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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

INSTITUTO DE FÍSICA GLEB WATAGHIN

Estudo de colisões unidimensionais e propagação de incertezas

Campinas

2021
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

INSTITUTO DE FÍSICA GLEB WATAGHIN

Relatório da atividade de aplicação nº03 – F 129 – Turma V

Relatório do experimento número 03 da


matéria de Física experimental I do
Instituto de Física Gleb Wataghin, sobre
Lei de escala

Grupo V- 5

Fernanda Albuquerque Magalhães – 171904

Hélio Frainer Neto – 240329

João Luiz Oliveira Farias - 174317

Kauany de Jesus Fernandes - 238083

Rebeca Silva Dantas - 187712

Campinas

2021
Introdução: As colisões unidimensionais, podem ser observadas em diversos âmbitos no dia
a dia. Numa partida de sinuca, em um triste acidente de trânsito, e no âmbito acadêmico até a
determinação do raio dos átomos foi possível graças ao estudo das colisões.

Objetivos: O objetivo deste experimento é a análise teórica e experimental do alcance de


duas esferas que colidem e as respectivas incertezas associadas aos dados calculados.
Utilizando as análises feitas, pretende-se também discutir aspectos teóricos envolvidos na
colisão.

Materiais e métodos: Foi utilizado esferas de aço, rampa de lançamento, nível de bolha de
ar, régua ou trena milimetrada, folhas de cartolina branca, papel carbono de cores diferentes,
fita crepe ou fita adesiva, balança digital e prumo de linha. Utilizando a balança digital foi
possível medir a massa das esferas, o nível de bolha de ar foi usado para nivelar a rampa de
lançamento para que as esferas saíssem da rampa horizontalmente. A régua milimetrada foi
necessária para se calcular a altura da rampa de H = (47,4土0,1)cm e h = (18,7土0,1)cm para a
altura de lançamento das esferas. A distância Xo da ponta da rampa para a margem da folha
milimetrada (20,7 cm). A esfera projétil (Ep) com massa (43,624土0,0003)g é solta da altura
H da rampa, colidindo com a esfera alvo (Ea) de (43,413土0,0003)g a 0,8 cm do ponto de
lançamento. Com isso, a Ea é lançada da rampa, percorrendo a distância X com uma
velocidade Va (figura 7) e atingindo a folha, fazendo um total de 13 marcações, que foram
contadas pelo grupo.

Resultados: A velocidade de lançamento da Ep sem rolamento (figura 1) é Vo = (2,372土


0,006)m/s. A velocidade da Ep após a colisão Vp = (0,00575土0,00002)m/s e a velocidade da
Ea após a colisão Va = (2,376土0,006)m/s. Os cálculos para o alcance da Ea com rolamento
(figura 7) é D= (0,38m±0,006) . O tempo calculado (figura 7) é t= (0,1953土0,0005)s e a
velocidade final da Ea é Va = (2,00土0,006)m/s, as incertezas associadas foram calculadas nas
figuras 8, 9,10 e 11. O novo alcance da Ea e sua incerteza será D= (0,38 m ± 0,003) (figura
12).

Discussão: Para o cálculo das velocidades finais da Ep e da Ea, considerou-se um sistema


isolado e que a colisão entre as esferas é elástica. Desse modo, foi possível aplicar a
conservação de momentum para encontrar as expressões de velocidade final das esferas
(figura 2). Confrontando os valores teóricos e experimentais para o alcance, observa-se que
houve uma diferença relevante entre os valores, imprecisão esta que pode ser explicada por
uma combinação de processos de perda de energia, como: imperfeições na pista, atrito da
esfera com a pista, perda de energia cinética na colisão, imperfeições nas esferas e resistência
do ar.

Conclusão: A alteração da energia mecânica provoca uma certa deformação nas esferas,
causando uma distinção entre os valores obtidos experimentalmente de alcance e de
velocidades finais do que os previstos pelos cálculos teóricos, conclui-se também que há
influência da energia rotacional na variação de V0, bem como das diferenças de massa entre
Ea e Ep, causando o efeito de desaceleração da esfera lançada, fator este não considerado no
experimento 1, gerando outra divergência entre valores teóricos e experimentais. As
incertezas associadas aos valores experimentais possuem caráter instrumental, portanto
influenciam nos valores experimentais, além disso, não foi considerada nos cálculos, a
resistência do ar presente nos lançamentos, tornando os cálculos experimentais mais distantes
dos valores teóricos.
Tabela 1: Incertezas associadas às alturas H = (47,4土0,1)cm e h = (18,7土0,1)cm

Onde a = 0,1 cm.

Tabela 2: Incertezas associadas às massas mp = (43,624土0,0003)g e ma = (43,413土


0,0003)g

Onde a = 0,001 g.

Tabela 4: Incertezas associadas às medições do alcance da esfera alvo D = (36,7土0,1)cm

Onde a = 0,1 cm; σ = 0,3 cm e n = 13

A escolha pelas f.d.p.s retangulares para descrever as incertezas se justifica pelo uso
de fotos para estimar os dados, além do uso de dados fornecidos pelo roteiro do experimento.
Isto é, são medidas que foram obtidas de forma indireta e não no ambiente do laboratório.
A tabela 4 indica as incertezas para o alcance médio da esfera alvo, visto que o
alcance teórico possui incerteza que foi calculada pela equação modelo de propagação de
incertezas. A incerteza do alcance médio está estritamente relacionada à incertezas
instrumentais. Já a incerteza do alcance teórico (figura 8) está relacionada com grandezas de
entrada, ou seja, é uma medida indireta do alcance.
Anexo 1. Alcance teórico da esfera-alvo sem rolamento

Figura 1: Velocidade inicial da esfera projétil


Figura 2: Equações das velocidades finais das esferas projétil e alvo
Com essas equações, é possível encontrar os valores de Vp e Va.
Figura 3: Cálculo das velocidades Vp e Va
Agora, pode-se calcular as incertezas de Vo, Va e Vp sabendo que são medidas
medidas de forma indireta, através de outras grandezas com respectivas incertezas. Então,
aplica-se a propagação de incertezas:

Figura 4: Incerteza de Vo
Figura 5: Incerteza de Va
Figura 6: Incerteza de Vp
Figura 7: Cálculo do tempo de queda da esfera e cálculo de V0 e Va com rolamento
Figura 8: cálculo das incertezas de t
Figura 9: Incerteza de Vo com rolamento
Figura 10: Incerteza de Va com rolamento
Figura 11: Incerteza de d.
Figura 12: Cálculo do novo alcance da esfera alvo com o novo valor de Va
Figura 13: Representação dos resultados obtidos para a distância média da esfera alvo, onde
o centro da circunferência está a 16 centímetros da borda , marcado pela linha maior. Já a
linha menor é o diâmetro da circunferência e mede 4 sigma, de acordo com a maneira
utilizada para medir o desvio padrão.
Figura 14: Cálculo do alcance médio e do desvio padrão da esfera alvo.

Figura 15: Cálculo da fração de energia mecânica convertida em energia rotacional, para a
esfera projétil

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