezas na tabela 1. Ainda na mesma calcular o período T considerando a média
aritmética do intervalo de tempo de 30 oscilações. Com os valores do período para cada
comprimento de fio, calcular o valor da aceleração da gravidade local através da fórmula
T = 2.π.(L/g)^½ e com esses valores calcular seu valor médio e seu desvio padrão da
média. Construir o gráfico 1 de T(L) da duração do período em função do comprimento
L do fio para avaliar o comportamento da curva da dependência do período pelo
comprimento do fio. Acrescentar na tabela os valores de ln(L) e de ln(T) com base na
equação ln(T) = A + B.ln(L) . Através desses valores construir o gráfico 2 de ln(T) por
ln(T) para avaliar a dependência do período em função do comprimento do fio e
determinar a constante g do local. Comparar o valor da gravidade local de Londrina
(9,786 m/s²) com os valores obtidos através do período de oscilação e pelo gráfico 2.
Para o experimento 2 deve-se montar o sistema massa-mola no suporte universal.
Medir a massa do sistema (suporte + massa do peso) bem como sua incerteza e colocar
na extremidade inferior da mola. Com a mola estável, puxar o suporte com massa 1 cm
para baixo e utilizando o cronômetro marcar o tempo de duração de uma série com 30
oscilações. Obter os dados desse experimento para o suporte com a combinação de massas
de 50 g, 70 g, 100 g, 120 g, 150 g e 170 g, bem como realizar a duplicata do experimento
para cada combinação de massas. Calcular o período T considerando a média aritmética
do intervalo de tempo de 30 oscilações e anotar os valores obtidos e suas incertezas na
tabela 2. Utilizar os valores calculados do período, para cada combinação de massa na
equação T = 2.π.(m/k)^½ para calcular o valor da constante elástica k da mola. Calcule a
média aritmética e o desvio padrão da média dos valores da constante de mola. Construir
o gráfico 3 de T(m) do período T em função da massa m. Acrescentar na tabela 2 os
valores de ln(T) e de ln(m). Construir o gráfico 4 de ln(T) por ln(L) para avaliar a
dependência do fio e determinar a constante elástica da mola e encontrar a constante
elástica k da mola. Comparar o valor real da constante elástica da mola de 15N/m com os
valores obtidos.
4 – Dados Experimentais

Tabela 1 – Dados prática 1

Índice Comprimento do fio (m) Intervalo de tempo de 30 oscilações (s) Período (s) ln(L) ln(T)
1 1,405±0,003 71,79±0,50 2,39±0,02 0,34004 0,87255
2 1,205±0,003 66,63±0,50 2,22±0,02 0,18648 0,79796
3 1,005±0,003 60,64±0,50 2,02±0,02 0,00499 0,70368
4 0,800±0,003 54,78±0,50 1,83±0,02 -0,22314 0,60222
5 0,595±0,003 47,02±0,50 1,57±0,02 -0,51919 0,44948

Tabela 2 – Dados prática 2

Índice Massa (kg) Intervalo de tempo de 30 oscilações (s) Período (s) ln(m) ln(T)
1 0,0564±0,0001 17,40±0,50 0,58±0,02 -2,87493 -0,54473
2 0,0765±0,0001 20,16±0,50 0,67±0,02 -2,57007 -0,39774
3 0,1065±0,0001 23,78±0,50 0,79±0,02 -2,2398 -0,23214
4 0,1265±0,0001 25,84±0,50 0,86±0,02 -2,06751 -0,14927
5 0,1566±0,0001 28,54±0,50 0,95±0,02 -1,85406 -0,04989
6 0,1767±0,0001 30,36±0,50 1,01±0,02 -1,73336 0,01209
5 – Cálculos e Análise

5.1 – Incerteza do período

𝑇 = 𝑡/30

𝑑𝑇 2
∆𝑇 = √( ) ∙ (∆𝑡)2
𝑑𝑡

1 2

∆𝑇 = ( ) ∙ (0,5 𝑠)2
30
∆𝑇 ≅ 0,0167 𝑠

5.2 – Cálculo da aceleração da gravidade local

Tabela 3 – Valores da aceleração da gravidade para cada período

Índice Aceleração da gravidade local (m/s2)


1 9,686±0,047
2 9,644±0,049
3 9,712±0,053
4 9,470±0,057
5 9,560±0,066

Os valores de aceleração da gravidade local foram calculados seguindo a equação


2
√𝐿
𝑔 = (2. 𝜋. )
𝑇

A incerteza propagada para cada valor da aceleração da gravidade local foi


calculada seguindo a equação

𝑑𝑔 2 𝑑𝑔 2

∆𝑔 = ( ) ∙ (∆𝐿) + ( ) ∙ (∆𝑇)2
2
𝑑𝐿 𝑑𝑇

3 2
2
8 𝐿2 4. 𝜋. √𝐿
∆𝑔 = √( . 𝜋. ) ∙ (∆𝐿)2 + (− ) ∙ (∆𝑇)2
3 𝑇 𝑇2
1

0,9

0,8

0,7
y = 0,4897x + 0,7058
0,6 R² = 0,9995

0,5

0,4

0,3

0,2

0,1

0
-0,6 -0,4 -0,2 0 0,2 0,4

Figura 1 – Gráfico de ln(T) em função de ln(L)

Aceleração segundo os parâmetros obtidos

𝐵 = ln(2. 𝜋) − 𝐴. ln(𝑔)
𝐴 2. 𝜋
𝑔= √
𝑒𝐵
𝑔 ≅ 10,092 𝑚/𝑠 2

5.3 – Cálculo da constante elástica da mola

Tabela 4 – Valores da constante de elasticidade para cada período

Índice Constante elástica da mola (N/m)


1 6,621±0,027
2 6,694±0,023
3 6,688±0,020
4 6,731±0,018
5 6,831±0,016
6 6,809±0,015

Os valores das constantes de elasticidade foram calculados segundo a equação


2
√𝑚
𝑘 = (2. 𝜋. )
𝑇

A incerteza propagada para cada valor do coeficiente de elasticidade foi


calculada segundo a equação
𝑑𝑘 2 𝑑𝑘 2
∆𝑘 = √( ) ∙ (∆𝑚)2 + ( ) ∙ (∆𝑇)2
𝑑𝑚 𝑑𝑇

3 2
2
8 𝑚2 4. 𝜋. √𝑚
∆𝑘 = √( . 𝜋. ) ∙ (∆𝑚)2 + (− ) ∙ (∆𝑇)2
3 𝑇 𝑇2

0,1

0
-3,5 -3 -2,5 -2 -1,5 -1 -0,5 0
-0,1
y = 0,4874x + 0,8567
R² = 0,9999
-0,2

-0,3

-0,4

-0,5

-0,6

Figura 2 – Gráfico de ln(T) em função de ln(m)

Constante elástica segundo os parâmetros obtidos

𝐵 = ln(2. 𝜋) − 𝐴. ln(𝑘)
2. 𝜋
𝐴
𝑘= √
𝑒𝐵
𝑘 ≅ 7,486 𝑁/𝑚
6 – Conclusões

Em um pêndulo simples quanto maior o comprimento (L) maior é o tempo (s) de


oscilação, ou seja, o período é mais lento conforme o aumento do comprimento. A
aceleração da gravidade também está relacionada ao comprimento. No sistema massa-
mola, aumentando a massa também aumenta-se o tempo do período. O valor da contante
elástica foi encontrada para cada período.

7 – Referências

1. HALLIDAY, David,; RESNICK, Robert,; WALKER, Jearl. Fundamentos de física. 8.


ed. Rio de Janeiro, RJ: LTC, c2009. 4 v. ISBN 9788521616054 (v.1).

Você também pode gostar