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Departamento de Física
2022
Resumo
Neste relatório foi descrito um experimento conduzido por alunos do curso de Física Médica
que buscavam estudar o princípio de sistemas conservativos e não conservativos. Foram
analisados princípios algébricos, a partir do trabalho e energia cinética visualizando formas de
propagar as incertezas introduzidas pelo método experimental. Ao final dos procedimentos e
análises, mesmo conseguindo estimar adequadamente as constantes elásticas das molas, não
foi possível validar adequadamente o teorema da energia cinética para sistemas conservativos,
crendo em possíveis erros de medida do comprimento da mola comprimida com massa.
Entretanto, foi possível verificar uma validade adequada considerando as dissipações de
energia, os valores realmente não deveriam ser iguais em sistemas não conservativos.
MATERIAIS UTILIZADOS
- Cronômetro
- Balança
- Régua
- Duas molas
- Suporte de massa para as molas
- Massas metálicas de mola
- Rampa metálica
- Material de madeira
- Material de ferro
1. Foi variado o plano de forma que a componente horizontal da força gravitacional ficasse na
eminência de superar a força de atrito estático, ou seja, na inclinação máxima (θC madeira = 34,5°;
θC ferro = 22,8°) não ocorre deslizamento. A medida foi feita 5 vezes para cada corpo e anotada
em tabelas.
2. Utilizamos uma inclinação ligeiramente maior que a inclinação crítica e foi completada uma
tabela medindo o tempo t que no qual o bloco percorreu a distância x, tomando cuidado para
que a contagem de tempo se iniciasse a partir do repouso do bloco, anotando o ângulo indicado
no transferidor.
3. Para obter os demais dados necessários para validar o TEC, foi escolhida a massa
conveniente Mmadeira = 0,022 kg e Mferro = 0,274 kg.
4. Verificou-se o TEC para o sistema massa-mola, encontrando o valor das constantes elásticas
K de cada uma das duas molas, colocando diferentes massas na extremidade solta da mola e
medindo a deformação causada, anotando os valores.
5. De acordo com as 5 massas obtidas, a mola foi comprimida até uma posição y1 fixa e solta.
Foi determinada com precisão a posição mais baixa y2 atingida pela mola após ser liberada, e
os valores foram devidamente anotados. No início, foi colocada uma massa pequena e
suficiente para abrir as espirais da mola, desprezando o valor durante a verificação da equação:
Resultados e Discussões
Para o coeficiente de atrito cinético, foram usados sensores com distância x medida e
foram coletado o tempo de queda de cada bloco quando submetido ao ângulo maior que o
ângulo crítico.
Tabela 3 – Medições para coeficiente de atrito cinético
Material x (cm) m (g) t1 (s) t2 (s) t3 (s) t4 (s) t (s) θc θ
Madeira 36,5 22 0,74 0,61 0,55 0,507 0,60175 34,5° 35,5°
Ferro 36,5 274 0,654 0,642 0,59 0,572 0,6145 22,8° 24,5°
Tabela 02 – medições para coeficiente de atrito cinético;
2𝑥
𝜇𝑐 = tg(θ) − (equação 02)
gt2cos(θ)
Com o sistema pronto e com as massas do contrapeso determinadas, foi coletado os seguintes
dados (com m a massa do bloco e M a massa do contrapeso):
Assim, usando esta última linha e os valores da tabela, comparando os valores dos dois
lados da equação:
Considerando:
𝐹𝑦 = 𝑚𝑔 − 𝐾(𝑦 − 𝑦𝑜)
Como as velocidades em y1 e y2 são iguais a 0, temos que ΔEc = 0:
𝑦2
𝑊 = ∫ (𝑚𝑔 − 𝐾(𝑦 − 𝑦𝑜)𝑑𝑦 = ∆𝐸𝑐 = 0
𝑦1
Substituindo os valores da tabela 08 e comparando os valores dos dois lados da equação, temos
que:
Tabela 11 – Valores para o sistema conservativo
Trabalho 1º termo da Trabalho 2º termo da equação Módulo da soma
Mola
equação (j) (j) (j)
M1 0,331632 0,486396 0,154764
M2 0,43757 0,575985 0,138415
Como pode-se observar, os valores não se aproximam tanto de zero como o esperado
pelo TEC. Isso sugere que há perda de energia para alguma situação dentro do sistema, como
resistência do ar, no entanto se esperava um valor do módulo da soma mais próximo de zero.
Também sugere alguma possível medição errada dentro da tabela 08, levando a acreditar na
medição errada do valor y1, uma vez que se ele fosse um pouco maior o valor do módulo da
soma se aproximaria mais de zero.
Conclusão
GUIMARÃES, Osvaldo; PIQUEIRA, José Roberto; CARRON, Wilson. Física. São Paulo: Ática, v.
1, p. 2, 2016.