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1) INTRODUÇÃO:

Nosso mundo esta repleto de oscilações, nos quais objeto se


movem repetidamente de uma lado para o outro. Muitas são
simplesmente curiosas ou desagradáveis, mas outras podem ser
economicamente importantes ou perigosas.
O estudo e controle das oscilações são dois objetivos importantes
na física, e nesse capítulo discutiremos um tipo básico de
oscilação, o Movimento Harmônico Simples.
Nesse experimento, assim como no anterior, discutiremos o
conceito de Movimento Harmônico Simples (MHS). O sistema
utilizado nessa apostila, é o sistema massa-mola, que também
realiza um MHS
[ x (t )= Acos (ωt +φ)], e que com o decorrer do tempo a amplitude
diminui.
2)Constante Elástica:

Parte I: Parte Estática


a) Bases Teóricas
Um movimento oscilatório muito importante é o Movimento Harmônico
Simples, como o de um corpo sólido preso a uma mola. No equilíbrio, a mola não
exerce força sobre o corpo. Quando o corpo é deslocado de uma distância x a
partir de sua posição de equilíbrio, a mola exerce sobre ele uma força
– k x , dada pela lei de Hooke: F x =−kx , onde k é a constante de força
da mola, uma medida da sua rigidez. O sinal negativo indica que a
força é uma força restauradora, isto é, ela tem o sentido oposto ao do
deslocamento a partir da posição de equilíbrio.

b) Objetivos:

 Encontrar o k da mola a partir de gráficos;


 Descobrir a relação de proporcionalidade entre duas molas;
 Encontrar o k da mola teórico a partir de uma equação.

c) Materiais Utilizados:

 2 molas helicoidais;
 1 paquímetro;
 1 trena;
 4 massas de diferentes valores e um suporte de massa;
 Fio inextensível;
 Balança.

d) Procedimentos de execução:
Utilizaremos três maneiras diferentes de posicionar a mola, para que assim
possamos fazer três gráficos e descobrir a relação entre as constantes. No 1°
caso, utilizaremos 1 mola apenas, no 2° caso, 2 molas em paralelos e no 3° caso
2 molas em série.

1.º. Pese as 4 massas e o suporte na balança;


2.º. Meça o diâmetro da mola, diâmetro do fio da mola e o numero de
voltas que a mola possui
3.º. Meça o comprimento das molas com o paquímetro, considere
somente a parte em expiral;
4.º. Coloque uma massa suspensa (pode ser a de menor valor) por
um fio e um suporte (também anote a massa do suporte) de tal forma
que a massa fique em equilíbrio (sem oscilação) e anote a posição x 0 ;
5.º. Coloque uma massa no suporte, e anote o deslocamento da
mola;
6.º. Alterne as massas, já que medidos três valores para elas;
7.º. Repita o processo para o 2° e 3 ° caso, e anote todos os dados
em 1 tabela.

e) Dados obtidos experimentalmente:

Tabela 1. Dados da massa:

m1 m2 m3 m4
Massa (g) 20,00  0,05 20,25  0,05 19,20  0,05 20,25  0,05
Massa do suporte(g) = ms= 8,30  0,05

Tabela 2. Dados obtidos a partir do 1° caso: 1 mola.

m1 36,3  0,05 x 1(mm)


m 1+ m 2 53,4  0,05 x 2 (mm)
m1+ m2+ m3 69,00  0,05 x 3 (mm)
m1+ m2+ m3 +m4 86,10  0,05 x 4 (mm)
Comprimento inicial x 0 = 18,00  0,05 mm

Calculando ∆ x=x −x0 , temos a seguinte tabela: ∆ x (mm)


18,3
35,4
51
68,1

Tabela 2.a.

Tabela 3. Obtida através do 2° caso: 2 molas paralelas:

Massas (g) Mola 1 x❑ (mm) Mola 2 x❑ (mm) ∆ x médio (mm)

m1 25,00  0,05 28,60  0,05 26,8  0,05

m 1+ m 2 34,1  0,05 36,7  0,05 35,4  0,05

m1+ m2+ m3 42,4  0,05 44,00  0,05 43,2  0,05

m1+ m2+ m3 +m4 52,00  0,05 52,2  0,05 52,1  0,05


Tabela 4. Obtida através do 3° caso: 2 molas em série:

m1 91,35  0,05 x 1(mm)


m 1+ m 2 127,00  0,05 x 2 (mm)
m1+ m2+ m3 165,5  0,05 x 3 (mm)
m1+ m2+ m3 +m4 200,00  0,05 x 4 (mm)
Comprimento da mola 1 + mola 2 sem massa: x 0 = 48,8  0,05 mm

Calculando ∆ x=x −x0 , temos a seguinte tabela: ∆ x (mm)


42,55
78,20
116,70
151,20
Tabela 3.a.

Baseado na lei de Hooke, F x =−kx , vemos que o k da mola depende de uma


força aplicada sobre o sistema. No experimento realizado a força que atuou no
sistema foi a força peso. Como medidos os deslocamentos da mola em cada
caso, basta agora identificar qual foi a força peso exercida no sistema.
Como usamos as mesmas massas para todos os casos, a força peso
também será a mesma para todo o sistema.
A força peso é dada por: P=m. g ,onde g adotaremos como 980,665 cm/ s2 e m
é a massa medida na balança (Não se esqueça que na hora do calculo a massa
do suporte também conta).

Tabela 5. Obtida através da equação: P=m. g

Peso (Dina)
27.752,82
47.611,29
66.440,05
86.298,52 (Dado: Dina  m . cm/ s2 )

f) Gráficos:
Realizaremos 3 gráficos, um para cada caso e todos do modelo P x ∆ x .

1 – Gráfico do 1° caso:

Utilizaremos a Tabela 2.a e a Tabela 5. Trace a reta usando o método


dos mínimos quadrados.

F x =0+ k x

   
F❑=a+b x

Observando a relação acima, vemos que a constante k no gráfico será dada


encontrando o valor de b através do método dos mínimos quadrados.
Calculando, temos:
b = 1.178,41 dina/mm , sendo assim dado o valor da constante no
primeiro caso.
y −y
2
Achando pelo gráfico através da equação m= x −x
2
1

1
, onde m é o coeficiente
angular, temos que k é 1.161,31dina/mm, um valor bem próximo daquele que
obtivemos achando o b.

2 – Gráfico do 2° caso:

Utilizaremos a Tabela 3 e a Tabela 5.


Baseado no métodos utilizados antes, temos:
k = b = 2.322,58 dina/mm, e utilizando a equação temos m = 2.309,12
dina/mm.

3 – Gráfico do 3° caso:

Utilizaremos a Tabela 3.a. e Tabela 5.


Aplicando o mesmos métodos:
k = b = 533,26 dina/mm e m = 557,04 dina/mm.

G) Um k teórico:
Como já vimos e comprovamos, precisamos realizar muitos cálculos e
alguns experimentos para achar a constante de uma mola. Mas há a
possibilidade de se livrar disso, com apenas uma equação.
4
G . ∅ fio
k= 3
8 N . ∅ mola

Onde: G : modo de rigidez do aço = 80 x 10 N / m


9 2

∅❑
fio : Diâmetro do fio;
: Diâmetro da mola;

∅ mola

N : Número de voltas da mola.

Dados obtidos:

∅ fio (mm)

∅ mola (mm)
❑ N

0,55  0,05 10,7  0,05 36

Utilizando a tabela e a equação, temos o seguinte resultado para k ;


k = 20,748 N /m
2

H) Análise dos resultados:

A partir dos gráficos conseguimos encontrar k das molas usadas, e


baseando-se nesses resultados conseguimos deduzir algumas
proporcionalidades.
Note que no 1° caso, quando só há uma mola, temos uma valor para o k ,
quando dispomos as molas em paralelo (2° caso), vemos que essa constate
dobra de valor, e no 3° caso, o valor da constante cai pela metade.

Parte II: Parte Dinâmica: Oscilação Mecânica

a) Objetivo:

 Achar a massa m' teórica.


b) Materiais utilizados:

 1 mola helicoidal;
 1 trena;
 1 massa;
 Fio inextensível;
 Balança;
 Cronometro.

c) Procedimentos de execução:

1.º. Meça a massa da mola e da massa na balança;


2.º. Monte o sistema com o fio, suspenda a massa por ele e conecte
com a massa;
3.º. Meça o comprimento da mola antes de ser distendida e depois;
4.º. Desloque o sistema da condição de equilíbrio e coloque para
oscilar;
5.º. Com o auxilio de um cronômetro meça o tempo total para realizar
3 oscilações completas. Repita o procedimento mais 4 vezes.
Cuidado para não deformar a mola em excesso.
6.º. Marque os dados em uma tabela.

d) Dados obtidos:

Massa da mola (g) mm= 7,25  0,05

Massa suspensa (g) m s = 97,40  0,05

Mola sem a massa x 0= 6,4  0,05


(cm)
Mola com a massa x f = 35  0,05
(cm)

Usaremos duas equações para o calculo de uma massa teórica:

m. g
k=
∆x (1) , onde: m é a massa suspensa

g é a gravidade de 980,665 cm/ s2

∆ x=x f −x 0
k T2
m=
'

4 π2
(2) , onde: k é a constante elástica;

t médio
T é o período ( T =
5
)

Esse m' é a massa teórica que procuramos, ela será dada pela soma da
massa suspensa e a massa da mola. Esse valor terá que se aproximar da soma
104,65 g, que é a massa suspensa e a massa da mola só que realizado com a
ajuda da balança e da calculadora (massa experimental).
Realizando as oscilações do sistema, obtemos a seguinte tabela 2:

t 1 (s) t 2 (s) t 3 ( s) t 4 (s) t 5 (s ) t médio ( s) T (s)

3,10 3,07 3,06 3,05 3,10 3,08 0,02 1,030,006

Com os dados da tabela 2 e com a equação (1), temos um valor para k :


dina
k =3.339,95 8
cm
Vamos achar a massa teórica com a equação (2):

m =89,73 1,5g.
'

D=
| | , com essa relação conseguimos descobrir qual é o desvio
m ' −m
m'
percentual de uma massa para outra.: D = 14%.

e) Análise dos Resultados:


O resultado obtido a partir da equação para o calculo da massa teórica,
se aproximou da massa experimental, mas teve um desvio percentual alto. Há
causas que tenha influenciado esse erro, como a resistividade do ar, a
imprecisão na hora de marcar o tempo com o cronômetro.
f) Conclusão:

A realização desses experimentos nos permite conhecer melhor os


Movimentos Harmônicos Simples e os Amortecidos.
Esses tipos de experimento são importantes, pois são sistemas que regem
boa parte da área da física. Técnicas de um sistema massa-mola oscilando são
usadas para medir a massa de astronautas quando estão na orbita da Terra,
usados também em carros, no caso dos amortecedores.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ


CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS
DEPARTAMENTO DE FÍSICA
LABORATÓRIO DE FÍSICA II
CONSTANTE

ELÁSTICA

ACADÊMICO: Ana Maria Garcia Trzeciak RA: 83980


TURMA: 35 PROFESSOR: Breno
Local: Maringá Data: 05/09/2013

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