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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE FÍSICA

CONSTANTE ELÁSTICA DA MOLA - LEI DE HOOKE

Alan Cerqueira Bispo


Davi de Almeida Souza Carvalho
Emanoel Messias Dias Pereira Valverde
Laryssa Vanessa da Silva Nascimento
Sandro Guilherme Santos Souza

FEIRA DE SANTANA – BA
2022
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
DEPARTAMENTO DE FÍSICA

Relatório do experimento laboratorial


apresentado à Universidade Estadual de Feira
de Santana, Departamento de Física, como
avaliação sobre a Lei de Hooke.
Orientador: Carlos Eduardo Magalhães
Batista

FEIRA DE SANTANA – BA
2022
1. INTRODUÇÃO

Publicado em 1678 por Robert Hooke, Leituras de Potentia Restitutiva


estabelecia uma lei que provou que a força de tensão é proporcional à força de
deslocamento, essa lei ficou conhecida como lei de Hooke.

A força elástica é definida a partir da lei de Hooke. Essa lei afirma que
ao aplicar uma força externa em um corpo elástico, causando uma deformação,
haverá a ação de uma força restauradora de mesma direção, porém sentido
oposto à força externa. Quando a força cessa, se o material voltar ao seu
estado inicial, podemos dizer que a deformação está dentro do limite elástico,
mas se esse limite for ultrapassado o material recebe uma deformação
permanente. Por exemplo, ao esticar uma mola sem ultrapassar o seu limite
elástico e soltá-la, ela voltará ao seu estado original devido à essa força
restauradora, como mostra a Figura 1.

Figura 1 – Ação da força restauradora ao se esticar uma mola

x x

Δx
restauradora

De acordo com essa lei, a força elástica apresenta módulo igual à força
que é aplicada sobre a mola. Além disso, essa força é também igual ao produto
entre a constante elástica da mola (k), medida em newtons por metro (N/m), e
a deformação da mola (x), medida em metros.

Ao observar a figura, nota-se que a força F é diretamente proporcional


ao deslocamento sofrido pela mola Δx. Este comportamento é descrito pela Lei
de Hooke, onde k é a constante de elasticidade:

F = -k∆x

O sinal negativo na fórmula é devido ao sentido da força que sempre


será contrário ao sentido do deslocamento.
O dinamômetro, por exemplo, é um equipamento usado para medir a
massa de objetos utilizando a variação do comprimento de uma mola, no
interior. As imagens a seguir mostram exemplos de dinamômetros, Fig. 2 e 3.

Fontes: google e autores, respectivamente.

2. MATERIAIS UTILIZADOS
Balança de precisão;
1 mola de metal;
Suporte para mola com tripé e escala graduada;
Régua graduada de 40 cm;
Esquadro técnico;
Suporte aferido para massas;
Bancada nivelada;
Conjunto de massas aferidas.

3. EXPERIMENTO: Constante Elástica de uma Mola Utilizando a


Lei de Hooke.
Primeiro foram medidos as massas dos objetos utilizados no
experimento, desde o suporte(m0) aos outros 6 objetos, usando uma balança
De precisão Essas medidas serão utilizadas para calcular a variação do
comprimento da mola, em relação à Força peso aplicada pelos objetos, à mola.

A tabela 1 mostra as medidas das massas, em gramas, dos seis objetos,


sendo m0 a massa do suporte. A massa da mola foi desprezada nesse
experimento.

Tabela 1 – Massas, em gramas, dos objetos utilizados no experimento

m0 m1 m2 m3 m4 m5 m6
Medida1 14,17 4,98 10,76 16,02 20,94 44,37 49,9
Medida2 14,17 4,99 10,75 16,01 20,94 44,38 49,92
Medida3 14,18 5 10,74 16,03 20,92 44,38 49,9
Medida4 14,17 4,99 10,75 16,01 20.92 44,37 49,9
Medida5 14,17 4,98 10,74 16,02 20,93 44,39 49,9
x̄(m) 14,17 4,99 10,75 16,02 20,93 44,38 49,9
Desvio
0,002 0,005 0,005 0,005 0,006 0,005 0,005
médio

Como o desvio médio medido foi menor que a incerteza da balança de


0,01 g, será utilizada a incerteza da balança. Após a medição das massas, os
objetos foram colocados na mola para medir a deformação, em milímetros,
como é visto na Tabela 2, sendo x0 a deformação da mola apenas com o apoio.

Após adicionar os pesos, foram feitas medida da variação no


comprimento da mola seguindo o exemplo da figura 4:

Figura 4:

Tabela 2 – Deformação sofrida pela mola com os objetos


xi x0 x1 x2 x3 x4 x5 x6
Medição1 400 354 335 314 297 280 204 185
Medição2 395 350 337 317 298 282 205 187
Medição3 398 353 333 316 298 282 204 186
Medição4 399 354 335 316 300 284 204 186
Medição5 400 351 336 313 297 282 203 187
x̄(x) 398,4 352,4 335,2 315,2 298 282 204 186,2
Δx 0 46 63,2 83,2 100,4 116,4 194,4 212,2
Desvio
1,52 1,52 1,04 1,36 0,8 0,8 0,4 0,64
médio

A incerteza da régua é de 0,5 mm e será utilizada apenas na


deformação x5, enquanto nas outras serão utilizadas as incertezas dos desvios
médios, já que foram maiores.

60

50
f(x) = 0.301792712942003 x − 0.342540275126815
R² = 0.99980619417533
40
Massa (g)

30

20

10

0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
Deslocamento (mm)

4. ENCONTRANDO A CONSTANTE ELÁSTICA DA MOLA (k):


Considerando a força peso uma força negativa, a constante elástica
da mola será positiva.

m0 m1 m2 m3 m4 m5 m6
k 3,02 2,97 2,94 2,95 2,96 2,95 2,96
k 2,96
Desvio
0,02
médio
Tabela 3 – Valor da constante elástica em N/m

Como mostra a Tabela 3, a incerteza é de 0,02 N/m, portanto a


constante elástica da mola será k = (2,96 ± 0,02) N/m. Logo, o coeficiente
angular da reta que passa pela maioria dos pontos é 0,3 m/s2.

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