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Ministério da Educação

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ


Campus Londrina

ENGENHARIA DE MATERIAIS

DISCIPLINA: FÍSICA 2 – FI62A – TURMA- EM32

EXPERIMENTO:

Dilatação Linear

DISCENTES
Beatriz Feitosa
Jonathan Allef
Lukas Tatsuya Nakayama
Matheus da Silva Rodrigues

DOCENTE
Prof. Dr. Fernando da Silva Alves

Londrina, 20 de abril de 2019.

E3.1
Dilatação Linear

1 – Introdução

Dilatação linear é o aumento de volume que acontece em apenas uma dimensão, no seu
comprimento. É um processo exclusivo dos materiais sólidos submetidos a aquecimento
térmico.
O aumento da dimensão de um corpo é proporcional ao aumento da sua temperatura, ou
seja, quanto maior a temperatura, maior a dilatação.
Além disso, a dilatação depende também do tipo de material de que o corpo é feito, motivo
pelo qual é muito importante considerar os respectivos coeficientes.

Fórmulas utilizadas:

𝛼1 − 𝛼2
∆𝛼 =
2√3

∆𝐿 = 𝐿0 × α × ∆𝜃

E3.2
2 – Materiais

• Balão de destilação de 250ml;


• Béquer de vidro de 250ml;
• Caixa de fósforos;
• Conjunto de dilatação linear: base e hastes;
• Garra com mufa;
• Lamparina com álcool;
• Luvas térmicas;
• Paquímetro;
• Papel toalha;
• Pares de tubos metálicos (3 metais diferentes);
• Relógio comparador;
• Rolha com furo e termômetro;
• Termômetro químico;
• Tubo de silicone e encaixe metálico.

3 – Procedimento experimental
O sistema experimental para estudo da dilatação linear AZEHEB deve ser montado
da seguinte forma; posicione e fixe sobre a base quatro hastes, uma para o relógio, duas para
o suporte do corpo de provas e uma para fixação do balão destilador. Prenda a mufa com
garras na haste para o balão e o balão destilador na mufa. Encaixe a mangueira de silicone
com conexão no balão e coloque-a dentro no béquer. Posicione o relógio comparador na haste
de extremidade oposta ao balão. O conjunto deve se parecer com a seguinte imagem:

Figura 1 – Conjunto experimental para estudo da dilatação linear AZEHEB.

E3.3
Para o experimento deve-se identificar e separar os pares de corpos de prova por
características em comum, como cor e peso. Encher o balão destilador até a metade com
água. Acender a lamparina de álcool usando um fósforo e posicioná-la logo abaixo do balão
destilador. Bloqueie a entrada do balão usando a rolha com termômetro.
Escolher arbitrariamente um corpo de prova para começar o experimento e posicioná-
lo através dos suportes da base, prendendo seu lado oposto ao relógio através do suporte
fixador. Encaixar e prende na sua outra extremidade um manipulo de modo que este esteja
empurrando a ponta do relógio comparador e alterando seu valor. Zerar o relógio comparador
girando seu lado externo. Medir a distância (L0x) entre o parafuso que fixa o corpo de prova
e a barra do manipulo que empurra a ponta do relógio, medir também o diâmetro do parafuso
fixador como medida de incerteza. Medir a temperatura inicial (T0) do corpo de prova usando
o termômetro químico. Conectar a mangueira ao corpo de prova usando a conexão metálica
e esperar a até o vapor de água que esteja saindo de dentro do balão saia também pela
extremidade do corpo de prova. Posicionar papel toalha nessa extremidade para evitar
bagunça desnecessária. Assim que não houver mais alteração na medição do relógio, anotar
seu dado como variação de dilatação (ΔL0x) bem como a temperatura final (T) medida pelo
termômetro no interior do balão. Usando luva térmica, retirar a mangueira do corpo e colocá-
la no béquer, retirar o suporte fixador e o manipulo do corpo de prova e separá-lo. Realizar
as etapas anteriores para os demais corpos de prova, anotando todos os dados numa tabela.

E3.4
Utilizando as fórmulas de dilatação linear e dados coletados, calcular os coeficientes
de dilatação linear bem como seu erro e coeficientes médios para cada um dos pares de tubos
metálicos e agrupá-los em uma tabela. Comparar os valores obtidos com tabelas oficiais de
modo a caracterizar o material de cada par de tubo.

E3.5
4 – Dados Experimentais

Tabela 1 – Dados coletados na prática de dilatação linear de sólidos

Elemento X Elemento Y Elemento Z


Corpo 1 Corpo 2 Corpo 3 Corpo 4 Corpo 5 Corpo 6
T01 (°C) T02 (°C) T03 (°C) T04 (°C) T05 (°C) T06 (°C)
30±1 30±1 30±1 30±1 30±1 30±1
T1 (°C) T2 (°C) T3 (°C) T4 (°C) T5 (°C) T6 (°C)
96±1 96±1 96±1 96±1 96±1 96±1
L01 (mm) L02 (mm) L03 (mm) L04 (mm) L05 (mm) L06 (mm)
143,7±8,1 144,1±8,1 143,6±8,1 126,3±8,1 143,5±8,1 143,7±8,1
ΔL01 (mm) ΔL02 (mm) ΔL03 (mm) ΔL04 (mm) ΔL05 (mm) ΔL06 (mm)
0,26±0,01 0,27±0,01 0,19±0,01 0,13±0,01 0,11±0,01 0,13±0,01

Tabela 2 – Análise dos dados da prática de dilatação linear

Elemento X Elemento Y Elemento Z


Corpo 1 Corpo 2 Corpo 3 Corpo 4 Corpo 5 Corpo 6
ΔT1 (°C) ΔT2 (°C) ΔT3 (°C) ΔT4 (°C) ΔT5 (°C) ΔT6 (°C)
66 66 66 66 66 66
α1 (°C-1) α2 (°C-1) α3 (°C-1) α4 (°C-1) α5 (°C-1) α6 (°C-1)
2,69.10-5 2,84.10-5 2,00.10-5 1,56.10-5 1,16.10-5 1,37.10-5

αmx (°C-1) αmy (°C-1) αmz (°C-1)


2,76.10-5 1,78.10-5 1,27.10-5
σαmx (°C-1) σαmy (°C-1) σαmz (°C-1)
0,19.10-5 0,16.10-5 0,14.10-5

E3.6
5 – Cálculos e Análise
5.1 – Coeficiente de Dilatação Linear
Calculamos o coeficiente de dilatação linear de cada elemento segundo a
relação
∆𝐿
∆𝐿 = 𝐿0 . 𝛼. ∆𝑇 ⇒ 𝛼 =
𝐿0 . ∆𝑇
e αm é a média aritmética dos coeficientes dos dois corpos de cada elemento.

5.2 – Erro propagado do Coeficiente de Dilatação Linear


O erro propagado ao coeficiente de dilatação linear foi calculado segundo a
equação

𝜕𝛼 2 𝜕𝛼 2 2 𝜕𝛼 2
∆𝛼 = √( 2
) ∙ ∆(∆𝐿) + ( ) ∙ ∆𝐿0 + ( ) ∙ ∆(∆𝑇)2
𝜕∆𝐿 𝜕𝐿0 𝜕∆𝑇

2
1 2 ∆𝐿 ∆𝐿 2
∆𝛼 = √( ) ∙ ∆(∆𝐿)2 + (− 2 ) ∙ ∆𝐿0 2 + (− 2
) ∙ ∆(∆𝑇)2
𝐿0 . ∆𝑇 𝐿0 . ∆𝑇 𝐿0 . ∆𝑇

O erro do coeficiente de dilatação linear final foi calculado segundo a equação

𝜎𝛼𝑚 = √∆𝛼𝑚 2 + ∆𝐸 𝛼 2

onde
∆𝛼1 +∆𝛼2 ∆𝛼𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 −∆𝛼𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟
∆𝛼𝑚 = e ∆𝐸 𝛼 =
2 2√3

E3.7
6 – Conclusões
O aumento da temperatura faz com que aumente o grau de agitação das moléculas, isso quer
dizer que é preciso mais espaço para que elas se movam, havendo assim uma expansão,
observável pelo comprimento do sólido dilatando linearmente.
Alguns sólidos se dilatam mais que outros, isso depende do material, pois cada um possui
seus respectivos coeficientes de dilatação e a partir disso, dos materiais que ainda eram
desconhecidos, conseguimos descobrir quais materiais se tratavam.

7 – Referências

1. HALLIDAY, David,; RESNICK, Robert,; WALKER, Jearl. Fundamentos de


física. 8. ed. Rio de Janeiro, RJ: LTC, c2009. 4 v. ISBN 9788521616054 (v.1).

E3.8

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