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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

INSTITUTO DE FÍSICA “GLEB WATAGHIN”

Estudo da Lei de Hooke e associação de molas


em série

Campinas - SP
2021
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
INSTITUTO DE FÍSICA “GLEB WATAGHIN”

Relatório da Atividade de Aplicação 04 – F129 – Turma: S


Estudo da Lei de Hooke e associação de molas em série

Relatório referente ao quarto


experimento apresentado à disciplina
de F 129 - Física Experimental 1, do
Instituto de Física “Gleb Wataghin”,
da Universidade Estadual de
Campinas.

Grupo S-4

Gabriela da Cunha Ribeiro – 216560 – Engenharia de Alimentos


Isabella de Almeida Pina – 173137 – Engenharia de Alimentos
Kárica Samara Rosa – 177514 – Engenharia de Alimentos
Octávio de Oliveira Martins – 237691 – Engenharia Agrícola

Campinas - SP
2021
Introdução: A mola é um objeto elástico e flexível, no qual pode ser deformado através da
ação de uma força, porém, ainda assim, ela volta ao seu formato original. Neste relatório
estudamos a validade da Lei de Hooke para diferentes molas, estabelecendo quando uma
mola é deformada por alguma força externa, mostrando o que acorre quando surge uma
força elástica restauradora que passa a ser exercida na mesma direção e no sentido oposto à
força externa. A força restauradora é denominada pela força elástica (Fel), a qual é descrita
como Fel = - k.x, onde k é a constante elástica de cada mola e x é o deslocamento (de
alongamento ou encolhimento). Assim, a partir de duas molas separadas diferentes, e em
série, buscou-se estudar, com o auxílio do Método dos Mínimos Quadrados (MMQ), o
devido valor das constantes elásticas de cada mola. Mais especificamente, quando a força
peso se iguala a força elástica, ocorrendo quando um objeto é colocado em equilíbrio em
um sistema onde há a soma: mola + objeto.

Objetivo: Foi verificado a validade da Lei de Hooke para duas molas de constantes
elásticas diferentes, k1 e k2. Além disso, analisou-se a combinação em série dessas duas
molas, determinando qual equação é a mais adequada para descrever tal constante (Ks).

Materiais e Métodos: Duas molas distintas (mola 1 e mola 2) foram utilizadas, ambas
fixadas ao teto na posição vertical, assim como uma coleção de objetos, com massas
diferentes. Inicialmente a mola foi fixada no teto sem nada pendurado, na posição A.
Posteriormente, foi fixado um objeto de massa m, baixando-o lentamente até a posição B,
formando, assim, um sistema massa + mola imóvel. Repetimos o mesmo processo para
todos os objetos e para ambas as molas, anotando-se os seus respectivos deslocamentos.
Como o sistema está em equilíbrio, considerou-se que a força Peso é igual a força
restauradora. Para cada objeto, realizou-se diferentes medidas. Porém, para o cálculo da
força Peso considerou-se a média delas, conforme mostrado nas Tabelas 1, 2, 3, 4, 5 e 6.
Por fim, foi usado o MMQ (Anexo 6) e um programa em Python (Anexo 7) afim de realizar
o ajuste de retas aos gráfico. Já a escolha dos eixos e o cálculo das incertezas foram
apresentados nos Anexos 1, 2 e 3, baseado na explicação fornecida no Anexo 4.

Resultados: Através da análise dos dados, foi possível determinar que as molas obedecem
à Lei de Hooke, visto que a força restauradora presente é proporcional à deformação
causada pela força Peso. Assim, foram obtidos os valores da constante elástica da mola 1
(k1) sendo (8,96 ± 0,05) N/m (Tabela 9), e da mola 2 (k2) sendo (12,89 ± 0,04) N/m
(Tabela 9). Para o sistema em série, o valor da constante elástica (ks) foi: (5,29 ± 0,02) N/m
(Tabela 9 e Anexo 9).

Discussão: A equação matemática P = k.x relaciona a distensão das molas aos valores da
força Peso exercida pelo objeto pendurado, aplicável em situação de equilíbrio, onde P é o
peso, k é a constante elástica e x é a distensão a partir da posição de equilíbrio. Os materiais
que cumprem essa relação obedecem à lei de Hooke, sendo válida num intervalo grande de
forças. Esse intervalo varia de material para material. Observou-se que: k1 > k2 > ks, o que
significa que a mola 1 é a mais rígida, enquanto a combinação de molas é a mais fácil de
distender. Experimentalmente, o modelo que mais se adequa à combinação de molas em
1 1 1
série é 𝐾𝑠 = 𝐾1 + 𝐾2 (Anexo 10), estando, portanto, em concordância com o modelo teórico
(Anexo 5 e 9).

Conclusão: Por fim, a partir dos cálculos realizados encontrou-se as constantes k1 e k2


(com os valores mencionados nos Resultados) e confirmou-se a validade da Lei de Hooke
para ambos os casos. Além disso, de acordo com os Anexos 5, 8 e 10 certificou-se a relação
encontrada para o cálculo das molas em série, no qual foi possível obter o valor de ks
(Anexo 9). Vemos também que todos os resultados estão de acordo com as incertezas
encontradas.
Figura 1. Gráfico do Peso (N) em função da média do deslocamento (m) para a mola 1. Os
pontos representam os dados da Tabela 2, e a reta desenhada é o ajuste para os dados. Além
disso, temos as barras de incerteza do Peso. Vale ressaltar que para o ajuste visual da reta,
utilizou-se apenas os 4 primeiros pontos (por isso apenas eles são acompanhados das barras de
incerteza), uma vez que os dois últimos fogem do padrão encontrado. A explicação do motivo
dessa escolha está no Anexo 4.
Figura 2. Gráfico do Peso (N) em função da média do deslocamento (m) para a mola 2. Os
pontos representam os dados da Tabela 4, e a reta desenhada é o ajuste para os dados. Além
disso, temos as barras de incerteza do Peso. Vale ressaltar que para o ajuste visual da reta,
utilizou-se apenas os 4 primeiros pontos (por isso apenas eles são acompanhados das barras de
incerteza), uma vez que os dois últimos fogem do padrão encontrado. A explicação do motivo
dessa escolha está no Anexo 4.
Figura 3. Gráfico do Peso (N) em função da média do deslocamento (m) para a mola 1 e 2 em
série. Os pontos representam os dados da Tabela 6, e a reta desenhada é o ajuste para os dados.
Além disso, temos as barras de incerteza do Peso. Vale ressaltar que para o ajuste visual da reta,
utilizou-se apenas os 4 primeiros pontos (por isso apenas eles são acompanhados das barras de
incerteza), uma vez que os dois últimos fogem do padrão encontrado. A explicação do motivo
dessa escolha está no Anexo 4.
Tabela 1. Pontos encontrados de acordo com a Massa (Kg) dos objetos e com a média dos seus
respectivos deslocamentos (cm) referentes a mola 1.

Tabela 2. Pontos encontrados de acordo com o Peso (N) dos objetos e com a média dos seus
respectivos deslocamentos (m) referentes a mola 1. Eles foram utilizados para a confecção da
Figura 1.

Tabela 3. Pontos encontrados de acordo com a Massa (Kg) dos objetos e com a média dos seus
respectivos deslocamentos (cm) referentes à mola 2.

Tabela 4. Pontos encontrados de acordo com o Peso (N) dos objetos e com a média dos seus
respectivos deslocamentos (m) referentes a mola 2. Eles foram utilizados para a confecção da
Figura 2.
Tabela 5. Pontos encontrados de acordo com a Massa (Kg) dos objetos e com a média dos seus
respectivos deslocamentos (cm) referentes a mola 1 e a mola 2 em série.

Tabela 6. Pontos encontrados de acordo com o Peso (N) dos objetos e com a média dos seus
respectivos deslocamentos (m) referentes a mola 1 e a mola 2 em série. Eles foram utilizados
para a confecção da Figura 3.

Tabela 7. Fontes de incerteza da balança e da força Peso. Demonstração do cálculo foi


apresentado no Anexo 2.

Tabela 8. Fontes de incerteza e incerteza-padrão combinada para o deslocamento.


Demonstração do cálculo foi apresentado no Anexo 3.
Tabela 9. Retas que dão a relação entre as grandezas peso e deslocamento, calculadas com os
quatro primeiros pontos de cada gráfico (Figuras 1, 2 e 3).
Anexo 1. Explicação para a escolha dos eixos dos gráficos mostrados nas Figuras 1, 2 e 3.

Anexo 2. Cálculo da Incerteza da balança digital e da força Peso, utilizando as fórmulas


apresentadas durante a disciplina.
Anexo 3. Cálculo da incerteza para o deslocamento, utilizando as fórmulas apresentadas
durante a disciplina.

Anexo 4. Explicação da análise 2, informando o comportamento no qual os dados seguem,


assim como o “padrão” observado durante os cálculos e confecção dos gráficos.
Anexo 5. Justificação do tipo de equação atribuída na atividade 3 através de um sistema.
Anexo 6. Obtenção das retas que melhor se ajustam aos gráficos das Figuras 1, 2 e 3. Assim
como as equações usadas para obtenção dos coeficientes e suas incertezas associadas.
Anexo 7. Código em python usado para cálculo dos coeficientes a, b e suas incertezas, usando o
método dos mínimos quadrados.
Anexo 8. Análise dos parâmetros das equações da Tabela 9 e obtenção dos valores de K1, K2 e
K2 para as molas 1, 2 e molas em série, respectivamente.

Anexo 9. Cálculo da constante elástica equivalente a combinação de molas ks ± us, sendo este
(5,29 ± 0,02) N/m.
Anexo 10. Dado que o valor obtido experimentalmente foi coerente com o calculado, sendo os
valores teóricos (5,29 ± 0,02) N/m, tem-se que esse é o modelo mais apropriado.

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