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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS


DEPARTAMENTO DE FÍSICA
LABORATÓRIOS DE FÍSICA EXPERIMENTAL BÁSICA
PROFESSOR JOSÉ COELHO NETO

Nome: Eliézer Mendes Silva e Gabriel Alves Resende

Curso: Física Experimental Básica: Mecânica Turma: PU9A

Data da realização do experimento: 06/10/2022

CONSTANTE ELÁSTICA DE MOLAS

Objetivo:

-Determinar a constante elástica de uma mola;

-Determinar a constante elástica de uma combinação de molas.

Teoria resumida:

Para se estudar a constante elástica de uma mola, e também uma combinação de molas, faz-se
uso do conceito de deformação elástica, sendo que, dentro do limite que se considera uma
deformação elástica o alongamento produzido na mola, se relaciona diretamente com a força
peso (no caso deste experimento) e com a constante elástica da mola em questão, através da
seguinte fórmula:

𝐹 = 𝑚𝑔 = 𝑘𝑥
(1)

Para ter-se uma compreensão ampla é importante se destacar que uma deformação elástica, é
quando, aplicada uma força em um objeto, o mesmo se alonga ou contrai de forma a retornar
ao seu tamanho original quando cessa-se esta força.

No caso de uma combinação de molas a constante obtida nos cálculos, irá se referir às duas
molas como se fossem apenas uma.

Material:
- 2 Molas;

- Suporte;

- Suporte dos pesos;

- Objetos de massa conhecida (pesos);

- Régua milimetrada.

Procedimento:

1. Pendura-se uma das molas e o suporte de objetos no suporte;

2. Escolheu-se um ponto de referência no suporte de objetos (de preferência um ponto mais


elevado) e mediu-se a posição na régua milimetrada, este é o alongamento zero;

3. Adicione um peso de massa conhecida no suporte de objetos, meça o alongamento através


da posição do ponto usado como referência;

4. Repetiu-se o terceiro passo do procedimento, obtendo-se um conjunto de alongamentos;

5. Retirou-se todos os pesos que foram pendurados, incluindo o suporte de objetos, pendurou-
se em série, a segunda mola;

6. Repetiu-se os passos 2 e 3 do procedimento com duas molas penduradas em série;

7. Retirou-se os pesos e pendurou-se as molas em paralelo;

8. Repetiu-se os passos 2 e 3 do procedimento com as duas molas penduradas em paralelo,


obtendo-se um conjunto de alongamentos

Dados Obtidos:

Massa 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400


dos
pesos(Kg)
(1)

Realizando um tratamento de dados, transformando a massa em força peso, através da


multiplicação pela gravidade, que tem valor de 9,78𝑚/𝑠 2 .

Peso 0,489 0,978 1,467 1,956 2,445 2,934 3,423 3,912


(N)
(2)

Dados obtidos utilizando-se uma mola, e considerando a posição inicial 0,0240m:

Peso (N) 0,489 0,978 1,467 1,956 2,445 2,934 3,423 3,912
Alongamento 0,0290 0,0590 0,0890 0,1190 0,1490 0,1800 0,2100 0,2410
(m) (origem
0,0240m)
(3)

Dados obtidos utilizando-se duas molas em série, considerando a posição inicial 0,0230m:

Peso (N) 0,489 0,978 1,467 1,956 2,445


Alongamento 0,0520 0,1050 0,1580 0,2070 0,2620
(m) (origem
0,0230m)
(4)

Dados obtidos utilizando-se duas molas em paralelo, com posição de origem do alongamento
igual a 0,0260m:

Peso (N) 0,489 0,978 1,467 1,956 2,445 2,934 3,423 3,912
Alongamento 0,0140 0,0250 0,0390 0,0500 0,0640 0,0780 0,0890 0,1030
(m) (origem
0,0260m)
(5)

Análise:

Aplicando os valores obtidos em gráficos, torna-se possível visualizar melhor que se trata de
uma reta, como se era esperado, pela equação (1).

O primeiro gráfico é da utilização de uma mola apenas:

Realizando-se a regressão linear é possível encontra o valor da inclinação da reta, que na


fórmula representa a constante elástica da mola:
𝐹 = 𝐴𝑥 + 𝐵
(2)

O valor da constante juntamente com seu desvio:

𝑘 = 𝐴 = 16,16 ± 0,04 𝑁/𝑚

O gráfico com a utilização de duas molas em série:

Realizando a regressão linear, tem-se que:

A constante elástica das duas molas em série, juntamente com seu desvio:

𝑘 = 𝐴 = 9,36 ± 0,08 𝑁/𝑚


O gráfico da utilização de duas molas dispostas em paralelo:

Realizando a regressão linear, tem-se que:

O valor da constante das duas molas dispostas em paralelo, juntamente com seu desvio:

𝑘 = 𝐴 = 38,21 ± 0,44 𝑁/𝑚


Percebe-se que nos três casos observados, o valor encontrado para B, na fórmula (2),
apresenta valores próximos a 0, e considerando que a fórmula (1) não apresenta constantes
adicionadas, sendo apenas (𝑘. 𝑥). O valor de B, representa o quanto a reta da regressão linear
precisou ser corrigida para que se adequasse da melhor forma possível aos resultados
encontrados. E o valor ser próximo a 0 significa que os resultados foram bons e que a reta
quase não precisou ser corrigida.

Para calcular-se a constante elástica de cada uma das duas molas utilizadas, usa-se 𝑘1 e 𝑘2 ,
para representar a primeira e a segunda mola, respectivamente. O valor de 𝑘1 já foi
encontrado na primeira parte do experimento, sendo 𝑘1 = 16,16 𝑁/𝑚. Utilizando-se o valor
da constante encontrado na terceira parte do procedimento, sendo 𝑘 = 38,21 𝑀/𝑚.

Percebe-se que quando associadas em paralelo, o valor encontrado para a constante, irá se
referir a uma mola equivalente, onde a constante é a soma das outras duas molas:

𝑘 = 𝑘1 + 𝑘2
(3)

Tendo-se os valores de 𝑘 e 𝑘1 , o valor de 𝑘2 é:

𝑘2 = 22,05 𝑁/𝑚

Discussão e Fechamento:

Através do experimento foi possível calcular-se os valores de três constantes elásticas


diferentes, uma mola, duas molas em série e duas molas em paralelo. Os dados utilizados para
estes cálculos foram, a força peso aplicada na mola (para isso usou-se a massa dos objetos que
foram pendurados) e o alongamento referente a cada força aplicada.

Com estes dados foi possível a confecção de um gráfico, que confirmou o caráter linear da
fórmula (1) utilizada. Por fim realizando-se a regressão linear, encontrou-se valores para a
inclinação da reta (A), que no experimento se refere a constante elástica (k).

Através do valor encontrado para uma das molas, na primeira parte do experimento, foi
possível encontrar-se o valor da constante elástica da segunda mola, por meio da associação
das molas em paralelo

O valor de k que se espera de uma mola em boas condições é de aproximadamente 𝑘 =


20,0𝑁/𝑚, percebe-se que o valor encontrado para a primeira mola, no experimento, difere do
valor esperado. No entanto, o valor encontrado para a segunda mola é bem próximo, isso
pode significar o fato da primeira mola estar gasta por isso sua constante ter diminuído, ou
possíveis erros medida.

Vale ressaltar, a unidade de medida da constante elástica 𝑁/𝑚, que significa, no sentido
literal, quanto de força a mola precisaria sofrer para que a mesma produzisse um alongamento
de 1 metro. Nota-se que quanto maior o valor da constante, mais força o sistema deve sofrer
para alongar um alongamento hipotético igual a x, com isso percebe-se que a associação em
série apresentou uma constante elástica menor que a encontrada na associação em paralelo.
(Nota-se, no entanto que a relação descrita se refere apenas a quando o alongamento ainda
está na deformação elástica da mola).

Referências Bibliográficas:

Física Experimental Básica na Universidade, Departamento de Física – Instituto de Ciências


Exatas– Universidade Federal de Minas Gerais, Edição Junho/2018, Belo Horizonte – MG.

http://www.virtual.ufc.br/solar/aula_link/SOLAR_2/Curso_de_Graduacao_a_Distancia/LFIS/I_
a_P/Laboratorio_de_Fisica_II/aula_02/02.html

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